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De olho na final da Libertadores, Flu e Inter jogam no Maracanã


De olho na final da Libertadores, Flu e Inter jogam no Maracanã

Fluminense e Internacional medem forças, a partir das 21h30 (horário de Brasília) desta quarta-feira (27) no estádio do Maracanã, na partida de ida das semifinais da Copa Libertadores. A Rádio Nacional transmite o confronto entre o Tricolor e o Colorado ao vivo.

Apesar da importância do duelo desta quarta, a definição do classificado para a grande decisão só será concluída na próxima quarta-feira (4), quando as equipes voltam a medir forças, mas no estádio do Beira-Rio. E o adversário da final virá de um confronto de gigantes do futebol sul-americano: Palmeiras e Boca Juniors.

Em busca do título inédito

O Tricolor das Laranjeiras chega confiante para o confronto. Após 15 anos a equipe volta a jogar uma semifinal de Libertadores da América. A torcida sonha muito com o título inédito e por isso promete fazer uma grande festa para empurrar os comandados do técnico Fernando Diniz na partida do Maracanã, que terá lotação máxima.

No Campeonato Brasileiro, o Fluminense ocupa a 5ª colocação com 41 pontos. Na última quarta-feira (20) bateu o Cruzeiro no Maracanã por 1 a 0, graças a um belo gol de falta do uruguaio Leo Fernández. O Tricolor garantiu a presença nas semifinais da Libertadores após eliminar o Olimpia (Paraguai) nas quartas.

“O time está muito consciente, estamos nos empenhando ao máximo, tomando todos os cuidados possíveis, controle de lesão, esperamos contar com todos quarta-feira para darmos nosso melhor”, declarou o técnico Fernando Diniz sobre o jogo decisivo.

Ganso, que ficou de fora dos últimos jogos por causa de dores no joelho, está sendo avaliado pelo departamento médico do Flu para ver se consegue começar o jogo. Se tiver condições, o camisa 10 será o titular do meio-campo. Caso contrário, o jovem atacante John Kennedy será mantido na equipe titular.

O clube das Laranjeiras tem três jogadores pendurados na competição: os zagueiros Felipe Melo e Nino, além do atacante John Kennedy. Em caso de serem amarelados novamente, perderão o jogo de volta da semifinal.

Assim, o Fluminense deve ir a campo com: Fábio; Samuel Xavier, Nino, Felipe Melo e Marcelo; André, Alexsander e Ganso (John Kennedy); Keno, Arias e Cano.

Confiança em Valencia

Já o Internacional vai ao Maracanã buscando um resultado positivo fora de casa para decidir a classificação no Beira-Rio na próxima semana. O time gaúcho chegou à semifinal ao eliminar o Bolívar (Bolívia) nas quartas de final.

No Brasileirão o Colorado faz uma campanha aquém do esperado, ocupando atualmente a 13ª posição, a apenas quatro pontos da zona de rebaixamento. O time gaúcho acabou engatando uma sequência negativa de resultados, que foi quebrada com a vitória de 2 a 1 sobre o São Paulo. Entretanto, poupando parte do time para o confronto da Libertadores, a equipe foi derrotada pelo Athletico-PR na última quinta (21). No Campeonato Brasileiro o Internacional perdeu para o Fluminense no Maracanã por 2 a 0 em jogo válido pela 14ª rodada.

A grande esperança do Colorado para esta partida é o centroavante equatoriano Enner Valencia, que é o artilheiro da equipe na Libertadores com quatro gols. O Internacional deve entrar em campo no Maracanã com: Rochet; Hugo Mallo, Vitão, Mercado e Renê; Johnny, Charles Aránguiz, Maurício e Alan Patrick; Wanderson e Enner Valencia.

Fluminense e Internacional já se encontraram anteriormente na Libertadores. Na ocasião, em 2012, os times jogaram pelas oitavas de final e o Flu levou a melhor, com empate no Beira-Rio e vitória por 2 a 1 no Maracanã.

Transmissão da Rádio Nacional

A Rádio Nacional transmite Fluminense e Internacional com a narração de André Luiz Mendes, comentários de Waldir Luiz e reportagem de Bruno Mendes. Você acompanha o Show de Bola Nacional aqui:

* Colaboração de Pedro Dabés (estagiário) sob supervisão de Paulo Garritano.

Sul-Americana: Corinthians e Fortaleza ficam no 1 a 1 na ida da semi


De olho na final da Libertadores, Flu e Inter jogam no Maracanã

Corinthians e Fortaleza ficam no 1 a 1 no primeiro confronto entre as equipes pelas semifinais da Copa Sul-Americana. A partida, que foi disputada na noite desta terça-feira (26) em Itaquera, foi transmitida ao vivo pela Rádio Nacional. Agora as equipes voltam a medir forças em busca da vaga na grande decisão da competição na próxima semana no estádio do Castelão.

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Mais organizado dentro do gramado, o time comandado pelo técnico argentino Juan Vojvoda mandou no jogo nos primeiros minutos. O Leão do Pici apostava na troca de passes e não demorou a abrir o placar. Aos 21 minutos do primeiro tempo o atacante Marinho cobrou escanteio muito fechado e o volante José Welison escorou de cabeça para superar o goleiro Cássio.

Com a vantagem a equipe visitante recuou suas linhas e permitiu que o Corinthians pudesse criar algo. E esse maior ímpeto ofensivo do Timão deu resultado aos 40 minutos, quando Fagner encontrou Renato Augusto, que, com um passe de primeira em profundidade, deixou o atacante Yuri Alberto livre para bater cruzado e superar o goleiro João Ricardo.

Na etapa final o Tricolor do Pici assumiu uma postura ainda mais conservadora, esperando atrás uma oportunidade de contra-atacar em velocidade. Já do lado do Corinthians o meio-campista Renato Augusto continuou a ter pouco espaços para jogar, o que fez com que o confronto ficasse muito amarrado e mantivesse o placar sem novas alterações até o apito final.

Em greve, estudantes da USP pedem mais professores e aumento de bolsa


De olho na final da Libertadores, Flu e Inter jogam no Maracanã

Estudantes da Universidade de São Paulo (USP) fizeram uma manifestação nesta terça-feira (26) no final da tarde para reivindicar a contratação de mais professores e o aumento da bolsa de apoio à permanência dos alunos nos cursos. 

A passeata teve início por volta das 17h30 na portaria principal da universidade, no bairro do Butantã, na zona oeste da capital, e teve como destino o Largo da Batata, em Pinheiros. 

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“Os cursos têm demandas específicas de números professores que faltam. Por exemplo, na [Faculdade de] Letras é um absurdo, a gente precisa de quase cem professores para repor as perdas dos últimos anos”, disse a estudante de letras, Mandi Coelho, membro do centro acadêmico da faculdade.

Os alunos pedem também aumento nos valores do programa de Apoio à Permanência e Formação Estudantil (PAPFE), que paga de R$ 300 a R$ 800 aos alunos. Eles reivindicam ainda a reativação do gatilho automático para reposição de professores. 

“O mecanismo repunha a contratação quando acontecia falecimento ou aposentadoria [dos professores]. Esse sistema não existe mais. Então nós vamos gradualmente perdendo professores”, ressaltou a estudante. 

A Faculdade de Filosofia, Letras, Ciências Humanas e História (FFLCH) da USP, uma das mais afetadas pela falta de professores, informou que, em abril de 2022, recebeu 57 cargos da atual reitoria para reposição das perdas de docentes ocorridas de 2014 a 2021.  

Segundo a faculdade, as vagas serão preenchidas em três blocos, em 2023, 2024 e 2025. “Os concursos de 2023 estão sendo realizados de acordo com a agenda definida pela Assistência Acadêmica e pelos departamentos. No dia 30/8/2023, as vagas de 2024 e 2025 foram antecipadas para a realização dos concursos em 2024”, disse em nota.

Falta de professores

Segundo a Associação de Docentes da Universidade de São Paulo (Adusp), a universidade, que contava com cerca de 6 mil professores em 2014, agora, em 2023, tem cerca de 4,9 mil, segundo levantamento da entidade.

“Isso obviamente gera sobrecarga de trabalho, compromete a formação dos estudantes, com falta de oferecimento de disciplinas. Os alunos não estão conseguindo se matricular nas disciplinas obrigatórias porque não tem vagas, tem turmas que com mais de cem estudantes, inclusive com gente sentando no chão”, destaca a presidenta da Adusp, a professora Michele Schultz.

Segundo ela, as cerca de 800 contratações de professores anunciadas pela reitoria não suprem a necessidade da instituição. “Continua havendo perdas, as pessoas continuam morrendo, se aposentando, sendo desligadas por exoneração ou outro motivo. Desde janeiro de 2022, segundo o nosso levantamento, 305 professores deixaram a universidade”.

Reitoria

A reitoria da USP foi procurada hoje mas ainda não respondeu. Na última quinta-feira (21), quando os alunos decidiram, em assembleia, entrar em greve, a universidade informou que, em 2022, disponibilizou 879 vagas para a contratação de professores. 

Em relação à permanência estudantil, a USP disse que, em 2023, mudou sua política de auxílio. Segundo a reitoria, os investimentos na área tiveram aumento de 58%: o valor do auxílio aumentou de R$ 500 para R$ 800, sendo que os beneficiados com vaga no Conjunto Residencial da USP (Crusp) passaram a receber auxílio adicional de R$ 300. 

“Além disso, os auxílios têm vigência durante todo o curso e todos os alunos têm direito à gratuidade nos restaurantes universitários. Por fim, foram concedidos, pela primeira vez, auxílios também para discentes de pós-graduação.  A USP distribuiu, neste ano, 15 mil auxílios”, informou a reitoria.

CPB inicia convocação para os Jogos Parapan-Americanos de Santiago


De olho na final da Libertadores, Flu e Inter jogam no Maracanã

O Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB) anunciou nesta terça-feira (26) os nomes dos 169 primeiros atletas convocados para representarem o Brasil nos Jogos Parapan-Americanos de Santiago (Chile) entre os dias 17 e 26 de novembro.

Entre os convocados estão nomes como do jogador brasiliense de goalball Leomon Moreno, prata nos Jogos de Londres (2012), bronze no Rio (2016) e ouro em Tóquio (2020), da halterofilista paulista Mariana D’Andrea, ouro na categoria até 79 quilos no Mundial de Dubai (2023) e até 73 quilos em Tóquio (2020), do lutador de taekwondo paulista Nathan Torquato, primeiro medalhista de ouro da modalidade até 61 quilos pela classe K44 nos Jogos Paralímpicos de Tóquio (2020), do judoca paraibano Wilians Araújo, campeão mundial em Baku (2022), e da mesatenista catarinense Danielle Rauen, bronze por equipes em Tóquio (2020) e bicampeã parapan-americana (Lima 2019 e Toronto 2015).

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“O Brasil novamente vai tentar manter a hegemonia no continente, por isso temos muita confiança e orgulho desses atletas que representarão o nosso país em Santiago. A preparação que realizamos via Centro de Treinamento Paralímpico, em São Paulo, ou via os projetos que executamos em todos os estados do Brasil nos dá a certeza de que percorremos um caminho certo neste ciclo Parapan-americano e vamos chegar fortes”, afirmou o presidente do CPB, Mizael Conrado.

Nesta primeira leva foram convocados 31 atletas de badminton, 14 de ciclismo, 14 de futebol PC (Paralisados Cerebrais), 12 de goalball, 20 de halterofilismo, 12 de rúgbi em cadeira de rodas, 20 de taekwondo, 5 de tiro com arco, 15 de judô e 26 de tênis de mesa.

Ainda serão realizadas as convocações de mais sete modalidades nas próximas duas semanas: futebol de cegos, atletismo, basquete em cadeira de rodas, tênis em cadeira de rodas, bocha, natação e tiro esportivo.

Desde 2007, quando a competição passou a ser realizada na mesma sede dos Jogos Pan-Americanos (tal qual ocorre nos Jogos Olímpicos e Paralímpicos), os atletas brasileiros não conhecem outro resultado que não seja o primeiro lugar no quadro geral de medalhas. Foi assim no Rio 2007, em Guadalajara 2011, Toronto 2015 e Lima 2019.

Na última edição da competição o Brasil entrou para história com recorde de conquistas. A delegação brasileira chegou à inédita marca de 308 medalhas (124 ouros, 99 pratas e 85 bronzes).

Seleção encerra Mundial de triatlo paralímpico com duas medalhas


De olho na final da Libertadores, Flu e Inter jogam no Maracanã

Com duas medalhas, foi desta forma que a seleção brasileira encerrou o Mundial de triatlo paralímpico disputado em Pontevedra (Espanha). As conquistas vieram com a paulista Jéssica Messali, bronze na prova PTWC (para cadeirantes), e com a equipe mista, que também ficou na terceira posição.

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Com o tempo de 1h13min48s, Jéssica Messali ficou atrás apenas da australiana Lauren Parker (ouro com 1h10min38s) e da norte-americana Kendall Gretsch (prata com 1h11min19s).

A outra conquista foi obtida pela equipe formada pela própria Jéssica Messali, por Ronan Cordeiro, por Letícia Freitas, sua guia Bruna Mahn, e por Jorge Luís Fonseca. Os brasileiros terminaram a prova em 51min59s, com os EUA 1 (o país competiu com duas equipes) conquistando a medalha dourada e a França a prata.

Governo vai conectar 138,4 mil escolas até 2026


De olho na final da Libertadores, Flu e Inter jogam no Maracanã

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva assina nesta terça-feira (26) decreto que institui a Estratégia Nacional de Escolas Conectadas. A previsão do governo é conectar 138,4 mil escolas em todo o país até 2026. O anúncio foi feito durante o programa Conversa com o Presidente, transmitido pelo Canal Gov. 

“Temos hoje a assinatura do decreto que institui a Estratégia Nacional de Escolas Conectadas. Vamos conectar 138.400 escolas nesse país. Até 2026, a gente vai deixar toda a nossa meninada altamente conectada com wi-fi e tudo o mais que for necessário”, disse o presidente. 

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Durante participação no programa, o ministro da Educação, Camilo Santana, lembrou que mais da metade das escolas brasileiras, atualmente, não tem wi-fi.

Ação de ministérios

Segundo ele, algumas até contam com algum tipo de conectividade, mas somente na sala da direção, por exemplo, sem acesso aos alunos e professores. 

“A estratégia é criar um comitê e, através do decreto assinado hoje, vão participar vários ministérios – Ciência e Tecnologia, Educação e Casa Civil. Os recursos serão do Fundo da Universalização dos Serviços de Telecomunicações (Fust) e também do leilão do 5G”, disse o ministro. 

Acrescentou que “esse comitê vai trabalhar e a meta é – até o final de 2026 – nenhuma escola pública deixar de ter conectividade com fins pedagógicos. Não é só ter internet com baixa velocidade. E ter equipamento, um laboratório de informática, tablet, computador, wi-fi na escola”, concluiu o ministro. 

 

Corinthians e Fortaleza disputam vaga na final da Sul-Americana


De olho na final da Libertadores, Flu e Inter jogam no Maracanã

O Corinthians recebe o Fortaleza, a partir das 21h30 (horário de Brasília) desta terça-feira (26) em Itaquera, no jogo de ida da semifinal da Copa Sul-Americana. O confronto decisivo será transmitido ao vivo pela Rádio Nacional.

O Corinthians, mandante desta partida, chega motivado. Isso se deve ao fato de ter vencido o Botafogo, líder do Campeonato Brasileiro, na última sexta-feira (22). A partida terminou com um triunfo de 1 a 0 do Timão, que subiu para a 10ª colocação da competição. Sem grandes títulos desde 2017, quando levantou seu último Brasileirão, o Corinthians busca chegar à final da competição continental para romper este jejum e de quebra conquistar um título inédito.

O multicampeão Vanderlei Luxemburgo tenta chegar a mais uma final em sua carreira. O treinador do Timão em nenhum momento conseguiu ser unanimidade entre a torcida corinthiana, mesmo levando o time à semifinal da Copa do Brasil e agora da Sul-Americana.

“Os jogadores entenderam nossa proposta. A pressão vai continuar e agora nós temos a responsabilidade de jogar dois jogos decisivos para chegar à final de uma competição importante. É importante adquirir a vantagem”, declarou o técnico Vanderlei Luxemburgo, projetando os confrontos contra o Fortaleza.

O Fortaleza busca seu primeiro título internacional. O clube participa pela quarta vez de uma competição continental em toda sua história. Nas últimas partidas a equipe vem de uma grande arrancada: são sete vitórias nos últimos oito jogos (contando Brasileirão e Sul-Americana). Uma dessas vitórias no Brasileiro foi justamente sobre o Corinthians, de 2 a 1 na capital cearense.

Graças a essa boa sequência o Fortaleza deu um salto na tabela e agora ocupa a 8ª colocação, com o objetivo de se classificar para próxima edição da Copa Libertadores. A outra forma de chegar à maior competição da América do Sul é justamente através da Sul-Americana, já que o campeão tem vaga garantida na Liberta do próximo ano.

A esperança de gols da equipe nordestina é o atacante Juan Martín Lucero. O argentino é o artilheiro do Fortaleza na temporada com 20 gols, além de também contribuir servindo seus companheiros com sete assistências.

Nos últimos dez jogos entre as equipes o equilíbrio é grande: são quatro vitórias do Corinthians, três vitórias do Fortaleza e outros três empates.

Transmissão da Rádio Nacional

A Rádio Nacional transmite Corinthians e Fortaleza com a narração de André Marques, comentários de Mario Silva e reportagem de Bruno Mendes. Você acompanha o Show de Bola Nacional aqui:

* Colaboração de Pedro Dabés (estagiário) sob supervisão de Paulo Garritano.

Brasileiro: Vasco derrota América-MG para sair da zona do rebaixamento


De olho na final da Libertadores, Flu e Inter jogam no Maracanã

O volante Jair marcou nos acréscimos para levar o Vasco a uma vitória de 1 a 0 sobre o América-MG na noite desta segunda-feira (25) na Arena Independência. Os três pontos conquistados fora de casa em partida atrasada da 15ª rodada do Campeonato Brasileiro tiraram o Cruzmaltino da zona do rebaixamento da competição.

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Agora a equipe de São Januário ocupa a 15ª posição da classificação com 26 pontos. Já o Coelho permanece na vice-lanterna da competição com 15 pontos.

Apesar de terminar com a vitória final, a equipe comandada pelo técnico argentino Ramón Díaz não começou bem o confronto, vendo o América-MG dominar as ações na etapa inicial. Mas momentos antes do intervalo tudo mudou de figura, quando o zagueiro Maidana foi expulso pelo juiz, com auxílio do VAR (árbitro de vídeo), após acertar o rosto do atacante Vegetti.

Com isso o Cruzmaltino passou a mandar nas ações no segundo tempo. E, de tanto tentar, chegou ao gol já aos 45 minutos. Paulinho levantou a bola na área em cobrança de falta e o volante Jair se antecipou à defesa para desviar de calcanhar para enganar o goleiro Matheus Cavichioli e garantir a vitória vascaína.

Ex-jogador da NBA diz que esporte é um microcosmo do mundo


De olho na final da Libertadores, Flu e Inter jogam no Maracanã

Em 2023, o nome Mahmoud Abdul-Rauf não está no foco das atenções no mundo dos esportes. O jogador, que atuou na NBA e rodou o mundo pelo basquete, se aposentou das quadras em 2011. No entanto, quando estava no auge, foi mais um a colocar a própria carreira em risco com gestos questionadores que o puseram no olho do furacão da opinião pública e da mídia americanas. Em 1996, no meio de sua melhor temporada na NBA, pelo Denver Nuggets, ele passou a se recusar a ficar de pé durante a execução do hino nacional e olhar para a bandeira dos Estados Unidos antes dos jogos da equipe. A atitude causou polêmica, ele chegou a ser suspenso pela liga e dali em diante sua vida e carreira mudaram.

Abdul-Rauf, que foi registrado como Chris Jackson quando nasceu e mudou de nome em 1993 após se converter ao islamismo, está no Brasil para participar da Semana Move, do Sesc São Paulo, evento onde realiza palestras e clínicas de basquete.

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Ele conversou com a Agência Brasil sobre o que tem feito desde que encerrou a carreira e também sobre o papel do esporte na sociedade. Ativista social contra o racismo e pela igualdade, ele também falou, obviamente, sobre basquete. Abdul-Rauf foi selecionado na terceira escolha do draft (recrutamento de talentos do esporte universitário) da NBA de 1990, pelo Denver Nuggets. Jogou por seis temporadas pela equipe, tendo os melhores números justamente na última (19,2 pontos e 6,8 assistências por jogo, com incríveis 93% de aproveitamento nos lances livres). Naquela época ele passou a se posicionar politicamente em relação ao hino do país, que considera um símbolo da opressão.

O armador então rumou para o Sacramento Kings, mas rapidamente perdeu espaço na NBA, jogando em países como Turquia, Itália, Arábia Saudita e Japão. Nesta entrevista exclusiva, ele fala sobre o que passou após marcar sua posição, um gesto muito semelhante ao que outro atleta americano fez vinte anos depois.

Mahmoud Abdul-Rauf, basquete
Mahmoud Abdul-Rauf, basquete

Mahmoud Abdul-Rauf (esquerda) participando de clínica de basquete – Divulgação/Danilo Cava/Direitos Reservados

Agência Brasil: Considerando seu tempo como atleta e o que vive desde que se aposentou, qual foi o grande ensinamento que você teve com o esporte?
Mahmoud Abdul-Rauf: Essa é difícil [risos]. Complicado limitar a apenas uma. Creio que sejam: resiliência, consistência, administração do tempo, sacrifício. Criar contatos, porque você não consegue jogar sozinho. Compreender seu papel. Suporte. Paciência, porque o basquete não tem apenas uma velocidade, você precisa aprender sempre sobre nuances, ângulos, quando acelerar ou desacelerar. O esporte é como um microcosmo do mundo em que vivemos. Todas essas qualidades são coisas que a gente vai precisar fora do basquete.

Agência Brasil: Você tem se mantido próximo ainda ao mundo do basquete?
Mahmoud Abdul-Rauf: Sim, eu amo esse mundo. Ainda faço atividades todo dia, mesmo que não sejam sobre basquete, eu me mantenho em forma. Ainda treino com jogadores da NBA, que se aposentaram ou ainda estão lá. Alguns nomes como Dennis Smith Jr, Spencer Dinwiddie [ambos do Brooklyn Nets], Victor Oladipo [Oklahoma City Thunder]. Acabei de treinar em Nova York com o Immanuel Quickley, que joga pelo New York Knicks. Ainda tenho um intenso amor pelo jogo e ainda quero dominar o jogo, mesmo tendo 54 anos [risos].

Agência Brasil: E você tem dominado esses jogadores?
Mahmoud Abdul-Rauf: Vou te contar uma coisa. Eu faço umas competições de arremessos contra eles e volta e meia alguém tenta me desafiar. Ainda posso dizer que consigo competir com eles nesse nível. Mas não vou deixar ninguém em maus lençóis. Eles sabem [risos].

Agência Brasil: Qual sua visão sobre o basquete atual?
Mahmoud Abdul-Rauf: Definitivamente mudou. Agora é mais um jogo de arremessos de longa distância, para armadores. Atletas grandes estão meio que obsoletos, não se usa mais um Shaquille O’Neal ou um Hakeem Olajuwon como antes. Eu gosto desse aspecto do jogo, o torna interessante para mim. Eles abrem mão de bolas de dois para arremessar de três. A defesa não é tão física.

Eu gosto disso e não é que não existia antigamente. É que no passado os jogadores eram postos em funções específicas. Sempre fui contra isso. Quando fui jogar na Europa percebi que pivôs faziam treinos de armadores e vice-versa. É assim que o jogo deve ser jogado. Quanto mais versátil mais valioso você é.

Os jogadores da minha época sabiam fazer isso, eles faziam quando era em um ambiente mais descontraído, nas ruas. Mas quando iam falar com o técnico, ouviam: “Não precisamos que você faça isso. Fique lá embaixo da cesta”. Era como se te colocassem algemas. Agora você vê jogadores grandes com controle de bola, fazendo passes como armadores e arremessando. Eu adoro isso.

Agência Brasil: E fora das quadras, o que tem feito?
Mahmoud Abdul-Rauf: Sei que tenho que ser mais consciente não apenas sobre a minha esfera pessoal mas também sobre a minha relação com o mundo. Como eu trato o universo, mas também os seres humanos. Sempre tento ser alguém que passa pela vida das pessoas e pode oferecer algo a elas. Tento constantemente fazer isso e me elevar intelectualmente, adquirir mais sabedoria.

Agência Brasil: Em 2016, ou seja, 20 anos depois de você, Colin Kaepernick (quarterback do San Francisco 49ers, da NFL, liga de futebol americano dos Estados Unidos) começou a chamar atenção por se ajoelhar durante a execução do hino. O que você pensou quando viu aquilo?
Mahmoud Abdul-Rauf: No começo, vi muitas semelhanças entre as nossas histórias. Como ele estava recebendo ameaças de morte, como a mídia caiu em cima dele. Pensei automaticamente em como a mesma coisa que aconteceu comigo estava prestes a acontecer com ele também. Falei comigo mesmo: os minutos dele vão começar a diminuir. Isso se ele jogar.

Todos começam a questionar se ele tem o que é preciso nesse nível. Fica difícil conseguir uma vaga em um time. Foi o que aconteceu comigo. Mesmo estando no meu auge, a narrativa começa a se firmar. Aí te oferecem menos do que você vale, é ofensivo para você. Você precisa fazer uma escolha. Eles [os dirigentes dos times] agem como se quisessem distância de alguém assim, mas não podem abertamente falar isso.

Essas foram as coisas que eu pensei. Por isso procurei falar com ele. Não tinha nenhum contato, apenas fui nas redes sociais dele e disse: “Estou com você 1.000%”.

Agência Brasil: Como você vê hoje o fato de jogadores da NBA estarem na linha de frente muitas vezes das discussões sociais e raciais nos Estados Unidos? Levando o Black Lives Matter (Vidas Negras Importam) nas camisas, protestando contra as mortes de pessoas pretas e a violência policial?
Mahmoud Abdul-Rauf: É uma longa conversa. Primeiramente, acredito que todos temos uma responsabilidade, inclusive atletas que ganham milhões de dólares. Existe um ditado que diz que se espera muito de quem muito recebeu. Você está em uma posição em que tem uma plataforma, é mais visível do que o cidadão comum. Isso não te isenta de participar. Na verdade, coloca até mais responsabilidade em seus ombros de tomar uma posição por causa do impacto que você tem.

Sempre vai ter gente que não vai gostar do que você tem para dizer. Mas, por outro lado, haverá pessoas que vão admirar o que você diz sendo um esportista.

Sobre os jogadores falarem o que pensam, eu acho o seguinte. A NBA parece ser uma liga mais progressista do que a NFL, mas a verdade é que eles sabem melhor como se posicionar para o público. São mais sagazes nesse sentido. Os atletas ainda precisam ter um determinado posicionamento para serem aceitos. E falarem as coisas certas.

Porém, pelo menos o esforço de muitos jogadores em usar a plataforma para “dobrar” as leis, falarem o que pensam, isso tem que ser feito.

Judô: Brasil encerra Grand Slam de Baku com duas medalhas


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O Brasil encerrou o Grand Slam de judô de Baku (Azerbaijão) com a conquista de duas medalhas no último domingo (24), um ouro de Beatriz Souza na categoria pesado feminino e um bronze de Mayra Aguiar no meio-pesado.

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Beatriz, que acaba de ser campeã pan-americana, embarcou direto do Canadá para o Azerbaijão para fazer sua primeira competição no circuito da Federação Internacional de Judô após o bronze no Mundial de Doha.

Em Baku a brasileira estreou com uma vitória de ippon da cazaque Nazgul Maratova, depois superou a italiana Asia Tavano com dois waza-ari. Já na semifinal a Beatriz bateu a japonesa Sarah Asahina. Na decisão ela venceu a brasileira Rochele Nunes, que hoje defende Portugal.

Com as medalhas de Bratriz e Mayra o Brasil ficou em sexto lugar no quadro geral de medalhas, liderado pelo Azerbaijão, que conquistou 3 ouros, 1 prata e 1 bronze. Geórgia, Japão, Itália e Kosovo, respectivamente, completaram o top 6.