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Natação paralímpica: Brasil garante 6 pódios no Mundial, 4 com ouro


Natação paralímpica: Brasil garante 6 pódios no Mundial, 4 com ouro

O Brasil alcançou hoje (2) a quarta posição no quadro de medalhas do Mundial de natação paralímpica em Manchester (Inglaterra), ao subir seis vezes ao pódio, quatro delas com medalhas de ouro. Foi o caso do mineiro Gabriel Araújo, o Gabrielzinho, que conquistou nesta quarta (2) o bicampeonato na prova dos 100 metros costas, classe S2 (limitação físico-motora) e ainda estabeleceu novo recorde das Américas – em vigor desde desde 2018 – e da competição ao completar a prova em 1min55s34. Gabrielzinho deixou para trás o chileno Alberto Abarza (2min06s42), que detinha a melhor marca do continente na prova, e pelo polonês Jacek Czech (2min07s04). 

“É a prova mais difícil para mim. Mas a cada treino e competição, eu tenho aprendido mais. Era o único recorde das Américas que não era meu e cheguei com o objetivo de batê-lo. Agora, podem pesquisar recordes das Américas e todos, entre as provas que disputo, estarão com meu nome, Gabriel Araújo”, disse o nadador, de 21 anos, que faturou o primeiro ouro na prova na edição do ano passado, na Ilha da Madeira (Portugal).

A pernambucana Carol Santiago faturou hoje (2), dia em que completa 38 anos,  seu terceiro ouro no Mundial na prova dos 50m livre classe S12 (baixa visão), também com direito a quebra de recorde. Ela venceu como tempo de 26s71, superando a ucraniana Anna Stetsenko (28s01), medalha de prata, e a italiana Alessia Berra (28s38), que ficou com o bronze. Nesta edição do Mundial, Carol já arrematou ouro em duas provas: nos 100m costas e borboleta. 

Outro expoente, o paulista Samuel de Oliveira, de 17 anos, assegurou o topo do pódio com vitória nos 50m borboleta, classe S5 (comprometimento físico-motor), sua prova favorita,  em 31s21, o novo recorde da competição e das Américas. Caçula da delegação brasileira no Mundial, Samuca superou os chineses Jincheng Guo, prata (31s53), e Weiyi Yuan, bronze (31s58). Foi a segunda medalha do paulista nesta edição: na segunda-feira (31), ele já conquistara o bronze nos 50m livre.

“É uma sensação única. Estou muito feliz. O esforço tem valido a pena. É uma prova muito difícil, porque qualquer erro pode tirar a medalha. Confesso que não fiz um tempo que imaginava. Foi melhor do que estava planejando. Consegui, também, graças ao acompanhamento psicológico que tenho feito”, revelou o atleta.

A quarta (2) ainda teve dobradinha de ouro e prata, respectivamente, das gêmeas paranaenses Débora e Beatriz Carneiro nos 100m borboleta da classe S14 (deficiência intelectual). Débora quebrou o recorde das Américas duas vezes: primeiros na eliminatórias, e depois na final com o tempo de 1min15s10. A irmã Beatriz (1min15s72) chegou em segundo e a australiana Paige Leonhardt (1min16s50) em terceiro. 

“Eu chorei muito e vou continuar chorando. Vou chegar a Maringá [cidade natal] chorando. Foi uma alegria imensa. Esse foi meu primeiro ouro em Mundial. Tive que focar e prestar atenção para fazer o melhor tempo da minha vida”, comemorou Débora. “É uma emoção dividir o pódio com a minha irmã. Nós mentalizamos esse tempo de 1min15, escrevemos em nossos cadernos e conseguimos”, completou Beatriz. 

A mineira Patrícia Santos faturou o bronze, sua primeira medalha no Mundial, nos150m medley SM4 (limitação físico-motora). Ela concluiu a prova em 3min06s30, atrás da sul-africana Kat Swanepoel (2min51s41) que ficou com o ouro, e da alemã Gina Boettcher (3min01s70), medalha de prata.

Nunca vai ser fácil conquistar uma medalha. O caminho é esse. Estou trabalhando para controlar melhor minha mente durante as provas. Um pequeno descuido pode colocar tudo a perder”, sintetizou a atleta, que foi baleada no pescoço durante um assalto a uma casa lotérica onde trabalhava como caixa e ficou tetraplégica.

O Mundial de natação paralímpica vai até o próximo domingo (6 de agosto), com transmissão ao vivo na conta do Comitê Olímpico Internacional (Paralympic Games) no YouTube. As provas no Mundial ocorrem em dois períodos: as eliminatórias são disputadas de madrugada (no horário de Brasília), e as finais no turno da tarde.

Programação dos brasileiros nesta quinta (3) 

100m peito SB12 – 5h12 – eliminatórias
Carol Santiago

100m livre S8 masculino – 5h29 – eliminatórias
Gabriel Cristiano

50m costas S3 – eliminatórias 
Edênia Garcia (5h41)
Susana Schnarndorf (5h45)
Maiara Regina (5h45)

200m medley SM5 masculino – 6h04 – eliminatórias
Samuel de Oliveira

200m medley SM5 feminino – 6h11 – eliminatórias 
Esthefany Rodrigues

100m livre S9 – eliminatórias 
Mariana Gesteira (6h40)
Camille Rodrigues (6h43)

400m livre S6 masculino – 13h35 – final direta
Talisson Glock

400m livre S6 feminino – 13h43 – final direta
Laila Suzigan

100m livre S8 feminino – 14h28 – final direta 
Cecília Araújo

50m costas S4 – 15h02 – final direta 
Lídia Vieira 

200m livre S2 – 15h31 – final direta 
Bruno Becker e Gabriel Araújo

Revezamento misto 4x100m livre – 49 pontos – 16h41 – final direta 

Revezamento misto 4x 100m livre – S14 – 16h49 – final direta 

Conmebol confirma datas e horários do início da Eliminatórias


Natação paralímpica: Brasil garante 6 pódios no Mundial, 4 com ouro

A Confederação Sul-Americana de Futebol (Conmebol) confirmou nesta quarta-feira (2) as datas e horários das partidas duas primeiras rodadas das Eliminatórias para a Copa do Mundo de futebol masculino de 2026. Com isso, foi confirmado que o Brasil estreia na competição contra a Bolívia no Estádio Mangueirão, em Belém, a partir das 21h45 (horário de Brasília) do dia 8 de setembro.

O segundo compromisso da seleção brasileira na competição será contra o Peru, a partir das 23h do dia 12 em Lima.

O Brasil será representado nos jogos pelos jogadores convocados pelo técnico Fernando Diniz no dia 18 de agosto na sede da Confederação Brasileira de Futebol (CBF). Esta será a primeira oportunidade na qual o atual comandante do Fluminense convocará jogadores para a seleção canarinho.

Jogos Mundiais Universitários – Dia 10: RJ sediará Jogos de Praia 2024


Natação paralímpica: Brasil garante 6 pódios no Mundial, 4 com ouro

Depois de um dia com três medalhas para o Brasil, a quarta-feira (2) em Chengdu (China) foi bem diferente. A Confederação Brasileira de Desporto Universitário (CBDU) convidou toda a delegação aqui na China para uma recepção no luxuoso Hotel Grand Bay.

A expectativa era de participar de um evento de boas-vindas na cidade-sede dos Jogos Mundiais Universitários, porém, a CBDU anunciou a Fisu Beach Sports. Traduzindo, seriam os Jogos Mundiais Universitários de Praia, promovidos pela Federação Internacional de Esportes Universitários (Fisu, na sigla em inglês) que vão ser disputados em 2024, no Rio de Janeiro.

CBDU reúne delegação brasileira na China, durante os Jogos Mundiais Universitários, para anúncio do Rio de Janeiro como cidade-sede dos Jogos Universitários de Praia em 2024 - em 02/08/2023
CBDU reúne delegação brasileira na China, durante os Jogos Mundiais Universitários, para anúncio do Rio de Janeiro como cidade-sede dos Jogos Universitários de Praia em 2024 - em 02/08/2023

Anúncio do Rio de Janeiro como cidade-sede dos Jogos Universitários de Praia no ano que vem foi feito pela CBDU nesta quarta-feira (2), em Chengdu (Chin), onde ocorrem os Jogos Mundiais Universitários até a próxima terça (8) – – Divulgação/CBDU

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A competição terá até 10 modalidades: vôlei de praia, handebol de praia, futebol de areia, aquathlon (natação e corrida), natação (5 quilômetros), beach wrestling, beach tennis, vólei de praia 4 x 4, skate e surfe.

O presidente da CBDU, Luciano Cabral, destacou a importância de o Rio de Janeiro novamente receber um evento esportivo de grande porte.

“Este é um projeto antigo da CBDU. O Brasil já mostrou ao mundo o quanto nós somos capazes de fazer jogos de praia. O JUBs de praia é um sucesso mundial, o mundo todo admira. Agora é a  oportunidade de fazer o primeiro FISU Beach Games. Lançamos no Rio de Janeiro, que é cartão postal do Brasil para o mundo. Os países estão ansiosos e agora a nossa missão é preparar o Rio para, em 2024, receber o primeiro Jogos Mundiais Universitários de Praia”

Luciano Cabral - presidente do CBDU - JOGOS UNIVERSITARIOS (JUBs 2022) - 20/09/2022
Luciano Cabral - presidente do CBDU - JOGOS UNIVERSITARIOS (JUBs 2022) - 20/09/2022

“Será a retomada de grandes eventos esportivos na cidade e no melhor cenário possível”, projetou Luciano Cabral, presidente da CBDU, nesta quarta (2), durante os Jogos Mundiais Universitários em Chendu (China) – Patricy Albuquerque/ Light Press

Luciano Cabral acredita que o Rio de Janeiro pode auxiliar na promoção do esporte universitário.

“É uma plataforma de oportunidades. Existe um questionamento sobre o legado dos Jogos Rio 2016, quem acompanhou os Jogos ficou na expectativa de voltar ao Brasil, ao Rio de Janeiro, e o Brasil precisa descobrir o esporte universitário mundial. Será a retomada de grandes eventos esportivos na cidade e no melhor cenário possível”

O Brasil não conquistou medalhas nesta quarta (2). Os Jogos Mundiais Universitários vão até a próxima terça-feira (8), com transmissão ao vivo gratuita na internet – confira o cronograma completo. A delegação brasileira está em Chengdu com 150 atletas de 11 das 18 modalidades em disputa no evento: saltos ornamentais, badminton, tênis de mesa, taekwondo, kung fu (a arte marcial é denominada de wushu na China), basquete, natação, atletismo, judô, tênis e voleibol.

* Maurício Costa viajou como integrante da delegação da Confederação Brasileira de Desporto Universitário (CBDU). A entidade convidou a EBC para participar da cobertura durante os 17 dias de competição em Chengdu.

Sundhage atribui eliminação a jogo lento e demora nas substituições


Natação paralímpica: Brasil garante 6 pódios no Mundial, 4 com ouro

Instantes após a inesperada eliminação ainda na fase de grupos da Copa do Mundo Feminina de futebol, consumada com o empate por 0 a 0 com a Jamaica, a técnica Pia Sundhage foi questionada sobre o próprio futuro e o de Marta nos próximos passos da seleção brasileira. A respeito de si própria, a sueca se limitou a mencionar o contrato que assinou com a CBF em 2019 e estendido em 2021.

“Meu contrato se encerra no dia 30 de agosto do ano que vem”, disse Sundhage, sem maiores compromissos.

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O contrato tem a intenção de cobrir a Olimpíada de Paris. A seleção feminina já está classificada para os Jogos de 2024.

Sundhage também respondeu sobre os planos de utilização da craque Marta, de 37 anos, nos próximos anos. Embora tenha sido novamente evasiva, ela deu a entender que a tendência é que a camisa 10 perca espaço no elenco brasileiro.

“Em relação à Marta, não sei. Acho que ela vai continuar a jogar. Se ela será convocada, temos que ver. Enquanto eu estiver à frente da seleção, vamos trabalhar muito para encontrar novas jogadoras. Será cada vez mais difícil que ela se mantenha. Precisamos ser muito melhores do que fomos hoje. E vou continuar buscando olhar mais jogadoras”, reiterou Pia.

Ainda no campo do Estádio Retangular de Melbourne, na Austrália, Marta havia concedido entrevista à transmissão oficial do evento em que confirmou que esta foi sua última Copa do Mundo na carreira.

“A Marta acaba por aqui. Não tem mais Marta. Estou muito contente com tudo que vem acontecendo com o futebol feminino no Brasil e no mundo. Não deixem de apoiar. Para elas, é só o começo. Para mim, é o fim da linha”, afirmou a craque, dona de seis bolas de ouro..

Sundhage detecta “jogo lento” como motivo da eliminação

Analisando o duelo com a Jamaica, a técnica sueca considerou que o Brasil poderia ter explorado mais a largura do campo no ataque.

“Falhamos na velocidade do jogo e também em perceber que quando se encara uma defesa tão compacta há que se usar toda a largura do campo. A forma como tentamos contornar isso simplesmente não funcionou”, analisou a treinadora.

Segundo ela, faltou também explorar mais o meio do campo. Pia admitiu que talvez tenha demorado a mexer no time no segundo tempo.

“O mais importante era tomar alguma atitude e fazer alguma coisa. E então identificar quem estava mais fresca para entrar. A reação pode ter sido um pouco tardia. Talvez teria sido melhor, ao invés de tantos cruzamentos, se nossas jogadoras de meio tivessem entrado mais. Mudar o ponto de ataque para mexer a defesa delas. Nos faltou coragem para penetrar mais”.

Questionada sobre o processo de preparação para a Copa, Pia não enxergou falhas. Pelo menos no calor do momento, não entendeu que algo tenha sido feito de forma errada.

“Tenho que pensar se poderíamos ter feito algo diferente, mas agora não tenho resposta para isso. Fizemos uma boa preparação, com bons jogos e treinamentos. Às vezes, a distância entre sucesso e fracasso é pequena”, disse Pia.

Eliminação da seleção feminina decepciona torcedoras


Natação paralímpica: Brasil garante 6 pódios no Mundial, 4 com ouro

Depois de um jogo tenso contra a Jamaica, em que a vitória era obrigatória, a seleção brasileira foi eliminada da Copa do Mundo de futebol feminino. O empate em 0 a 0 causou tristeza nas torcedoras que se reuniram na Associação de Moradores de Vila Isabel, bairro da zona norte do Rio de Janeiro.

No salão da associação, um telão exibiu a partida, que começou às 7h desta quarta-feira (2). A torcida demorou a chegar, mas quem esteve no local sentiu a tensão a cada lance do jogo.

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Uma das torcedoras mais animadas era Dirce Cerqueira, que incentivava as jogadoras como se estivesse no estádio, em Melbourne, na Austrália, onde a Copa é disputada.

“Assisti todas as partidas aqui. Como os jogos femininos não costumam reunir torcida para ver pela televisão, reunimos os amigos e chamamos as mulheres para assistir aqui. Só o horário deixou um pouco a desejar”, disse a torcedora, vestida com uma camisa nas cores verde e amarela e um chapéu de paetês amarelos.

Clima de confraternização

A exibição pública do jogo foi realizada pela Turma da Pereira Nunes, que organiza, no Rio de Janeiro, uma tradicional festa de rua na Copa do Mundo masculina, desde 1982.

“É muito importante essa confraternização do público. A gente precisa torcer para as meninas e também buscar uma equidade no esporte”, afirmou Marcia Rossi, de 57 anos.

Etyene Dutra, de 34 anos, lamentou a eliminação. “A gente queria que o Brasil avançasse para deixar um legado e quebrar o preconceito contra o futebol feminino. Ainda mais porque deve ser a última copa da [atacante] Marta”, disse.

RIO DE JANEIRO (RJ), 02/08/2023 – Torcedores assistem partida do Brasil contra Jamaica pela Copa do Mundo Feminina da FIFA, em Vila Isabel, no Rio de Janeiro. Foto: Tomaz Silva/Agência Brasil
RIO DE JANEIRO (RJ), 02/08/2023 – Torcedores assistem partida do Brasil contra Jamaica pela Copa do Mundo Feminina da FIFA, em Vila Isabel, no Rio de Janeiro. Foto: Tomaz Silva/Agência Brasil

RIO DE JANEIRO (RJ), 02/08/2023 – Torcedores assistem partida do Brasil contra Jamaica pela Copa do Mundo Feminina da FIFA, em Vila Isabel, no Rio de Janeiro. Foto: Tomaz Silva/Agência Brasil – Tomaz Silva/Agência Brasil

A ideia é que, a partir da próxima Copa feminina, todos os jogos passem a ser exibidos na rua Pereira Nunes, assim como acontece nos mundiais masculinos.

Sem inspiração, Brasil fica no 0 a 0 contra Jamaica e dá adeus à Copa


Natação paralímpica: Brasil garante 6 pódios no Mundial, 4 com ouro

No principal compromisso do Brasil na Copa do Mundo feminina de futebol, a seleção comandada por Pia Sundhage não conseguiu o gol que precisava para avançar às oitavas de final. Após empate sem gols contra a Jamaica  nesta quarta (2), em Melbourne, as brasileiras deram adeus ao Mundial sem sequer passar da fase de grupos, algo que não acontecia desde 1995. Com quatro pontos, o Brasil terminou em terceiro no grupo F, atrás da própria Jamaica (cinco pontos) e da França (que bateu o Panamá por 6 a 3 e chegou a sete pontos, em primeiro).

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Precisando vencer para garantir a classificação (um empate tornaria necessária uma combinação de resultados para avançar), Pia Sundhage promoveu uma mudança de impacto no onze inicial. Depois de começar no banco e entrar somente nos últimos minutos nos dois primeiros jogos da seleção, Marta foi escalada como titular.

Durante cerca de 20 minutos, as coisas andaram bem para o Brasil, mas não por algo que a própria seleção estivesse fazendo. Marta Cox abriu o placar para o Panamá diante da França em Sydney com um golaço de falta, aos dois minutos. Naquele momento, o Brasil tinha a combinação de resultados que precisava para se classificar mesmo empatando.

Quando Lakrar empatou para a França, aos 21, a figura mudou e, assim como era esperado, a vitória se fez obrigatória. Na primeira etapa, usando principalmente o lado esquerdo do ataque, o Brasil até criou. Tamires apareceu bem para finalizar por duas vezes, aos 19 e aos 38, mas em ambas oportunidades a finalização foi defendida por Rebecca Spencer.

Em outra jogada pela esquerda, o cruzamento encontrou Ary Borges na área. A arma que rendeu a ela dois gols na estreia, a cabeça, não foi tão eficiente desta vez e a finalização aos 23 saiu por cima do gol.

A Jamaica, completamente dedicada a se defender, terminou o primeiro tempo sem nenhuma finalização. O Brasil beirou os 60% de posse de bola. Mas não fez a pressão que se esperava. Àquela altura, a França ia para o intervalo já goleando o Panamá por 4 a 1.

Segundo tempo: mais posse, menos criatividade do Brasil

Na volta do intervalo, Ary Borges deu lugar a Bia Zaneratto. Nos primeiros minutos, a impressão era de que o Brasil assumiria uma posição mais incisiva no campo de ataque para de fato pressionar as jamaicanas.

No entanto, logo se viu que a seleção se tornou refém da falta de criatividade e do nervosismo. Insistindo em jogadas aéreas, o Brasil tinha a bola mas pouco finalizava. Esbarrava na forte defesa do país caribenho (que entrou em campo sem ter sido vazada e assim terminou) e nos erros de passe.

Em uma última cartada de desespero, Pia Sundhage sacou, de uma vez, três jogadoras – uma delas Marta – quando restavam menos de dez minutos para o fim. Andressa Alves, Duda Sampaio e Geyse entraram mas não alteraram o andamento da partida.

Geyse teve a melhor chance ao receber já na área com ângulo para chutar, pela esquerda, mas a finalização saiu completamente torta.

Já no fim, Andressa Alves cobrou falta direto nas mãos de Spencer. No derradeiro lance do jogo, o Brasil colocou todas as suas jogadoras – inclusive a goleira Letícia – no ataque em uma cobrança de escanteio. Após intenso bate-rebate, a bola sobrou para Debinha, que cabeceou mirando o canto direito, mas Spencer novamente chegou a tempo para encaixar.

Com o apito final, o gramado do Estádio Retangular foi tomado pela emoção, desde o choro alegre das jamaicanas, classificadas ao mata-mata pela primeira vez na história, às lágrimas de decepção das brasileiras.

O triunfo da França sobre o Panamá por 6 a 3 (com três gols de Diani para a França), enfim, decretou a eliminação do Brasil.

As francesas, vencedoras da chave, esperam pelo segundo colocado do grupo H para saber quem enfrentam na terça (8), em Adelaide (Austrália).

Da mesma forma, a Jamaica aguarda pelo primeiro colocado do mesmo grupo para conhecer o adversário nas oitavas, também na terça (8), em Melbourne (Austrália).

Nesta quinta (3), a fase de grupos da Copa se encerra com os dois duelos finais do grupo H. Coreia do Sul e Alemanha se enfrentam em Brisbane (Austrália), enquanto Colômbia e Marrocos medem forças em Perth (Austrália). A Colômbia soma seis pontos, ocupando a liderança, seguida por Alemanha e Marrocos com três pontos cada, enquanto a Coreia do Sul ainda não tem ponto nenhum.

Grêmio estudantil está presente em uma a cada dez escolas públicas

Grêmios estudantis são organizações de alunos sem fins lucrativos que representam o interesse dos próprios estudantes na escola. No Brasil, eles estão presentes em 12,3% das escolas públicas. A maioria, na Região Sudeste e em áreas urbanas. Os dados são do Mapeamento de Grêmios Estudantis no Brasil que será lançado nesta quarta-feira (2) ao qual a Agência Brasil teve acesso com exclusividade.

O mapeamento foi realizado pela Campanha Nacional pelo Direito à Educação, em parceria com a Iniciativa Nós, o Projeto Seta – Sistema de Educação Pública Antirracista no Brasil e a União Brasileira dos Estudantes Secundaristas (Ubes). Na avaliação das entidades, os grêmios estudantis são espaços importantes para formação e desenvolvimento dos estudantes e para garantia da gestão democrática na escola.

O estudo mostra que cerca de uma a cada dez escolas públicas tem um grêmio estudantil. Isso significa que a maioria, aproximadamente nove a cada dez escolas, não conta com esses espaços. Além disso, mostra que há significativa disparidade regional. Na Região Sudeste, essa porcentagem chega a 22,9% das escolas, enquanto na Região Norte, a 3,2%.

Escolas com maioria de alunos negros têm menos grêmios em comparação com a média geral. Isso se observa, segundo o levantamento, tanto no âmbito nacional, com 8,2% das escolas com maioria de estudantes negros que contam com grêmio estudantil, frente a 12,3% em todo o país; quanto no âmbito regional. Nas regiões do Sudeste são 16,4% frente a 22,9%, no Sul, 12,8% frente a 16,9%, e Centro-Oeste, 6,6% frente a 7,2%.

O levantamento utiliza dados desagregados do Censo Escolar 2021, com enfoque nos estados do Amapá, Amazonas e Maranhão – estados da Amazônia Legal – e inclui uma pesquisa qualitativa do estado do Maranhão sobre os grêmios e a participação estudantil na escola.

De acordo com o mapeamento, o que se observa é que ainda existem muitos problemas no preenchimento dos dados e de informações sobre a existência de grêmios nas escolas. “Exemplo disto é a ausência de informações sobre as formas de participação existentes nas escolas indígenas e quilombolas, por exemplo. O Censo Escolar não tem separação entre escolas do campo e quilombolas, o que também dificulta o refinamento da análise”, diz a pesquisa.

Na educação do campo, indígena e quilombola, a prevalência de grêmio estudantil nas escolas está aquém da média nacional: 3,8%, 1,7% e 2,3% respectivamente. O mapeamento mostra que a exceção a estes casos é a educação especial inclusiva, que apresenta taxas superiores à média geral tanto nacional quanto em todas as regiões. Segundo a pesquisa, este padrão pode estar relacionado a eventual maior concentração desta oferta em escolas urbanas, maiores e/ou mais estruturadas em relação à média da rede pública.

O estudo também calcula as chances de uma escola possuir um grêmio e mostra que as escolas rurais têm chance 81% menor de possuir grêmio estudantil em relação às escolas urbanas. Já as redes municipais têm chance 95% menor do que na rede federal e 69% menor do que nas redes estaduais de contar com esses espaços. 

Dentro e fora da escola  

Para a estudante do 3º ano do ensino médio Beatriz Diniz, o grêmio foi um espaço para trazer para a escola discussões de gênero e de raça. Como uma menina negra, ela disse que se encantou, desde criança, quando soube da existência dos grêmios e da possibilidade de pautar discussões e de mudar a realidade dentro e fora da escola.

Após o período de fechamento das escolas na pandemia, Diniz foi a responsável pela reativação do grêmio na unidade do Instituto Estadual de Educação, Ciência e Tecnologia do Maranhão onde estuda. “O grêmio estudantil, a liderança estudantil como um todo, acaba tirando a gente de apenas uma bolha”, conta. Naquele momento, segundo ela, o grêmio foi importante para que os estudantes pudessem assimilar os impactos da pandemia e para discutir o novo ensino médio, que os impactaria diretamente.

As conquistas dos grêmios podem ser várias. Podem ir desde pinturas para a escola, ventiladores em sala de aula, espaços para práticas de esporte ou artes e até ações que ultrapassem os muros da escola e envolvam a comunidade como um todo. Foi isso que aconteceu com a campanha Cada voto conta, da qual Diniz fez parte. O objetivo era incentivar os adolescentes a tirarem o título de eleitor para as eleições de 2022. A mobilização, que ocorreu em todo o país, fez com o que Brasil batesse o recorde de emissão de títulos para jovens.

“Às vezes, as escolas têm medo dos estudantes, mas quando você dá voz, dá espaço de escolha para esses estudantes, eles entendem a democracia, entendem o processo democrático, entendem a importância deles na sociedade através da escola, com esse pequeno gesto”, diz a estudante. 

Organização dos estudantes

Desde 1985, os grêmios e outras entidades de estudantes estão previstas na Lei 7.398/1985, chamada de Lei do Grêmio Livre, que assegurada a organização de estudantes em entidades autônomas e representativas com finalidades educacionais, culturais, cívicas esportivas e sociais. 

Segundo a coordenadora geral da Campanha Nacional pelo Direito à Educação, Andressa Pellanda, a intenção do levantamento é fortalecer os grêmios estudantis, ajudar a criar esses espaços onde eles ainda não existem e criar pontes entre os grêmios.

“Os grêmios estudantis são importantíssimos para garantia da gestão democrática na escola mas também para a garantia da formação plena dos estudantes que precisam ter esse espaço para se desenvolver, para pensar criativamente, se organizar, viver em sociedade. E, também porque o grêmio estudantil é parte essencial da estrutura de convivência escolar, um tema que sido muito falado, infelizmente, pelos casos de violência nas escolas.”

Alunos saindo de escola na Estrutural, no Distrito Federal
Alunos saindo de escola na Estrutural, no Distrito Federal

Grêmios estudantis são importantes para garantir gestão democrática na escola, diz coordenadora Arquivo/Agência Brasil

A secretária da Juventude (Seejuv) do Maranhão, Tatiana Pereira, conta que quando se entra em escolas onde há presença de grêmios, logo se nota a diferença. “O que a gente consegue perceber é que existe um ganho na representação desse ambiente da escola. O grêmio acaba virando porta-voz, consegue contribuir bastante, inclusive cobrando o estado em relação a questões que estão acontecendo dentro da escola. A gente fica feliz. Uma resposta importante é conseguir perceber que esse estudante é diferenciado, quando se chega a uma escola com grêmio estudantil, vê-se que tem liderança naquele lugar e isso é importante. É fundamental o estado investir em programas como este”, defende. 

No Maranhão, em 2011, foi sancionada a Lei 9.518, que assegura a livre organização de grêmios estudantis nos estabelecimentos de ensino fundamental e médio, público ou privado do estado. Em 2020, por meio da portaria 244/2020, o governo do estado regulamentou o processo de eleição unificada da diretoria do grêmio e de representantes de turma nas escolas públicas.

“É de fato garantir que o estudante consiga vivenciar o dia a dia da escola. Não ficar preso a matérias comuns da escola, mas também se envolver no processo de gestão da própria escola”, ressalta a secretária.  

Eu e tu  

O mapeamento faz parte do projeto Euetu – Grêmios e Coletivos Estudantis, lançado em 2011 pela Campanha Nacional pelo Direito à Educação. A iniciativa busca mapear grêmios e coletivos escolares das redes municipais e estaduais para conhecer mais sobre participação e organização de estudantes na gestão escolar. 

O objetivo é fortalecer grupos e movimentos locais – especialmente junto às juventudes negras, quilombolas, indígenas, ribeirinhas, do campo, de periferias de grandes centros urbanos.  

Este é o primeiro lançamento do projeto, que conta com um mapeamento nacional de grêmios estudantis com dados do Censo Escolar 2021 e um mapeamento qualitativo do estado do Maranhão, por meio de entrevistas e chatbot. O estudo conta com o Guia de Grêmios e Coletivos Estudantis – como construir e fortalecer espaços de participação. Na segunda fase, ainda este ano, o projeto será expandido para o Rio de Janeiro e São Paulo, que são maiores centros urbanos do país.

Libertadores: Galo e Palmeiras iniciam duelo brasileiro nas oitavas


Natação paralímpica: Brasil garante 6 pódios no Mundial, 4 com ouro

Atlético-MG e Palmeiras se enfrenta, a partir das 21h30 (horário de Brasília) desta quarta-feira (2) no estádio do Mineirão, em um dos principais confrontos das oitavas de final da Copa Libertadores. A Rádio Nacional transmite ao vivo este jogo.

O Galo chega ao confronto decisivo em um momento de baixa na temporada. Em uma sequência de nove partidas sem vitórias, com a derrota de 2 a 1 para o Flamengo como último resultado, a equipe mineira tenta acabar com esta maré negativa diante do Verdão.

O atual momento coloca especialmente em questão o trabalho do técnico Luiz Felipe Scolari, sob o comando de quem o Atlético-MG chegou à oitava partida sem triunfo. Apesar do momento negativo o treinador afirmou, em coletiva, que não sofre pressão: “Não tenho pressão e não tenho cobrança interna, mas tenho cobrança minha, que é muito mais forte do que vocês imaginam. A minha cobrança vale mais do que a de 100 mil, dois milhões de pessoas, pois sei o que sofro”.

Porém, o histórico recente não é muito favorável ao Galo, pois nas últimas duas edições da Libertadores a equipe mineira foi eliminada da competição justamente pelo Palmeiras. Em 2021 o Verdão garantiu a presença na decisão com dois empates (0 a 0 no Allianz Parque e 1 a 1 no Mineirão), já em 2022 a classificação para as semifinais veio na disputa de pênaltis após igualdade de 2 a 2 em Minas e empate sem gols em São Paulo.

Após o Palmeiras golear o América-MG por 4 a 1 no último domingo (30), o técnico português Abel Ferreira foi questionado sobre o confronto desta quarta: “É uma competição diferente, e as duas equipes querem muito, muito mesmo, e nós vamos fazer o que sempre fazemos. Temos dois dias para nos prepararmos para o jogo, e vamos procurar dar o nosso melhor, recuperar nossos jogadores”.

Um dos recuperados pode ser o atacante Dudu, que, após desfalcar o Verdão nas três últimas partidas por causa de dores na panturrilha, seguiu com a delegação para Belo Horizonte e tem chances reais de aparecer na equipe titular.

Transmissão da Rádio Nacional

A Rádio Nacional transmite Atlético-MG e Palmeiras com a narração de André Marques, comentários de Mario Silva e reportagem de Bruno Mendes. Você acompanha o Show de Bola Nacional aqui:

Suécia derrota Argentina e avança para oitavas como líder do Grupo G


Natação paralímpica: Brasil garante 6 pódios no Mundial, 4 com ouro

A Suécia fechou a primeira fase da Copa do Mundo de futebol feminino na liderança do Grupo G após derrotar a Argentina por 2 a 0, na madrugada desta quarta-feira (2) no Estádio Waikato, na Nova Zelândia. Agora, o próximo desafio das suecas na competição são os Estados Unidos nas oitavas de final.

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Na primeira etapa as hermanas se seguraram bem na defesa, oferecendo pouquíssimos espaços à Suécia, que começou o confronto com uma formação alternativa. Assim, o placar só foi aberto aos 21 minutos da etapa final. Após boa trama coletiva Sofia Jakobsson recebeu a bola pela ponta direita e cruzou na medida para Rebecka Blomqvist, que teve apenas o trabalho de escorar de cabeça para superar a goleira Correa.

Um pouco antes do apito final, aos 45, a meio-campista Elin Rubensson, que entrou em campo no intervalo, marcou o segundo em cobrança de pênalti.

África do Sul avança

A outra equipe a avançar na chave foi a África do Sul, que bateu a Itália por 3 a 2 no Estádio Regional de Wellington, na Nova Zelândia, para ficar em segundo no Grupo G. Nas oitavas as sul-africanas terão pela frente a Holanda.

Apesar de não ficar com a vitória final, a equipe italiana abriu o placar cedo, logo aos 10 minutos do primeiro tempo com Arianna Caruso em cobrança de pênalti. Mas aos 32 as sul-africanas contaram com uma falha da linha de defesa das adversárias para chegarem à igualdade. Benedetta Orsi recuou, mas a goleira Durante não conseguiu o domínio e a bola foi para o fundo do gol.

E a virada da África do Sul veio aos 22 minutos da etapa final, quando Kgatlana tocou em profundidade para Hildah Magaia, que ficou livre para bater com liberdade. Aos 29 Caruso voltou a deixar tudo igual, mas nos acréscimos o ataque sul-africano criou grande trama coletiva que terminou em passe para Thembi Kgatlana, que marcou o gol da classificação.

Libertadores: Flu arranca empate com Argentinos Juniors nas oitavas


Natação paralímpica: Brasil garante 6 pódios no Mundial, 4 com ouro

O Fluminense arrancou um empate de 1 a 1 com o Argentinos Juniors (Argentina), na noite desta terça-feira (1) no estádio Diego Armando Maradona, pela ida das oitavas de final da Copa Libertadores. Com este resultado a vaga fica com quem vencer na próxima terça (8) no estádio do Maracanã. Nova igualdade faz com que a vaga nas quartas seja definida na disputa de pênaltis.

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Apoiado por sua torcida, o Argentino Juniors iniciou o confronto melhor e não demorou a abrir o placar. Aos 12 minutos do primeiro tempo Ávalos acertou um bonito voleio após receber a bola na área. Antes do intervalo a equipe argentina poderia ter ampliado sua vantagem, mas o goleiro Fábio brilhou para evitar novos gols.

O segundo tempo começou com o Fluminense mais incisivo, inclusive com o volante André acertando a trave aos 8 minutos. Dois minutos depois Marcelo protagonizou um dos principais lances da partida. Após driblar dois adversários o lateral acabou pisando no joelho do zagueiro Sanchez. Apesar de a entrada ter sido dada sem intenção, aparentemente, o atleta tricolor foi expulso. Já o jogador do Argentino Juniors deixou o gramado com uma grave lesão.

Porém, mesmo com um homem a menos a equipe comandada pelo técnico Fernando Diniz continuou buscando a vitória. E a missão da equipe brasileira foi facilitada aos 30 minutos, quando o goleiro Martín Arias foi expulso após entrada dura no lateral Diogo Barbosa. A partir daí o Tricolor foi com tudo para o ataque e chegou ao empate graças a um belo gol do lateral Samuel Xavier aos 41 minutos.

Derrota no Monumental

Outra equipe brasileira a jogar na Argentina nesta terça foi o Internacional, que perdeu de 2 a 1 para o River Plate (Argentina) no Monumental de Núñez. O Colorado chegou a abrir o placar com o equatoriano Enner Valencia aos 46 minutos do primeiro tempo, mas os argentinos viraram o placar na etapa final graças a dois gols de Solari.

Revés na altitude de La Paz

O Athletico-PR foi outro brasileiro que perdeu fora de casa na ida das oitavas. O Furacão foi à altitude de La Paz e caiu por 3 a 1 diante do Bolívar (Bolívia). O volante Erick abriu o placar para o Furacão, mas a equipe da casa virou com gols de Ronnie Fernández (dois) e Bejarano.