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ONU Mulheres e Museu do Futebol fazem parceria para cobertura da Copa


ONU Mulheres e Museu do Futebol fazem parceria para cobertura da Copa

A ONU Mulheres, entidade das Nações Unidas dedicada à igualdade de gênero, e o Museu do Futebol acertaram uma parceria para promover e dar visibilidade para a Copa do Mundo Feminina de Futebol, que acontece a partir desta quinta-feira (20) na Austrália e na Nova Zelândia.

Por meio da parceria, os conteúdos que serão postados nas redes sociais das duas instituições vão apresentar curiosidades, histórias e informações sobre a Copa do Mundo e as atletas. Essas atualizações podem ser conferidas por meio dos perfis @museudofutebole e @onumulheresbr.

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Atualmente, o Museu do Futebol, que fica na capital paulista, está apresenta uma exposição que relembra a história das copas femininas e a luta das mulheres por espaço no esporte mais popular do planeta. Chamada de Rainha de Copas, a mostra fica em cartaz até o dia 27 de agosto.

A seleção brasileira, que busca seu primeiro título, está no grupo F da competição ao lado de França, Jamaica e Panamá. O primeiro jogo do Brasil acontece na próxima segunda-feira (24), a partir das 8h da manhã, contra o Panamá. A segunda partida é contra a França, no dia 29 de julho, às 7h da manhã. A terceira adversária é a seleção da Jamaica, partida marcada para o dia 2 de agosto, também às 7 da manhã.

Seleção chega à Brisbane, cidade-sede na 1ª fase da Copa Feminina


ONU Mulheres e Museu do Futebol fazem parceria para cobertura da Copa

A seleção brasileira desembarcou nesta terça-feira = (18) em Brisbane, cidade australiana que será a sede da equipe na primeira fase da Copa do Mundo de futebol feminino, que começa na quinta-feira (20). A escolha de Brisbane como sede coincide com o segundo jogo das brasileiras na fase de grupos, quando enfrentarão as francesas no estádio local.  

A abertura do Mundial será às 4h (horário de Brasília) de quinta (20), no estádio Edem Park, em Aucklabd (Nova Zelândia). O Brasil fará todos os jogos da fase de grupos na Austrália. A estreia será contra o Panamá, pelo Grupo F, na próxima segunda-feira (24), às 8h (horário de Brasília), no estádio Hindmarsh, em Adelaide, a quase 3 horas de vôo saindo de Brisbane.

A torcida brasileira marcou presença hoje na chegada da delegação no Hotel North Lake, em Brisbane.  As jogadoras foram recebidas com entusiasmo e pararam para dar autógrafos. A equipe comandada pela técnica Pia Sundhage fará o primeiro treino às 5h (horário de Brasília) desta quarta (19)  – às 16h na Austrália.

As demais partidas da seleção na primeira fase do Mundial serão contra a França, no 29 de julho (sábado), às 7h, em Brisbane, e contra a Jamaica, em 2 de agosto (quarta-feira), em Melbourne.

Os dois primeiros colocados do Grupo F avançam às oitavas de final, em que terão pela frente os dois classificados do Grupo H (Alemanha, Colômbia, Coreia do Sul e Marrocos). O time de melhor campanha de uma chave encara o segundo colocado da outra.

Primeira baixa na seleção

A atacante Nycole Raysla foi desconvocada na madrugada desta terça (18), após sofrer uma entorse no tornozelo esquerdo durante o treino em Golden Coast, antes da viagem para Brisbane.  O corte da atleta ocorreu por não haver tempo hábil para sua recuperação. A meia Angelina, uma das suplentes que viajou para a Austrália junto com a seleção, foi escolhida por Pia Sundhage para a vaga da atacante. A jogadora, de 23 anos, disputará seu primeiro Mundial na carreira. 

Saltos ornamentais: Ingrid Oliveira fatura vaga para o Brasil em Paris


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A brasileira Ingrid Oliveira assegurou a primeira vaga olímpica do Brasil nos saltos ornamentais nos Jogos de Paris 2024, na madrugada desta terça-feira (18), ao se classificar à final da  plataforma de 10 metros no Mundial de Esportes Aquáticos, em Fukuoka (Japão).  Na semifinal feminina, a carioca de 27 anos avançou na oitava posição, com 313.90 pontos – apenas 12 das 18 saltadoras desta etapa se classificaram.

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“Estou muito feliz, será mais uma edição de Jogos Olímpicos para o Brasil torcer por mim. A prova estava bem disputada, bem difícil. Sabia que não seria fácil conquistar essa vaga, mas deu tudo certo. Agora é seguir concentrada porque já tem final nesta quarta. É dar o melhor na prova e contar com a torcida de todos”, comemorou Ingrid, que já disputou a Olímpiada Rio 2016 e a de Tóquio 2020.

Ingrid vai lutar por medalha às 6h (horário de Brasília) desta quarta-feira (19).  A classificação olímpica no Mundial de Fukuoka não é nominal, pertence ao país. Somente em 2024 será definida a equipe que irá aos Jogos.  

A delegação brasileira em Fukuoka conta ainda com Isaac Souza, Rafael Fogaça e Paty Valente. O Mundial distribui três vagas em cada uma das provas sincronizadas. A competição é a primeira de três janelas de classificação para os Jogos de Paris 2024. Depois, em outubro, haverá os Jogos Pan-Americanos de Santiago (Chile) – que garantem vagas aos campeões das disputas individuais (trampolim 3m e plataforma 10m, no masculino e no feminino) – e em 2024 o Mundial de Doha (Catar), que distribuirá quatro vagas (provas sincronizadas).

Programação

18 de julho
21h00 – Trampolim 3m masculino (eliminatórias) – Rafael Fogaça e Rafael Max

19 de julho
3h30 – Trampolim 3m masculino (semifinais)
6h00 – Plataforma 10m feminina (final)
21h00 – Trampolim 3m feminino (eliminatórias) – Anna Lúcia dos Santos e Luana Lira

20 de julho
2h30 – Trampolim 3m feminino (semifinais)
6h00 – Trampolim 3m masculino (final)
21h00 – Plataforma 10m masculino (eliminatórias) – Diogo Silva e Isaac Souza

21 de julho
3h30 – Plataforma 10m masculino (semifinais)
6h00 – Trampolim 3m feminino (final)

22 de julho
3h30 – Trampolim 3m sincronizado misto (final) – Anna Lúcia dos Santos e Rafael Max
6h30 – Plataforma 10m masculino (final)

MEC divulga resultado da lista de espera do Fies 2023


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O Ministério da Educação (MEC) divulgou hoje (18) a lista de espera dos candidatos ao Fundo de Financiamento Estudantil (Fies) do segundo semestre de 2023. A pasta utiliza a relação para preencher as vagas eventualmente não ocupadas em instituições privadas de ensino superior.

O texto do edital que estabeleceu o cronograma e os procedimentos relativos ao processo seletivo, a eventual pré-seleção dos candidatos participantes da lista de espera ocorrerá até o próximo dia 29 de agosto.

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Os candidatos cujo nome consta na lista de espera deverão acessar a página do programa no endereço eletrônico, e complementar a inscrição para contratar o financiamento, no período de 3 (três) dias úteis, contados do dia subsequente ao da pré-seleção. Para isso, é preciso acessar a página do Fies Seleção, no Portal Único de Acesso ao Ensino Superior, por meio da qual os candidatos também deverão acompanhar o resultado do processo.

A inclusão do nome do candidato na lista de espera assegura apenas a expectativa dele ser pré-selecionado às vagas para as quais se inscreveu neste processo seletivo, estando a pré-seleção condicionada à disponibilidade de vaga no grupo de preferência e nos cursos de opção, bem como a observância das demais regras do programa.

Criado em 2001, por meio de lei específica, o Fies concede financiamento a estudantes de cursos de graduação, em instituições de educação superior privadas participantes do programa e que tenham obtido avaliação positiva no Sistema Nacional de Avaliação da Educação Superior (Sinaes).

Para participar do programa, o candidato deve ter participado do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) e obtido notas médias igual ou superior a 450 pontos e não ter zerado a redação. A escala de financiamento varia conforme a renda familiar do candidato.

Copa do Mundo feminina começa com favoritismo compartilhado


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Faltando poucos dias para a bola rolar na Austrália e na Nova Zelândia, uma pergunta ganha cada vez mais força: quais seleções, além do Brasil, podem ser consideradas reais candidatas a ficar com o título da Copa do Mundo? Se em 2019 os Estados Unidos eram francos favoritos e tinham a França, que sediava a competição, como principal adversária, no atual Mundial as norte-americanas ainda são apontadas como uma grande força, mas agora têm a companhia de outras equipes, como Inglaterra e Alemanha.

EUA em busca do penta

Maior vencedora da competição (com quatro títulos, entre eles os dois últimos, em 2015 e 2019), a seleção norte-americana pode ser apontada como uma das grandes favoritas a levantar o troféu de campeã no dia 20 de agosto no Estádio Olímpico de Sydney. Porém, a equipe vive um momento de renovação, de mudança de geração.

Este processo fica claro na relação de convocadas para o Mundial. Das 23 jogadoras chamadas pelo técnico Vlatko Andonovski, apenas nove estiveram presentes na vitoriosa campanha na França. Entre as mais experientes aparecem nomes como as da meio-campista Julie Ertz e das atacantes Alex Morgan e Megan Rapinoe (eleita a melhor jogadora do último Mundial).

Entre as novatas um nome chama atenção: Trinity Rodman. Filha do lendário jogador de basquete Dennis Rodman, que marcou época pelo comportamento excêntrico e pelos títulos conquistados no Chicago Bulls capitaneado por Michael Jordan, a jovem atacante de 21 anos merece ser acompanhada com atenção.

“A seleção norte-americana conquistou a Copa de 2019 e passou por uma mudança de comando. Saiu Jill Ellis e entrou Vlatko Andonovski. Com isso, algumas peças mudaram na seleção. Essa renovação ficou mais clara após os Jogos Olímpicos de Tóquio. Mais ou menos nos mesmos moldes da renovação realizada na seleção brasileira, ele começou a trazer jogadoras jovens que vinham se destacando na NWSL [liga profissional de futebol feminino dos EUA], mas ainda manteve uma espinha dorsal do time que foi campeão em 2015 e 2019, e que pode conquistar o inédito tricampeonato”, afirmou a comentarista Amanda Viana, do Planeta Futebol Feminino, em participação no Videocast Copa Delas, da EBC.

Inglaterra busca título inédito

Se o processo de renovação pode criar certa dúvida em relação ao favoritismo dos EUA, a Inglaterra é considerada uma força já estabelecida no atual cenário do futebol feminino. Apesar de ainda buscar seu primeiro título mundial, as inglesas chegam à Copa do Mundo com o moral alto após vencerem pela primeira vez uma edição da Eurocopa feminina (em 2022, em final contra a poderosa Alemanha).

“A Inglaterra é a grande favorita para vencer esta Copa. É uma seleção com um grande potencial, um trabalho de base muito bem feito, que já colhe os seus frutos. Um grande equilíbrio entre defesa, meio-campo e ataque, além de goleiras incríveis. Esta pode ser a coroação de um trabalho que vem durando um bom tempo. Um trabalho muito sério. Foi a grande vencedora da Euro e vem muito forte para brigar por este título. A Inglaterra tem as grandes expoentes deste Mundial e tem tudo para ficar com o título”, avaliou a comentarista Isabelle Suarez durante o Videocast Copa Delas.

E um dos destaques da equipe é a lateral-direita Lucy Bronze. Escolhida pela Fifa como melhor jogadora do mundo de 2020, a experiente jogadora do Barcelona (Espanha) será peça importante na equipe comandada pela técnica holandesa Sarina Wigman (que levou a seleção de seu país à final da Copa de 2019). Outra atleta que merece ser acompanhada com atenção é a talentosa meia Keira Walsh, contratada pelo Barcelona junto ao Manchester City (Inglaterra) pelo valor de 460 mil euros, na maior transação da história do futebol feminino.

Alemanha tenta voltar a ser protagonista

Se os Estados Unidos são uma realidade e a Inglaterra é uma potência emergente, a Alemanha é uma força que tenta retomar o protagonismo do passado. Com dois títulos mundiais na história (em 2003 e em 2007) e maior vencedora da Euro feminina (com o total de oito canecos, o último em 2013), a seleção alemã não vive um bom momento nos últimos anos. Na última década, os resultados de maior destaque foram o quarto lugar na Copa de 2015 e o vice-campeonato no campeonato europeu de 2022.

Esse desejo de retornar aos momentos de glória é evidenciado em entrevista da técnica da equipe Martina Voss-Tecklenburg ao site da Fifa: “Queremos ser candidatas ao título, ser uma equipe que pode ser campeã mundial […] Essa é uma sensação boa. Acredito que, se todas ficarem em forma, podemos ser um time a ser batido”.

E uma das chaves para o sucesso das alemãs está no ataque, onde a experiente centroavante Alexandra Popp é certeza de muitos gols. Aos 32 anos, a jogadora do Wolfsburg (Alemanha) tem como grande arma as finalizações de cabeça, como mostrou na última Euro, na qual terminou como uma das artilheiras com o total de seis tentos.

Surpresa em casa?

Uma das equipes com potencial para surpreender nesta Copa é a Austrália. Jogando em casa, a equipe da Oceania certamente terá uma dose extra de motivação para buscar o primeiro Mundial de sua história. Porém, a principal razão para se esperar uma campanha história das Matildas tem nome e sobrenome: Sam Kerr.

A jogadora do Chelsea (Inglaterra) e maior artilheira da história da seleção feminina da Austrália é a atacante que toda equipe gostaria de ter: esbanja frieza, tem rapidez de raciocínio e conta com um grande poder de finalização que a permite marcar muitos gols, seja de cabeça ou com sua poderosa perna direita. “Sam Kerr é a grande expoente da Austrália. É uma das melhores atacantes do mundo. É, provavelmente, a maior jogadora da história da seleção feminina australiana”, disse Thiago Ferreira, colaborador do Planeta Futebol Feminino, em participação no Videocast Copa Delas.

Geração talentosa

Outra possível candidata a surpresa neste Mundial é a Espanha. O país vive um momento muito positivo na base, com a recém conquista da Copa do Mundo sub-20. Além disso, o plantel espanhol tem aquela que é considerada a melhor jogadora em atividade no momento, Alexia Putellas. A meia-atacante do Barcelona (Espanha) conquistou as duas últimas edições do prêmio de melhor do mundo, tanto da Bola de Ouro da Revista France Football como do prêmio The Best da Fifa.

A jogadora não está em sua melhor forma, pois acaba de se recuperar de uma lesão de ligamento cruzado anterior no joelho esquerdo, mas certamente será peça importante na equipe comandada pelo técnico Jorge Vilda.

Outro desafio da Espanha na competição será lidar com conflitos entre o elenco e a federação, que tiveram início após a última edição da Euro feminina. “Uma situação complicada, que começou após a Eurocopa. A Espanha acabou frustrada, eliminada para a Inglaterra [nas quartas de final]. Na avaliação das jogadoras, um resultado frustrante, pois é uma geração talentosa, talvez a melhor que o país já teve. Na sequência, 15 jogadoras enviaram e-mails para a Federação Espanhola afirmando que não gostariam de ser convocadas para a próxima Data Fifa por questões de saúde mental. Esses e-mails não deveriam ter sido vazados, mas foram. Sendo inclusive divulgados pela própria Federação, que afirmou que não admitiria que as jogadoras quisessem escolher o treinador e pressionar a Federação de qualquer maneira”, avaliou Taís Viviane, do Planeta Futebol Feminino, no Videocast Copa Delas.

Em meio a tantas candidatas ao título uma coisa é certa, contando com tantas equipes talentosas, a Copa do Mundo da Austrália e da Nova Zelândia promete ser uma das mais disputadas e emocionantes da história.

Petrúcio é tricampeão e Jerusa leva 2º ouro em último dia do Mundial


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O Brasil fechou esta segunda-feira (17), último dia de Mundial de Atletismo Paralímpico, em Paris (França), com mais sete pódios, entre eles o tricampeonato de Petrúcio Ferreira nos 100 metros T47 (amputados de braço) e o segundo ouro de Jerusa Geber, desta vez nos 200m T11 (cegas) – ambos cravaram novos recordes internacionais.  No total, a delegação nacional conquistou 47 medalhas, duas a mais que a líder China, consolidando a melhor campanha da história, desde a edição de Dubai (2019), quando o somou 39 medalhas. O país asiático terminou em primeiro lugar por ter conquistado mais dois ouros e três pratas que o Brasil.

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Aos 26 anos, o bicampeão paralímpico Petrúcio Ferreira faturou hoje sua quinta medalha em mundiais. O paraibano de 26 anos cruzou a linha de chegada dos 100m T47 em 10s37, cravando o novo recorde da competição

“Cada conquista para mim é como se fosse a primeira. Eu sempre lembro de onde eu vim. Essa conquista vale muito para mim. Quem é atleta sabe qual é a nossa dedicação do dia a dia, os momentos difíceis que a gente passa. É tudo por um sonho. Agradeço à minha família, ao meu treinador Pedrinho, à torcida e à minha esposa, que passou vários momentos complicados ao meu lado. Não larguei tão bem, errei na mina terceira passada. Poderia ter acertado mais, mas saio feliz com meu terceiro mundial”, comemorou Petrúcio em depoimento à Confederação Paralímpica Brasileira.

E teve dobradinha brasileira na prova dos 100m T47, com a prata do paranaense José Alexandre Martins (10s73), estreante do país na competição, que já conquistara bronze nos 400m nesta edição do Mundial. O bronze ficou com o britânico Kevin Santos (10s85).

Quem também festejou muito foi a acreana Jerusa Geber, que venceu nos 200m T11 (cegas) com o tempo de 24s63, o novo recorde da competição. Foi o segundo ouro da velocista: o primeiro foi nos 100m  classe T11 (atletas cegas)., na última quinta (13).

“A nossa prova preferida é a dos 100m. Não esperávamos fazer isso tudo nos 200m e conseguir o ouro. Quando a China está na prova, é sempre com muita emoção. Mas sair da competição com dois ouros, com dois recordes da competição, e como a atleta com mais medalhas em Mundiais é maravilhoso. Só tenho a agradecer”, disse Jerusa

E pela oitava vez nesta edição teve pódio duplo brasileiro. Assim como nos 100m T11,  a potiguar Thalita Símplicio (24s88) chegou em terceiro lugar e garantiu o bronze. A prata ficou com a chinesa Cuiqing Liu (24s79).

Vice-campeão paralímpico, o paranaense Vinícius Rodrigues amealhou a prata nos 100m classe T63 (para amputados de membros inferiores com prótese) nos últimos metros da prova, quando ultrapassou o alemão Leon Schaefer, finalizando a corrida  dois centésimos antes, em 12s16.  Schaefer (12s18) ficou com o bronze e o vencedor da prova foi o holandês Joel de Jong (12s09).

“Em Dubai, fui bronze. Agora, consegui a prata. Estava contando com esse ouro, mas infelizmente não veio. A minha corrida foi muito boa, foi o meu melhor tempo na temporada. Agora é analisar com meu treinador o que errei e onde posso melhorar”, afirmou Vinícius, que foi submetido a uma amputação da perna esquerda acima do joelho devido a um acidente de moto.

Emocionante também foi a conquista do bronze pela maranhense Rayane Soares, atual campeã mundial, nos 400m T13 (deficiência visual).  Embora não tenha largado bem, a velocista de 26 anos se recuperou a tempo de garantir o terceiro lugar com o tempo de 57s90, apenas quatro centésimos amenos que a francesa Nantenin Keita, quarta colocada. A medalha de ouro foi para Lamiya Valiyeva (55s34), do Azerbaijão, e a prata para a portuguesa Carolina Duarte (55s68).

Outro brasileiro a brilhar no último dia de disputas foi o catarinense Edenilson Floriani, estreante na competição. Ele faturou o bronze no arremesso de peso F42 (deficiência dos membros inferiores), ao atingir a marca de 14,06m. O ouro ficou com britânico Aled Davies, que fez 16,16m, e a prata foi para o iraniano Sajad Mohammadian, com 14,38m.

Austrália, co-anfitriã da Copa Feminina, denuncia disparidade salarial


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As atletas australianas conhecidas como Matildas, apelido dado à seleção feminina de futebol do país, divulgaram um vídeo em que denunciam a disparidade de gênero no prêmio oferecido às vencedoras da Copa do Mundo, expressando apoio às jogadoras que tiveram negado “o direito básico” de chegar a um acordo coletivo em suas negociações salariais.

O vídeo, apoiado pelo sindicato dos jogadores profissionais da Austrália, apresenta todos os membros da equipe co-anfitriã da Copa do Mundo Feminina e ocorre em meio a disputas salariais que acontecem em várias seleções que disputam o torneio que começa na quinta-feira (20) .

As Matildas entraram em greve em 2015 para exigir melhores salários e receberam a mesma porcentagem mínima de premiação em dinheiro para torneios que recebe a seleção masculina australiana, os Socceroos, desde um acordo coletivo de 2019.

No entanto, as atletas irão competir no torneio por uma fração da premiação total de 440 milhões de dólares que foi oferecida às seleções masculinas na Copa do Mundo do ano passado no Catar.

“Setecentos e trinta e seis jogadoras de futebol têm a honra de representar seus países no maior palco deste torneio, mas muitas ainda não têm o direito básico de se organizar e negociar coletivamente”, dizem as jogadoras no vídeo. “A negociação coletiva nos permitiu garantir que agora tivéssemos as mesmas condições que os Socceroos, com uma exceção – a Fifa ainda oferecerá às mulheres apenas um quarto do prêmio em dinheiro que os homens recebem pela mesma conquista”. 

A Fifa, órgão regulador global, não fez comentários imediatos.

A premiação total da Copa do Mundo Feminina é de US$ 110 milhões (o equivalente a R$ 529,1 milhões), cerca de 300% a mais do que a Fifa ofereceu para o torneio de 2019 na França.

* Reportagem adicional de Amy Tennery em Auckland

** É proibida a reprodução deste conteúdo.

São Paulo e Flamengo decidem em casa as semifinais da Copa do Brasil


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A CBF sorteou nesta segunda-feira (17), no Rio de Janeiro, os mandos de campo das semifinais da Copa do Brasil. O Corinthians recebe o São Paulo, e o Grêmio encara o Flamengo nos jogos de ida no dia 26 de julho (uma quarta-feira).  Os confrontos da volta estão previstos para 16 de agosto, com São Paulo e Flamengo decidindo a vaga no Morumbi e no Maracanã, respectivamente.

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Quem avançar garante no mínimo a premiação R$ 30 milhões, valor a ser concedido pela CBF ao vice-campeão da Copa do Brasil. Já o clube que conquistar o título de 2023, além do troféu, será contemplado com R$ 70 milhões.

O Timão assegurou -presença na semi ao superar o América-MG nos pênaltis. Já o rival São Paulo se classificou ao eliminar o Palmeiras nas quartas. Na outra chave, o atual campeão Flamengo derrotou o Athletico-PR na Arena da Baixada e o Grêmio bateu o Bahia nos pênaltis, após dois  empates consecutivos.

Com passagem de bastão, Marta lidera geração em última Copa do Mundo


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Nas provas de revezamento do atletismo, a passagem do bastão de um atleta para outro é simbólica. Significa dizer: “fiz minha parte, agora é sua vez”. A Copa do Mundo feminina deste ano, na Austrália e na Nova Zelândia, tem esse contexto para o Brasil. Ao mesmo tempo em que Marta, maior artilheira da história da seleção (entre homens e mulheres) estará pela sexta e última vez em um Mundial, outras 11 brasileiras estrearão no maior evento da modalidade, na busca por um título inédito.

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Marta, 37 anos, é o elo da atual geração com o time vice-campeão mundial (2007) e olímpico (2004 e 2008). É a primeira vez que a craque disputa um campeonato deste nível sem ter a volante Formiga e a atacante Cristiane ao lado. Esta última, de 38 anos, já havia ficado fora dos Jogos de Tóquio, no Japão, e tornou a não ser chamada por Pia Sundhage, apesar do clamor popular. Na entrevista coletiva que concedeu após a convocação, a técnica não quis comentar a ausência da centroavante.

Outras 11 convocadas de Pia já disputaram a competição anteriormente, mas o protagonismo entre as veteranas é da alagoana de Três Riachos, eleita seis vezes a melhor jogadora do mundo e autora de 17 gols em Copas, sendo a maior artilheira do torneio (masculino incluso). Nas cinco participações que teve, entre 2003 e 2019, a camisa 10 balançou as redes ao menos uma vez em cada edição, o que somente a atacante canadense Christiane Sinclair também conseguiu.

E quem assumirá o bastão deixado pela Rainha? Algumas candidatas já figuram no atual grupo. As meias Ary Borges e Kerolin, ambas de 23 anos, ganharam espaço após a Olimpíada e se tornaram titulares com Pia. A volante Angelina, de também 23 anos, foi outra a se firmar após os Jogos de Tóquio, para os quais foi chamada de última hora. Por causa de uma lesão no joelho direito, que a deixou fora de ação por quase um ano, a jogadora não integra a relação de 23 convocadas, mas viajou à Copa como uma das três suplentes.

Outra suplente a se ficar de olho para o futuro, embora já brilhe no presente, é Aline Gomes. Em um intervalo de somente 11 meses, a meia-atacante de 18 anos completados no último dia 7 de julho defendeu o Brasil nos Mundiais sub-17 e sub-20 (sendo titular em ambos) e foi chamada à seleção principal.

Além de Aline, a lateral Bruninha (21 anos) e a zagueira Lauren (20) – estas presentes entre as 23 convocadas – estiveram no último Mundial sub-20 e ajudaram o Brasil a conquistar o terceiro lugar. Fora da lista de Pia, nomes como os da zagueira Tarciane (20) e da volante Yayá (21) também integraram aquela campanha, foram observadas pela técnica sueca e são atletas com espaço certo nos próximos passos da seleção feminina.

A proximidade com as seleções de base foi um dos marcos do trabalho de Pia. A treinadora assumiu o cargo em agosto de 2019 e teve a renovação da seleção como meta. Foi a sueca que levou para a equipe jogadoras como a zagueira Tainara (24 anos), as meias Micaelly (22), Jaqueline (23), Ana Vitória (23), Duda Sampaio (22) e a atacante Nycole (22). As três últimas conseguiram a convocação à Copa, enquanto Tainara, recém-recuperada de uma lesão, foi chamada como suplente.

A própria Pia, aliás, tem no Mundial deste ano a oportunidade de um título inédito. A treinadora de 63 anos levou os Estados Unidos ao ouro olímpico em 2008 (superando o Brasil na final) e em 2012. Na Copa do Mundo, porém, ficou no quase algumas vezes. Como atleta ajudou a Suécia a ficar em terceiro lugar na primeira edição, em 1991. Como técnica foi vice-campeã em 2011, comandando os EUA, derrotados pelo Japão na decisão.

Os números da treinadora no comando do Brasil são significativos. Em 54 jogos, são 33 vitórias, 12 empates e nove derrotas, com 124 gols marcados e 40 sofridos. Em Tóquio a seleção de Pia caiu nas quartas de final para o Canadá, nos pênaltis. No ano passado veio o primeiro título oficial com o time brasileiro: a Copa América, em 2022, que garantiu lugar à equipe na Olimpíada de Paris, na França, em 2024.

Olho nas rivais

O Brasil é uma das sete nações que participaram de todas as oito Copas do Mundo femininas. Na edição deste ano, a primeira com 32 seleções e disputada em dois países, as brasileiras foram sorteadas no Grupo F, com sede na Austrália, ao lado de França, Jamaica e Panamá. A estreia será na próxima terça-feira (24), às 8h (horário de Brasília), em Adelaide, contra as panamenhas. No dia 29, às 7h, as adversárias serão as francesas, em Brisbane. Por fim, no dia 2 de agosto as brasileiras encaram as jamaicanas, novamente às 7h, em Melbourne.

Primeiro adversário do Brasil, o Panamá é um dos oito estreantes em Copas e a seleção pior colocada no ranking da Federação Internacional de Futebol (Fifa) entre as que estão na chave brasileira, na 52ª posição. A equipe da América Central se classificou pela repescagem mundial, eliminando o Paraguai. A convocação do técnico mexicano Ignacio Quintana tem 12 atletas que atuam no país e 11 que jogam no exterior, sendo três na Europa e duas nos Estados Unidos.

Das que estão nos EUA, a defensora Hilary Jaén, de 20 anos, ainda está no futebol universitário. A atacante Riley Tanner, de 23 anos, por sua vez, é a primeira jogadora panamenha a atuar na liga profissional estadunidense, uma das principais do mundo. Curiosamente, ela nasceu em território norte-americano, mas escolheu defender o país natal da mãe.

Na sequência, as brasileiras enfrentarão seu algoz da última Copa, a França, que naquela oportunidade levou a melhor sobre a seleção canarinho, então dirigida por Vadão, por 2 a 1, na prorrogação. Em relação à edição passada, quando caíram nas quartas de final para os EUA, as francesas têm 11 remanescentes no elenco do técnico Hervé Renard (o mesmo que comandou a Arábia Saudita no último Mundial masculino).

Hervé assumiu o posto em março, substituindo Corinne Diacre, demitida após desavenças com algumas das principais jogadoras da seleção. Um mês antes, por exemplo, a zagueira e capitã Wendy Renard disse que não defenderia mais a equipe sob comando de Diacre. A decisão foi seguida por outros nomes importantes, como as atacantes Kadidiatou Diani e Marie-Antoinette Katoto.

A saída da treinadora estacou a sangria, viabilizando a volta das jogadoras. Mesmo assim, a seleção da França terá desfalques de peso na Copa, como a meia Amandine Henry (autora do gol que eliminou o Brasil há quatro anos) e as atacantes Delphine Cascarino e a própria Katoto, todas contundidas.

A Jamaica, última rival da primeira fase, também não é uma adversária desconhecida. As equipes se enfrentaram na Copa passada, com vitória brasileira por 3 a 0 no duelo que abriu a participação de ambos. Daquele time, são 11 remanescentes, entre elas Khadija Shaw, principal nome da equipe. A atacante de 26 anos defende o Manchester City (Inglaterra) e foi a vice-artilheira do último Campeonato Inglês, com 20 gols em 22 partidas. Na temporada, incluindo outras competições, ela balançou as redes 31 vezes em 30 jogos.

A seleção jamaicana é outra que passou por mudanças recentes (e tumultuadas) de comando, com Lorne Donaldson assumindo o lugar de Vin Blane após as jogadoras da equipe caribenha escreverem à federação pedindo a troca de técnico. Blane, por sua vez, era ele próprio substituto de Hubert Busby Jr., suspenso após acusações de assédio sexual quando trabalhava no Canadá, em 2011. Busby Jr. tinha sido auxiliar da seleção em 2019.

Os dois primeiros colocados do Grupo F avançam às oitavas de final, onde terão pela frente os dois classificados do Grupo H, que tem Alemanha, Colômbia, Coreia do Sul e Marrocos. O time de melhor campanha de uma chave encara o segundo colocado da outra.

Martine e Kahena conquistam a prata em evento-teste para Paris 2024

A dupla bicampeã olímpica Martine Grael e Kahena Kunze ficou com a sexta colocação na corrida da medalha no evento-teste de vela para os Jogos Olímpicos de Paris. As atletas brasileiras estavam na quarta posição antes do final de semana.

No sábado (15), foram bem e subiram um posto. Depois, com a posição da corrida da medalha, que dá pontos em dobro, garantiram a vice-liderança. Dessa forma ficaram atrás apenas das holandesas Odile Van Aanholt e Annette Duetz na classe 49erFX.

O bronze foi das suecas Vilma Bobeck e Rebecca Netzler. As regatas ocorreram no Mediterrâneo, em Marselha, que será sede da disputa olímpica em 2024. O próximo compromisso das multicampeãs é o Mundial de Haia, nos Países Baixos, de 8 a 20 de agosto.