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Entenda o que prevê o projeto de lei que muda o ensino médio


Entenda o que prevê o projeto de lei que muda o ensino médio

O governo federal encaminhou nesta semana ao Congresso Nacional projeto de lei com diretrizes para a Política Nacional de Ensino Médio, que propõe alterações no novo ensino médio.

O envio do projeto de lei ocorre após as mudanças no currículo dessa etapa de ensino terem sido criticadas por entidades, estudantes, professores e especialistas. O novo ensino médio foi aprovado em 2017 e começou a ser implementado nas escolas este ano.

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O projeto de lei vai passar por debates na Câmara e no Senado, quando pode ser modificado. Somente se aprovado pelos parlamentares e sancionado pelo presidente da República, entrará em vigor. Até lá, as escolas continuarão seguindo as regras válidas do novo ensino médio.

Veja abaixo o ensino médio atualmente e quais as mudanças previstas no projeto de lei:

Carga horária

Atualmente: As escolas devem destinar 1.800 horas anuais para as disciplinas obrigatórias comuns do ensino médio. A carga restante, de 1.200 horas, é para os itinerários formativos, áreas de conhecimentos ou curso técnico escolhidos pelos alunos.

O que prevê o projeto de lei: Retomada de, no mínimo, 2.400 horas anuais para as disciplinas obrigatórias sem integração com curso técnico. No caso de cursos técnicos, os estudantes poderão ter 2.100 horas de disciplinas básicas e, pelo menos, 800 horas de aulas técnicas.

Disciplinas obrigatórias

Atualmente: Língua portuguesa, matemática, educação física, arte, sociologia e filosofia são obrigatórias nos 3 anos do ensino médio.

O que prevê o projeto de lei: Tornam-se disciplinas obrigatórias em todo o ciclo do ensino médio: língua espanhola, história, geografia, química, física, biologia, matemática, língua portuguesa e língua inglesa.  

Itinerários formativos

Atualmente: O estudante pode escolher se aprofundar em determinada área do conhecimento dentro de cinco grupos: matemáticas, linguagens, ciências da natureza, ciências humanas e sociais e formação técnica, chamados itinerários formativos. O aluno pode optar por um ou mais itinerários. As escolas não são obrigadas a oferecer todos os itinerários, podem definir quais ofertarão.

O que prevê o projeto de lei: Revogação dos itinerários formativos e criação dos Percursos de Aprofundamento e Integração de Estudos, que vão combinar, no mínimo, três áreas do conhecimento. Cada escola terá que ofertar, pelo menos, dois percursos até o início do ano letivo de 2025. Outra proposta é a criação de parâmetros nacionais para os percursos para evitar desigualdades e desestímulo aos estudantes.

Educação à distância  

Atualmente:  Redes de ensino podem oferecer disciplinas da formação básica pela educação à distância.

O que prevê o projeto de lei: Vedação da oferta da Formação Geral Básica por meio da educação à distância. As aulas online seriam autorizadas apenas em situações excepcionais definidas pelo Ministério da Educação (MEC) e o Conselho Nacional de Educação (CNE).

Profissionais não licenciados

Atualmente: Profissionais com notório saber podem ser contratados para dar aulas sobre conteúdos de áreas afins à sua formação ou experiência profissional. 

O que prevê o projeto de lei: Proíbe profissionais com notório saber de ministrar aulas. Serão definidas situações em que esses profissionais poderão atuar, excepcionalmente, na docência do ensino médio.  

Fortaleza e LDU decidem título da Copa Sul-Americana


Entenda o que prevê o projeto de lei que muda o ensino médio

Chegou a hora de conhecer o campeão da Copa Sul-Americana. Para isso, Fortaleza e LDU (Equador) medem forças, a partir das 17h (horário de Brasília) deste sábado (28) no Estádio Domingo Burgueño Miguel, em Maldonado (Uruguai). A equipe brasileira busca um título inédito da competição, enquanto os equatorianos jogam pelo bicampeonato (já levantou a taça em 2009). A Rádio Nacional transmite o confronto decisivo ao vivo.

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O Fortaleza chega confiante ao duelo. O elenco do Leão teve folga nesta semana, pois o jogo contra o Botafogo pelo Campeonato Brasileiro foi adiado. No Brasileirão a equipe nordestina ocupa a 9ª colocação com 42 pontos.

Na campanha que o levou à final da Sul-Americana, o Fortaleza passou em primeiro no Grupo H, que contava com San Lorenzo (Argentina), Palestino (Chile) e Estudiantes de Mérida (Venezuela). No mata-mata a equipe brasileira deixou pelo caminho o paraguaio Libertad (oitavas), o América-MG (quartas) e o Corinthians (semifinais).

Agora o time nordestino procura fazer uma grande apresentação neste sábado para se sagrar campeão. E, em caso de título, alcançará um feito inédito, se tonará a primeira equipe Nordeste a conquistar um título internacional (em 1999 o CSA bateu na trave ao perder a final da Copa Conmebol para o argentino Talleres).

Definir os pilares do plantel tricolor pode ser uma tarefa difícil, pois a equipe inteira se ajuda dentro de campo. Porém, podem ser destacados os volantes Zé Welison e Caio Alexandre, o meia Yago Pikachu e os atacantes Thiago Galhardo, Marinho e Lucero. Os volantes ajudam muito na marcação e mantém intensidade e pegada no meio de campo. Pikachu cumpre mais uma temporada regular com a camisa do Leão do Pici. Thiago Galhardo tem jogado de meia, criando jogadas. Marinho, que chegou do Flamengo em junho, se mostrou decisivo e voltou a lembrar seu auge no Santos, quando foi eleito Rei da América durante sua participação na Libertadores. E no ataque o argentino Lucero reina absoluto, com 21 gols na temporada.

Em caso de sucesso, este será o maior título da história do Fortaleza. Entre as conquistas do clube se destacam o Campeonato Brasileiro Série B de 2018 e duas Copas do Nordeste, alcançadas em 2019 e em 2022.

Do outro lado do gramado estará uma LDU focada em trazer mais um título para o Equador. O atual campeão da Sul-Americana é do país, o Independiente Del Valle, que conquistou o título em 2022 ao bater o São Paulo na decisão. A equipe conta com velhos conhecidos do futebol brasileiro, como os centroavantes Paolo Guerrero e Jan Hurtado, além do meia Jhojan Julio.

O ponto forte da equipe equatoriana é a defesa. Nos últimos cinco jogos a LDU não foi vazada, tendo sofrido o último gol há mais de um mês. No Campeonato Equatoriano ocupa a 2ª colocação, um ponto atrás do líder Barcelona de Guayaquil.

A trajetória da LDU na Sul-Americana começou ainda na primeira fase, com vitória sobre o Delfín (Equador) por 4 a 0 e classificação para a fase de grupos. Assim, passou em primeiro no Grupo A, que tinha Botafogo, Magallanes (Chile) e César Vallejo (Peru). Nas oitavas de final tirou o Ñublense (Chile) nos pênaltis. Também nas penalidades máximas superou o São Paulo nas quartas de final. Nas semifinais conseguiu uma grande vitória por 3 a 0 sobre o Defensa y Justicia (Argentina) na ida e empatou em 0 a 0 na volta, assim se classificando para a final.

Transmissão da Rádio Nacional

A Rádio Nacional transmite a decisão entre Fortaleza e LDU com a narração de André Marques, comentários de Waldir Luiz, reportagem de Mauricio Costa e plantão de Rodrigo Campos. Você acompanha o Show de Bola Nacional aqui:

* Colaboração de Pedro Dabés (estagiário) sob supervisão de Paulo Garritano.

Pan: Brasil garante dobradinha dourada no vôlei de praia


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O Brasil garantiu uma dobradinha dourada, nesta sexta-feira (27), na disputa do vôlei de praia dos Jogos Pan-Americanos, disputados em Santiago (Chile). Na final feminina Duda e Ana Patrícia derrotaram as canadenses Melissa e Brandie por 2 sets a 0 (parciais de 22/20, 21/18) para garantirem o lugar mais alto do pódio. Já entre os homens André e George superaram os cubanos Alayo e Diaz por 2 sets a 1 (parciais de 21/12, 19/21, 15/13) para ficarem com o ouro.

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Com estas conquistas o Brasil encerrou um jejum que já durava 12 anos na modalidade, pois os últimos ouros do Brasil no vôlei de praia em uma edição de Jogos Pan-Americanos foram alcançados em 2011, em Guadalajara (México).

“É uma realização uma medalha em campeonatos grandiosos como este. Já é motivo para se orgulhar, ainda mais sendo uma medalha de ouro. Levando em consideração tudo o que temos vivido, os torneios que disputamos, essa conquista se torna ainda mais linda para nós”, declarou Ana Patrícia.

Boxe do Brasil cumpre campanha história nos Jogos Pan-Americanos


Entenda o que prevê o projeto de lei que muda o ensino médio

O boxe brasileiro cumpriu uma jornada histórica nos Jogos Pan-Americanos. Com a conquista de quatro ouros nesta sexta-feira (27) no Centro de Treinamento Olímpico, Santiago 2023 se tornou a edição do evento com o maior número de pódios alcançados por atletas do Brasil, 12 no total.

E para que este feito alcançado as mulheres foram fundamentais. Elas foram as responsáveis pela conquista de todas as medalhas douradas da delegação brasileira: Carol “Naka” Almeida (categoria 50 kg), Jucielen Romeu (57 kg), Bia Ferreira (60 kg) e Barbara Almeida (66 kg).

“Estou muito satisfeito com a equipe feminina, foi um desempenho monstruoso. O Brasil evoluiu muito com investimento em treinamento, participação em competições fora do Brasil, salário em dia. Hoje, Brasil e Colômbia são as potências do boxe feminino do continente”, declarou o treinador-chefe da equipe de boxe brasileira, Mateus Alves.

Além das medalhas douradas o Brasil fechou a competição com as pratas de Tatiana Chagas (54kg), Michael Douglas Trindade (51kg), Wanderley Pereira (80kg), Keno Marley Machado (92kg) e Abner Teixeira (+92kg). Na última quinta-feira (26) Viviane Pereira (75kg), Luiz Oliveira “Bolinha” (57kg) e Yuri Falcão (63.5kg) haviam garantido o bronze.

Medalhas no surfe

Dentro da água o Brasil também teve uma jornada de conquistas. Na praia de Punta de Lobos, em Pichilemu, duas surfistas brasileiras se garantiram nas finais de suas respectivas categorias. Tatiana Weston-Webb, no shortboard, e Aline Adisaka, no SUP (stand up paddle), venceram seus confrontos e disputarão o ouro. Além disso, a delegação brasileira já tem garantidas outras três medalhas na modalidade, com Carlos Bahia e Chloé Calmon, no longboard, e Luiz Diniz, no SUP. Nos próximos dois dias não serão realizadas competições por causa das condições do tempo. Assim, as finais serão disputadas na próxima segunda-feira (30).

Participantes de projeto educativo conhecem biodiversidade do Cerrado


Entenda o que prevê o projeto de lei que muda o ensino médio

Seis crianças e adolescentes de diferentes regiões brasileiras conheceram, nesta sexta-feira (27), um pouco da biodiversidade do Cerrado fora dos livros, em uma experiência imersiva no Jardim Botânico de Brasília (JBB). Na trilha ecológica, um guia profissional apresentou a fauna e a flora do bioma em sementes, nascentes e curso d’água, pequenos animais, como um tatu, e árvores típicas aos jovens e a seus professores. Todos viajaram a Brasília a convite da Embaixada da França no Brasil, por serem vencedores do programa FrancEcolab Brasil 2023.

O objetivo do programa é despertar jovens e educadores brasileiros para a importância da preservação ambiental e o desenvolvimento sustentável do planeta. Os ganhadores da terceira edição do projeto foram apelidados de ecocidadãos pelos organizadores da iniciativa por contribuírem para a melhoria e conservação do planeta para as gerações futuras. 

Durante a caminhada de 1,8 quilômetro (km) pela Trilha Krahô do JBB (nome que homenageia o povo indígena de Tocantins), estudantes e professores revelaram que a educação ambiental, aos poucos, tem promovido mudanças na vida de deles, como a redução de consumo, o reúso de alguns recursos, a reciclagem de produtos e o combate ao desperdício. Com isso, muitos dizem que se tornaram mais conscientes do papel individual que têm. 

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Maria Clara Soares, aluna do 5º ano da Escola Municipal Anísio Teixeira de Niterói, no Rio de Janeiro, descobriu-se como multiplicadora de conhecimentos. “Minha visão mudou, e sei que a gente tem que reciclar mais e tentar economizar recursos para preservar espécies de plantas e animais. Agora, tenho repassado esse projeto para as outras turmas da minha escola.”

Brasília (DF), 27/10/2023 - A estudante Andrya Pietra Sousa, que participa de programa educativo desenvolvido pela da Embaixada da França, durante visita guiada ao Jardim Botânico de Brasília para conhecer a fauna e a flora do Cerrado. Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil
Brasília (DF), 27/10/2023 - A estudante Andrya Pietra Sousa, que participa de programa educativo desenvolvido pela da Embaixada da França, durante visita guiada ao Jardim Botânico de Brasília para conhecer a fauna e a flora do Cerrado. Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

A estudante amazonense Andrya destaca importância da preservação das florestas – Marcelo Camargo/Agência Brasil

Andrya Pietra Sousa de Jesus, que está no primeiro ano do ensino médio de uma escola pública de Manaus e é uma das ganhadoras do FrancEcolab Brasil, lembrou que, neste ano, presenciou por alguns dias o céu manauara tomado pela fumaça de queimadas na Floresta Amazônica. Ao participar do programa, Andrya disse que passou a valorizar mais a natureza que cerca a cidade onde vive. “Aprendi a importância de preservarmos nossas florestas, a importância de ter um convívio melhor com o meio ambiente. A gente precisa da floresta, precisa da Mata Atlântica, da Amazônia, do Cerrado, do Pampa, para viver. Mas as pessoas não estão dando tanta importância a isso e consideram a cidade como mais importante, como se isso fosse a solução de tudo.”

Sua professora na Escola José Carlos Mestrinho, a francesa Kadidiatou Sow, que vive há um ano no Brasil, disse que já tinha consciência ambiental ao reciclar o lixo doméstico, mas ficou surpresa com pessoas jogando lixo no chão, com o uso abusivo de plástico e com a falta de educação ambiental mesmo para quem vive a Amazônia brasileira. A professora de língua estrangeira destacou, porém, que oficinas, visitas de especialistas e material de apoio oferecido pelo programa já contribuem para mudar a realidade de docentes e de alunos. “Percebi que eles saíram desse projeto com mais conhecimento. E acho que o mais importante é educar nossas crianças, porque eles são o futuro, e são eles que irão incentivar e ser parte dessa mudança de que precisamos tanto.”

Vinda de Macapá, a professora Flávia de Jesus dos Santos Pontes informou que a Escola Estadual Professora Marly Maria e Souza Silva foi premiada nas duas primeiras edições do programa. Em 2023, o projeto vencedor, o livro A Onça-Pintada Jussara e Seus Amigos contra O Terror das Matas, foi confeccionado com material reciclável, sementes de fruta e de legumes, como abóboras. Flávia percebeu uma mudança de consciência dos alunos a partir dessa experiência. “Fizemos a reciclagem de materiais para elaborar o livrinho do projeto e, então, eles aprenderam questões de preservação e de reciclagem para que não joguem lixo no chão, separem o lixo, como papel, plástico e vidros. Vamos trabalhando tudo isso com eles em sala de aula.” 

Na visita à capital federal, o estudante do primeiro ano do ensino médio do Colégio Liceu Franco-Brasileiro do Rio de Janeiro João Vitor Lopes ajudou a plantar mudas de ipê amarelo no Jardim Botânico.  Para João Vitor, o planeta ainda tem jeito, mas o FrancEcolab Brasil despertou nele um senso de urgência para reverter processos de degradação ambiental. “Entendi que a situação precisa ser mudada agora, porque pode ser que não tenhamos tempo para isso. Então, nós, os adolescentes e as crianças, somos responsáveis por essa mudança. Sem nós, realmente não vai ter como efetivamente salvar as florestas do Brasil. Procuro sempre desenvolver práticas sabidamente boas para o meio ambiente, como a reciclagem, no colégio, em casa e no meu prédio.” 

Brasília (DF), 27/10/2023 - A estudante Sofia Diniz, que participa de programa educativo desenvolvido pela da Embaixada da França, durante visita guiada ao Jardim Botânico de Brasília para conhecer a fauna e a flora do Cerrado. Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil
Brasília (DF), 27/10/2023 - A estudante Sofia Diniz, que participa de programa educativo desenvolvido pela da Embaixada da França, durante visita guiada ao Jardim Botânico de Brasília para conhecer a fauna e a flora do Cerrado. Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

A mineira Sofia fez pequenas mudanças, como fechar a torneira ao escovar os dentes – Marcelo Camargo/Agência Brasil

Pequenas mudanças de hábitos, como fechar a torneira ao lavar os cabelos compridos e escovar os dentes, foram adotadas pela Sofia Diniz, estudante do 8º ano do ensino fundamental de Contagem, em Minas Gerais, desde que começou a participar do projeto francês. Agora, Sofia tenta influenciar os familiares para ter rotinas mais ecológicas e sustentáveis.  

“Se continuarmos no estágio em que estamos, teremos a ebulição global e não vai haver mais espécies de plantas, não vai ter mais oxigênio necessário para a gente sobreviver ou conseguir ter uma vida estável e boa também”, teme Sofia. 

O professor Brian Diniz Amorim disse que aprecia o protagonismo jovem na busca de soluções para problemas que impactam a humanidade. “Como professor, vejo que conseguimos propiciar aos alunos a oportunidade de pensar a nível científico em problemas muito complexos e buscar uma solução própria deles para esses problemas, em que eles são os protagonistas para a solução.”

“Volta e meia, nos deparamos com desafios muito imponentes, e os alunos, por meio da mobilização de todos os conhecimentos adquiridos ao longo dos anos de escolarização, têm possibilidade de pensar em uma solução para um problema muito complexo”, acrescenta Brian Amorim, professor na escola de Sofia. 

O FrancEcolab Brasil é interdisciplinar e, por isso, puderam participar do programa, professores de diversas disciplinas, além do francês. No Liceu Franco-Brasileiro, do Rio, a professora Heloísa Helena Leal Azevedo revelou que esse envolvimento maior contagiou toda a escola e acirrou a disputa interna para participar do programa. “É uma guerra. E a gente tem que educar os alunos para que eles possam saber preservar o que nós temos. E os professores também passam por essa educação. Depois que participam, acho que o conhecimento deles cresce muito.” 

O diretor de Biodiversidade do Jardim Botânico de Brasília, Estevão do Nascimento Fernandes de Souza, que guiou os visitantes pela Trilha Krahô, quis tornar a experiência transformadora ao mostrar detalhes que costumam passar despercebidos no bioma do Cerrado. Souza aposta no potencial das crianças para proteger e respeitar o meio ambiente. “Fornecemos a educação de base e, assim, elas conseguem multiplicar esse conhecimento quando chegam em casa. E a gente vê que as crianças estão mais interessadas em entender. Elas perguntam mais e interagem mais com a gente.”

FrancEcolab 

Brasília (DF), 27/10/2023 - Crianças e professores que participam de programa educativo desenvolvido pela da Embaixada da França fazem visita guiada ao Jardim Botânico de Brasília para conhecer a fauna e a flora do Cerrado. Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil
Brasília (DF), 27/10/2023 - Crianças e professores que participam de programa educativo desenvolvido pela da Embaixada da França fazem visita guiada ao Jardim Botânico de Brasília para conhecer a fauna e a flora do Cerrado. Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

Programa FrancEcolab foi criado há dois anos pela Embaixada da França no Brasil – Marcelo Camargo/Agência Brasil

Criado em 2021 pela Embaixada da França no Brasil, o FrancEcolab é um programa educativo destinado a estudantes de escolas brasileiras públicas e privadas bilingues, com ensino de francês e português. 

Nos dois anos anteriores foram abordados temas que envolviam a proteção dos oceanos e rios e o combate aos microplásticos. A terceira edição teve como tema As Florestas do Brasil: Preservar a Biodiversidade. De acordo com a Embaixada da França, em 2023, a iniciativa reuniu mais de mil estudantes, de 7 a 18 anos, dos ensinos fundamental e médio, de 57 escolas públicas e privadas de todo o Brasil, que participaram de oficinas, passeios, visitas a laboratórios, palestras e formação online e concursos ao longo deste ano. 

A assessora de Cooperação Educacional da Embaixada francesa, Laura Le Mounier, explicou porque o foco do projeto está no público infantojuvenil. “O programa permite formar uma geração de ecocidadãos. Eles estão muito animados com esse tema. E é gratificante ver que estão modificando essas mentes, essas mentalidades para um olhar mais ambiental.” 

 “O futuro do planeta depende das gerações futuras, também porque eles são o público alvo, porque são muito mais abertos, muito mais facilmente conscientizados e logo vão conscientizar os pais e os adultos do entorno deles. Então, para mim, é uma ferramenta essencial para contribuir para evolução e conscientizar a população sobre as temáticas em favor da preservação do meio ambiente”, declarou Hélène Ducret, adida de Cooperação Educativa da Embaixada da França. 

Nos três dias que marcam o encerramento desta edição, Hélène Ducret fez um balanço dos trabalhos realizados. “Percebemos o interesse de meninas e meninos, das famílias, das equipes pedagógicas e também dos responsáveis pelas escolas e secretarias de Educação. Para todos eles, agora, a educação em favor do meio ambiente se tornou uma necessidade. Então, o programa corresponde muito bem às necessidades que eles idealizaram para fomentar transformações dentro da escola. Há ainda efeito sobre a didática e a pedagogia. Os professores que participam dos projetos, agora, passaram a ter o costume de trabalhar juntos e gostam muito disso.” 

Todos os projetos ganhadores do FrancEcolab 2023 serão conhecidos neste sábado (28), em uma cerimônia em Brasília, no Liceu francês François Mitterrand, às 11h.  

Com Arthur Elias no comando, seleção feminina pega Canadá neste sábado


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A seleção brasileira feminina de futebol encerrou nesta sexta-feira (27) a preparação física para o primeiro de dois amistosos contra o Canadá, tendo em vista a participação na Olimpíada de Paris ano que vem. As brasileiras entram em campo às 15h40 (horário de Brasília) deste sábado (28), no Estádio Saputo, em Montreal. Será a estreia do técnico Arthur Elias, no comando da equipe, após saída da treinadora sueca Pia Sundhage – ela deixou o time depois da eliminação precoce da seleção na Copa da Austrália e Nova Zelândia.

Arthur Elias, seleção feminina, cbf
Arthur Elias, seleção feminina, cbf

Arthur Elias fará sua estreia no comando da seleção feminina neste sábado, às 15h40, no primeiro de dois amistosos contra o Canadá, atual campeão olímpico – Joilson Marconne/CBF/Direitos Reservados

O treinador revelou nesta sexta-feira (27), em entrevista coletiva à imprensa, como vem trabalhando seu esquema tático com as atletas, que voltarão a campo pela primeira vez após a eliminação precoce na fase de grupos da Copa do Mundo da Austrália e Nova Zelândia.  

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“O ataque vai ser formado por três atacantes nesse jogo, pode ser que no outro sejam duas… Eu não ligo muito para o sistema. O sistema vai favorecer o posicionamento das jogadoras para enfrentar o adversário, mas isso pode ser trocado inclusive ao longo da partida e a seleção está entendendo isso e está pronta para isso”, afirmou. O importante é que elas entendam a função que elas têm. Sabendo dividir as funções de acordo com o espaço do campo tudo fica mais fácil para que eu possa alterar o sistema e aumentar as chances efetivas de gol e, consequentemente, aumentar as chances da gente vencer. Esse é o pensamento e acho que as atletas estão entendendo bem.”

Arthur Elias adiantou que a jogadora Marta poderá estar entre as titulares no confronto que abre o novo ciclo da seleção.  

“Vejo Marta como uma atleta que rende com muito mais liberdade pelo centro do campo. Sendo uma jogadora que constrói o jogo por dentro, chega na área e tem um poder de finalização excelente. É nessa faixa de campo que ela vai atuar nesses primeiros jogos, e imagino que para frente também”, garantiu o treinador.  

A última vez que brasileiras e canadenses estiverem frente a frente foi na final dos Jogos de Tóquio. As adversárias levaram a melhor na decisão por pênaltis, e o Brasil ficou com a prata.  Além do jogo deste sábado (28), as equipes farão um segundo amistoso na terça (31), às 20h30, na cidade canadense Halifax.

Projeto de lei quer garantir acesso aos locais de provas do Enem


Entenda o que prevê o projeto de lei que muda o ensino médio

Parlamentares que compõem a Bancada da Educação apresentaram, na Câmara dos Deputados, um projeto de lei para garantir que todos os candidatos do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) tenham acesso aos locais de prova. Caso não seja possível que o local seja perto da residência e nem haja transporte público disponível, o poder público deverá arcar com o transporte dos participantes.

O projeto foi protocolado nesta sexta-feira (27). Nesta semana, os estudantes tiveram acesso aos locais onde farão as provas do Enem 2023 e alguns reclamaram que ficaram muito distantes dos locais onde vivem, o que poderá, inclusive, fazer com que desistam de fazer as provas este ano.

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A bancada enviou, também nesta sexta-feira, um requerimento de informações ao Ministério da Educação (MEC), pedindo esclarecimentos sobre as providências que estão sendo tomadas pela pasta em relação a esses casos e, também, informações sobre a quantidade de estudantes que precisarão se deslocar mais do que 30 quilômetros de distância do local onde moram e daqueles que precisarão fazer provas em outros municípios.

“A urgência deste requerimento é impulsionada por relatos na imprensa, como o caso de Luciana Souza, que foi alocada a um local de prova a mais de 280 km de sua residência, levando-a a desistir do exame. Este caso ilustra uma preocupação maior sobre o acesso equitativo ao ensino superior no Brasil. Há relatos na imprensa de outros casos semelhantes”, argumentam os deputados no requerimento.

Projeto de lei

O projeto de lei ainda tramitará no Congresso Nacional e, não deve, portanto, impactar o Enem 2023. 

Pela proposta, a definição de locais de prova e alocação dos estudantes deverá considerar as especificidades regionais e de grupos vulneráveis, em especial dos candidatos pretos, pardos, com deficiência, mães, quilombolas e indígenas.

Além disso, a definição dos locais de realização de prova do Enem deverá obedecer a critérios que considerem a menor distância, preferentemente no mesmo município, entre esses locais e os locais de residência dos inscritos, informados no ato de inscrição, e a disponibilidade de meios de transporte público para trânsito entre ambos.

Caso não seja possível oferecer locais de prova a distâncias e acesso considerados razoáveis, o poder público deverá garantir o transporte, com a utilização de veículos de transporte escolar ou de passe estudantil mantidos com recursos do Programa Nacional de Transporte do Escolar, do MEC.

“O Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) é uma das principais portas de entrada para o ensino superior no Brasil. No entanto, o acesso a essa oportunidade ainda é marcado por inúmeras desigualdades, incluindo barreiras geográficas que afetam diretamente a participação de candidatos”, justificam os parlamentares no texto protocolado na Câmara.

Na justificativa do PL, citam também o caso da candidata Luciana Souza. “Esse caso não é isolado e reflete uma realidade enfrentada por muitos jovens brasileiros, especialmente aqueles em situação de vulnerabilidade socioeconômica. A situação é ainda mais grave para grupos historicamente marginalizados, como candidatos pretos, pardos, com deficiência, mães, quilombolas, indígenas, e outros”.

O Enem 2023 será aplicado nos dias 5 e 12 de novembro. As notas das provas podem ser usadas para concorrer a vagas no ensino superior público, pelo Sistema de Seleção Unificada (Sisu), a bolsas de estudo em instituições privadas de ensino superior pelo Programa Universidade para Todos (ProUni) e a financiamentos do Fundo de Financiamento Estudantil (Fies).

As notas também podem ser usadas para vagas em instituições estrangeiras que têm convênio com o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep).

Locais de prova

Em nota, o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) afirma que todas as medidas necessárias “estão sendo adotadas para garantir que os participantes inscritos façam as provas sem intercorrências”. A autarquia diz ainda que fiscaliza o trabalho do Cebraspe, instituição vencedora da licitação para aplicação da edição, e atua para que a aplicadora adote todas as providências que garantam os direitos dos inscritos no Enem 2023.

O Instituto acrescenta que monitora o trabalho e realiza um mapeamento ativo para “assegurar o cumprimento das normas e protocolos do exame. Vale lembrar que não houve nenhuma mudança nos critérios de alocação de participantes neste ano”, diz a nota.

Pan: boxe brasileiro é ouro com Bia Ferreira e ainda leva 4 pratas


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A sexta-feira (27) começou dourada para o boxe brasileiro nos Jogos Pan-Americanos de Santiago (Chile). A baiana Beatriz Ferreira fez valer o favoritismo e conquistou o bicampeonato na categoria 60 quilos. O país também foi prata Tatiana Chagas (54 kg) e Keno Marley (92 kg).

No final desta tarde serão mais quatro disputas do ouro com Caroline Almeida (50kg),  Jucielen Romeu (57kg), Barbara Santos (66kg) e Wanderley Pereira (80kg).  O Pan de Santiago tem transmissão ao vivo no site do Canal Olímpico do Brasil.

Nascida em Salvador (BA), Bia Ferreira fez valer seu favoritismo na decisão do ouro pan-americano, que reeditou a final feminina dos 60 kg no Mundial da modalidade, em março. Mais uma vez a baiana de 31 aos levou a melhor (5 a 0) sobre a colombiana Angie Valdes. Foi o segundo ouro seguido de Bia em Pan-Americanos – o primeiro foi em 2019, na edição de Lima (Peru).

“Missão dada é missão cumprida. Classifiquei e, de brinde, peguei o ouro. Estou muito feliz. Jogos Olímpicos já estão aí e eu quero pegar a mãe de todas, a dourada. Meu último ciclo, era para ser em Tóquio, mas fui desafiada, um ciclo menor [três anos até Paris 2024]. Quis repetir as competições, trazendo ouro novamente, e está dando tudo certo. Acredito que lá em Paris vou estar no pódio e brigando pelo ouro”, contou Bia, em depoimento ao Comitê Olímpico do Brasil (COB).

Estreante nos Jogos Pan-Americanos, a Tatiana Chagas (54 kg) deixou escapar a medalha de ouro ao ser superada pela colombiana Yeni Castañeda, atual vice-campeã mundial na categoria.

“No terceiro round, eu perdi pro cansaço, dessa vez ela estava mais preparada. Não levei o ouro para casa, mas ainda não acabou. Só me deu mais vontade de treinar e me dedicar para nosso próximo Pan, nos Jogos Olímpicos, só levar o ouro pra casa. Vou sair daqui e abraçar todo mundo. Vi cada um dos meus companheiros gritando. Boxe é isso, hoje foi o dia dela, amanhã pode ser o meu”, disse a vice-campeã pa-americana.

Quem também enfrentou uma pedreira na final foi o também baiano Keno Marley nos 92 kg. O pugilista de 23 anos reencontrou o cubano Julio César La Cruz, atual bicampeão olímpico e tetracampeão mundial, adversário no Pan de Lima, quando Keno ainda competia nos 81 kg. O brasileiro sofre outro revés do cubano, ouro pela quarta vez seguida no Pan.

“Vim com o objetivo de ser ouro aqui em Santiago. Em 2019, no meu primeiro Pan, também enfrentei ele na final. Infelizmente, não deu ouro por alguns detalhes, mas agora estou com a vaga olímpica, vou seguir treinando para melhorar esses erros que eu cometi para que em Paris seja diferente”, analisou Keno, que também foi prata nos últimos Jogos Pan-Americanos.

Poupados da final ficam com prata

O Brasil deixou de subir ao ringue para disputar duas finais nesta sexta (27) por decisão da equipe médica da comissão técnica.  Os pugilistas Michael Douglas Trindade (51kg), com uma lesão no cotovelo, e Abner Teixeira (+92kg), com uma no joelho, foram poupados e, consequentemente, ficaram com a prata. Além das medalhas, eles conquistaram a vaga olímpica em Paris 2024.

Senado premiará iniciativas de educação para segurança no trânsito


Entenda o que prevê o projeto de lei que muda o ensino médio

O Senado lançou o Prêmio Trânsito Seguro – Gesto Redobrado para o Futuro para as melhores iniciativas criadas por educadores, escolas ou instituições de ensino para promover a educação para o trânsito. As regras estão publicadas no Diário Oficial da União desta sexta-feira (27).

O prêmio vai selecionar três ações educativas sobre trânsito, a cada ano, a partir das indicações de iniciativas nas escolas de ensino infantil, fundamental e médio, ou das instituições de ensino superior, públicas ou privadas. Poderão ser indicados e indicar tanto as instituições, quanto os profissionais que atuam nelas, ou parlamentares.

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Para inscrever a iniciativa no prêmio, é necessário apresentar à Mesa do Senado Federal, até o dia 1º de agosto de cada ano, uma justificativa de indicação, o currículo do indicado, ou do responsável pela instituição indicada, e a documentação que comprove a ação, como fotos, matérias jornalísticas e outras publicações.

Como prêmio será entregue aos três selecionados um Diploma do Mérito Prêmio Trânsito Seguro – Gesto Redobrado para o Futuro, em sessão especial do Senado, a cada dia 25 de setembro, quando é celebrado o Dia Nacional do Trânsito.

A escolha dos premiados será feita por um conselho, também criado pela Casa, com a participação de um representante de cada partido político com assento no Senado. O grupo será responsável por estabelecer os critérios do concurso, elaborar e divulgar as regras de inscrição, fazer a escolha dos premiados e encaminhar à Mesa, até o dia 1º de setembro, o nome dos escolhidos para divulgação no Plenário e pelos veículos de comunicação da Casa.

Os integrantes do conselho escolherão um presidente, com mandato de 1 ano, com direito à recondução. O prêmio será financiado com o orçamento do Senado e os participantes não serão remunerados para tal atividade.

Estudantes em greve na USP ocupam prédio da administração


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Estudantes em greve da Universidade de São Paulo (USP) ocuparam o prédio central da administração da instituição após comunicado da reitoria informar que o calendário acadêmico não seria alterado e que os grevistas poderiam ser reprovados por falta

De acordo com o comando de greve dos estudantes, a ocupação reúne alunos das faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (FFLCH) e de de Arquitetura, Urbanismo e Design e da Escola de Artes, Ciências e Humanidades (EACH), que fica na zona leste da cidade. Estas são as unidades que continuam sem aulas. Estudantes de outros cursos apoiam o movimento, mas não estão em greve.

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A mobilização dos estudantes começou em 19 de setembro na FFLCH e, dias depois, vários institutos da universidade aderiram ao protesto. Entre as reivindicações, está a recomposição do quadro de professores. A paralisação completou cinco semanas. Segundo o comunicado da Reitoria, a partir da sexta semana de paralisação, os estudantes não terão mais como repor as aulas. O calendário acadêmico não vai ser alterado e termina no dia 22 de dezembro, informa o texto.

A diretoria da Associação de Docentes da USP (Adusp) diz que recebeu o informe com “indignação” e encaminhou, nesta quinta-feira (26), ao Conselho de Graduação da USP ofício no qual pede revogação da normativa. “É retaliação ao movimento estudantil, uma vez que limita a possibilidade de reposição de aulas e estabelece redução no percentual de frequência, o que pode resultar em reprovações indevidas e injustificadas”, afirma a Adusp.

Reitoria

Em nota divulgada nesta sexta-feira (27), o reitor Carlos Gilberto Carlotti Junior nega que a intenção do comunicado tenha sido a de “promover perseguição e retaliação de qualquer natureza”. Segundo Carlotti Junior, a circular pretendia alertar a comunidade acadêmica para a necessidade de encerrar m bom termo nosso semestre letivo”. 

A nota informa ainda que as unidades que tiveram paralisação poderão fazer adaptações de conteúdo nas disciplinas até 22 de dezembro de 2023, data final do ano letivo. As notas relativas a essas disciplinas serão lançadas até o dia 9 de fevereiro de 2024, conforme calendário vigente.

“Torna-se factível o cumprimento da frequência mínima exigida regimentalmente. Caberá a cada docente, em consonância com sua Unidade, consolidar a frequência dos estudantes no semestre, levando em consideração as situações específicas. Portanto, com a volta às aulas, não há risco de que alunas e alunos, especialmente do primeiro ano, venham a ser prejudicados”, diz o texto.

USP Leste

O prédio principal da USP Leste, onde funciona a Escola de Artes, Ciências e Humanidades, está ocupado há 47 dias, conforme informações do comando de greve dos estudantes. “Ontem [26] votamos em assembleia, a maior que já tivemos neste ano, com 500 estudantes presentes e mais 500 acompanhando online, para manter a greve por prazo indeterminado”, disse a estudante de marketing Giulia Baffini, representante do comando de greve da EACH. Segundo Giulia, todos os cursos da unidade estão paralisados.

“Nossas demandas ainda não foram atendidas: dos 148 professores que a reitoria propôs contratar, temos expectativa de que apenas 3 venham para a EACH, o que não chega nem perto de atender a demanda de 51 professores que temos na nossa unidade”, acrescentou a estudante. De acordo com a reitoria, a EACH já havia recebido 21 vagas para contratação de professores de forma permanente.

Além de mais professores, eles pedem o retorno de 19 bolsas do Programa de Apoio à Permanência e Formação Estudantil que foram canceladas, segundo os estudantes, por erros da universidade ou mudanças no edital. “Também ainda não temos nenhum compromisso da efetivação da construção dos prédios já aprovados do plano diretor da EACH (um de pesquisa, um para a pós-graduação, um para permanência e a piscina)”, acrescenta a estudante. 

A estudante considerou positivas as reivindicações já aprovadas com a mobilização, mas pediu uma formalização das promessas. “A diretoria da EACH ainda não recebeu nenhum comunicado oficial que informe a construção da creche que nos foi prometida, a expansão da oferta de refeições no restaurante universitário para os sábados não é assegurada com a contratação de mais funcionários.”

Sobre a confirmação das propostas negociadas no curso da greve, a reitoria explicou que “está atrelada ao fim da paralisação, o que não ocorreu até o momento”. A proposta da administração envolve a disponibilização de 1.027 vagas para docentes, das quais 879 já faziam parte da política de contratação da universidade e mais 148 que serão distribuídas de acordo com as perdas ocorridas em cada unidade no ano de 2022.