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Estudantes nota mil dão dicas para a redação do Enem


Estudantes nota mil dão dicas para a redação do Enem

Um texto dissertativo-argumentativo de até 30 linhas sobre um tema de ordem social, científica, cultural ou política. Esta é a redação do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), que deverá ser feita no próximo domingo (5) pelos 3,9 milhões de candidatos inscritos para as provas deste ano.

Gabaritar a redação não é tarefa simples, é preciso seguir à risca o que é exigido pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), mas também não é impossível. Ana Alice Azevedo, de Niterói (RJ), e Luiz Santos, de Manaus (AM), obtiveram a tão sonhada nota mil no Enem 2022. Eles contam como se prepararam para essa prova e qual foi o diferencial dos textos que escreveram e que mereceram a nota máxima.

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“Saí da prova sabendo que tinha feito um bom texto, que tinha feito um bom trabalho. Eu estava bem feliz com o texto que tinha feito, estava esperando um bom resultado, mas não estava esperando a nota mil. Realmente foi algo bem surpreendente”, diz Santos, que é atualmente aluno de engenharia da computação na Universidade de São Paulo (USP).

O estudante, que cursou o ensino médio na Escola IDAAM, em Manaus, não apenas fez uma boa prova, como a redação que escreveu no Enem 2022 está na Cartilha do participante, do Inep, disponibilizada para quem vai fazer o Enem 2023. A cartilha traz orientações específicas para a prova da redação.

Rio de Janeiro (RJ) 30/10/2023 -  Estudantes nota mil dão dicas para a redação do Enem,
Luiz Santos
Foto: Luiz Santos/Arquivo Pessoal
Rio de Janeiro (RJ) 30/10/2023 -  Estudantes nota mil dão dicas para a redação do Enem,
Luiz Santos
Foto: Luiz Santos/Arquivo Pessoal

Rio de Janeiro – Estudantes nota mil dão dicas para a redação do Enem. Na foto, Luiz Santos – Foto Luiz Santos/Arquivo Pessoal

O tema da redação em 2022 foi Desafios para a valorização de comunidades e povos tradicionais no Brasil. No total, dos 2,3 milhões que fizeram a prova, apenas 32 tiraram a nota mil, segundo dados do Inep. Para falar sobre o tema, Santos citou a Agenda 2030, da Organização das Nações Unidas (ONU), a Constituição Federal de 1988 e ainda a série Aruanas, que aborda as dificuldades enfrentadas por mulheres que lutam contra esquemas criminosos na Amazônia.

Como solução para o problema, parte exigida pelo Inep, ele propõe que o governo federal promova o enrijecimento de punições e o fortalecimento da fiscalização das práticas ilegais nos ecossistemas e garanta a continuidade dos conhecimentos socioculturais com o incentivo à demarcação dos territórios e à atualização da legislação vigente.

Segundo Santos, conhecer e seguir as regras do exame foi um dos fatores que fez com que ele tirasse boa nota. “Acredito que meu texto tenha seguido todos os requisitos que o Inep cobra para a redação atingir a nota mil. Ter, no mínimo, duas propostas de intervenção, bem colocadas, bem desenvolvidas, explicando como vai fazer, quem vai fazer, por meio do que e com qual objetivo. Dois parágrafos de desenvolvimento, com repertório sociocultural, bem escritos e com introdução sucinta. Acredito que esse conjunto de coisas foi o diferencial da redação”, diz o estudante.

Uma redação por semana

Para a estudante Ana Alice Azevedo, ex-aluna do PB Cursos, em Niterói, o diferencial para um bom desempenho foi a prática constante. Ela escrevia uma redação por semana para se preparar para a prova. “O diferencial foi a prática constante. Como eu fazia muita redação, já sabia na hora como fazer. O tema não foi uma surpresa muito grande, já tinha feito uma redação com tema parecido [durante os estudos], sabia como prosseguir”, diz. Foram três anos de cursinho até que conseguiu a aprovação que queria, no curso de medicina da Universidade Federal Fluminense (UFF).

Rio de Janeiro (RJ) 30/10/2023 -  Estudantes nota mil dão dicas para a redação do Enem,
Ana Alice Azevedo
Foto: Ana Alice/Arquivo Pessoal
Rio de Janeiro (RJ) 30/10/2023 -  Estudantes nota mil dão dicas para a redação do Enem,
Ana Alice Azevedo
Foto: Ana Alice/Arquivo Pessoal

Rio de Janeiro – Estudantes nota mil dão dicas para a redação do Enem. Na foto, Ana Alice – Foto Ana Alice/Arquivo Pessoal

Outro diferencial para a redação é o bom texto, o domínio da língua portuguesa. De acordo com a estudante, a prática constante também ajuda nesse quesito. Além disso, leituras e buscas por referências, tanto na literatura, quanto no cinema, na legislação. “A prática regular ajuda a ter a estrutura consolidada e regras que a  redação exige consolidadas. Além disso, a bagagem cultural, o repertório para usar no texto, acaba diferenciando a redação. Ler muitos livros e estar atualizado sobre as notícias”.

Orientações do Inep

A cartilha do participante traz mais detalhes de como deve ser a estrutura da redação, além dos exemplos comentados de redações que obtiveram a nota máxima. “Com base na situação-problema, você deverá expressar sua opinião, ou seja, apresentar um ponto de vista. Para isso, inicie o texto apresentando seu ponto de vista, desenvolva justificativas para comprovar esse ponto de vista e elabore conclusão que dê um fechamento à discussão proposta no texto, compondo o processo argumentativo”, explica.

Outra orientação do Inep é ler atentamente o que a prova está pedindo. “Para alcançar bom desempenho na prova de redação do Enem, você deve, antes de escrever seu texto, fazer uma leitura cuidadosa da proposta apresentada, dos textos motivadores e das instruções, a fim de que possa compreender perfeitamente o que está sendo solicitado”, diz a cartilha. A prova de redação do Enem conta com textos que contextualizam o assunto sobre o qual se deve escrever. Os textos, no entanto, devem apenas servir de apoio. Caso o participante copie esses textos, ele poderá zerar a redação.

Segundo o Inep, o texto deve estar estruturado da seguinte forma:

• apresentação clara do ponto de vista e seleção dos argumentos que o sustentam;

• encadeamento das ideias, de modo que cada parágrafo apresente informações coerentes com o que foi apresentado anteriormente, sem repetições desnecessárias ou saltos temáticos (mudanças abruptas sobre o que está sendo discutido);

• desenvolvimento dessas ideias por meio da explicitação, explicação ou exemplificação de informações, fatos e opiniões, de modo a justificar, para o leitor, o ponto de vista escolhido.

Ao final, estudante deve apresentar proposta de intervenção para o problema abordado, respeitando os direitos humanos.

Ao elaborar a proposta, o Inep propõe que as seguintes questões sejam respondidas:

1. O que é possível apresentar como solução para o problema?

2. Quem deve executá-la?

3. Como viabilizar essa solução?

4. Qual efeito ela pode alcançar?

5. Que outra informação pode ser acrescentada para detalhar a proposta?

Enem 2023

O Enem 2023 será aplicado nos dias 5 e 12 de novembro. No primeiro dia, além da redação, os participantes responderão questões objetivas de linguagens e de ciências humanas. No segundo dia de prova resolverão questões objetivas, de matemática e ciências da natureza.

As notas das provas podem ser usadas para concorrer a vagas no ensino superior público, pelo Sistema de Seleção Unificada (Sisu), a bolsas de estudo em instituições privadas de ensino superior pelo Programa Universidade para Todos (ProUni), a financiamentos do Fundo de Financiamento Estudantil (Fies), além de vagas em instituições estrangeiras que têm convênio com o Inep. 

Judô brasileiro garante mais dois ouros e chega a dez medalhas no Pan


Estudantes nota mil dão dicas para a redação do Enem

Em dois dias, o judô brasileiro chegou a dez medalhas, em 12 possíveis, nos Jogos Pan-Americanos de Santiago, no Chile. Após seis pódios no sábado (28), mais quatro foram alcançados no domingo (29): dois ouros, uma prata e um bronze.

A categoria até 73 quilos (kg) teve dobradinha brasileira, com Gabriel Falcão levando a medalha dourada e Daniel Cargnin ficando com a prata. Eles, porém, não chegaram a se enfrentar na final, pois Daniel – bronze na Olimpíada de Tóquio, no Japão, em 2021 – sofreu uma entorse no tornozelo esquerdo durante a semifinal e não teve condições de voltar ao tatame.

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Na categoria até 81 kg, Guilherme Schmidt encarou o anfitrião Jorge Pérez na decisão. Contra o atleta da casa, o brasileiro teve que lidar com a pressão da torcida, reforçada até pelo presidente chileno, Gabriel Boric, mas conseguiu a vitória com um wazari (quando o judoca é derrubado de lado) e uma imobilização.

O bronze deste domingo veio com Ketleyn Quadros, na categoria até 63 kg, superando a colombiana Paola Mera com um wazari. A experiente judoca, de 36 anos, possui um bronze olímpico conquistado em Pequim, na China, em 2008, mas ainda não tinha um pódio no Pan.

Ao contrário de sábado, porém, o Brasil não atingiu 100% de aproveitamento. Havia possibilidade de duas medalhas de bronze, na categoria até 70 kg, mas Luana Carvalho e Alexia Castilhos foram superadas, respectivamente, pela venezuelana Elvismar Rodriguez e a equatoriana Celinda Corozo.

Nesta segunda-feira (30), mais sete brasileiros brigam por medalha em Santiago: Samanta Soares, Eliza Ramos (ambas da categoria até 78kg), Beatriz Souza (acima de 78 kg), Rafael Macedo (até 90 kg), Kayo Santos, Leonardo Gonçalves (ambos até 100 kg) e Rafael Silva (acima de 100 kg). Na terça-feira (31), ocorre a competição de equipes mistas. As eliminatórias começam às 10h (horário de Brasília).

Tênis: Bia Haddad Maia conquista maior título de simples da carreira


Estudantes nota mil dão dicas para a redação do Enem

A paulista Beatriz Haddad Maia conquistou, neste domingo (29), em Zhuhai, na China, o maior título na categoria simples de sua carreira. Número 19 do ranking da Associação de Tênis Feminino (WTA, na sigla em inglês), a brasileira foi campeã do WTA Elite Trophy, torneio que reúne as melhores tenistas fora do top-8 mundial.

A brasileira precisou de duas horas e 50 minutos de jogo para superar a chinesa Qinwen Zheng, 18ª do mundo, por 2 sets a 0, ambos definidos no tie-break, com parciais de 7/6 (13-11) e 7/6 (7-4). O troféu conquistado em Zhuhai é o terceiro de Bia em disputas de simples. Em junho do ano passado, a paulista foi campeã dos torneios de Nottinhgam e Birmingham, no Reino Unido.

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O título na China reaproximará Bia do top-10 do ranking mundial. Na próxima atualização da lista, a brasileira terá 700 pontos a mais e aparecerá na 11ª posição. A melhor colocação da paulista na carreira foi o décimo lugar, atingido em junho, após ser semifinalista de Roland Garros, na França, um dos quatro principais torneios do circuito, conhecidos como Grand Slams.

Bia também foi campeã do torneio de duplas do Elite Trophy. Na final, realizada após a decisão de simples, ela e a russa Veronika Kudermetova derrotaram a japonesa Miyu Kato e a indonésia Aldila Sutjiadi por 2 sets a 0, com parciais de 6/3 e 6/3.

A competição de duplas não soma pontos no ranking da WTA, onde a brasileira aparece na 24ª posição. A parceira Kudermetova está na 30ª colocação, enquanto as rivais Sutjiadi e Kato ocupam, respectivamente, o 26ª e o 27º postos.

Apesar disso, o título garantiu à parceria uma bonificação de US$ 55 mil (R$ 274 mil, aproximadamente), a ser dividida entre as atletas.

Pelo título de simples, Bia embolsou outros US$ 605 mil (R$ 3,01 milhões). Com isso, ao todo, a paulista se despediu da China com um total de US$ 632,5 mil (R$ 3,15 milhões) em premiações.

Brasil garante ouros no tênis e na canoagem slalom do Pan de Santiago


Estudantes nota mil dão dicas para a redação do Enem

Entre a noite de sábado (28) e a manhã deste domingo (29), a delegação brasileira amealhou mais 15 medalhas nos Jogos Pan-Americanos de Santiago, no Chile. Destaques para o tênis e a canoagem slalom, em que o país esteve no topo do pódio.

No tênis, o Brasil dominou os torneios de duplas, com dois ouros e uma prata. No feminino, Luísa Stefani e Laura Pigossi – bronze na Olimpíada de Tóquio, no Japão, em 2021 – derrotaram as colombianas Fernanda Herazo e Paulina Perez por 2 sets a 0, com parciais de 7/5 e 6/3. O país não tinha uma parceria campeã entre as mulheres no Pan desde a edição de 2003, em Santo Domingo, na República Dominicana, com Bruna Colósio e Joana Cortez.

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Neste domingo, às 17h (horário de Brasília), Laura busca o ouro no individual, contra a argentina Lourdes Carlé. No sábado, horas antes de ir à quadra com Luísa, ela travou uma batalha de mais de três horas contra a também argentina Júlia Riera, pela semifinal.

A vitória por 2 sets a 1, com parciais de 4/6, 6/4 e 7/6 (7/5), classificou Laura para a Olimpíada de Paris, na França, em 2024. Para manter a vaga, a brasileira precisa se manter entre as 400 primeiras do ranking de simples da Associação de Tênis Feminino (WTA, sigla em inglês). Ela, atualmente, está na 125ª posição.

O jejum de títulos nas duplas masculinas no Pan, que era ainda maior que no feminino, chegou ao fim graças à suada vitória de Marcelo Demoliner e Gustavo Heide, por 2 sets a 1, com parciais de 6/1, 2/6 e 10-7 (nas duplas, o último set é disputado em um formato de “super tie-break”, no qual vence quem atingir dez pontos primeiro), sobre os anfitriões chilenos Alejandro Tabilo e Tomas Barrios.

A última parceria nacional a vencer a competição entre os homens foi a de André Sá e Paulo Taicher, na edição de Winnipeg, no Canadá, há 24 anos.

A disputa de simples teve um duelo 100% brasileiro valendo o bronze, entre o jovem Heide, de 21 anos, vice-campeão nos Jogos Sul-Americanos do ano passado, e o experiente Thiago Monteiro, de 29 anos, que passou boa parte das últimas sete temporadas entre os cem melhores do ranking da Associação dos Tenistas Profissionais (ATP). No saibro (quadra de terra batida) chileno, o resultado foi melhor para o veterano, que ganhou por 2 sets a 1, parciais de 1/6, 6/3 e 7/6 (7/5).

Nas duplas mistas, o Brasil ficou com a prata. Horas depois de irem à quadra nas respectivas finais, Luisa e Demoliner encararam os colombianos Nicolas Barrientos e Yulia Lizarazo, que levaram a melhor por 2 sets a 0, parciais de 6/3 e 6/4.

Canoagem slalom

Campeã dos Jogos Pan-Americanos nas edições de Toronto, no Canadá, em 2015; e de Lima, no Peru, em 2019, Ana Sátila garantiu, pela terceira vez, a medalha de ouro da canoagem slalom no C1 (canoa individual). Quinta colocada no Mundial deste ano, a brasileira já era a principal favorita da prova e deixou para trás a canadense Lois Betteridge (prata) e a paraguaia Ana Paula Castro (bronze).

Ana ainda brilhou no caiaque cross, em que quatro atletas competem entre si ao mesmo tempo (no slalom “tradicional”, os canoístas encaram a descida de maneira individual). Ela venceu a norte-americana Evy Leibfarth (prata) e, novamente, a canadense Betteridge (bronze).

Na mesma prova, mas entre os homens, a medalha de ouro também foi para um brasileiro: Guilherme Mapelli, que superou Alex Baldoni, do Canadá; e Eriberto Robles, do Peru.

O Brasil conquistou outras três pratas na modalidade. No C1 masculino, Kauã Silva levou uma punição de dois segundos por tocar em um dos obstáculos no fim do percurso, o que custou a medalha de ouro. O norte-americano Zachary Lokken acabou ficando na primeira colocação, com tempo menos de dois segundos abaixo do registrado por Kauã.

Já no K1 (caiaque individual), as pratas foram obtidas por Omira Estácia (que é irmã de Ana Sátila) e Pedro Gonçalves. Omira fez o segundo tempo da final feminina, superada pela norte-americana Leibfarth, mas à frente da canadense Lea Baldoni. Pepê, como é conhecido o canoísta brasileiro, sofreu três punições de dois segundos cada ao longo da descida e ficou atrás de Joshua Joseph, dos Estados Unidos. O bronze foi do canadense Mael Rivard.

Hipismo CCE

O concurso completo de equitação (CCE) é um evento do hipismo que reúne três diferentes provas: adestramento, saltos e cross-country (em que os conjuntos – cavaleiro e cavalo – são testados pela capacidade de superarem obstáculos naturais a uma velocidade elevada). Na disputa por equipes, o quarteto do Brasil (Márcio Jorge Carvalho, Carlos Parro, Rafael Losano e Ruy Fonseca) foi bronze.

O resultado garantiu ao Brasil uma vaga na Olimpíada de Paris. Somente os dois primeiros se classificavam, mas como os Estados Unidos (que ficaram com a prata) já tinham lugar assegurado em 2024, os brasileiros herdaram a vaga. O ouro em Santiago foi para o Canadá.

Na disputa individual, a medalha brasileira foi de prata, com Márcio Jorge e o cavalo Castle Howard Casanova. A norte-americana Caroline Pamukcu, montando HSH Blake, garantiu o ouro, com a canadense Lindsay Traisnel e a montaria Bacyrouge ficando com o bronze.

Águas abertas e marcha atlética

Na natação em águas abertas, Ana Marcela Cunha levou a medalha de prata nos dez quilômetros. A campeã olímpica – que se submeteu a uma cirurgia no ombro há menos de um ano e ficou oito meses sem competir –, ainda tentou uma aproximação no fim da prova, mas não alcançou a norte-americana Ashley Twichell, que conquistou o ouro. O pódio teve dobradinha brasileira, com o bronze para Viviane Jungblut.

A prova esteve ameaçada de não acontecer, devido à baixa temperatura da água (17ºC). Por conta disso, as atletas tiveram que competir utilizando trajes de borracha que mantêm o corpo aquecido, mas também atrapalham a execução dos movimentos.

“Foi uma prova muito difícil para mim porque foi justamente usando o traje que eu me lesionei e estava há um ano e seis meses sem usar. Então, fica sempre aquele receio. O mais importante foi que eu nadei no meu ritmo, no meu tempo, sem sentir dores. É claro que a gente sempre quer ganhar o ouro, mas a forma como eu nadei aqui me deixou bastante satisfeita”, comentou Ana Marcela, à assessoria do Time Brasil.

Já na marcha atlética, Caio Bonfim conquistou a prata na prova de 20 quilômetros, totalizando três medalhas em Jogos Pan-Americanos. Ele já tinha um bronze de Toronto e uma prata de Lima. O brasileiro ficou apenas quatro centésimos atrás do equatoriano David Hurtado, que levou o ouro. O mexicano Eduardo Olivas completou o pódio.

Cursinhos preparam indígenas e quilombolas para provas do Enem


Estudantes nota mil dão dicas para a redação do Enem

Com 25 anos de aplicação, o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), que terá provas nos dias 5 e 12 de novembro, tem transformado o acesso às instituições de ensino superior e também os cursinhos preparatórios do país.. Alguns desses cursinhos passaram a se preocupar com a adaptação para receber alunos indígenas e quilombolas. .

Um desses cursinhos é o Colmeia, concebido na Faculdade de Ciências Aplicadas da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), em Limeira, interior de São Paulo, em 2010. No final do ano passado, a iniciativa, idealizada pela professora Josely Rimoli, conseguiu ser elevada de patamar e se tornou um programa da universidade, o que pressupõe maior apoio institucional.

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O Colmeia tem aulas à noite e incorporou a modalidade online em 2019. São 17 professores, entre graduandos e pós-graduandos da Unicamp, que dão aulas de linguagem, exatas, biologia e ciências humanas.

Em entrevista concedida à Agência Brasil, a Josely Rimoli destacou que a atuação da equipe do cursinho pré-vestibular não deve parar no ensino, e sim se estender ao acompanhamento do aluno aprovado quando ingressa no ensino superior. O objetivo do Colmeia, portanto, é oferecer o suporte necessário e garantir que o estudante está se integrando bem na comunidade acadêmica e, mais, que tem condições de se manter até o final do curso, inclusive financeiramente. Assim, pode-se dizer que pensa na efetividade de ações de permanência estudantil.

Além disso, para falar de igual para igual, respeitando o chamado “lugar de fala”, reivindicado por pessoas que fazem parte de grupos minorizados, como os indígenas e quilombolas, o Colmeia permite que os alunos conversem com alguém de perfil parecido, na hora de receber orientações e acolhimento, algo a que dedicam um dia da semana. Um estudante indígena dialoga com um instrutor também indígena, mesmo cuidado com que se trata a parcela quilombola das turmas, formadas, ainda, por adolescentes da Fundação Casa, mulheres e ribeirinhos.

Ensino básico e acesso à internet

Josely pontua que as falhas deixadas pelas escolas em que os alunos do cursinho estudaram vêm, com frequência, à tona, como ocorreria com qualquer estudante, independentemente de se pertencem ou não a grupos minorizados. Por isso, a equipe de professores entendeu que era preciso ajudá-los a fixar os conteúdos em vésperas de provas.

“A gente compreende que é importante dar acesso, contribuir para que acessem o ensino superior. É um direito à educação. E, uma vez que entraram [na instituição de ensino], precisam ter apoio à permanência”, declara a coordenadora do Colmeia, que também é responsável pela acolhida de candidatos indígenas que passam no vestibular da Unicamp.

Josely conta que um levantamento organizado pelo programa recentemente revelou que 83% dos alunos inscritos estudam pelo celular, o que faz com que a atenção se volte para o acesso à internet, geralmente obtida por meio de pacotes de dados e que se esgota rapidamente, à medida que vão assistindo às aulas. “Um quilombola do Vale do Ribeira atravessava o rio, à noite, em uma canoa, sozinho, para pegar sinal. É uma batalha por vez ou várias ao mesmo tempo”, diz a professora universitária.

Pertencimento 

No caso do curso Jenipapo Urucum, da Associação Nacional de Ação Indigenista (Anaí), as estudantes que assistem às aulas e são mulheres e meninas indígenas, muitas vezes, até mesmo o aparelho celular é compartilhado com outros membros de suas famílias, não sendo de uso exclusivo delas, o que marca mais um grau de dificuldade de acesso. Como as alunas não podem prescindir dos aparelhos eletrônicos, as organizadoras do cursinho se mantêm constantemente mobilizadas para conseguir doações de tablets, computadores e celulares.

Conforme verificou o Instituto Semesp, o contingente de estudantes indígenas, no ano de 2021, era de pouco mais de 46 mil pessoas, o equivalente a 0,5% do total de alunos do ensino superior, proporção que ainda pode melhorar. A entidade também descobriu que o gênero feminino predomina entre os alunos indígenas, correspondendo a 55,6%.

Aluna do Jenipapo Urucum, a jovem Suziany Kanindé, de 18 anos, vive na zona rural de Aratuba (CE) e estuda em uma escola indígena. Ela descobriu o cursinho através de seu pai, que viu um post de divulgação no Instagram.

Suziany planeja estudar psicologia em Fortaleza, tanto por se identificar com a área como por ver que há uma lacuna de profissionais desse campo no atendimento ao seu povo, conciliando, assim, os estudos com a vontade de manter intacto ao máximo o convívio com os familiares. Como vantagem do caráter singular do cursinho indígena, ela cita a oportunidade de conhecer o modo de viver de outros povos originários.

“São diferentes povos, de todo o Brasil. Então, é uma chance de conhecer outras pessoas, cultura, tradições”, observa ela, que utiliza um tablet para ver as aulas, ministradas à noite, no contraturno da escola, e já reconhece avanços no desempenho em língua portuguesa e ciências da natureza, com o auxílio dos professores do cursinho, que são indígenas e não indígenas.

Perguntada sobre como espera que seja sua adaptação na universidade, Suziany exterioriza certa apreensão. “A gente conversa, dentro do cursinho, sobre a realidade dentro da universidade. No cursinho, a gente está entre a gente. Já na universidade, é outra realidade. A gente encontra uma série de dificuldades, quando vai para fora, sai da zona de conforto”, afirma ela, que também atua no Museu Indígena Kanindé.

Política de cotas

A jovem pataxó hã-hã-hãe Narrary Lucília, de 18 anos, também foi aluna do Jenipapo Urucum e chegou até ele pela sua mãe, que é monitora do cursinho, além de ter sido aluna, em outro momento. Para Narrary, que agora reduziu a frequência às aulas, depois de começar a cursar nutrição em uma faculdade particular, com bolsa integral, também é fundamental a sensação de pertencimento que a turma gera. “A maioria das pessoas que está nas universidades não é indígena. Acho esse projeto muito bonito. Algum professor, às vezes, inicia a aula colocando um vídeo de algum ritual, as alunas se juntam e, quando há duas de um mesmo povo, cantavam juntas. E conhecer também as culturas das meninas”, afirma.

Para Narrary, um dos fatores em que o governo acertaria, em termos de ampliação da presença de indígenas no ensino superior, seria a aposta no ensino básico, junto com políticas afirmativas, ou seja, cotas que permitam um maior acesso a eles. “As escolas indígenas são muito precárias. Às vezes, há poucos indígenas fazendo a prova do Enem porque não se sentem capazes. O ensino na aldeia não é tão bom assim e acaba que muitas pessoas achavam que os indígenas eram atrasados. Por causa disso, acabam sem querer estudar, por não se sentirem capazes. É por isso que não têm tanta representatividade [nas instituições de ensino superior]”, resume ela.

Fortaleza cai para a LDU e fica com o vice da Copa Sul-Americana


Estudantes nota mil dão dicas para a redação do Enem

O torcedor do Fortaleza teve adiado o sonho de comemorar um inédito título continental. Neste sábado (28), o Leão do Pici foi derrotado pela LDU, do Equador, nos pênaltis, por 4 a 3, após empate por 1 a 1 no tempo normal, na final da Copa Sul-Americana, disputada no Estádio Domingo Burgueño Miguel, em Maldonado, no Uruguai. A Rádio Nacional transmitiu o duelo ao vivo.

O Tricolor de Aço podia se tornar a quinta equipe brasileira a vencer a Sul-Americana, feito alcançado por Athletico-PR (duas vezes), São Paulo, Internacional e Chapecoense. O clube cearense igualou a melhor campanha nordestina em um torneio continental. Em 1999, o CSA foi vice-campeão da extinta Copa Conmebol. Os alagoanos perderam a decisão para o Talleres, da Argentina.

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Apesar do vice, a campanha é outra marca da volta por cima espetacular que o Fortaleza dá em sua história. Em 2017, o Leão do Pici celebrou o acesso à Série B do Campeonato Brasileiro, após oito temporadas na Série C. No ano seguinte, veio o título da segunda divisão. O time tem feito campanhas sólidas no Brasileirão, com destaque ao quarto lugar de 2021, que classificou a equipe à Libertadores pela primeira vez.

A campanha de 2023 iniciou com eliminação precoce justamente na Libertadores, ainda na fase preliminar, para o Cerro Porteño, do Paraguai. Restou a Sul-Americana ao Tricolor de Aço. A equipe cearense avançou em primeiro lugar no Grupo H, ficando à frente de San Lorenzo, da Argentina; Palestino, do Chile; e Estudiantes de Mérida, da Venezuela. Já no mata-mata, superou Libertad, do Paraguai; América-MG e Corinthians, até cair para a LDU. Os equatorianos, aliás, voltam a frustrar um time brasileiro nesta competição. Em 2009, eles conquistaram a taça em cima do Fluminense.

Sem o título, que daria vaga automática à próxima Libertadores, o Fortaleza volta às atenções ao Brasileirão. O Leão do Pici ocupa a nona posição com 42 pontos, sete a menos que o Atlético-MG, sexto colocado e último time na zona de classificação à maior competição do continente. Os cearenses têm dois jogos a menos que o Galo.

O primeiro tempo foi de pouquíssimas emoções. Cada time finalizou somente duas vezes, nenhuma em direção à meta. Na oportunidade mais clara, aos 17 minutos, Marinho desperdiçou. O atacante fez boa jogada pela direita, mas demorou a chutar depois que entrou na área e acabou desarmado pela zaga.

A etapa final começou bem diferente, já que, aos dois minutos, o Fortaleza conseguiu abrir o placar. O meia Tomás Pochettino cruzou pela direita e o atacante Juan Martín Lucero mandou para as redes. Foi o 22º gol do argentino nesta temporada. Ele é o artilheiro tricolor em 2023. Oito minutos depois, porém, o meia Lisandro Alzugaray fez boa jogada e arrematou da meia-lua, igualando para a LDU.

O duelo transcorreu nervoso, com o Leão do Pici mais presente no ataque. O meia Yago Pikachu e o lateral Bruno Pacheco tiveram boas oportunidades, mas pararam no goleiro Alexander Dominguez. Quase nos acréscimos, foi a vez de João Ricardo salvar o Fortaleza, ao evitar uma finalização perigosa do volante Maurício Martínez, que buscava o ângulo do arqueiro.

Na prorrogação, as equipes intercalaram bons e maus momentos, mas sem criar lances de perigo. Com o placar inalterado, a decisão foi para os pênaltis. O Fortaleza começou melhor, com João Ricardo defendendo o chute de Paolo Guerrero, ex-atacante de Flamengo e Corinthians. A LDU voltou para a disputa com Domínguez salvando a batida do atacante Sílvio Romero (que entrou no lugar de Lucero).

O goleiro tricolor voltou a se destacar ao evitar o gol do atacante Alexander Alvarado, mas o Leão não aproveitou e o volante Pedro Augusto desperdiçou a cobrança seguinte, mantendo a disputa empatada. O meia Lucas Piovi anotou o quarto dos equatorianos. O zagueiro Emanuel Brítez tinha de balançar as redes para manter o Fortaleza vivo, mas o arremate foi defendido por Domínguez, para festa da torcida da LDU.

Lutando contra o rebaixamento, Vasco e Goiás se enfrentam na Serrinha


Estudantes nota mil dão dicas para a redação do Enem

Vasco e Goiás medem forças, a partir das 16h (horário de Brasília) desde domingo (29) no estádio da Serrinha, em confronto entre duas equipes que lutam para deixar a zona do rebaixamento do Campeonato Brasileiro. A Rádio Nacional transmite a partida ao vivo.

O Cruzmaltino chega ao jogo em um momento complicado na competição. Após derrotas no clássico para o Flamengo, no Maracanã, e para o Internacional, em pleno estádio de São Januário, a equipe comandada pelo técnico argentino Ramón Díaz ocupa a 18ª posição com 30 pontos.

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Diante de um confronto com um adversário direto na luta para fugir da zona do rebaixamento, o comandante vascaíno afirmou, em entrevista coletiva, que tranquilidade é fundamental: “Temos confrontos diretos. Com o Goiás temos que duelar […]. Temos que manter a tranquilidade, competir, nos preparar bem rapidamente e nos recuperar rápido. É uma partida decisiva”.

Para o jogo contra o Goiás uma ausência é certa, o meio-campista Paulinho, suspenso por causa de expulsão. As principais opções de Ramón Díaz para a posição são o volante Jair e os meias Orellano e Alex Teixeira.

O Goiás também passa por um momento de turbulência. Após ser goleado por 5 a 3 pelo Fluminense, em Volta Redonda na última rodada, e empatar, na Arena Pantanal, com o Cuiabá, o Esmeraldino sabe que não pode perder a oportunidade de somar pontos em casa para deixar a incômoda 17ª posição, com 31 pontos.

Porém, mesmo com um retrospecto recente tão negativo o técnico Armando Evangelista não deixa de confiar na recuperação de sua equipe: “Até o final [do Brasileiro] serão jogos de grande importância. Teremos que ser audazes e corajosos para disputar os três pontos. Jogando em casa, temos ainda mais o sentimento de que podemos e temos que conquistar esses pontos”.

Transmissão da Rádio Nacional

A Rádio Nacional transmite Goiás e Vasco com a narração de André Luiz Mendes, comentários de Mario Silva, reportagem de Rodrigo Campos e plantão de Bruno Mendes. Você acompanha o Show de Bola Nacional aqui:

Com gol no fim, seleção feminina vence na estreia de Arthur Elias


Estudantes nota mil dão dicas para a redação do Enem

A “era” Arthur Elias no comando da seleção feminina de futebol iniciou da melhor forma possível. Neste sábado (28), as brasileiras venceram o Canadá por 1 a 0, em amistoso realizado no Estádio Saputo, em Montreal, casa das adversárias, com gol no fim da partida.

Multicampeão à frente do Corinthians, com cinco títulos brasileiros, quatro da Libertadores, três paulistas, dois da Supercopa do Brasil e um da Copa do Brasil, Arthur escalou uma equipe agressiva, com Luana e Ary Borges compondo o meio-campo e cinco jogadoras ofensivas: Tamires (lateral de ofício, mas que o treinador costuma usar como ponta-esquerda) e Adriana abertas e o trio de ataque formado por Geyse, Marta e Cristiane. As duas últimas, aliás, não atuavam juntas pela seleção há dois anos e meio.

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Cristiane, que não era convocada desde 2021, foi uma das novidades do time titular, em comparação ao que empatou sem gols com a Jamaica pela Copa do Mundo deste ano, no último jogo sob comando da técnica sueca Pia Sundhage – o Brasil foi eliminado na primeira fase da competição, realizada na Austrália e na Nova Zelândia. As outras mudanças foram as presenças de Lauren na zaga e de Geyse no ataque. Ambas, no entanto, estiveram entre as convocadas de Pia para o Mundial.

As canadenses até balançaram as redes primeiro, aos 27 minutos do primeiro tempo, em cabeçada de Vanessa Gilles, mas o lance foi anulado por impedimento da zagueira. Quatro minutos depois, o Brasil teve sua melhor oportunidade, com Adriana. A atacante avançou pela direita e chutou cruzando, buscando o ângulo de Kailen Sheridan, mas parou em grande defesa da goleira.

Arthur retornou para o segundo tempo com Gabi Nunes e Debinha nos lugares de Cristiane e Geyse. Aos 13 minutos, Marta deixou o campo, muito aplaudida, para o lugar de Bia Zaneratto. A volante Angelina, aos 23; a atacante Gabi Portilho, aos 35; e a meia Duda Sampaio, já nos acréscimos, ainda entraram nas vagas de Luana, Adriana e Ary Borges, respectivamente.

A seleção melhorou ao longo da etapa final e passou a dominar as ações ofensivas, mas parava em Sheridan, que salvou chances claras de Debinha (duas vezes) e Ary. O Canadá assustou aos 46 minutos, mas a goleira Lelê evitou o gol de Gilles em batida cruzada.

Quando o duelo caminhava para o empate, o Brasil, enfim, venceu Sheridan. Aos 48 minutos, a lateral Antônia retomou a posse na intermediária e encontrou Debinha. A camisa 7 finalizou da entrada da área, a bola desviou duas vezes no caminho e foi para as redes canadenses, decretando a vitória canarinho.

As equipes voltam a se enfrentar nesta terça-feira (31), às 20h30 (horário de Brasília), no Wanderers Stadium, em Halifax, também no Canadá.

Pan: Brasil perde para Colômbia, mas ganha prata inédita no beisebol


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A primeira medalha do beisebol do Brasil em Jogos Pan-Americanos é de prata. Neste sábado (28), a seleção verde e amarela encerrou a caminhada em Santiago, no Chile, superada pela Colômbia por 9 a 1, na final da modalidade.

Apesar da derrota, a campanha brasileira foi histórica. Em seis partidas, foram quatro vitórias – uma justamente sobre a Colômbia, na primeira fase – e duas derrotas. O time brasileiro ainda suplantou seleções tradicionais, como Venezuela (onde o beisebol é o principal esporte) e Cuba (12 vezes medalhista de ouro), mesmo com elas. O país não marcava presença em um Pan desde 2007, quando sediou o evento, no Rio de Janeiro.

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Dos 24 jogadores da seleção vice-campeã, cinco são profissionais e atuam em países como França, Japão e Estados Unidos. Os demais estão aqui no Brasil, onde o esporte ainda é amador. Entre eles, dois atletas com história no beisebol, como Paulo Orlando, campeão da Major League Baseball (MLB) – liga norte-americana, considerada a maior do mundo – e André Rienzo, primeiro arremessador brasileiro a jogar na MLB.

A modalidade

A partida de beisebol no Pan tem sete rodadas ou entradas. Em cada uma, as equipes se revezam entre rebater (para fazer pontos) e arremessar (para evitar que o adversário pontue).

Ao rebater a bola, o atleta deve correr pelas quatro bases do campo. Ele pontua se atingir a última delas antes de a bola chegar às mãos do receptor, jogador adversário que “protege” a base. Já o arremessador tem que impedir que os rebatedores corram e somem pontos, garantindo que cada um deles não devolva três de suas jogadas.

Se o rebatedor chegar na base depois de a bola ir para o receptor, ele é eliminado. A entrada termina após a equipe atacante atingir três eliminações. Por isso, o atleta normalmente corre, inicialmente, até a primeira base e aguarda as rebatidas dos outros companheiros para ir avançando aos poucos. Quanto mais jogadores ocupando bases, mais pontos o time pode anotar naquela rodada.

Entrada decisiva

A quarta entrada foi crucial para o resultado final. Os colombianos, que já lideravam o placar por 2 a 1, encaixaram rebatidas e corridas em sequência e abriram 5 a 1. Nas rodadas seguintes, o Brasil até esteve perto de pontuar, mas teve seus rebatedores eliminados antes que chegassem à última base. Os adversários, por sua vez, foram ampliando a vantagem, cravando ao menos uma corrida a cada entrada.

“A gente tem talento [no Brasil]. Precisa de um pouco mais de investimento. Espero que essa medalha traga muitos frutos bons, [traga] jovens que tenham oportunidade de jogar lá fora em um nível mais forte. O beisebol fez história”, disse Paulo Orlando, à assessoria do Time Brasil, após a partida.

O beisebol não integra os Jogos de Paris, na França, em 2024, mas estará na Olimpíada de Los Angeles, nos Estados Unidos, em 2028. A última vez da modalidade no maior evento do esporte mundial foi na edição anterior, em Tóquio, no Japão, em 2021.

Com Rafaela Silva, Brasil domina 1º dia do judô no Pan de Santiago


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O Brasil abriu as disputas do judô nos Jogos Pan-Americanos de Santiago, no Chile, com os seis atletas que foram ao tatame conquistando medalhas, sendo quatro douradas. Caras novas, como Aléxia Nascimento e Michel Augusto, e experientes, como Larissa Pimenta e a multicampeã Rafaela Silva, foram ao topo do pódio neste sábado (28), em que se celebra o Dia Internacional da modalidade.

A vitória de Rafaela teve gosto especial. Ela até tinha vencido a categoria até 57 quilos (kg) no Pan de Lima, no Peru, em 2019, mas teve a medalha cassada após ser pega no doping. Dona de dois títulos mundiais (2013 e 2022) e um olímpico (2016), essa carioca de 31 anos não demorou a aplicar dois wazaris (quando o atleta derruba o adversário de lado) e a derrotar a argentina Brisa Gómez, tornando-se a primeira judoca do país a ser campeã de tudo no esporte.

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“Na primeira luta, veio um pouco da lembrança de 2019, então tive que segurar a emoção. Durante os últimos quatro anos eu pensei nesses Jogos de Santiago. Consegui me manter forte e focar no objetivo. Foram quatro jogos batendo na trave. Prata [2011], bronze [2015], o ouro retirado. Dezesseis anos depois, consigo esse ouro”, celebrou Rafaela, emocionada, ao falar para a assessoria do Time Brasil.

Aléxia

O primeiro ouro de sábado veio com Aléxia Nascimento, que venceu a mexicana Edna Carrillo na final da categoria até 48 kg. A sul-mato-grossense de 21 anos se credenciou à competição com o título do Pan Júnior de 2021, realizado em Cali, na Colômbia. O pódio ainda teve a pernambucana Amanda Lima, 24 anos, que garantiu o bronze ao derrotar a chilena Mary Dee Vargas.

Na sequência, Michel encarou o colombiano Johan Rojas na decisão do peso até 60 kg. O paulista de 18 anos chegou a ter com duas punições (shidos) por falta de combatividade, e uma de ser desclassificado, mas reagiu e pressionou o adversário. A vitória coube ao brasileiro.

Campeã no Pan de Lima, Larissa revalidou o título da categoria até 52 kg, ao vencer a mexicana Paulina Martinez na final. Assim como Michel, a paulista de 24 anos se beneficiou do acúmulo de punições da adversária para assegurar a vitória e o bicampeonato.

O paulista Willian Lima, de 23 anos, ainda garantiu o bronze na categoria até 66 kg. Na disputa pelo terceiro lugar, o brasileiro encaixou dois wazaris para vencer o peruano Juan Postigos. A medalha dele garantiu 100% de aproveitamento do judô brasileiro no primeiro dia da modalidade em Santiago.

O Brasil volta ao tatame de Santiago neste domingo (29), com mais seis judocas: Ketleyn Quadros (categoria até 63kg), Aléxia Castilhos, Luana Carvalho (ambas até 70kg), Daniel Cargnin, Gabriel Falcão (ambos até 73kg) e Guilherme Schimidt (até 81kg). As eliminatórias começam às 10h (horário de Brasília).