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Em Marrocos, seleção pré-olímpica revela susto após terremoto


Em Marrocos, seleção pré-olímpica revela susto após terremoto

A seleção masculina pré-olímpica (sub-23) de futebol está em Marrocos para dois amistosos com os anfitriões. O país africano foi atingido, na noite de sexta-feira (8), por um terremoto de magnitude 6,8 na escala Richter, que resultou na morte de mais de 1.000 pessoas. Mesmo a cerca de 700 quilômetros do epicentro, jogadores e comissão técnica do Brasil relataram terem sentido o tremor. Segundo a Confederação Brasileira de Futebol (CBF), a delegação está em segurança.

“Eu estava deitado e comecei a sentir a cama tremer. Levantei assustado. Olhei para o abajur e vi que estava balançando. Aí, saí do quarto. Foi um susto. Buscamos segurança. Fomos muito bem tratados e orientados. Seguimos para a área da piscina por precaução, é um lugar mais aberto. Graças a Deus estamos em segurança. Infelizmente já sabemos do número de mortos. É algo muito grave, a gente fica sentido e presta nossa solidariedade a todo povo marroquino e aos que estão ajudando na busca dessas pessoas”, comentou o meia-atacante Paulinho, ao site da CBF.

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“A gente está falando sobre vidas, um terremoto, uma tragédia, nunca é fácil falar sobre isso. Agora, o adversário do próximo amistoso e o próprio jogo ficam de lado. Na hora, pensamos logo em buscar abrigo para ficar em segurança. Em seguida, no meu caso, procurei contato com familiares e amigos para tranquilizá-los”, disse o lateral Abner, também à página da entidade.

O ex-jogador Branco, coordenador-técnico das Seleções de Base, manifestou-se em nome do presidente da CBF, Ednaldo Rodrigues. Tetracampeão mundial pelo Brasil em 1994, o dirigente revelou ter já vivenciado tremores em outras três ocasiões, mas que o abalo presenciado em Marrocos, mesmo distante do epicentro, foi forte.

“A cama começou a balançar de um lado para o outro. Vi os lustres também balançando. Imaginei logo [que fosse um terremoto]. Corri para o armário, peguei meus celulares e passaporte e saí correndo, chamando os atletas para que descessem pela escada em busca de um abrigo. Prestamos nossa solidariedade a todo povo marroquino e todas as equipes de resgate”, afirmou Branco.

O primeiro dos amistosos entre as seleções olímpicas de Brasil e Marrocos foi disputado na quinta-feira (7), em Fez, com vitória dos anfitriões por 1 a 0. O segundo duelo, a princípio, está marcado para segunda-feira (11), às 16h (horário de Brasília), no mesmo local. Ainda não há informação sobre a realização ou não da partida.

Apoio

O governo federal divulgou o contato da Embaixada do Brasil em Rabat, capital de Marrocos, que pode ser contatada pelo telefone +212 661 16 81 81 (inclusive WhatsApp). Outro canal de atendimento é o plantão consular do Itamaraty, no telefone +55 (61) 98260-0610 (também Whatsapp). Até agora, não há notícia de brasileiros entre as vítimas do terremoto.

Jogos da Juventude: gaúcho Derick Goulart sobra na ginástica artística


Em Marrocos, seleção pré-olímpica revela susto após terremoto

Aos 17 anos, o gaúcho Derick Goulart subiu duas vezes no topo do pódio dos Jogos da Juventude, em Ribeirão Preto, ao vencer a competição individual geral (89.800)  e por equipes da ginástica artística (176.150). A conquista do jovem, que começou no esporte aos quatro anos, vai além das medalhas de ouro. Ele cresceu no Passo das Pedras, bairro na periferia de Porto Alegre, onde é conhecido como “o cara do mortal”. A região sofre com elevados índices de criminalidade, devido ao tráfico de drogas.

A determinação de Derick em seguir a carreira de atleta de alto rendimento recebeu o apoio de Leonardo Finco, ex-coordenador técnico da seleção brasileira masculina, que acompanha o desenvolvimento do ginasta desde que ele tinha oito anos, quando ingressou no Grêmio Náutico União. Os treinos acontecem seis vezes por semana, de segunda a sábado, por quatro horas. 

07.09.2023- Jogos da Juventude 2023 - Ribeirão Preto (SP) - de 01 a 16 de Setembro.  Derick Goulart, do Rio Grande do Sul foi campeão geral e por equipes na Ginástica Artística nos Jogos da Juventude em Ribeirão Preto, SP. Foto Luiza Moraes /
07.09.2023- Jogos da Juventude 2023 - Ribeirão Preto (SP) - de 01 a 16 de Setembro.  Derick Goulart, do Rio Grande do Sul foi campeão geral e por equipes na Ginástica Artística nos Jogos da Juventude em Ribeirão Preto, SP. Foto Luiza Moraes /

O ginasta Derick Goulart, de 17 anos, recebe apoio do treinador Leonardo Finco, ex-coordenador técnico da seleção brasileira masculina – Luiza Moraes/COB/Direitos Reservados

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O ginasta gaúcho enfrenta uma rotina puxada: sai pela manhã para a escola e, depois das aulas, encara uma hora de viagem de ônibus até o Grêmio Náutico União. Ele mora apenas com a mãe Daniele, que trabalha como repositora de frutas em um supermercado, e a irmã Nicoly, também ginasta de 20 anos.

“Lá onde moro é uma região bem carente e perigosa. Mas é onde tenho condições de morar. Às vezes tenho que sair dos treinos mais cedo para não correr tanto perigo na volta para casa. Quando não consigo voltar, fico na casa do meu amigo Deco, que estava na última edição dos Jogos da Juventude e é como um irmão para mim. Na semana passada, antes de vir para cá, houve uma disputa do tráfico e fiquei dias sem poder voltar para casa”, revelou o ginasta.

Além de Derick, o conterrâneo Caio Fernandes também brilhou nos Jogos da Juventude ao faturar a prata no individual geral (86.350) da ginástica artística. Ele também é acompanhado pelo Leonardo Finco, no Grêmio Náutico União, e acabou ajudando Derick a conquistar o ouro por equipes. Caio passou para cinco finais por aparelhos, com direito ao primeiro lugar nas únicas apresentações não vencidas por Derick: o solo e o salto sobre a mesa.

“O Derick e o Caio [Fernandes] são jovens ginastas que estão sendo preparados para a categoria adulta. Esse tipo de vivência em uma competição multiesportiva é muito importante para eles. É um evento fundamental para o país e nós levamos com seriedade e trabalho duro. Os meninos já treinam comigo há mais de oito anos, com foco em chegar na seleção brasileira”, afirmou Finco, técnico da delegação do Rio Grande do Sul, em depoimento ao Comitê Olímpico do Brasil (COB).

Os Jogos da Juventude vão até sábado (16) com transmissão ao vivo da TV Brasil. 

Transmissões na TV Brasil

Terça-feira (12)

9h – natação

Quarta (13)

9h – natação

Quinta (14) 

9h – natação

16h – finais do vôlei de praia

Sábado (16)

11h – finais do handebol

Clubes gaúchos fazem campanha de doações às vitímas das enchentes


Em Marrocos, seleção pré-olímpica revela susto após terremoto

Em apoio às vítimas das enchentes no Rio Grande do Sul, após a passagem de um ciclone no último domingo (3), Grêmio, Internacional e Juventude montaram pontos de coletas de doações de água, alimentos roupas e produtos de higiene, em várias cidades do estado. Inúmeras famílias estão desabrigadas e municípios da Serra Gaúcha entraram em estado de emergência. 

Além do estádio Alfredo Jaconi, o Juventude, clube de Caxias do Sul, concedeu o espaço do Centro de Treinamento (CFAC) para coleta de doações; A prefeitura de Caxias e os bombeiros recomendam a doação de agasalhos, água mineral, itens de limpeza e alimentos não perecíveis.

“Nossas cidades vizinhas estão em uma situação difícil, com famílias que perderam tudo, e o Juventude se viu em condições de colaborar de alguma forma. As doações já superaram as expectativas e todos os itens arrecadados serão destinados a quem precisa”, comenta Fábio Pizzamiglio, presidente do Juventude, que já entregou até o momento, mil litros de água, 32 cestas básicas, 150 sacolas de alimentos, 90 itens de higiene, 3 colchões e 100 sacolas com diversos outros produtos.

O Tricolor gaúcho também montou centros de arrecadação de doações na GrêmioMania Megastore e no Departamento Consular da Arena Grêmio, além dos Consulados Femininos de outras cidades.

Já o Internacional anunciou que receberá doações às vítimas das enchentes no ginásio Gigantinho – no complexo do estádio Beira-Rio – a partir desta sexta (8) até a próxima terça (12), sempre das 8h às 18h. Na próxima quarta (13), também haverá três pontos de coleta de alimentos, itens de higiene e roupas Beira Rio, em Porto Alegre, durante o confronto Inter x São Paulo, pelo Campeonato Brasileiro.  Além disso, a torcida colorada destinou R$ 10 mil às vítimas das enchentes do Vale do Taquari, verba convertida em 100 kits de higiene e 100 cobertores, que serão entregues pela Defesa Civil do RS.

Toda ajuda é extremamente importante e muito bem-vinda, isso faz a diferença. O apoio da nossa torcida, também através dos nossos Consulados das cidades mais atingidas, foi fundamental e de uma sensibilidade única. Nosso papel, sob as condições que temos, é ajudar a nossa sociedade em momentos como esse”, afirmou Cauê Vieira, secretário-geral do Colorado.

Plano Nacional de Educação será encaminhado ao Congresso em 2024

O Ministério da Educação (MEC) informou hoje (8) que encaminhará o projeto de Lei do novo Plano Nacional de Educação (PNE) 2024-2034, no primeiro semestre do próximo ano. Apesar de a legislação em vigor determinar que a proposta seja encaminhada ao Congresso Nacional em junho, a pasta disse não considerar que o trâmite está em atraso e que a intenção é debater as novas metas com a sociedade, nas conferências municipais, que começam em outubro, conferências estaduais e na conferência nacional de educação, que acontecem na sequência.

O MEC disse reconhecer que o cenário é desafiador e que está trabalhando ao longo dos últimos meses em políticas voltadas à educação básica e superior em vários eixos. Para tanto foi constituído um grupo de trabalho (GT), com caráter consultivo e propositivo, para avançar nas discussões sobre as estratégias e diretrizes do PNE, decênio 2024-2034.

“No momento, os membros do GT sistematizam os macro problemas apontados para o estabelecimento de novas metas e estratégias. O documento produzido pelo GT será discutido nas conferências municipais, que começam em outubro, conferências estaduais e na conferência nacional de educação, que acontecem na sequência, para subsídio à elaboração da minuta de Projeto de Lei, contendo diagnóstico, diretrizes, objetivo, metas e estratégias para o Plano Nacional de Educação do próximo decênio”, informou o MEC por meio de nota.

A proposta que está sendo desenhada a partir do debate e articulação entre as secretarias do MEC e entidades como o Conselho Nacional de Secretários de Educação (Consed), a União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação (Undime), o Fórum Nacional de Educação (FNE), o Conselho Nacional de Educação (CNE), o Fórum dos Conselhos Estaduais de Educação (Foncede), o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), a Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), a Câmara dos Deputados e o Senado.

O PNE atual traz 20 metas para gestores públicos, da educação infantil ao ensino superior. No total, são 56 indicadores passíveis de mensuração e que não possuem valor de referência.

Ações do MEC

O MEC reconhece o cenário desafiador e vem trabalhando ao longo dos últimos meses em políticas voltadas à educação básica e superior em vários eixos.

Na educação básica, foi lançado o programa Escolas em Tempo Integral, com um orçamento inicial de R$ 4 bilhões, para que estados e municípios ampliem as matrículas de tempo integral em suas redes. O programa prioriza secretarias com menor expansão, auxiliando-as financeiramente para este primeiro passo. 

O ministério também quer ampliar as vagas em creche e pré-escola. O programa Pacto Nacional pela Retomada de Obras da Educação Básica vai retomar quase 3,6 mil obras paradas em escolas de todo o Brasil, das quais mais de 1.200 são creches e pré-escolas. O total de investimentos é R$ 4 bilhões até 2026.

Outra meta do governo, por meio do Compromisso Nacional Criança Alfabetizada, é subsidiar ações concretas dos estados, municípios e Distrito Federal, para a promoção da alfabetização de todas as crianças do país. Para isso, o investimento será de cerca de R$ 1 bilhão, em 2023, e mais R$ 2 bilhões durante os próximos três anos. A expectativa é beneficiar 4 milhões de estudantes de 4 e 5 anos de idade, em 80 mil escolas públicas que ofertam pré-escola; 4,5 milhões de 6 e 7 anos de idade, em 98 mil escolas públicas de anos iniciais; e 7,3 milhões de 8 a 10 anos de idade, em 98 mil escolas públicas de anos iniciais.

Há ainda o Programa de Apoio à Manutenção da Educação Infantil em 2023, que transfere recursos com o objetivo de garantir a expansão da oferta e regular o funcionamento das novas matrículas. Neste ano, foram investidos R$ 53.954.754,36 para novas turmas, beneficiando 10.636 novas matrículas na educação infantil, e R$ 28.118.471,34 em novos estabelecimentos, beneficiando 5.495 novas vagas na educação infantil. A educação infantil está inclusa e contemplada também no Programa Escola Em Tempo Integral.

Prazo para adesão à retomada de obras escolares termina domingo


Em Marrocos, seleção pré-olímpica revela susto após terremoto

O prazo para estados e municípios manifestarem interesse em retomar a construção de obras escolares públicas paralisadas ou inacabadas termina domingo (10), às 23h59 (horário de Brasília). 

A iniciativa faz parte do Pacto Nacional pela Retomada de Obras e de Serviços de Engenharia Destinados à Educação Básica, lançado em maio deste ano, pelo governo federal, em Crato (CE). De acordo com o Ministério da Educação (MEC), esse é o maior projeto de retomada de obras da educação da história do país. Pelo pacto, o governo federal oferece aporte financeiro e técnico, por meio do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), para a conclusão das obras. 

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O MEC identificou 3.641 obras passíveis de retomada, porém 960 ainda não tinham aderido ao pacto até o último levantamento feito pelo FNDE. O restante – 2.681 obras (73,63% do total) – já teve manifestação de interesse do gestor de educação local para concluir a obra pública e entregá-la em benefício da população. Na lista estão obras como construção de creches e escolas, reforma e ampliação de salas de aulas, coberturas de quadras poliesportivas, entre outras. Poderão ser priorizadas repactuações de obras e serviços de engenharia de escolas quilombolas, indígenas e do campo, independentemente do percentual de execução física do empreendimento. 

O MEC calcula que a conclusão de todas as obras listadas poderá criar cerca de 450 mil novas vagas nas redes públicas de ensino do país, com investimento previsto de quase R$ 4 bilhões entre 2023 e 2026. 

O gestor de educação pode conferir quais são as obras que poderão ser contempladas pelo programa, nas tabelas disponíveis para consulta por estado, no portal do FNDE

Como aderir 

O primeiro passo exigido é a manifestação de interesse dos entes federativos junto ao FNDE, por meio do Sistema Integrado de Monitoramento Execução e Controle (Simec) do MEC, até domingo (10).  O interesse deve ser manifestado para cada edificação paralisada ou inacabada, individualmente, naquele território. 

Portaria conjunta do MEC, da Gestão e Inovação em Serviços Públicos (MGI) e a Controladoria-Geral da União (CGU) explica o passo a passo das repactuações entre o FNDE e os municípios e estados para a retomada das obras.  

Brasília (DF) 09/09/2023 - Passo a passo para Adesão ao pacto de retomada de obras da educação básica.
Arte  FNDE/MEC
Brasília (DF) 09/09/2023 - Passo a passo para Adesão ao pacto de retomada de obras da educação básica.
Arte  FNDE/MEC

Brasília – Passo a passo para adesão ao pacto de retomada de obras da educação básica. Arte FNDE/MEC

Reajuste de valores

A novidade do Pacto Nacional pela Retomada de Obras e de Serviços de Engenharia Destinados à Educação Básica é que o saldo das obras será atualizado seguindo o Índice Nacional do Custo da Construção (INCC). Anteriormente, quando ocorriam repactuações para continuidade de uma obra, o valor originalmente acertado era mantido, mesmo que estivesse defasado há anos.  

Agora, o gestor poderá retomar a obra com o valor atual, para garantir que o empreendimento seja, efetivamente, concluído. 

O ente federado também pode tirar suas dúvidas por meio do canal de comunicação do fundo nacional, o Balcão Virtual do FNDE .

Alfabetização de crianças ainda é desafio para o Brasil


Em Marrocos, seleção pré-olímpica revela susto após terremoto

O Brasil ainda precisa avançar mais para que as crianças consigam apresentar desempenho satisfatório na leitura, é o que apontam especialistas ouvidos pela Agência Brasil para falar sobre o Dia Mundial da Alfabetização, comemorado nesta sexta-feira (8). Dados recentes do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep), a partir das provas do Sistema de Avaliação da Educação Básica (Saeb) dos anos de 2019 e 2021, revelam que houve uma queda no desempenho da alfabetização, mostrando que, em 2019, 54,8% das crianças avaliadas foram consideradas alfabetizadas. Entretanto, em 2021, o percentual caiu para 49,4%.

A data foi criada pela Organização das Nações Unidas (ONU) e pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco), em 1967, com o objetivo de promover a discussão sobre a importância da alfabetização, principalmente em países que ainda têm índices consideráveis de analfabetismo.

Ceilândia (DF) - Biblioteca Roedores de Livros atrai a criançada para rodas de leitura no Shopping Popular da Ceilândia. Foto: Marcelo Magalhães/Divulgação
Ceilândia (DF) - Biblioteca Roedores de Livros atrai a criançada para rodas de leitura no Shopping Popular da Ceilândia. Foto: Marcelo Magalhães/Divulgação

Biblioteca Roedores de Livros atrai a criançada para rodas de leitura – Foto: Marcelo Magalhães/Divulgação

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De acordo com o Saeb, são consideradas alfabetizadas as crianças que conseguem atingir a nota mínima de 743, o que as tornam aptas para ler palavras, frases e pequenos textos; localizar informações na superfície textual; escrever ortograficamente palavras com regularidades diretas entre fonemas e letras e escrever textos que circulam na vida cotidiana, ainda que com desvios ortográficos e de segmentação.

Para o gerente de Políticas Educacionais do Todos pela Educação, organização que trabalha pela melhoria na qualidade da educação básica no Brasil, Ivan Gontijo, o cenário é desafiador, “mas existem perspectivas de futuro”.

“Basicamente metade dos alunos do Brasil que estão na faixa dos 7 anos não conseguem ler e escrever de uma forma minimamente adequada. Esses dados retratam uma realidade muito alarmante, mas não são novidades. Desde a Avaliação Nacional de Alfabetização, a ANA, que começou a ser implementada desde 2014, o Brasil já apresentava indicadores bem preocupantes, e esse resultado de 2021 mostrou que a pandemia teve um impacto relevante, e entre todas as etapas da educação básica foi na alfabetização. Os dados são inequívocos em dizer que, no Brasil, existe um grande desafio em relação a alfabetização das crianças”, disse Gontijo à Agência Brasil.

O Todos pela Educação defende a efetivação políticas públicas educacionais que garantam aprendizagem e igualdade de oportunidades para as crianças e jovens. Gontijo alerta que a alfabetização é uma habilidade base, e que se a criança não for alfabetizada adequadamente na idade certa, ela terá dificuldades ao longo da sua vida escolar.

“Acho muito importante a gente dar a devida centralidade para a questão da alfabetização no Brasil, porque a alfabetização é uma habilidade base. Se o aluno não se alfabetiza na idade certa, de forma adequada, ele vai ter dificuldade em todas as disciplinas, não só em língua portuguesa, ele vai ter dificuldade em matemática, ciências, história, etc. Então é uma habilidade muito central para o aluno conseguir ter uma trajetória acadêmica muito adequada por isso que a gente precisa colocar tanta energia nesse processo”, defende.

São Paulo SP 25/08/2023   - Biblioteca Comunitária Djeanne Firmino na Zona Sul da cidade. Mediadora de Leitura. Na foto a Coordenadora de Projetos Alessandra Leite. Foto: Paulo Pinto/Agência Brasil
São Paulo SP 25/08/2023   - Biblioteca Comunitária Djeanne Firmino na Zona Sul da cidade. Mediadora de Leitura. Na foto a Coordenadora de Projetos Alessandra Leite. Foto: Paulo Pinto/Agência Brasil

Biblioteca Comunitária Djeanne Firmino, na zona sul de São Paulo – Foto: Paulo Pinto/Agência Brasil

Pandemia

A CEO da Fundação Maria Cecília Souto Vidigal, Mariana Luz, que atua no debate sobre a primeira infância, com crianças do nascimento até os 6 anos de idade, avalia que a pandemia do coronavírus, com o fechamento dos espaços educacionais, afetou o desempenho das crianças em creches e pré-escolas, esta última considerada uma etapa fundamental para auxiliar no processo de alfabetização, segundo Mariana.

“Esse quadro [da pandemia] gerou um déficit educacional e ampliou as desigualdades. Infelizmente, quem teve menos acesso, menos apoio, menos instrução, menos oportunidade de aprender foram as camadas vulnerabilizadas, foram pretos, pardos, indígenas, e os que vivem em uma situação de pobreza, e isso gerou um distanciamento”, disse Mariana que ponderou sobre a necessidade de se dar mais atenção a espaços como creches e pré-escolas.

Segundo Mariana, pesquisas feitas pela fundação apontaram um atraso pedagógico de seis a sete meses nas crianças nos componentes de linguagem e de matemática, mas destacou que a recomposição dessa perda foi possível com o retorno às atividades presenciais.

“É na educação infantil, sobretudo na pré-escola, que é etapa obrigatória, que a criança vai ter contato com letras e números de uma forma mais intencional, com o entendimento de que a etapa seguinte é o primeiro ano do fundamental, onde a alfabetização acontece. Então, essa familiaridade, esse gosto, esse conhecimento, esse despertar do interesse e da curiosidade, isso tudo acontece na educação infantil”, explica.

A coordenadora de Programa e Políticas da Campanha pelo Direito à Educação, Marcelle Frossard, também avalia que a pandemia do coronavírus contribuiu em parte para o resultado negativo, ressaltando que as crianças foram afetadas de diferentes formas, especialmente as moradoras de zonas rurais e as negras.

O ministro da Educação, Abraham Weintraub, e o secretário de Alfabetização, Carlos Nadalim, lançam programa Conta pra Mim
Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil/Arquivo
O ministro da Educação, Abraham Weintraub, e o secretário de Alfabetização, Carlos Nadalim, lançam programa Conta pra Mim
Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil/Arquivo

Programa Conta pra Mim – Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil

“As consequências da pandemia na educação brasileira não foram uniformes, mas afetaram principalmente estudantes de zonas rurais e negros. Essas estatísticas e porcentagens são, na verdade, pessoas, vidas e estudantes por trás desses números. A desigualdade educacional brasileira, que o PNE [Plano Nacional e Educação] pretendia superar, continua presente, manifesta na ausência de tantos alunos que não conseguiam assistir às aulas durante a pandemia”, disse Marcelle à Agência Brasil.

Marcelle destaca que, no cenário pós-pandemia, é preciso promover um diagnóstico sobre o impacto da pandemia na saúde mental de crianças e adolescentes. Ela considera fundamental a integração entre políticas de saúde mental e a área de educação.

“Até o momento, o país ainda não tem uma dimensão do que foi esse período e o impacto para as pessoas, a educação e outras áreas de importância. Temos que considerar que a maioria dos estudantes brasileiros estão na escola pública e com dificuldade de acesso a equipamentos e profissionais de saúde mental. Assim, sem essa integração, dificilmente haverá apoio a essas crianças”, alerta. “Em relação aos professores, também devem usufruir desse mesmo tipo de política e terem formação continuada para lidarem com o atual momento, lembrando que a responsabilidade em relação a saúde mental deve ser dos profissionais de saúde e não dos professores”, argumenta Marcelle.

Municípios

Intervenções artísticas realizadas pelo projeto Escola Criativa, promovido pelo Instituto Choque Cultural, na Escola Municipal de Ensino Fundamental Presidente Campos Salles, na Cidade Nova Heliópolis, zona sul.
Intervenções artísticas realizadas pelo projeto Escola Criativa, promovido pelo Instituto Choque Cultural, na Escola Municipal de Ensino Fundamental Presidente Campos Salles, na Cidade Nova Heliópolis, zona sul.

Escola Municipal de Ensino Fundamental Presidente Campos Salles, na Cidade Nova Heliópolis – Rovena Rosa/Agência Brasil

Pela Constituição, os municípios têm papel fundamental na oferta da educação infantil e respondem pela maioria das vagas nos anos iniciais do ensino fundamental (1º ao 5º ano). Já os estados devem priorizar o ensino médio, mas podem atuar, em parceria com os municípios, na oferta de ensino fundamental.

Para a coordenadora de Programa e Políticas da Campanha Pelo Direito à Educação, que aglutina diferentes forças políticas, priorizar ações de mobilização, pressão política e comunicação social, em favor da defesa e promoção dos direitos educacionais, é fundamental para que estados e municípios atuem conjuntamente para buscar soluções.

Marcelle destaca que outro problema que deve ser enfrentado é a evasão escolar. Apesar de o país já ter leis e programas assegurando o direito ao transporte escolar, ele sofre com problemas orçamentários para execução e implementação dessas políticas.

“Para evitar a evasão é importante a garantia de educação integral, transporte escolar e alimentação escolar, por exemplo. Os programas de busca ativa são importantes, mas é preciso também garantir a permanência desses estudantes na escola. Por isso a rede de proteção deve funcionar para garantir o bem-estar e a redução de vulnerabilidades sociais e econômicas das famílias, para que os estudantes tenham acesso ao direito à educação”, destacou.

“As famílias também precisam de condições para garantir que seus filhos continuem a estudar. Nesse sentido, para garantir o direito à educação é fundamental o investimento em políticas sociais para que as famílias tenham condições de manter os filhos na escola”, concluiu.

Segundo ela, para o país avançar na alfabetização de crianças na idade certa, é preciso que o Estado e a sociedade atuem de forma a garantir o cumprimento das políticas planejadas, como o Plano Nacional de Educação 2014-2024.

“É [preciso] aumentar os investimentos em educação, que sofreram cortes importantes nos últimos anos. É importante compreender que as metas são interligadas e dependem umas das outras para o cumprimento integral. Ou seja, não é possível escolher uma ou outra meta entre as 20, é preciso seguir todas, progressivamente”, disse.

Diante desse cenário, o governo federal lançou o Compromisso Nacional Criança Alfabetizada, em regime de colaboração entre União, estados, Distrito Federal e municípios. O objetivo é garantir que 100% das crianças brasileiras estejam alfabetizadas ao final do 2° ano do ensino fundamental; além da recomposição das aprendizagens, com foco na alfabetização, de 100% das crianças matriculadas no 3°, 4° e 5° ano, afetadas pela pandemia.

O compromisso é baseado no protagonismo de estados e municípios na construção das soluções para o enfrentar os problemas do processo de alfabetização das crianças. Cada estado, em colaboração com os municípios, deve elaborar a sua política territorial, de maneira a dar conta de suas especificidades. Cabe à União apoiar, técnica e financeiramente, os entes federados na medida das suas necessidades.

Segundo o Ministério da Educação, o programa pretende atingir cerca 4 milhões de estudantes de 4 e 5 anos de idade em 80 mil escolas públicas que ofertam pré-escola; 4,5 milhões de alunos de 6 e 7 anos em 98 mil escolas públicas dos anos iniciais do ensino fundamental e 7,3 milhões de estudantes de 8 a 10 anos em 98 mil escolas públicas também dos anos iniciais do fundamental.

12.06.2023 - Presidente da República, Luíz Inácio Lula da Silva, durante cerimônia de Lançamento do Compromisso Nacional Criança Alfabetizada. Palácio do Planalto – Brasília - DF. Foto: Ricardo Stuckert/PR
12.06.2023 - Presidente da República, Luíz Inácio Lula da Silva, durante cerimônia de Lançamento do Compromisso Nacional Criança Alfabetizada. Palácio do Planalto – Brasília - DF. Foto: Ricardo Stuckert/PR

Lançamento do Compromisso Nacional Criança Alfabetizada – Foto: Ricardo Stuckert/PR – Ricardo Stuckert

Na avaliação do gerente de Políticas Educacionais do Todos pela Educação, Ivan Gontijo, a iniciativa tem o potencial de melhorar os índices de alfabetização de crianças. Ele cita a experiência do Ceará, em que o governo estadual tem um programa de alfabetização em regime de colaboração com os municípios. Pelo programa, o estado apoia os municípios com suporte técnico e recursos financeiros.

“Ele se inspira muito na experiência cearense que vem sendo implementada há praticamente 15 anos, para levar esse modelo da alfabetização em regime de colaboração para todos os estados brasileiros. É uma política muito bem formulada, olha para os critérios de sucesso da experiência cearense e tem tudo para dar certo. O grande desafio, agora, é conseguir implementar todas essas medidas para que os estados estejam preparados para apoiar de forma técnica, com formação, material didático, avaliações, os municípios que são os principais responsáveis pela alfabetização das crianças”, disse.

A presidente da União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação (Undime) no Paraná e dirigente municipal de educação de Cascavel, Marcia Baldini, também ressaltou a importância do trabalho conjunto entre estados e municípios. Ela também citou o exemplo do Ceará como uma experiência exitosa.

“É necessário que haja realmente um regime de colaboração muito forte, e cito aqui, o exemplo do estado do Ceará. Friso que isso deve ser uma política de Estado e não uma política de governo que vai passar. É necessário subsídios financeiros e técnicos para orientar os municípios, mas no entanto há que se pensar na responsabilidade e no respeito à autonomia de cada município. O estado não pode simplesmente vir e impor. É necessário ouvir os municípios e todas as realidades diferentes que temos no país e dentro de cada estado”, defendeu.

Gontijo disse à Agência Brasil que o principal papel dos estados será atuar na coordenação da política de alfabetização nos seus territórios, fornecendo apoio técnico, por meio de avaliações, material didático, mas também de suporte para as equipes das secretarias conseguirem implementar boas ações de alfabetização.

“A gente precisa entender que a alfabetização está nas mãos dos municípios. A alfabetização aconteceu principalmente nos anos iniciais, onde 80% das matrículas estão nas redes municipais. E muitos municípios têm muitas dificuldades do ponto de vista técnico de implementação de políticas educacionais para terem boas políticas de alfabetização. Boa parte dos municípios brasileiros é de pequeno porte, então não têm capacidade de montar, muitas vezes, uma superformação continuada de professores ou ter um ótimo material didático sobre alfabetização para os estudantes”, observou Gontijo.

Ele destaca que a Emenda Constitucional do Fundeb Permanente, aprovada em 2020, já trouxe elementos para que estados apoiem os municípios com recursos, em especial a que determina aos estados a criação da Lei ICMS Educacional – que determina que um percentual do Imposto sobre a Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) seja redistribuído aos municípios em razão de melhora nos indicadores de alfabetização e proficiência em língua portuguesa e matemática dos estudantes do ensino fundamental.

“Por mais que o cenário seja extremamente preocupante, eu vejo perspectivas futuras bem interessantes, por conta da aprovação da Lei ICMS Educação, por conta do programa do governo federal Criança Alfabetizada. Acho que é muito desafiador conseguir atingir resultados expressivos e excelentes em educação, mas a gente está construindo bons pilares para avançar de forma nacional, baseado nas experiências de sucesso para os próximos 10, 15 anos”, afirmou.

De técnico novo, seleção estreia nas Eliminatórias para a Copa de 2026


Em Marrocos, seleção pré-olímpica revela susto após terremoto

Nesta sexta-feira (8), o Brasil abre sua participação nas Eliminatórias para a Copa do Mundo de 2026 diante da Bolívia, no estádio Mangueirão, em Belém, às 21h45 (horário de Brasília). O começo da caminhada é também o primeiro compromisso de Fernando Diniz como técnico interino da seleção desde que foi anunciado para o cargo, em julho. A estreia do Brasil terá transmissão ao vivo da Rádio Nacional. A jornada será aberta às 21h30, com narração de André Luiz Mendes, comentários de Waldir Luiz e reportagem de Bruno Mendes.

Fernando Diniz.Treino da Seleção Brasileira no Estádio Mangueirão, Belém do Pará
Fernando Diniz.Treino da Seleção Brasileira no Estádio Mangueirão, Belém do Pará

Anunciado pela CBF em julho, o técnico interino comandará pela primeira vez a seleção brasileira masculina à beira do campo na noite desta sexta (8), na estreia contra a Bolívia, pelas Eliminatórias Sul-Americanas. – Vitor Silva/CBF/Direitos Reservados

Os 23 convocados pelo comandante do Fluminense começaram a se apresentar para os treinos em Belém na última segunda-feira (4). O último a chegar foi o atacante Gabriel Jesus, do Arsenal, chamado após a desconvocação de Antony, do Manchester United, investigado por agressões à ex-namorada Gabriela Cavallin.

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A expectativa é que Diniz leve a campo a seguinte formação: Ederson, Danilo, Marquinhos, Gabriel Magalhães e Renan Lodi; Casemiro, Bruno Guimarães, Neymar e Rodrygo; Raphinha e Richarlison.

Fora das primeiras listas depois da Copa de 2022, feitas por Ramon Menezes, Neymar, agora atuando no Al-Hilal, da Arábia Saudita, tem a chance de fazer história no Mangueirão. Se marcar, chega a 78 gols pelo Brasil, ultrapassa Pelé e se torna de forma isolada o maior artilheiro da história da seleção, de acordo com as contas da FIFA. Vale lembrar que, para a CBF, que contabiliza outros gols em amistosos, Pelé marcou 95 gols com a camisa verde e amarela.

Já se sabe que Neymar, assim como Pelé, usará a 10 nesta sexta-feira (8). A CBF divulgou a numeração para os dois próximos jogos da seleção pelas Eliminatórias.

Outro ponto de interesse é ver como o estilo de Diniz será colocado em prática na seleção. Contratado para fazer a ponte para o próximo técnico que deve assumir a partir de 2024 – especula-se o nome do italiano Carlo Ancelotti, do Real Madrid – Diniz, que tem um ano de contrato, é conhecido por ser adepto da manutenção da posse de bola desde o campo de defesa e pela preocupação com o lado estético do jogo, pensando em praticar um futebol vistoso. Nove atletas do grupo atual já foram treinados por ele em algum momento da carreira. Outros ainda estão sendo apresentados aos conceitos do treinador, como o volante Casemiro, que foi o capitão da seleção nos últimos jogos.

“Nós sabemos que cada treinador tem sua filosofia, suas qualidades, sua forma de jogar. O Fernando Diniz está nos mostrando vídeos, está nos dizendo como gosta de ver o time jogar. Já temos uma base que veio da Copa do Mundo. Não vai ser problema essa adaptação”, acredita Casemiro.

Depois da Bolívia, o Brasil enfrentará o Peru, em Lima, na próxima terça-feira (12), às 23h de Brasília. Com o aumento do número de participantes para 48 seleções na próxima Copa, agora as Eliminatórias Sul-Americanas fornecem seis vagas diretas e a possibilidade de mais uma na repescagem.

Como de costume, são dez países na disputa (Argentina, Bolívia, Brasil, Chile, Colômbia, Equador, Paraguai, Peru, Uruguai e Venezuela) que se enfrentam em turno e returno, totalizando 18 partidas para cada equipe. A última rodada está prevista para acontecer em 9 de setembro de 2025. As seis primeiras rodadas serão disputadas ainda em 2023.

Série D: Caxias e Ferroviário empatam e decidem domingo vaga na final


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Caxias-RS e Ferroviário travaram uma batalha emocionante na tarde desta quinta-feira (7), no jogo de ida das semifinais da Série D do Campeonato Brasileiro, mas o jogo terminou em 1 a 1, adiando para o próximo domingo (10), a definição de um dos finalistas da competição. O atacante Vítor Feijão abriu o placar no primeiro tempo para os gaúchos, e na volta do intervalo, Wesley deixou tudo igual no Estádio Centenário, em Caxias do Sul (RS), mantendo a invencibilidade do Ferrão na Série D.

O segundo e último embate da semi será no Estádio Presidente Vargas, em Fortaleza. Enquanto o Caxias busca o título inédito na competição nacional, o Ferrão – também conhecido como Tubarão da Barra -sonha com o bicampeonato na Série D. Ambas as equipes garantiram no último fim de semana o almejado acesso à Série C de 2024.

Equilíbrio e qualidade técnica marcaram o primeiro tempo no Centenário. O Ferroviário teve duas boas chances de abrir o placar. Aos sete minutos, Kadu Barone cruzou na medida para Ciel, que bateu de primeira, mas o goleiro Fabian Volpi defendeu. Quatro minutos depois, foi Wesley que bateu cruzado dentro da área, e mais uma vez Volpi salvou o gol do time gaúcho, afastando a bola. Na sequência, aos 13 minutos, o Caxias primou pela eficiência no cruzamento perfeito de Lustrosa para para Vitor Feijão abrir o placar de cabeça.

Os visitantes, invictos na competição, não se abalaram com o gol sofrido e pressionaram pelo empate no Centenário. Aos 18 minutos, Ciel dispara com a bola e rola para Ciel dentro da área chutar com perigo, e mais uma vez Volpi defende. Aos 39, Marlon percebe o goleiro Douglas Dias adiantado, e quase amplia ao disparar uma bola de fora da área, que passou por cima do travessão. Já nos acréscimos, Kadu cruzou para Ciel dentro da área, mas ao chutar o camisa 99 pegou mal na bola e desperdiçou a chance do empate.

Após o intervalo, os donos da casa voltaram pressionando no ataque em busca do gol da vitória. Aos 13 minutos, Lustosa teve a chance de ampliar ao chutar da entrada da área, mas o goleiro Douglas Dias estava atento e evitou o gol. E meio ao sufoco, dois minutos depois, foi o Ferrão que balançou a rede adversária. A jogada do gol começou com um chute de Tarcísio dentro da  área, que  goleiro Volpi chegou a defender, mas no rebote Wesley aproveitou e igualou o placar no Centenário.  a chance empata para o Ferrão. O jogo seguiu intenso até o fim. Aos 38 minutos, Eron rolou para Marcelinho dentro da área, uma bola de ouro para sela  a vitória, no entanto, ele desperdiçou, cabeceando para fora. E o placar terminou mesmo empatado em 1 a 1.

Jogos da Juventude: quando competir é uma conquista, mesmo sem pódio


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Uma das principais formas de cobrir e acompanhar uma competição é por meio dos resultados e, no caso de Olimpíadas ou Jogos da Juventude, ficar de olho no quadro de medalhas. No entanto, eventos que reúnem tanta gente também têm muitas histórias de campeões que não voltaram com um prêmio no peito.

Nos Jogos da Juventude de 2023, em Ribeirão Preto, o acreano Alexandre Queiroz, de 15 anos, foi um deles. Desde os nove anos, ele trabalha em plantações de milho e arroz em Epitaciolândia, município que tem menos de 20 mil habitantes. Hoje, ele concilia a atividade com os treinos no judô, além dos estudos. A jornada tripla é para equilibrar os próprios sonhos e as necessidades da família. Eles moram próximos à fronteira com a Bolívia.

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“Levo todo meu esforço e história de vida para dentro do tatame. No cultivo, você aprende a dar os primeiros passos na vida, assim que funciona na minha cidade, desde menino. É ganhar dinheiro, mesmo pouco, para ajudar a colocar comida em casa”, disse Alexandre, em declaração dada ao COB.

06.09.2023- Jogos da Juventude 2023 - Ribeirão Preto (SP) - de 01 a 16 de Setembro.  Alexandre, da equipe de Judô do Acre durante o primeiro dia da modalidade nos Jogos da Juventude em Ribeirão Preto, SP. Foto Luiza Moraes / COB
06.09.2023- Jogos da Juventude 2023 - Ribeirão Preto (SP) - de 01 a 16 de Setembro.  Alexandre, da equipe de Judô do Acre durante o primeiro dia da modalidade nos Jogos da Juventude em Ribeirão Preto, SP. Foto Luiza Moraes / COB

“Mostrei que posso estar aqui, representei Epitaciolândia e meu estado. Jamais vou esquecer”, disse o judoca acreano Alexandre Queiroz, de 15 anos, que concilia o trabalho no campo com os treinos e os estudos – por Luiza Moraes/COB/Direitos Reservados

O jovem venceu a seletiva do estado para chegar à competição nacional, mas acabou derrotado na primeira luta pelo roraimense Paulo Ribeiro, na quarta (6). Saiu realizado da mesma forma.

“Mostrei que posso estar aqui, representei Epitaciolândia e meu estado. Jamais vou esquecer”, disse ele.

Até o final de quarta (6),sexto dia dos Jogos, o estado de São Paulo seguia no topo do quadro de medalhas, com 17 ouros e 44 pódios no total. O Rio de Janeiro aparecia em segundo (11 e 31, respectivamente) e o Paraná (nove e 28) em terceiro lugar.

TV Brasil transmite ginástica artística nesta sexta

A TV Brasil segue transmitindo diversas modalidades dos Jogos de Ribeirão Preto. Nesta sexta (8), a ginástica artística estará em foco. São duas transmissões ao vivo: às 10h e às 14h (horários de Brasília).

Série D: Caxias-RS enfrenta Ferroviário-CE em casa, no 1º jogo da semi


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Caxias-RS e Ferroviário-CE fazem na tarde deste feriado a primeira partida da semifinal da Série D do Campeonato Brasileiro. Ambos asseguraram no último fim de semana o tão sonhado acesso à Série C do ano que vem. A meta agora é avançar à final para brigar pelo título. O duelo às 15h (horário de Brasília) no Estádio Centenário, terá transmissão ao vivo da TV Brasil, direto de Caxias do Sul (RS).  

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A equipe gaúcha, conhecida como Grená do Povo, se classificou à semi no último sábado (2), fora de casa, com um gol salvador de pênalti, cobrado pelo atacante Eron, aos 38 minutos da etapa final, no duelo de volta contra a Portuguesa-RJ. No jogo de ida, o Caxias havia empatado em 1 a 1. No caminho até as quartas de final, o Grená do Povo eliminou Ceilândia-DF (oitavas) e Inter de Limeira-SP (segunda fase). Na fase de grupos, o time gaúcho terminou na segunda colocação do Grupo 8, atrás do Hercílio Luz-SC.

Entre os desfalques do Caxias nesta tarde está o zagueiro Fernando, que além de suspenso pelo terceiro cartão amarelo, também fraturou o nariz na última partida. Outra baixa na defesa será Erik Henrique, que se recupera de uma lesão muscular na coxa. Em contrapartida, o time contará mais uma vez com o decisivo do atacante Eron, maior artilheiro desta edição da série D, com 14 gols. 

O Ferroviário além de seguir invicto na competição, tem a melhor campanha geral. Entre os semifinalistas, possui o melhor ataque e a melhor defesa. O Tubarão da Barra eliminou nas fases anteriores os seguintes times: Maranhão-MA, Nacional-PB e Princesa do Solimões-AM. A equipe confia muito em seu goleador, o atacante Ciel, que marcou 10 vezes durante a competição.

Comandado pelo técnico Paulinho Kobayashi, o time cearense busca o bicampeonato da Série D, após ter sido campeão em 2018. Nenhum clube até hoje venceu a competição mais de uma vez.

A partida de volta está marcada para o próximo domingo (10), às 17h30, no estádio Presidente Vargas, em Fortaleza.. 

* Colaboração de Pedro Dabés (estagiário) sob supervisão de Paulo Garritano.