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Polícia Civil investiga morte de torcedor após final da Copa do Brasil


Polícia Civil investiga morte de torcedor após final da Copa do Brasil

A Polícia Civil do estado de São Paulo informou que investiga a morte de um homem de 32 anos após a final da Copa do Brasil entre São Paulo e Flamengo, na tarde do último domingo (24) no entorno do estádio do Morumbi.

“Policiais militares continham um tumulto após o fim da partida no Estádio Cícero Pompeu de Toledo e, após controlarem os torcedores, encontraram a vítima caída com um ferimento na cabeça. Ela foi socorrida ao Pronto Socorro Campo Limpo, mas não resistiu. Foi requisitado exames necroscópicos ao IML. O caso foi registrado como promover tumulto e homicídio na Delegacia de Polícia de Repressão aos Delitos de Intolerância Esportiva [Drade]. As investigações seguem pela Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa [DHPP], que atua para esclarecer todas as circunstâncias relativas aos fatos”, diz a nota.

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O São Paulo garantiu o título da Copa do Brasil após empatar com o Flamengo por 1 a 1 no segundo jogo da decisão (o Tricolor venceu o primeiro confronto da decisão por 1 a 0). Após a partida foi registrada confusão envolvendo torcedores que permaneceram no entorno do Morumbi e policiais militares.

“Após o término do jogo, torcedores tentaram acessar a área restrita, entre a Avenida Jules Rimet e a Rua Sérgio Paulo Freddi, e passaram a arremessar garrafas e objetos contra os policiais, que intervieram com o uso de munição de menor potencial ofensivo. Oito policiais ficaram feridos. Um homem foi detido após tentar furar um bloqueio policial no entorno do estádio, incitar a torcida a ultrapassar o bloqueio, desacatar e agredir os policiais que faziam a segurança durante a chegada das delegações”, afirmou a Polícia Civil.

Professores apoiam alunos em situações sensíveis na internet


Polícia Civil investiga morte de torcedor após final da Copa do Brasil

Seis a cada dez professores precisaram apoiar os alunos no enfrentamento de situações sensíveis vivenciadas na internet. Entre essas situações está o uso excessivo de jogos e tecnologias digitais, cyberbullying, discriminação, disseminação ou vazamento de imagens sem consentimento e assédio.

As informações são da pesquisa TIC Educação 2022, lançada nesta segunda-feira (25) pelo Centro Regional de Estudos para o Desenvolvimento da Sociedade da Informação (Cetic.br), do Núcleo de Informação e Coordenação do Ponto BR (NIC.br). 

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Os dados mostram ainda que os estudantes, ainda mais os mais velhos, buscam os professores para pedir ajuda e se informar sobre o uso de tecnologias digitais. Por outro lado, ainda há lacunas tanto na formação de professores quanto na oferta de aulas e cursos nas escolas para os estudantes, para os responsáveis e para a comunidade escolar voltados para essas questões.  

A pesquisa mostra que maioria dos professores, 61%, afirmou ter apoiado alunos no enfrentamento de situações sensíveis vivenciadas na internet. Essa porcentagem aumentou em relação a 2021, quando 49% disseram ter apoiado os estudantes nessas questões. Entre os motivos estão o uso excessivo de jogos e de tecnologias digitais (46%); cyberbullying (34%); discriminação (30%); disseminação ou vazamento de imagens sem consentimento (26%); e assédio (20%). 

De acordo com o estudo, quanto mais novos, os alunos buscam mais ou pais ou responsáveis para obter informações sobre o uso de tecnologias digitais, essa porcentagem chega a 80% entre aqueles com idade de 9 e 10 anos.

À medida que vão ficando mais velhos, essa porcentagem cai, chegando a 34% entre aqueles com 18 anos ou mais. Já a busca pelos professores permanece praticamente constante, em torno dos 43% até os 17 anos. Nas áreas rurais, a busca por professores é ainda maior, chega a 56%, considerada a média de todas as idades.  

“A proporção de alunos que buscam pais e responsáveis e familiares vai diminuindo de acordo com a faixa etária. Então, aqueles alunos de 15, 16 17 anos vão se tornando mais independentes. Surgem os amigos, os vídeos e tutoriais na internet ou até mesmo aprender sozinho se torna mais relevante que buscar informações com pais e responsáveis. Mas, os professores são uma fonte de referência mais estável no desenvolvimento dos estudantes”, diz a coordenadora da pesquisa TIC Educação, Daniela Costa.  

A proporção daqueles que aprendem com vídeos e tutoriais da internet variam entre 63% e 90% conforme os estudantes vão crescendo. A proporção daqueles que aprendem sozinhos passam de 76% entre aqueles com 9 e 10 anos e chegam a 97% entre aqueles de 18 anos ou mais. 

De acordo com os estudantes, eles recebem mais orientações de professores à medida que vão ficando mais velhos. No 4º e 5º do ensino fundamental, menos da metade dos alunos diz ter recebido alguma informação. No ensino médio, essa proporção chega a até 67%. Entre os assuntos tratados estão como usar a internet de forma segura, o que fazer quando alguma coisa incomoda na internet, como verificar se uma notícia ou informação é falsa e indicações para trabalhos escolares.  

Cursos e disciplinas  

Diante da demanda por informações, os professores dizem precisar de formação. Para a maior parte dos docentes, 75%, falta um curso específico voltado para a adoção de tecnologias digitais nas atividades educacionais com os alunos.  

Na hora de incorporar a tecnologia na sala de aula, os professores também enfrentam desafios: 50% dizem que os alunos ficam dispersos quando há uso de tecnologias durante as aulas. De acordo com Costa, as escolas devem cuidado na hora de proibir o uso de equipamentos tecnológicos e que isso deve ser incorporado a uma proposta pedagógica.  

“Muitas vezes quando há essa restrição ao uso ou mesmo a proibição, corremos o risco de, novamente, inviabilizar oportunidades de uso para estudantes que já enfrentam desigualdades de oportunidades em outros âmbitos”, diz a coordenadora da pesquisa.

“Verificamos que professores e alunos fazem o uso desse dispositivo, então, há necessidade, nas escolas, de haver uma maior conversa e debate do uso de tecnologia e como ela pode ser melhor aproveitada por estudantes e professores, para usufruírem de oportunidades e uso crítico, seguro e responsável dessas tecnologias”.  

Em relação a como esses assuntos são trabalhados de maneira formal nas salas de aulas, segundo a pesquisa, 47% dos coordenadores das escolas dizem que as atividades fazem parte do conteúdo de um ou mais disciplinas do currículo comum da escola. Outros 27% afirmam que são oferecidas em disciplinas ou atividades extracurriculares e 17% dizem que essas atividades são realizadas apenas quando os alunos enfrentam algum problema no uso da internet ou das tecnologias.  

Quando se trata de envolver a comunidade escolar, cerca da metade das escolas oferece atividades apenas uma vez por ano ou mesmo não oferece atividades voltadas a pais e responsáveis e a outros funcionários da escola sobre o uso de tecnologia. 

Mais acesso  

O estudo mostra ainda que as escolas brasileiras estão mais conectadas após a pandemia, mas ainda faltam tanto dispositivos para acessar a internet quanto uma maior qualificação do uso.  

“Quando a gente pensa de uma conectividade significativa para a escola, não estamos falando só da conectividade em si, do acesso à internet ou aos dispositivos, estamos falando de uma educação significativa mediada por tecnologias digitais. Essa conectividade significativa e educação significativa englobam a educação digital, a educação para o uso e a inclusão desse tema também no currículo das escolas”, diz Costa.  

A pesquisa TIC Educação é realizada desde 2010 e tem o objetivo de investigar a disponibilidade de tecnologias de informação e comunicação (TIC) nas escolas brasileiras de ensino fundamental e médio e o uso e apropriação por estudantes e educadores. Na edição de 2022, a TIC Educação realizou, presencialmente, entre outubro de 2022 e maio de 2023, 10.448 entrevistas em 1.394 escolas públicas municipais, estaduais e federais e em escolas particulares. Ao todo, os pesquisadores ouviram 959 gestores escolares, 873 coordenadores, 1.424 professores e 7.192 alunos. A pesquisa está disponível na internet.  

Escolas ampliam conexão à internet após a pandemia


Polícia Civil investiga morte de torcedor após final da Copa do Brasil

As escolas brasileiras estão mais conectadas após a pandemia, mas ainda faltam dispositivos para acessar a internet. É o que mostra a pesquisa TIC Educação 2022, lançada nesta segunda-feira (25) pelo Centro Regional de Estudos para o Desenvolvimento da Sociedade da Informação (Cetic.br), do Núcleo de Informação e Coordenação do Ponto BR (NIC.br). O estudo mostra que 94% das escolas têm internet, no entanto, pouco mais da metade, 58%, têm equipamentos como computadores, notebook, desktop e tablet e conectividade à rede para uso dos alunos.

A educação foi um dos setores mais afetados pela pandemia. No Brasil, as escolas ficaram fechadas por cerca de 1 ano e, nesse período, buscaram formas de chegar aos estudantes com atividades remotas com e sem o uso de tecnologia.

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O estudo mostra que a porcentagem de escolas conectadas aumentou em relação a 2020, no início da pandemia. Nesse ano, 98% das escolas de ensino fundamentam e médio localizadas em áreas urbanas tinham conexão de internet. Em 2022, essa porcentagem aumentou para 99%. Entre as escolas em áreas rurais, essa porcentagem passou de 52% em 2020 para 85%, em 2022. Consideradas apenas as escolas públicas, essa porcentagem passou de 78% para 93%. Entre as particulares, de 98% para 99%.

A disponibilidade da internet não é, no entanto, suficiente. É preciso que haja equipamentos nas escolas para acessar a rede. De acordo com a pesquisa, 86% das escolas públicas estaduais contam com notebook, desktop ou tablet para uso dos alunos, o que significa que 14% não possuem esses equipamentos. Por outro lado, nas instituições municipais essa porcentagem chega a menos da metade, 49%. Nas áreas rurais, essa porcentagem é menor ainda, 38%. Nas áreas urbanas, 78%. Entre as escolas particulares, 80% possuem equipamento para uso dos alunos.

Qualidade da internet

A pesquisa mostra que, assim como a conexão, a velocidade da internet também aumentou nas escolas. No início da pandemia, entre as escolas públicas, 22% das estaduais e 11% das municipais tinham velocidade da principal conexão à internet igual ou superior a 51 megabits por segundo (Mbps). Uma a cada três escolas particulares (32%) tinham essa velocidade. Agora, 52% das escolas estaduais, 29% das escolas municipais, e 46% das particulares declararam ter 51 Mbps ou mais de velocidade da principal conexão da instituição.

Segundo o NIC.br, a velocidade e qualidade da internet são importantes para que a escola possa realizar as atividades. No ano passado, o Grupo Interinstitucional de Conectividade na Educação (Gice), formado por mais de 20 de instituições, entre órgãos governamentais, operadoras, associação de provedores, empresas de tecnologia e organizações do terceiro setor, elaborou a nota técnica Qual a velocidade de Internet ideal para minha escola?

Para se ter uma ideia, o documento define que 1 Mbps por aluno é capaz de viabilizar a maior parte das atividades escolares, como aquelas que envolvem áudio, vídeo, download, jogos e uso geral. Como, de acordo com a nota, metade das escolas públicas têm até 118 estudantes no maior turno, isso significa que elas precisariam contratar um plano de 100 Mbps, para atender ao parâmetro de 1 Mbps por estudante no maior turno. 

Desafios

Na edição de 2022, a TIC Educação realizou, presencialmente, entre outubro de 2022 e maio de 2023, 10.448 entrevistas em 1.394 escolas públicas municipais, estaduais e federais e em escolas particulares. Ao todo, os pesquisadores ouviram 959 gestores escolares, 873 coordenadores, 1.424 professores e 7.192 alunos.

Entre os fatores que afetam a conexão foram apontadas, em escolas públicas estaduais, situações como o sinal de internet não chegar às salas que ficam mais distantes do roteador (55%); a internet não suportar muitos acessos ao mesmo tempo (50%) e a qualidade da internet ficar ruim (41%). Nas instituições particulares, esses aspectos são também citados, mas com porcentagens inferiores: 21%, 15% e 14%, respectivamente.

Nas escolas municipais, o principal obstáculo apontado foi o fato de a internet não suportar muitos acessos ao mesmo tempo (45%), seguido de o sinal de internet não chegar às salas que ficam mais distantes do roteador (38%) e de a qualidade da internet ficar ruim (35%).

Os estudantes destacam outras dificuldades no uso da internet, como o fato de os professores não utilizarem a rede em atividades educacionais (64%). Além disso, apontam como motivo, a escola proibir o uso do telefone celular (61%) ou proibir o acesso à internet para os alunos (46%).

Formação de professores

Para a maior parte dos professores, 75%, falta um curso específico voltado para a adoção de tecnologias digitais nas atividades educacionais com os alunos. Além disso, 50% dizem que os alunos ficam dispersos quando há uso de tecnologias durante as aulas. Metade dos professores diz ainda utilizar aplicativos de mensagem instantânea para tirar dúvidas dos alunos.

A pesquisa constatou que pouco mais da metade, 56%, dos professores disse ter participado de formação continuada sobre o uso de tecnologias digitais em atividades de ensino e de aprendizagem nos 12 meses anteriores à realização da pesquisa. O uso de tecnologias na disciplina de atuação (53%) ou na avaliação dos alunos (53%) estão entre os temas mais abordados nas formações continuadas das quais participaram.

O uso da internet traz também situações sensíveis, que os professores precisaram lidar nas escolas. A maioria dos professores, 61%, afirmou ter apoiado alunos no enfrentamento de situações sensíveis vivenciadas na internet. Essa porcentagem aumentou em relação a 2021, quando 49% disseram ter apoiado os estudantes nessas questões. Entre os motivos estão o uso excessivo de jogos e tecnologias digitais (46%); cyberbullying (34%); discriminação (30%); disseminação ou vazamento de imagens sem consentimento (26%); e assédio (20%).

A pesquisa TIC Educação é realizada desde 2010 e tem o objetivo de investigar a disponibilidade de tecnologias de informação e comunicação (TIC) nas escolas brasileiras de ensino fundamental e médio e o uso e apropriação por estudantes e educadores. A pesquisa está disponível na internet.

Inscrições para o programa Parfor Equidade começam nesta segunda-feira


Polícia Civil investiga morte de torcedor após final da Copa do Brasil

Instituições de ensino superior interessadas em participar do Programa Nacional de Fomento à Equidade na Formação de Professores da Educação Básica (Parfor Equidade) já podem enviar suas propostas. As inscrições vão até 30 de novembro.  

Podem participar instituições de ensino superior públicas ou privadas sem fins lucrativos. Todas devem ter experiência na área e cada uma vai ofertar de 30 a 200 vagas. As propostas devem ser apresentadas pelo sistema Integrado Capes.

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A meta é formar professores em licenciaturas específicas e pedagogos, a fim de atender redes públicas e comunitárias que ofertam educação escolar indígena, quilombola e do campo, educação especial inclusiva e educação bilíngue de surdos. 

Vagas 

Serão selecionadas propostas para duas mil vagas de formação de professores em cursos de pedagogia intercultural indígena; licenciatura intercultural indígena; licenciatura em educação do campo; licenciatura em educação escolar quilombola; licenciatura em educação especial inclusiva; e licenciatura em educação bilíngue de surdos.  

O resultado final da seleção deve ser publicado no dia 15 de março de 2024 e o início do curso está previsto para junho do ano que vem. 

Bolsas 

Matriculados que forem pretos, pardos, indígenas, quilombolas, do campo, surdos ou com deficiência vão receber uma bolsa mensal de R$ 700. Para coordenadores, professores-formadores e formadores convidados, serão pagas bolsas com valores que variam de R$ 1.550 a R$ 2.100. O recurso de custeio destinado às instituições será de R$ 1.200 semestrais por aluno, no limite de R$ 25 mil por curso.    

Programa 

O Parfor Equidade foi lançado na semana passada e será executado pela Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização de Jovens e Adultos, Diversidade e Inclusão, do Ministério da Educação, em parceria com a Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes). A iniciativa integra o Programa de Desenvolvimento Acadêmico Abdias Nascimento. 

São Paulo segura o Fla e conquista título inédito da Copa do Brasil


Polícia Civil investiga morte de torcedor após final da Copa do Brasil

Com alguma dose de sofrimento, diante de mais de 62 mil pagantes no Morumbi, o São Paulo empatou com o Flamengo por 1 a 1 neste domingo (24) e, pela primeira vez em 93 anos de história, sagrou-se campeão da Copa do Brasil. O tricolor, campeão de praticamente tudo que havia disputado (Paulista, Brasileiro, Libertadores, Mundial, entre outros torneios) agora garante vaga na Libertadores da América de 2024. No duelo de volta, após vitória do São Paulo na ida por 1 a 0, Bruno Henrique abriu o placar para o Flamengo e Rodrigo Nestor igualou para os donos da casa, o que acabou se tornando o gol do título. Os gols dois gols foram marcados na reta final do primeiro tempo.

Tomados pela ansiedade e otimismo pelo título que se aproximava, os torcedores são-paulinos encheram o estádio e fizeram grande festa antes de a bola rolar. Quando o jogo começou, o Flamengo não demorou para assustar. Já no primeiro minuto, Pedro foi lançado pela esquerda, mas foi bloqueado pelo goleiro Rafael na hora da finalização.

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Também no início, o zagueiro Arboleda sentiu dores na coxa esquerda e acabou substituído por Diego Costa. O começo turbulento para o São Paulo foi acompanhado de um Flamengo mais incisivo, que precisava da vitória de qualquer forma.

Lucas, com belo voleio, teve boa chance pelo São Paulo. No entanto, na reta final da primeira etapa, as coisas ficaram mais movimentadas. Aos 43, Pulgar recebeu na direita e chutou cruzado. O goleiro Rafael desviou de leve, a bola bateu na trave e foi empurrada para as redes por Bruno Henrique, atento ao rebote.

No entanto, o time de Sampaoli mal teve tempo para comemorar a vantagem. Nos acréscimos, Wellington levantou na área, Rossi afastou de soco para a entrada da área e Rodrigo Nestor, de primeira, chutou forte para empatar.

Segunda etapa 

No segundo tempo, mais 45 minutos até a definição do campeão, as posturas dos dois times ficaram ainda mais claras. O São Paulo buscando se defender e explorar os contra-ataques e o Flamengo tentando o gol a todo custo.

Aos oito, Gerson fez boa jogada e chutou. O desvio em Beraldo impediu que a bola encontrasse o destino do gol, que parecia certo. Aos 22, Arrascaeta cruzou na área e Léo Pereira finalizou para fora.

O Fla seguiu pressionando e perdeu outra boa chance com Arrascaeta. O São Paulo não conseguia encaixar um contra-golpe, mas em rara investida de sucesso, Lucas deixou Luciano (que entrara pouco antes) na cara do gol. Acossado por Ayrton Lucas, ele chutou para fora.

Nos minutos finais, já no desespero, o Flamengo desperdiçou mais duas grandes chances. Primeiro, Pulgar, livre quase na pequena área, chutou por cima após jogada pela direita. Depois, Ayrton Lucas conduziu até o meio da área e chutou de direita. Rafael caiu no canto direito para segurar.

O empate – e o título – foram confirmados após dez minutos de acréscimo, segundos após a expulsão do uruguaio Gabriel Neves. A torcida explodiu de alegria e o técnico Dorival Júnior, demitido mesmo após ser campeão da mesma competição (além da Libertadores) pelo Flamengo no ano passado, se dividiu entre comemorar a conquista e consolar os ex-comandados.

O São Paulo, que viveu período pouco vitorioso desde o último título brasileiro em 2008 (venceu a Sul-Americana em 2012 e o Paulista em 2021), pôde enfim comemorar a falta desse item em sua lista de conquistas. A temporada já está marcada na história do clube.

O Flamengo encara a possibilidade concreta de terminar o ano sem títulos. Em 2023, mesmo participando de Mundial de Clubes, Supercopa do Brasil, Recopa Sul-Americana, Campeonato Carioca, Copa do Brasil e Libertadores da América, o time ainda não sabe o que é ser campeão. Resta ainda o Campeonato Brasileiro, no qual figura na sétima posição, 11 pontos atrás do líder Botafogo, restando 14 rodadas.

Escolas particulares terão um reajuste médio de 9% em 2024


Polícia Civil investiga morte de torcedor após final da Copa do Brasil

As mensalidades das escolas particulares deverão aumentar, em média, 9% em 2024, de acordo com levantamento feito pelo Melhor Escola, site buscador de escolas no Brasil. Ao todo, 979 escolas de praticamente todos os estados, com exceção de Roraima e Tocantins, responderam ao questionário. Há instituições que manterão o mesmo valor praticado este ano e há também reajustes que chegam a 35% em relação ao cobrado este ano.

Não existe, por lei, um limite máximo para o aumento do custo das escolas particulares, de acordo com a Lei 9.870/1999, mas as escolas devem justificar os aumentos aos pais e responsáveis em planilha de custo, mesmo quando essa variação resulte da introdução de aprimoramentos no processo didático-pedagógico.

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“Apesar de causar estranheza o reajuste ser maior que a inflação, isso é natural, por conta da lógica do reajuste, que prevê tanto o reajuste inflacionário quanto o nível de investimento que escola fez ao longo do ano”, explica o sócio-fundador do Melhor Escola, Sergio Andrade.

Segundo Andrade, o país entra agora em uma fase de maior normalidade, após o período de pandemia, que refletiu nos custos. “Estamos saindo de um evento disruptivo, que foi a pandemia. É natural que o nível de investimento varie mais do que em um contexto mais estável de mercado”, disse.

No reajuste das mensalidades escolares são levados em consideração índices inflacionários como o Índice de Preços no Consumidor (IPCA) e o Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M). Além disso, considera-se os acordos salariais firmados com os sindicatos e os reajustes salariais tanto para os professores quanto para os demais funcionários, além dos investimentos feitos nas instituições de ensino.

Com base nesses e em outros dados, como a expectativa de estudantes matriculados, estabelece-se o valor da anuidade, que não pode ser alterado ao longo de todo o ano letivo.

Diferentes custos

De acordo com o presidente da Federação Nacional das Escolas Particulares (Fenep), Antônio Eugênio Cunha, os reajustes são diferentes e variam de escola para escola porque os contextos são diferentes. “Importante esclarecer ao público que não tem nenhum número mágico. Cada escola tem identidade própria, cada uma tem estrutura funcionando de maneira diferente da outra. Algumas ocupam espaços físicos alugados, outras, próprios. Espaços maiores ou menores. O número de salas de aula e de alunos são diferentes, os equipamentos são diferentes, portanto, os custos operacionais são diferentes”, explica.

Cunha lembra que as escolas devem estar prontas para explicar às famílias os custos que serão entregues e que há flexibilidade e diferentes formas de cobrança. “Cada escola tem um plano, porque a gente sempre trabalha olhando a sustentabilidade do negócio e o atendimento às famílias. As escolas oferecem planos diferentes, tem escola que divide em 13 parcelas, tem escola que se tem mais de um familiar matriculado, dá desconto, tem a que dá desconto para grupo de famílias, cada uma tem estratégia. É natural que o pai do aluno vá à escola, converse com os diretores para que possam entender o processo e como podem alcançar algum benefício”.

Defesa do consumidor

Segundo orientações do Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec), o fato de não existir um valor máximo para o reajuste da mensalidade não impede de se contestar o aumento. A orientação é para que os consumidores contestem caso considerem os reajustes abusivos.

“As escolas particulares e as faculdades têm que justificar o reajuste, têm que apresentar publicamente para o aluno e para a comunidade escolar uma planilha com o aumento da despesa. Não pode reajustar para ter mais lucro, tem que mostrar que teve aumento proporcional a despesa”, alerta o diretor de Relações Institucionais do Idec, Igor Britto.

O Idec aconselha que os responsáveis tentem uma resolução amigável. Podem também procurar entidades de defesa do consumidor, como o Procon, autarquia de proteção e defesa do consumidor. “Caso sejam lesados, podem procurar o Procon. Já há no Brasil todo uma rotina de notificar a escola ou faculdade a apresentar sua planilha que, por lei, são obrigadas a apresentar”.

Com cesta salvadora, Franca é campeão intercontinental de basquete


Polícia Civil investiga morte de torcedor após final da Copa do Brasil

Pouco menos de dois segundos. Era o tempo que o Sesi Franca tinha no relógio para dar fim a uma espera de mais de 60 anos pelo primeiro título intercontinental da equipe mais tradicional do basquete brasileiro. Parecia pouco, mas foi suficiente. Com um arremesso no estouro do cronômetro, a equipe bateu o Telekom Baskets Bonn, da Alemanha, por 70 a 69 e conquistou a tão sonhada taça. Lucas Dias, autor da cesta decisiva, foi eleito o MVP (Jogador Mais Valioso) da final, com 14 pontos e seis rebotes, enquanto o americano David Jackson foi coroado como o melhor jogador da competição, disputada em Singapura.

Depois de vencer Al-Ahly, do Egito, e o G-League Ignite, dos Estados Unidos, Franca teve pela frente o campeão da Champions League europeia de basquete e atual vice-campeão alemão (a Alemanha acabou de se sagrar campeã do mundo entre as seleções).

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Durante três quartos, Franca e Bonn trocaram golpes e, com uma esticada no final do terceiro quarto, a equipe brasileira chegou com boa vantagem aos 10 minutos finais (58 a 50). No entanto, o time alemão se recompôs e apagou a liderança de Franca rapidamente, deixando o duelo extremamente nervoso em sua reta final. A liderança mudou de mãos algumas vezes. No último minuto, Márcio Santos – cestinha de Franca na partida com 15 pontos – fez uma jogada de três pontos (cesta mais a falta) para colocar Franca na liderança, por 68 a 67, mas logo na sequência Glynn Watson colocou a equipe alemã novamente na frente.

No fim, o time comandado por Helinho Garcia apostou na defesa e conseguiu forçar os adversários a uma violação dos 24 segundos de posse de bola. No entanto, restavam apenas 1.8 segundos para a buzina final do jogo. O técnico desenhou uma jogada na saída lateral. O ala-pivô Lucas Dias, capitão da equipe, recebeu a bola na cabeça do garrafão, girou, e com um belo arremesso fade-away (caindo para trás), fez a cesta histórica que deu a vitória e o título a Franca.

O título intercontinental, além de inédito, coroou uma temporada perfeita da equipe da cidade conhecida como a capital do basquete no Brasil. O torneio em Singapura foi o último episódio da temporada 2022-23, que teve Franca vencendo os títulos do Campeonato Paulista, da Copa Super 8, do NBB e da Champions League Américas. Este último, que credenciou o time à disputa da Copa Intercontinental da FIBA, foi conquistado de maneira invicta, com dez vitórias em dez jogos. Além disso, no decorrer da temporada, a equipe estabeleceu a maior sequência invicta da história do basquete brasileiro, ganhando 46 partidas consecutivas.

Brasil supera Japão e confirma vaga em Paris 2024 no vôlei feminino


Polícia Civil investiga morte de torcedor após final da Copa do Brasil

Com muito suor, a seleção brasileira feminina de vôlei superou os obstáculos – dentro e fora de quadra – para bater o Japão, anfitrião do Pré-Olímpico, por 3 sets a 2, em Tóquio, neste domingo (24), e carimbar a vaga na Olimpíada de Paris no ano que vem.

Como esta era a última das sete rodadas do torneio, tudo seria decidido no duelo direto entre Brasil e Japão, que chegaram com campanhas idênticas (cinco vitórias e uma derrota). Quem vencesse levaria a vaga olímpica.

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As brasileiras encararam a torcida adversária, que lotou o ginásio. Mais de 10 mil vozes gritavam contra o Brasil. No primeiro set, o time de Zé Roberto Guimarães se impôs e venceu por 25 a 21, ganhando confiança para o resto da partida.

As japonesas venceram a segunda parcial por 25 a 22 e tinham o controle da terceira, quando ficaram a dois pontos de vencer ao liderar por 23 a 21. No entanto, o Brasil reagiu na reta final e venceu o set por 27 a 25.

O quarto set foi de domínio do Japão, que venceu sem dificuldades por 25 a 15, preparando o cenário para um quinto e decisivo set. No tie-break, as brasileiras foram melhores e fecharam em 15 a 10, saindo vitoriosas de uma batalha que durou duas horas e 19 minutos.

A alegria e o alívio pela classificação em condições tão adversas foram acompanhadas pela emoção das atletas e do técnico Zé Roberto, que tiveram que lidar com a perda inesperada da ex-companheira Walewska, que morreu na quinta-feira (21).

A ponteira Gabi, mais uma vez, foi a principal pontuadora do duelo, com 23 pontos. O Brasil agora vai em busca do seu terceiro ouro olímpico, depois dos conquistados em Pequim, em 2008 (quando Waleswska fez parte da campanha) e Londres, em 2012.

Em Tóquio, as brasileiras acabaram com a prata, derrotadas na decisão pelos Estados Unidos.

Projeto Albatroz abre centro de educação ambiental em Cabo Frio


Polícia Civil investiga morte de torcedor após final da Copa do Brasil

Neste domingo (24), o Projeto Albatroz inaugura o seu primeiro Centro de Visitação e Educação Ambiental Marinha, em Cabo Frio, na Região dos Lagos do estado do Rio de Janeiro, que ficará aberto gratuitamente de quinta-feira a domingo, das 11h às 18h, para os moradores das comunidades do entorno. Para turistas, será cobrada taxa de R$ 15.

A festa de inauguração será de 13h às 18h, aberta ao público, em especial as comunidades do entorno, informou à Agência Brasil a fundadora e coordenadora geral do Projeto Albatroz, Tatiana Neves. O evento contará com participação de artistas e expositores locais, atividades de educação ambiental e concerto da Orquestra Petrobras Sinfônica.

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“A ideia é que o centro seja a casa das comunidades do entorno e que as pessoas se sintam apropriadas pelo processo”, disse Tatiana.

Os moradores serão cadastrados para ter acesso gratuito ao Centro de Visitação. O Projeto Albatroz vai dar acesso gratuito para estudantes das escolas públicas municipais, que já recebem o Programa Albatroz nas Escolas, em parceria com as secretarias municipais de Educação. “A gente vai trazer as crianças para dentro do centro também. A nossa premissa básica é dar oportunidade de conhecimento para as crianças que, muitas vezes, não têm”, explicou.

albatroz de Tristão
albatroz de Tristão

Albatroz de Tristão – Dimas Gianuca/Projeto Albatroz

Centro de Visitação

“O centro tem pavilhões de exposição, áreas ao ar livre, uma trilha de mangue, onde tem placas mostrando as espécies de Caranguejo Uçá, do Guaiamu. É uma sala de aula ao ar livre, onde as pessoas podem vivenciar um pouco a natureza”,informou Tatiana.

No final da trilha, se vê a Lagoa de Araruama. Em um píer de observação, os visitantes podem acompanhar as aves que se alimentam nos bancos de areia, bem próximos da área. “As pessoas vão conseguir avistar as aves, sem alterar o seu comportamento. São aves migradoras de vários locais e residentes na nossa região também”.

Há também um centro informativo logo no início do projeto. Na calçada dos ecossistemas, há painéis que vão mostrando a sucessão de ecossistemas marinho e costeiro. O primeiro pavilhão foi denominado Oceano e reúne espécies marinhas de alto-mar, como os albatrozes. No local, há uma reprodução da Ilha Geórgia do Sul, que é um dos locais mais importantes de reprodução de albatrozes, que fica na região subantártica, e a réplica de um casal dessas aves em tamanho real, no ninho, em um cenário que reproduz o local onde eles se reproduzem. Há também uma ossada completa de uma baleia jubarte, montada e suspensa.

Tatiana informou que essa é a segunda ossada de baleia jubarte existente no Rio de Janeiro. A primeira está no AquaRio, na Praça Mauá, região portuária da capital fluminense. “É a nossa cereja do bolo”.

No centro há informações também de vários outros projetos, como o Meros do Brasil; o Golfinho Rotador, de Fernando de Noronha; o Coral Vivo; as Tartarugas Marinhas. “É um espaço em que a gente fala de todos esses animais, ícones do oceano. A gente está na década do oceano, decretada pela Organização das Nações Unidas e que vai acontecer entre 2021 e 2030”.

O espaço está integrado à questão da cultura oceânica, com o objetivo de trazer essa cultura para as comunidades que vivem do mar e para o mar, explicou Tatiana.

Projeto Albatroz

O último espaço do Centro de Visitação trata do Projeto Albatroz, abordando sua biologia e características. O Albatroz é uma ave que começa a se reproduzir com 10 anos a 11 anos de idade, são monogâmicas, e dependendo da espécie, podem colocar um único ovo a cada 2 anos, dedicando-se exclusivamente aos seus cuidados por cerca de 1 ano até que o filhote esteja pronto para viver de forma independente.

“São o nosso objeto de trabalho, porque eles sofrem algumas ameaças importantes, como a captura na pesca de espinhel, ou pesca de alto-mar, além do descarte de plásticos nos oceanos. O espinhel consiste em um aparelho de pesca que utiliza iscas para a atração dos peixes. As iscas mais usadas são a sardinha, cavalinha e lula.

O Projeto Albatroz nasceu em 1990, visando entender como acontece a interação entre as aves e os barcos de pesca, de modo a reduzir essa captura, que não é positiva nem para os albatrozes, nem para os pescadores. “Os pescadores querem pescar peixe no alto-mar e acabam capturando os albatrozes. É prejuízo para todo mundo. Por isso, a Petrobras nos patrocina desde 2006, por meio de edital público”, explica Tatiana.

O Centro de Visitação abriga também um playground para crianças, lanchonete e loja. “É um espaço agradável, onde os visitantes vão poder curtir a natureza e aprender também”.

O prédio voltado à educação ambiental não está na rota da visitação. Tatiana Neves informou que o objetivo é fazer cursos de educação ambiental e de capacitação para as comunidades do entorno, abrangendo municípios vizinhos de Cabo Frio, principalmente a capacitação de jovens das comunidades para trabalharem no centro e desenvolverem habilidades profissionalizantes.

Tatiana explicou que o objetivo é desenvolver a capacidade de engajamento desses jovens no mercado de trabalho, em diversas áreas, como a observação e educação ambiental, e também na área da cultura e no aprimoramento profissional de maneira geral. Para isso, serão identificadas as potencialidades das comunidades para que o projeto possa trazer resultados positivos, gere renda e outros benefícios relacionados com a habilidade da região.

Estrutura

Com área útil de mais de 18 mil metros quadrados, o Centro de Educação Ambiental Marinha, do Projeto Albatroz, está situado ao lado do Parque Ecológico Municipal Dormitório das Garças e da Lagoa de Araruama.

A ossada da baleia-jubarte (Megaptera novaeangliae) foi doada ao Projeto Albatroz pelo Instituto Orca, especializado no resgate e manejo de cetáceos. Todas as etapas de limpeza, restauração, montagem e finalização foram feitas pelo biólogo especialista em osteomontagem Antônio Carlos Amâncio. Parceiro de longa data do Projeto Albatroz, o artista plástico Alexandre Huber foi responsável pela criação de painéis especiais para as paredes do centro de visitação, que destacam as características marcantes dessas aves e ajudam a aproximá-las do público.

20/09/2023, Inauguração do 1º Centro de Visitação e Educação Ambiental Marinha do Projeto Albatroz. Foto: Projeto Albatroz/Divulgação
20/09/2023, Inauguração do 1º Centro de Visitação e Educação Ambiental Marinha do Projeto Albatroz. Foto: Projeto Albatroz/Divulgação

Ossada da baleia Jubarte (Megaptera novaeangliae) doada ao Projeto Albatroz pelo Instituto Orca – Foto: Projeto Albatroz/Divulgação

Projeto

O Projeto Albatroz nasceu em Santos (SP) e desde 1990 trabalha pela conservação das espécies de albatrozes e petréis que se alimentam em águas brasileiras. O projeto é patrocinado pela Petrobras por meio do Programa Petrobras Socioambiental, desde 2006, e mantém uma base avançada de pesquisa na Universidade Veiga de Almeida (UVA), no campus de Cabo Frio, desde 2014, que possibilitou a ampliação das pesquisas no Porto de Cabo Frio, que é rota de diversas embarcações de pesca de espinhel com a qual os albatrozes e petréis interagem e pela qual são capturados.

O projeto é coordenado pelo Instituto Albatroz, Organização da Sociedade Civil de Interesse Público (Oscip) que trabalha em parceria com o poder público, empresas pesqueiras e pescadores.

Final da Copa do Brasil terá campanha de combate ao racismo


Polícia Civil investiga morte de torcedor após final da Copa do Brasil

Antes da bola rolar na final da Copa do Brasil, disputada entre Flamengo e São Paulo, neste domingo (24), os torcedores presentes no estádio do Morumbi e os que vão acompanhar o jogo pela televisão terão sua atenção voltada para uma campanha para enfrentar o racismo nos campos de futebol. Batizada de Com Racismo Não Tem Jogo, a ação divulgará canal de denúncias para enfrentamento ao racismo no cenário esportivo.

Campanha contra racismo no futebol
Campanha contra racismo no futebol

Governo federal aproveitará visibilidade da final da Copa do Brasil para divulgar campanha contra o racismo – Ministério dos Direitos Humanos/Divulgação

A ação contará com as presenças dos ministros Silvio Almeida (Direitos Humanos e da Cidadania), Anielle Franco (Igualdade Racial) e André Fufuca (Esporte). Na ocasião, haverá a exibição de um balão inflável do Disque 100 – Disque Direitos Humanos, canal pelo qual a população pode fazer denúncias contra a violação de direitos humanos, dentre elas o racismo durante as partidas de futebol.

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No centro do gramado do Morumbi, os ministros também entregarão camisetas aos jogadores com mensagem contra o racismo. A campanha faz parte das ações do governo federal para combater o racismo.

“O governo federal está empenhado em promover ações para coibir e reprimir atos de intolerância, discriminação e preconceito racial em arenas esportivas tanto no Brasil quanto no exterior”, disse o Ministério dos Direitos Humanos e Cidadania em nota.

A pasta lembra ainda os episódios de racismo, na Espanha, envolvendo o jogador Vinicius Jr., atacante do Real Madri e convocado para a seleção brasileira. Em maio, Vinicius Jr. foi alvo, mais uma vez, de racismo, durante uma partida do seu time contra o Valencia.

No episódio, torcedores do Valencia chamaram Vinicius de macaco desde a chegada do ônibus no estádio. O comportamento foi repetido ao longo do jogo, fazendo com que a partida fosse interrompida quando o atacante apontou torcedores imitando sons e fazendo gestos de macacos.

Em resposta, o Itamaraty, o Ministério dos Direitos Humanos e Cidadania e o Ministério da Igualdade Racial, em conjunto com outras Pastas, divulgaram uma nota convocando as autoridades governamentais e esportivas da Espanha a tomarem providências para punir os autores dos atos e evitar repetições.