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MEC quer criar agência reguladora do ensino superior

O ministro da Educação (MEC), Camilo Santana, anunciou, nesta terça-feira (31), em Brasília, durante a divulgação dos resultados do Exame Nacional de Desempenho dos Estudantes (Enade) 2022, que enviará ao Congresso Nacional um projeto de lei (PL) para criação de uma agência reguladora do ensino superior público e privado, no Brasil.

O ministro da Educação, Camilo Santana, disse que a medida tem a concordância do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

“Nós precisamos ter uma agência reguladora robusta para acompanhar e supervisionar, de forma mais efetiva e melhor, os nossos cursos de nível superior no país. Portanto, o presidente [Lula] está convencido disso e nós vamos encaminhar. Estamos finalizando a proposta [do PL]”, anunciou o ministro da Educação, Camilo Santana.

A previsão do ministro é que o texto seja enviado ao Legislativo ainda em novembro, porém, Camilo Santana não prevê a aprovação do PL pelos parlamentares, em 2023, devido ao curto espaço de tempo.

O ministro defendeu que a criação de uma agência regulatória possibilita a existência de uma estrutura mais ágil e eficiente de avaliação e supervisão dos cursos e de entidades educacionais de ensino superior, justificada pelo crescimento das matrículas na educação privada que, segundo ele, representam de 80% a 85% do total de matrículas em cursos superiores no país.

Camilo Santana avaliou que, apesar do empenho das equipes do Ministério da Educação (MEC), ainda é preciso um reforço no trabalho de supervisão das graduações. “Posso dizer que há um esforço enorme do MEC, mas acho que não é suficiente hoje. O MEC não tem perna suficiente para fazer essa supervisão da forma necessária para garantir a qualidade dos cursos.”

De acordo com o ministro, a medida faz parte de uma série de ações em estudo pelo governo federal para melhorar a qualidade do ensino superior brasileiro, como o melhor acompanhamento dos estágios supervisionados, criação de grupo de trabalho sobre novos cursos de licenciaturas, abertura de consulta pública sobre mudanças no ensino a distância (EaD), melhores condições de financiamento pelo Programa de Financiamento Estudantil (Fies) aos professores interessados em cursos de licenciatura, entre outras.

Confira as principais apostas para os temas da redação do Enem


Confira as principais apostas para os temas da redação do Enem

Temas ligados ao meio ambiente, saúde, tecnologia e inteligência artificial são algumas das apostas de professores para a prova de redação do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), que será aplicada no próximo sábado (5). Além de conhecer as exigências sobre a estrutura do texto, os alunos devem estar bem informados sobre os principais acontecimentos no Brasil.

O eixo do meio ambiente é uma das principais apostas da professora de redação Roberta Panza, da plataforma de estudos Descomplica. “É um tema muito atual e, de uns anos para cá, a discussão sobre o clima tem sido cada vez mais presente”, diz. Nesse eixo, podem ser abordados temas como aquecimento global e mudanças climáticas, educação ambiental e crise climática, hídrica e energética. 

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Os impactos das mudanças climáticas também estão entre as apostas da professora de língua portuguesa e redação do colégio Mopi Tatiana Nunes Camara. “A consciência dos cidadãos, no que diz respeito a como manter equilibrado o meio ambiente, é o ponto de partida para que os impactos negativos sejam minimizados”, afirma Tatiana. Questões sobre insegurança hídrica, desmatamento e mudanças climáticas também são citadas pela professora Mariana Bravo, do Ateliê da Redação.

A inteligência artificial é outro tema que pode ser abordado no tema da redação, na avaliação da professora Tatiana, por ser um assunto em voga na contemporaneidade. “Há segmentos da sociedade que rechaçam os recursos criados a partir da inteligência artificial, enquanto há muitas pessoas que [a] veem como uma grande oportunidade de evolução em vários setores da sociedade, inclusive provocando impactos profundos na educação brasileira”, diz a professora, lembrando também a abordagem da exclusão digital. Para a professora Roberta, o Enem pode trazer o tema da inteligência artificial e as mudanças que o recurso pode gerar no mercado de trabalho, especialmente para a juventude. 

Na saúde, é possível que apareçam temas como obesidade, sedentarismo e os hábitos de vida que levam a doenças, acrescenta Roberta. Para a professora Mariana, o tema pode vir abordando o uso de “drogas da inteligência” para melhorar a performance cerebral de estudantes e trabalhadores sem que haja diagnóstico, fenômeno chamado de “doping cognitivo” ou “psiquiatria cosmética”. A eficiência da vacinação, a importância do SUS (Sistema Único de Saúde), o combate às infecções sexualmente transmissíveis e os transplantes no Brasil são temas citados pela professora de redação do Cursinho CPV Isabela Arraes.

Entre os temas ligados à educação, as mudanças no ensino médio, a alfabetização e a evasão escolar no contexto da pós-pandemia de covid-19 são possibilidades de abordagem, segundo a professora Roberta. Outra abordagem possível é a importância da educação de jovens e adultos. “A formação escolar é importante, principalmente, em um país como o Brasil, no qual as desigualdades sociais são tão latentes”, diz Tatiana.

Outras possibilidades de assuntos para a redação do Enem deste ano são: fake news, bullying e violência nas escolas, segurança pública, violência policial, combate à fome no país e insegurança alimentar, questão habitacional no Brasil, pessoas em situação de rua, trabalho análogo à escravidão, etarismo, idosos e mães “solo”. 

O Enem 2023 será aplicado nos dias 5 e 12 de novembro. As notas das provas podem ser usadas para concorrer a vagas no ensino superior público, pelo Sistema de Seleção Unificada (Sisu), a bolsas de estudo em instituições privadas de ensino superior pelo Programa Universidade para Todos (ProUni) e a financiamentos do Fundo de Financiamento Estudantil (Fies).

Foco na estrutura

Se, por um lado, muitos professores gostam de trabalhar vários temas possíveis para a redação com os alunos, outros defendem que saber o tema com antecedência não é tão importante para o desempenho do aluno. “Meu conselho para a redação é não se preocupar com o tema. O tema que vier, vamos fazer o básico para garantir uma nota alta, e se vier um tema que ele domina melhor, ainda consegue firular para garantir a nota mil”, diz a professora Carol Mendonça, do canal Português para Desesperados. 

Segundo Carol, é importante credibilizar os argumentos apresentados com alguma associação artística, estatística, resultado de pesquisa, retomada histórica ou com a fala de um especialista, por exemplo. “Sempre tentar sair do campo da opinião para o campo do fato. Independentemente do que você pensa, vai colocar o que pode ser provado”, aconselha a professora.  

Para o professor Luis Junqueira, cofundador da plataforma de letramento Letrus, o mais importante é seguir a estrutura da redação, fazendo uma contextualização geral, definindo a tese, e apresentando uma proposta de intervenção social. Segundo ele, os textos de apoio e as informações que estão na prova já são suficientes para dar uma base para o aluno sobre o assunto. 

 

“Se você tem insegurança com o tema que caiu na prova, você pode traduzir as informações do infográfico. O texto vai ter que ter uma tese, um contexto e uma orientação para a proposta de intervenção social. Independente do tema, a estrutura da redação é a mesma, concentre-se nessa estrutura”, diz o professor.   

 

Na redação do Enem, os candidatos deverão fazer um texto dissertativo-argumentativo de até 30 linhas sobre um tema de ordem social, científica, cultural ou política, defendendo um ponto de vista (uma opinião a respeito do tema proposto), apoiado em argumentos consistentes, estruturados com coerência e coesão. Também deve ser elaborada uma proposta de intervenção social para o problema apresentado no desenvolvimento do texto. Essa proposta deve respeitar os direitos humanos.

Messi conquista Bola de Ouro da France Football pela oitava vez


Confira as principais apostas para os temas da redação do Enem

O craque Lionel Messi, que no final do ano passado ajudou a seleção do seu país a conquistar a Copa do Mundo do Catar, recebeu, nesta segunda-feira (30), a Bola de Ouro de menor jogador do mundo. Esta foi a oitava oportunidade na qual o argentino conquistou o prestigioso prêmio da revista France Football.

“Obrigado a todos, especialmente aos meus companheiros da seleção. Obrigado a todos que votaram em mim. Esta Bola de Ouro é um grande presente para toda a Argentina”, declarou o atacante do Inter Miami (Estados Unidos).

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Já o prêmio feminino foi conquistado por Aitana Bonmatí, atleta do Barcelona (Espanha) que se sagrou campeã na Copa do Mundo de futebol feminino este ano.

Prêmio para Vinicius Júnior

O destaque brasileiro na premiação foi Vinicius Júnior. O atacante do Real Madrid (Espanha) e da seleção brasileira recebeu o Prêmio Sócrates, que tem o objetivo de homenagear ações de solidariedade promovidas por personalidades do mundo do futebol. Essa honraria foi concedida a ele por conta do trabalho do Instituto Vini Jr, que usa o futebol como ferramenta de educação de crianças e adolescentes, além de capacitar professores em práticas pedagógicas antirracistas.

“Estou muito feliz de receber esse prêmio, de poder ajudar tantas crianças no Brasil e no meu bairro […]. Fico muito feliz por poder ajudá-las. É um sonho muito especial estar aqui com todos vocês”, declarou o jogador brasileiro.

Melhor equipe

O Manchester City (Inglaterra), vencedor do Campeonato Inglês, da Copa da Inglaterra e da Liga dos Campeões na temporada passada, foi eleito o melhor time do ano. “Tudo o que conseguimos é um sonho que se torna realidade […]. Foi uma temporada na qual transformamos os nossos sonhos realidade”, disse o meio-campista espanhol Rodri. Já a versão feminina da premiação ficou com o Barcelona.

Já o inglês Jude Bellingham, atual estrela do Real Madrid, ganhou o prêmio de melhor jogador sub-21 pela passagem pelo Borussia Dortmund (Alemanha).

* Com informações da agência de notícias Reuters.

Judô brasileiro faz melhor campanha da história em pan-americanos


Confira as principais apostas para os temas da redação do Enem

O Brasil já garantiu em Santiago a sua melhor campanha no judô em uma edição dos Jogos Pan-Americanos. O feito foi alcançado nesta segunda-feira (30) após Samanta Soares levar o ouro (na categoria 78kg), Rafael Macedo ficar com a prata (90kg) e Kayo Santos (100kg), Rafael Silva (+100kg) e Beatriz Souza (+78kg) conquistarem bronzes.

Após estas conquistas o Time Brasil chegou ao total de 15 medalhas em Santiago (sete ouros, duas pratas e seis bronzes), superando a campanha dos Jogos de 2011, disputados em Guadalajara (México), edição na qual os brasileiros asseguraram 13 medalhas (seis ouros, três pratas e quatro bronzes). E o número de conquistas verde e amarelas ainda podem aumentar, com a disputa por equipes mistas na próxima terça-feira (31)

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“Nunca tinha lutado num ginásio com as pessoas chamando o meu nome [como na final], gritaria. E, ao mesmo tempo em que você quer focar na luta, você fica ouvindo as pessoas e pensa: meu Deus! É surreal, mas consegui focar e minha técnica falava para ter calma que iria dar certo e foi muito legal. Estou muito feliz”, declarou a campeã pan-americana Samanta Soares.

Lesão de Cargnin

A nota negativa do dia foi a confirmação de que o judoca Daniel Cargnin terá que passar por uma cirurgia no tornozelo esquerdo após exames de imagem confirmarem uma fratura no local. Cargnin sofreu a lesão durante a semifinal da categoria até 73kg, que foi conquistada pelo também brasileiro Gabriel Falcão.

Segundo o Comitê Olímpico do Brasil (COB), a cirurgia de Daniel Cargnin será realizada nos próximos dias, após o retorno do atleta ao Brasil.

Pan de Santiago: Brasil é ouro e prata no lançamento de disco feminino


Confira as principais apostas para os temas da redação do Enem

O atletismo brasileiro garantiu dobradinha de ouro e prata nesta segunda-feira (30) no lançamento de disco feminino no Estádio Nacional de Santiago, nos Jogos Pan-Americanos de Santiago (Chile). Natural de Adamatina (SP), Izabela Rodrigues subiu ao topo do pódio ao cravar a distância de 59m63, e a paraibana Andressa Morais (59m29) ficou em segundo lugar, com a prata. Na terceira posição ficou a jamaicana Samantha Hall (59m14).

O número de medalhas do país pode subir ainda esta noite com a participação nas finais do salto em distância feminino, lançamento de disco masculino, prova de 10 mil metros feminino e revezamento 4 x 400 metros misto. O Pan tem transmissão ao vivo no site do Canal Olímpico do Brasil.

Com as duas medalhas, o Brasil já soma três pódios no atletismo do Pan de Santiago – o primeiro foi neste domingo (29) na marcha atlética com a prata de Caio Bonfim.

Jogos Escolares Brasileiros registram participação recorde em Brasília


Confira as principais apostas para os temas da redação do Enem

Mais de 6.714 inscritos nos Jogos Escolares Brasileiros (JEBs) 2023, entre estudantes-atletas, integrantes de comissões técnicas e dirigentes, estão em Brasília para disputar medalhas em competições entre 28 de outubro e 8 de novembro. Criado em 1969, o campeonato de abrangência nacional é considerado a principal competição escolar do país.  

Brasília, 30.10.2023,  Os times de futsal feminino, Rondónia contra Amapá, disputam os Jogos Escolares Brasileiros 2023, no Clube AABB. Foto: Antônio Cruz/Agência Brasil
Brasília, 30.10.2023,  Os times de futsal feminino, Rondónia contra Amapá, disputam os Jogos Escolares Brasileiros 2023, no Clube AABB. Foto: Antônio Cruz/Agência Brasil

Times de futsal feminino, Rondónia contra Amapá, disputam os Jogos Escolares Brasileiros 2023, no Clube AABB – Antônio Cruz/Agência Brasil

A edição de 2023, de acordo com o Ministério do Esporte, é a maior da história dos JEBs. Ao todo, o evento conta com 18 modalidades esportivas (atletismo, atletismo adaptado, badminton, basquete, ciclismo, futsal, ginástica artística, ginástica rítmica, handebol, judô, karatê, natação, taekwondo, tênis de mesa, voleibol, vôlei de praia, wrestling [arte marcial] e xadrez) e mais duas modalidades em demonstração: curling (esporte que lança pedras de granito o mais próximo possível de um alvo) e esgrima.  

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Desde sábado (28), as competições estão sendo realizadas em 19 espaços esportivos diferentes da capital federal. O assessor técnico da Confederação Brasileira de Desporto Escolar (CBDE), Victor Beltrão, explicou a escolha da cidade para sediar os jogos. “Brasília tem muitos lugares bons para conhecer, muitas quadras bacanas. Estamos presentes em vários clubes, com ambientes bem diferenciados. Em Brasília, temos a oportunidade de expandir as competições para mais locais e, assim, conhecer mais a cidade.” 

Atletas, técnicos e famílias  

Os atletas são estudantes de 12 a 14 anos, matriculados em instituições de ensino públicas e privadas das 27 unidades da federação. Segundo o presidente da Confederação Brasileira de Desporto Escolar (CBDE), essa representatividade é resultado da política implementada pela entidade. “Valorizamos a garantia da participação de todos os estados do Brasil.” 

Brasília, 30.10.2023 - Partida de Basquete Feminino, durante os  Jogos Escolares Brasileiros 2023, no Clube AABB. Foto: Antônio Cruz/Agência Brasil
Brasília, 30.10.2023 - Partida de Basquete Feminino, durante os  Jogos Escolares Brasileiros 2023, no Clube AABB. Foto: Antônio Cruz/Agência Brasil

Partida de basquete feminino, durante os Jogos Escolares Brasileiros 2023, no Clube AABB – Antônio Cruz/Agência Brasil

Estar em Brasília vale a pena para a goleira de futebol de salão Luana Nascimento de Jesus, de 13 anos, que partiu de Rondônia, como integrante de uma equipe de dez jogadoras. “É uma sensação muito boa de entrar nestes jogos brasileiros. Sei que tem muita gente que nunca teve a oportunidade de participar disso”. 

O técnico de basquete de uma escola privada do Distrito Federal, Ricardo Oliveira, que hoje cuida do planejamento estratégico de uma equipe de jovens que competem no JEBs, há quase quatro décadas, esteve do outro lado da quadra. Ricardo foi jogador das primeiras edições dos JEBs, no Distrito Federal, em meados dos anos 1980. 

Hoje, mais experiente, Ricardo afirma que sempre apostou no potencial catalisador do esporte. “O JEBs é a maior competição de todas, é o início de tudo, para essa categoria de 12 a 14 anos, e é democrática demais, porque envolve todos os estados do Brasil. A competição é uma grande experiência, que além de esportiva é legal para a vida dos atletas. Muitos deles sequer saíram de seu estado ou até da sua cidade natal. Aqui, eles têm a oportunidade de viajar de avião, ficar em um hotel, trocar experiências. Então, pra mim, é uma alegria muito grande ver onde começa tudo”. 

E pelo terceiro ano consecutivo, Ricardo tem um motivo a mais para torcer na arquibancada. O filho dele, Mateus Mesquita de Oliveira, de 14 anos, é um dos atletas que quicam a bola laranja no garrafão, com mira fixa na cesta da tabela. A exemplo do pai, Mateus quer seguir profissionalmente no basquete. Mas, por enquanto, curte mesmo é a oportunidade como atleta-estudante. “Está bem legal porque está todo mundo junto, reunido. A competitividade também é bem forte, encontramos muita gente com potencial aqui. Por isso, está sendo uma experiência muito boa”. 

Brasília, 30.10.2023,  Ricardo Araújo de Oliveira, Técnico, e seu filho o atleta,  Matheus Mesquita de Oliveira, falam sobre os Jogos Escolares Brasileiros 2023, no Clube AABB. Foto: Antônio Cruz/Agência Brasil
Brasília, 30.10.2023,  Ricardo Araújo de Oliveira, Técnico, e seu filho o atleta,  Matheus Mesquita de Oliveira, falam sobre os Jogos Escolares Brasileiros 2023, no Clube AABB. Foto: Antônio Cruz/Agência Brasil

Ricardo Araújo de Oliveira, técnico, e o filho o atleta, Matheus Mesquita de Oliveira, falam sobre os Jogos Escolares Brasileiros 2023, no Clube AABB – Antônio Cruz/Agência Brasil

Esporte não é apenas sobre vencer ou perder. Quem disse isso foi o pernambucano Thiago Alves Araújo, de 14 anos. Competidor do atletismo, nas provas de corrida de 2 mil metros e 800 metros, no fim de semana, Thiago não vai levar medalhas para casa em de Brejão (PE), porque perdeu em uma delas e desistiu da outra prova, depois de lesionar a coxa. Mesmo assim, o jovem está aproveitando a experiência para torcer pelos conterrâneos. “É bom. Já fiz amizades com gente de minha cidade e outras pessoas de outros estados também”. 

Brasília, 30.10.2023, Thiago Alves de Araújo (Atleta de 14 anos)
, fala sobre os Jogos Escolares Brasileiros 2023, no Clube AABB. Foto: Antônio Cruz/Agência Brasil
Brasília, 30.10.2023, Thiago Alves de Araújo (Atleta de 14 anos)
, fala sobre os Jogos Escolares Brasileiros 2023, no Clube AABB. Foto: Antônio Cruz/Agência Brasil

Thiago Alves de Araújo fala sobre os Jogos Escolares Brasileiros 2023, no Clube AABB – Antônio Cruz/Agência Brasil

Os JEBs 2023 também marcam a estreia do professor do Thiago, em competições nacionais de grande porte, Leonardo de Queiroz. Para ele, o esporte poderá abrir portas a mudanças para quem está em Brejão (PE).

“O esporte motiva, justamente, essas crianças que não têm tantas oportunidades no dia a dia. Estar aqui, é uma forma de incentivo a outras crianças com situações não tão boas, tanto na parte econômica, como na sócio-familiar. Isso pode servir de motor para que, cada vez mais, o esporte do nosso município venha a crescer.” 

Brasília, 30.10.2023,  Leonardo de Queiróz, Técnico de Futsal, fala sobre os Jogos Escolares Brasileiros 2023, no Clube AABB. Foto: Antônio Cruz/Agência Brasil
Brasília, 30.10.2023,  Leonardo de Queiróz, Técnico de Futsal, fala sobre os Jogos Escolares Brasileiros 2023, no Clube AABB. Foto: Antônio Cruz/Agência Brasil

Leonardo de Queiróz estreia como técnico em competições nacionais no JEBs 2023- Antônio Cruz/Agência Brasil

Quem é, digamos, veterano em JEBs, é o professor Gilvan Meireles, que pela quinta vez coordena equipes de esportes coletivos em edições dos Jogos Escolares Brasileiros, em estados distintos. Apesar de estranhar as altas temperaturas na cidade, Gilvan afirma que o que importa é a série de ganhos obtidos com a prática esportiva “A convivência com culturas locais, pessoas diferentes, fazer novas amizades, isso tem somado muito na vida deles. Os JEBs são uma alavanca, uma porta muito boa para que eles possam dar sequência ao esporte, mesmo tendo apenas 13 ou 14 anos ao escolher.” 

Brasília, 30.10.2023, Gilvan Meirelles, técnico do Atlético Cambiriuense, fala sobre os Jogos Escolares Brasileiros 2023, no Clube AABB. Foto: Antônio Cruz/Agência Brasil
Brasília, 30.10.2023, Gilvan Meirelles, técnico do Atlético Cambiriuense, fala sobre os Jogos Escolares Brasileiros 2023, no Clube AABB. Foto: Antônio Cruz/Agência Brasil

 Para Gilvan Meirelles, os JEBs são uma porta para que os jovens possam continuar  no mundo do esporte – Antônio Cruz/Agência Brasil

A coordenadora de modalidades Esportivas dos jogos do Acre, Juliana Maia, comenta sobre a confiança depositada pelos pais e responsáveis ao enviarem os filhos para competir na capital federal. “É uma responsabilidade muito grande. Viemos de ônibus do Acre em dois dias e meio. Foi cansativo e também preocupante, porque são os filhos dos outros. Mas, a gente faz tudo  para que termine tudo bem e a gente volte em segurança para casa.” 

Brasília, 30.10.2023, Juliana Maia, coordenadora, fala sobre os Jogos Escolares Brasileiros 2023, no Clube Ascade. Foto: Antônio Cruz/Agência Brasil
Brasília, 30.10.2023, Juliana Maia, coordenadora, fala sobre os Jogos Escolares Brasileiros 2023, no Clube Ascade. Foto: Antônio Cruz/Agência Brasil

Juliana Maia fala sobre a responsabilidade de viajar de ônibus com tantos jovens- Antônio Cruz/Agência Brasil

O jogador de vôlei de praia, Vinícius Santiago é um dos jovens sob a tutela de Juliana. Apesar de não ter conhecido muito da cidade de Brasília, porque está envolvido com as competições, o estudante de 14 anos está gostando da experiência que o esporte na areia lhe proporcionou. “O vôlei me atraiu. Eu saí da frente de um celular, saí de casa, jogo com meus amigos. Acho o vôlei um esporte muito divertido, muito legal.”  

Se alguns alunos viajam acompanhados somente dos treinadores, outros atletas, devido à pouca idade, contam com a companhia dos familiares que embarcam juntos na aventura para dar suporte, sobretudo, emocional aos competidores. O técnico de vôlei de areia, Claudio Maia, vindo do Acre, é testemunha de situações assim e valoriza o envolvimento da família com o esporte. “É importante trazer o esporte dos menores para bem próximo à família. Muitos familiares se deslocam dos outros estados para acompanhar os filhos, porque, nessa faixa etária, de 12-14 anos, papai, mamãe, tio estão sempre muito próximos dos atletas. E ter a família próxima e envolvida com isso é bem bacana”. 

Brasília, 30.10.2023, Cláudio Maia, Professor, fala sobre os Jogos Escolares Brasileiros 2023, no Clube Ascade. Foto: Antônio Cruz/Agência Brasil
Brasília, 30.10.2023, Cláudio Maia, Professor, fala sobre os Jogos Escolares Brasileiros 2023, no Clube Ascade. Foto: Antônio Cruz/Agência Brasil

Cláudio Maia conta queé comum parentes acompanharem os jovens nas competições- Antônio Cruz/Agência Brasil

O proprietário de um colégio privado de Camboriú, Santa Catarina, Augusto Vittorio Servelin diz que colhe os frutos de escolher o esporte como viés educacional. “Hoje, temos centenas de alunos que passaram pela nossa escola e foram campeões, que estão em diversos clubes do Brasil. Então, para a escola é uma gratificação muito grande. Sabemos que estamos contribuindo com algo para a vida deles, com disciplina, espírito de coletividade.” 

Brasília, 30.10.2023,  Augusto Vitório Servelin, empresário, fala sobre os Jogos Escolares Brasileiros 2023, no Clube AABB. Foto: Antônio Cruz/Agência Brasil
Brasília, 30.10.2023,  Augusto Vitório Servelin, empresário, fala sobre os Jogos Escolares Brasileiros 2023, no Clube AABB. Foto: Antônio Cruz/Agência Brasil

Augusto Vitório Servelin se orgulha de contribuir com a disciplina e o espírito de coletividade dos alunos- Antônio Cruz/Agência Brasil

Futuro 

O ministro do Esporte, André Fufuca, que, na última sexta-feira (27), participou da cerimônia de abertura dos JEBs destacou que a realização das competições é uma das prioridades da pasta. “O auxílio a esses atletas é fundamental para que eles possam competir em níveis internacionais. Se depender do Ministério do Esporte, esses jovens irão competir não apenas nos JEBs, mas nos mundiais, nos pan-americanos, nas olimpíadas, pois tenho certeza que o primeiro passo nós estamos dando aqui”. 

As competições deste campeonato serão classificatórias para os Jogos Sul-Americanos que ocorrerão em dezembro, no Chile. 

E em 2024, Recife (PE) receberá a próxima edição dos JEBs. 

Serviço: 

A programação dos JEBs e as localidades das competições até 8 de novembro, em Brasília, estão disponíveis no site da Confederação Brasileira de Desporto Escolar.  

A entrada nos locais de disputas é gratuita. Os internautas poderão acompanhar várias competições ao vivo pelo canal da CBDE, no Youtube

Pan: Brasil é finalista nas duplas do tênis de mesa e vai a Paris 2024


Confira as principais apostas para os temas da redação do Enem

Os mesa-tenistas Vitor Ishiy e Bruna Takahashi carimbaram a vaga olímpica para o Brasil nas duplas mistas em Paris 2024, ao avançarem à final dos Jogos Pan-Americanos de Santiago (Chile). Nesta segunda-feira (30), os brasileiros derrotaram na semi os canadenses Eugene Wang e Mo Zhang por por 4 a 2 (11/9, 11/5, 10/12, 11/4, 6/11 e 11/8. A decisão pela medalha de ouro inédita no Pan será hoje (30), às 19h40 (horário de Brasília), contra os cubanos Jorge Campos e Daniela Fonseca. O Pan-Americano tem transmissão ao vivo no site do Canal Olímpico do Brasil.

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Somente no Pan de Santiago, a delegação brasileira já amealhou 35 vagas olímpicas, 17% a mais que as conquistadas na edição passada, em Lima (Peru), que classificava para Tóquio. As demais vagas em Paris asseguradas no torneio continental foram no boxe (nove), handebol feminino (14) – que faturou a  medalha de ouro no domingo (29) -, hipismo (três), pentatlo moderno (uma), natação (duas), tênis (uma).

“Ficamos satisfeitos de termos ultrapassado esse número, faltando ainda muitas modalidades para encerrarem sua participação. Entendo que o primeiro passo foi dado, mas nossa ideia é continuar classificando. Só saberemos o número no final, mas estamos satisfeitos com o que estamos construindo”, comemorou Rogério Sampaio, diretor-geral do Comitê Oímpico do Brasil e chefe da delegação em Santiago 2023, em depoimento ao site da entidade.

A delegação brasileira em Santiago é a maior da história do país em competições internacionais, com 621 atletas (342 homens e 279 mulheres). O país ocupa a vice-liderança no quadro de medalhas, com um total de 120 (37 ouros, 44 pratas e 39 bronzes), atrás apenas dos Estados Unidos com 167 (71 ouros, 45 pratas e 51 bronzes). O México ocupa a terceira posição (35 ouros, 21 pratas e 32 bronzes).

Jogos Pan-Americanos: Tati Weston-Webb conquista ouro no surfe


Confira as principais apostas para os temas da redação do Enem

O Brasil teve um dia de conquistas na praia de Punta de Lobos, em Pichilemu (Chile), onde foram realizadas as finais do surfe dos Jogos Pan-Americanos de 2023. O destaque foi o ouro de Tatiana Weston-Webb no shortboard, alcançado após triunfo sobre a canadense Sanoa Dempfle-Olin.

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“Ano que vem são as Olimpíadas e é uma esquerda [onda] grande igual a essa. Então foram ótimos treinos para o próximo ano, nas Olimpíadas. E é uma honra sempre estar ao lado do meu time, representando o Brasil, ao lado deles para mais conquistas […]. Esse ouro representa tudo”, declarou a brasileira, que já tem vaga garantida na próxima edição dos Jogos Olímpicos, que serão disputados em Paris (França) em 2024.

Também no mar chileno, mas no stand up paddle (SUP), o Brasil garantiu medalhas, duas pratas. Elas vieram com Aline Adisaka entre as mulheres, após derrota para a colombiana Isabella Gomez na decisão, e com Luiz Diniz no masculino, que foi superado pelo norte-americano Zane Schweitzer na decisão.

“Estou muito agradecida a Deus pela oportunidade de estar aqui representando meu país. Hoje o mar estava intenso, com condições muito difíceis, e estou muito feliz de ter chegado a esta grande final, de ter feito boas disputas. Agradeço a todos que estiveram ao meu lado para que chegasse até aqui. Não chegaria aqui sozinha, mas principalmente a Deus. Pois acredito que tudo tem um propósito. Se cheguei até aqui é para deixar uma mensagem, para não desistir dos nossos sonhos”, afirmou Aline Adisaka.

Outra prata do Time Brasil veio com Chloe Calmon no longboard feminino. A brasileira perdeu a disputa final para a peruana Maria Fernanda Reyes. No masculino o Brasil também ficou com medalha, mas de bronze, com Carlos Bahia.

Local de prova do Enem deve ser até 30 km do domicílio do candidato


Confira as principais apostas para os temas da redação do Enem

Os inscritos no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) que tenham sido alocados para fazer a prova em locais com distância superior a 30 quilômetros (km) de sua residência e que não puderem comparecer ao local no dia do exame poderão fazer a prova em outra data: nos dias 12 e 13 de dezembro, em locais que serão divulgados posteriormente. A informação foi divulgada nesta segunda-feira (30) pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep).

“A metodologia do Enem permite a comparabilidade das notas e a igualdade de condições entre os participantes”, justifica a autarquia, em nota.

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Na última semana, os estudantes tiveram acesso aos locais onde farão as provas do Enem 2023 e alguns reclamaram que ficaram muito distantes dos locais onde vivem, o que poderá, inclusive, fazer com que desistam de fazer as provas este ano.

As normas do Inep garantem alocação num raio máximo de 30 km do domicílio informado na inscrição. O instituto disponibilizará, na Página do Participante, uma aba específica para que inscritos interessados na nova aplicação submetam seus pedidos para análise. O sistema receberá as informações no período de 13 a 17 de novembro.

Segundo o Inep, os casos de estudantes alocados para fazer a prova a mais de 30 km da sua residência são restritos a um universo de cerca de 50 mil inscritos, o que representa aproximadamente 1% do total. Os casos estão concentrados, majoritariamente, em grandes cidades, como Rio de Janeiro, São Paulo e Brasília.

O Enem 2023 será aplicado nos dias 5 e 12 de novembro. As notas das provas podem ser usadas para concorrer a vagas no ensino superior público, pelo Sistema de Seleção Unificada (Sisu), a bolsas de estudo em instituições privadas de ensino superior pelo Programa Universidade para Todos (ProUni) e a financiamentos do Fundo de Financiamento Estudantil (Fies).

Pendências do transporte escolar devem ser regularizadas até amanhã


Confira as principais apostas para os temas da redação do Enem

Estados e municípios têm até esta terça-feira (31) para regularizar pendências relativas ao Programa Nacional de Apoio ao Transporte do Escolar (Pnate). De acordo com o Ministério da Educação, gestores estaduais e municipais que estejam com repasses suspensos têm até essa data-limite para sanar problemas e voltar a receber os recursos referentes a 2023 – inclusive parcelas que ficaram retidas. 

A legislação vigente prevê que o repasse de recursos do programa pode ser suspenso em três situações específicas: quando houver inadimplência na prestação de contas do programa referente a qualquer exercício; se for constatada a utilização de recursos em desacordo com as normas do programa; ou em caso de determinação judicial. 

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Quem não regularizar as pendências até 31 de outubro, portanto, pode ficar sem as parcelas que deixou de receber este ano por conta da inadimplência, recursos classificados pelo governo como essenciais para a manutenção da frota escolar ou para o pagamento de serviço terceirizado de transporte dos estudantes. 

O programa 

Criado em 2004, o Programa Nacional de Apoio ao Transporte do Escolar tem como objetivo apoiar o transporte de estudantes da rede pública de educação básica, residentes em áreas rurais, por meio de assistência técnica e financeira, em caráter suplementar, a estados, municípios e Distrito Federal.  

Os recursos podem ser investidos em despesas diversas de manutenção dos veículos escolares, como serviços de mecânica, recuperação de assentos e aquisição de pneus e câmaras. Também podem ser utilizados para a aquisição de combustível, pagamentos de seguro, licenciamento e taxas, além da contratação de serviço terceirizado de transporte dos estudantes. 

A transferência é automática, sem necessidade de convênio, e os valores são transferidos em dez parcelas anuais. O cálculo do montante destinado aos entes federados, segundo o ministério, tem como base o número de alunos residentes em áreas rurais que precisam de transporte escolar em cada localidade, conforme o censo escolar do ano anterior.