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Gabriel Araújo bate recorde mundial nos 50 metros estilo borboleta


Gabriel Araújo bate recorde mundial nos 50 metros estilo borboleta

O nadador paralímpico Gabriel Araújo voltou a fazer história na manhã desta quinta-feira (22) ao bater o recorde mundial da prova dos 50 metros estilo borboleta, classe S2 (comprometimento físico-motor), no primeiro dia do Campeonato Brasileiro de natação, competição que reúne 261 atletas até o próximo sábado (24) no Centro de Treinamento Paralímpico, em São Paulo.

O feito foi alcançado porque o mineiro completou a prova em 52s96, superando os 53s80 registrados no World Series de Sheffield (Inglaterra) em março. A competição nacional atende a todos os critérios estabelecidos pelo Comitê Paralímpico Internacional (IPC, na sigla inglês), mas o recorde do mineiro ainda necessita ser homologado pela World Para Swimming (WPA), entidade que rege a natação paralímpica mundial.

“Estou muito feliz com o recorde. Treino muito forte para melhorar cada vez mais. Eu me sinto honrado e emocionado por conseguir tantas marcas no Centro de Treinamento Paralímpico. Isso mostra que estou no caminho certo. E, apesar de não fazer parte do Mundial, o tempo que fiz nos 50 metros borboleta mostra que estou bem preparado para a competição em Manchester”, declarou o atleta de 21 anos, campeão paralímpico nos 50 metros costas e nos 200 metros livre nos Jogos de Tóquio.

Gabriel é um dos 29 brasileiros convocados para o Mundial de natação paralímpica, que será disputado em Manchester (Inglaterra), entre os dias 31 de julho a 6 de agosto.

Santos terá que jogar com portões fechados após confusão em clássico


Gabriel Araújo bate recorde mundial nos 50 metros estilo borboleta

Um dia após ser derrotado por 2 a 0 pelo Corinthians na Vila Belmiro em partida que foi interrompida aos 44 minutos do segundo tempo, quando parte da torcida da equipe da casa jogou bombas e sinalizadores no gramado, o presidente do Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD), José Perdiz, acatou o pedido da procuradoria da entidade e determinou, na tarde desta quinta-feira (22), que os jogos disputados na casa do Peixe tenham portões fechados.

Segundo nota emitida pelo STJD, “o primeiro dia da punição será no domingo [25], quando o Santos vai enfrentar o Flamengo com portões fechados pelo Campeonato Brasileiro masculino e feminino”. A decisão do tribunal tem validade de 30 dias, até o julgamento do caso na primeira instância do STJD. Neste período, o Santos também não poderá ter torcida nos jogos em que for visitante.

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A confusão, que teve início dentro da Vila Belmiro, se espalhou para os arredores do estádio. Segundo a Secretaria de Segurança Pública do Estado de São Paulo, alguns torcedores, que ficaram descontentes com o resultado do jogo, “realizaram depredações do lado de fora do estádio, após o encerramento da partida”. Com isso, policiais tiveram que agir para dispersar a multidão.

Segundo a força de segurança, “ninguém ficou ferido e o caso é investigado pela Delegacia de Repressão aos Delitos de Intolerância Esportiva [Drade], que instaurou inquérito policial para apurar os fatos”.

Comitê Olímpico retira filiação da Associação Internacional de Boxe


Gabriel Araújo bate recorde mundial nos 50 metros estilo borboleta

Comitê Olímpico Internacional (COI) anunciou nesta quinta-feira (22), durante assembleia geral da entidade, a desfiliação da Associação Internacional de Boxe (IBA, sigla em inglês). É a primeira vez, em 129 anos de existência, que o órgão decide pela exclusão de uma federação do movimento olímpico.

A decisão atende à recomendação do Conselho Executivo do COI, do último dia 7 de junho, sob alegação de que a IBA apresentava problemas de governança, de arbitragem e financeiros. Também na assembleia, a modalidade teve presença assegurada nas Olimpíadas de Paris (França), no ano que vem, e Los Angeles (Estados Unidos), em 2028, da qual ainda não fazia parte do programa.

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A IBA estava suspensa pelo COI desde 2019, quando ainda era conhecida por Aiba (Associação Internacional de Boxe Amador), na esteira de acusações de corrupção e de manipulação de resultados na gestão do taiwanês Wu Ching-Kuo, que presidiu a entidade entre 2006 e 2017. Por conta dsso, foi impedida de organizar as disputas da modalidade nos Jogos de Tóquio (Japão), em 2021, e Paris.

Em nota, a IBA avaliou a decisão como “catastrófica”. Elencou, ainda, questionamentos ao presidente do COI, Thomas Bach, como a responsabilização de Ching-Kuo (que foi membro do Conselho Executivo do Comitê), pelos casos de corrupção do passado; uma suposta falta de comunicação entre as entidades e a relação entre política e esporte, impulsionada pela recomendação a não participação de atletas de Rússia e Bielorrússia em eventos, pelo envolvimento dos países na invasão militar à Ucrânia.

Em entrevista ao programa Stadium, da TV Brasil, durante visita ao centro de treinamento da seleção brasileira de boxe, em São Paulo, o presidente da IBA, Umar Kremlev, já tinha considerado uma “piada” a recomendação do Conselho Executivo sobre a desfiliação. O dirigente, que é russo, ainda defendeu o trabalho feito na associação, a qual preside justamente desde 2019.

“Eles [COI] perdem [com a desfiliação], não nós. Não somos nós que estamos quebrando regras. Não fomos nós [atual diretoria] que promovemos essa situação ligada à corrupção. Estamos resolvendo estes problemas. Nossa associação é, hoje, uma das melhores do mundo para esportes”, disse Kremlev, que se comunicou com auxílio de um tradutor.

Também ao Stadium, o presidente da Confederação Brasileira de Boxe (CBBoxe), Marcos Brito, afirmou que a entidade seguiria o caminho indicado pelo COI para seguir no movimento olímpico. A posição foi reforçada em comunicado publicada nesta quinta.

“Temos a responsabilidade de buscarmos o caminho para viabilizar aos nossos atletas a conquista olímpica e que isso retrate cada cidadão brasileiro. Nosso torcedor merece a participação nos Jogos Olímpicos, como também merece que os resultados sejam expressivos”, relatou a CBBoxe, em nota assinada pelo dirigente.

“Caso haja uma nova entidade que vá ser a responsável por liderar a jornada olímpica do boxe, nós vamos aderir. É isso que importa para nosso caminhar: obter o rumo necessário para o boxe seguir olímpico e para que nós continuemos obtendo bons resultados e orgulhando nosso povo. Não iremos nos furtar em propiciar a nossos atletas sua participação em qualquer competição que traga a satisfação da conquista […] Sempre que for possível a conciliação de torneios importantes, estaremos presentes, priorizando o Olimpismo”, concluiu a nota.

O boxe está presente na Olimpíada desde 1904, em Saint Louis (Estados Unidos). O Brasil foi ao pódio pela primeira vez na Cidade do México, em 1968, com o bronze de Servílio de Oliveira. Nos Jogos de Londres (Grã-Bretanha), em 2012, foram três medalhas, com Adriana Araújo (bronze) e os irmãos Yamaguchi (bronze) e Esquiva Falcão (prata).

No Rio de Janeiro, Robson Conceição obteve o primeiro ouro olímpico brasileiro. O segundo veio cinco anos depois, em Tóquio, com Hebert Conceição. Ainda na capital japonesa, Beatriz Ferreira (prata) e Abner Teixeira (bronze) também se destacaram.

UFRJ abre inscrições para financiar projetos com ações transformadoras


Gabriel Araújo bate recorde mundial nos 50 metros estilo borboleta

Estão abertas até o dia 26 deste mês as inscrições para o Laboratório de Inovação Cidadã 2023 – Ações Transformadoras (Labic), iniciativa da Pró-Reitoria de Extensão da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). O formulário de inscrição pode ser acessado pela internet.

Podem se inscrever projetos, ações, redes, coletivos e organizações de alto impacto social, ligados a propostas de sustentabilidade, transformação social, cidadania, diversidade e ampliação de direitos, sejam projetos iniciantes ou já atuantes.

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No dia 14 de julho próximo, serão divulgados os 20 projetos selecionados de todo o estado do Rio de Janeiro, no campo da inovação cidadã, que receberão apoio no valor de R$ 2,5 mil e de R$ 5 mil para desenvolver suas ações. As iniciativas devem ser externas à universidade, e não é necessário que os proponentes tenham formação ou titulação acadêmica.

Os recursos serão pagos no final do laboratório. Eles são provenientes de emendas parlamentares, de projetos especiais junto ao Parque Tecnológico da UFRJ e auxílios de agências de fomento como Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e Fundação Carlos Chagas Filho de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro (Faperj).

Implementação

A pró-reitora de Extensão da UFRJ, Ivana Bentes, explicou nesta quinta-feira (22) à Agência Brasil que os recursos de R$ 2,5 mil serão destinados a projetos que ainda estão no papel e não foram iniciados de fato, enquanto o apoio de R$ 5 mil se destina a projetos já implantados. “O laboratório serve para implementar as ações”, informou. O laboratório será iniciado no dia 1º de setembro, com término previsto em dezembro.

Os projetos devem ser inscritos em variados eixos de ação que envolvem mídia, diversidade e combate à desinformação; tecnologias, redes, dados e plataformas; formação; economia e cidadania, entre outros.

As iniciativas selecionadas participarão de encontros, imersões, oficinas e mentorias para desenvolvimento e construção de redes, ações de mídia, formação, sustentabilidade, políticas culturais, prototipagem e pesquisa aplicada. Os grupos receberão apoio de mentores, professores, empreendedores, estudantes, especialistas e convidados durante o período de realização do laboratório. Todas as atividades são gratuitas. Os encontros serão transmitidos pelo canal do YouTube da Pró-Reitoria de Extensão e do Pontão de Cultura Digital da Escola de comunicação (ECO/UFRJ).

Labics

Ivana informou que os Laboratórios de Inovação Cidadã (Labics) se baseiam na metodologia utilizada pela Secretaria-Geral Ibero-americana (SEGIB). “São espaços de experimentação, aprendizagem e criação de soluções para resolver problemas e desafios da sociedade para os quais, muitas vezes, os governos e instituições não têm proposta”. A partir de tecnologias colaborativas e do envolvimento da própria comunidade, os participantes propõem processos e projetos baseados em mentorias e trocas, que resultam em iniciativas inovadoras voltadas para o uso comum.

“Tem muita ação e, embora não tenha escala, eles funcionam como laboratórios de política pública que pode ser replicada por outra comunidade. É uma ideia bem interessante, que pode usar tecnologia digital, tecnologias sociais, ou seja, as mais diversas tecnologias, quando a gente pensa no sentido amplo. A ideia é que o laboratório acaba sendo um mapa de ações transformadoras, que é o título do Laboratório de Inovação Cidadã desta edição. Os projetos são selecionados em cima do impacto dessas propostas”.

Os Labics foram iniciados pela UFRJ em 2017. Durante a pandemia do novo coronavírus, foram feitas duas edições com o tema favela e universidade, sendo a primeira online e a segunda no formato híbrido (virtual e presencial)

Extensão

A Extensão é a área da UFRJ que conecta a universidade à sociedade. Com 3 mil projetos de diferentes áreas, as ações de extensão atingem um público de mais de 2 milhões de pessoas por ano, no Rio de Janeiro e em todo o Brasil, por meio de pesquisas, eventos, cursos, oficinas e capacitações.

Termina hoje prazo para inscrições no Sisu


Gabriel Araújo bate recorde mundial nos 50 metros estilo borboleta

Termina às 23 horas e 59 minutos desta quinta-feira (23) o prazo para as inscrições no processo seletivo do Sistema de Seleção Unificada (Sisu) do segundo semestre de 2021. Para participar do certame, os interessados devem acessar o Portal Único de Acesso ao Ensino Superior.

A previsão é de que o resultado seja divulgado no dia 27 de junho. A classificação dos estudantes tem por base a nota obtida na edição de 2022 do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). As matrículas devem ser feitas de 29 de junho a 4 de julho.

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O Sisu é o programa do Ministério da Educação (MEC) que reúne as vagas oferecidas por instituições públicas de ensino superior de todo o Brasil, sendo a maioria delas ofertada por instituições federais – universidades e institutos.

As vagas são abertas semestralmente por meio de um sistema informatizado que executa a seleção dos estudantes com base na nota do Enem, de acordo com as escolhas dos candidatos inscritos. Para isso, o candidato não pode ter tirado zero na redação.

Processo seletivo

O estudante pode escolher até duas opções de curso em cada processo seletivo do Sisu. É possível alterar as opções durante o período de inscrição, sendo que terá validade apenas a última delas. 

Quem não for selecionado nas duas opções ainda pode disputar uma das vagas por meio da lista de espera. Para isso, é preciso manifestar interesse em entrar na lista no período de 27 de julho a 4 de julho. A convocação dos candidatos será feita pelas instituições a partir de 10 de julho.

As vagas ofertadas são distribuídas conforme a Lei de Cotas (Lei nº 12.711/2012). As instituições federais de educação superior vinculadas ao MEC devem reservar, no mínimo, 50% das vagas para estudantes que tenham cursado integralmente o ensino médio em escolas públicas. Metade das vagas são reservadas para estudantes oriundos de famílias com renda igual ou inferior a 1,5 salário mínimo per capita (renda por cabeça).

As instituições podem adotar as próprias políticas e ações, como vagas reservadas e aplicação de bônus sobre a nota do candidato que atenda ao perfil indicado pela instituição. De acordo com as especificações da instituição, o Sisu faz o cálculo automaticamente e gera nova nota.

Psicanalista diz que mundo de tsunami digital requer nova educação


Gabriel Araújo bate recorde mundial nos 50 metros estilo borboleta

A revolução tecnológica é um tsunami que tornou o nosso mundo tão novo, que poderia ser chamado de “Terra Dois”. O “Terra Um”, que conhecíamos, não existe mais. Esse é o conceito do médico psiquiatra e psicanalista brasileiro Jorge Forbes, pesquisador da pós-modernidade e diretor da Clínica de Psicanálise do Centro do Genoma Humano da USP. 

Ele diz que tantas transformações fizeram com que os cidadãos se sintam “desbussolados” e perdidos. “Nós não estaremos perdidos se começarmos ‘ontem’ um projeto de educação para evitar os analfabetos digitais que estamos criando”. Para Forbes, o analfabetismo digital vai provocar diferenças entre grupos maiores do que entre classes sociais.

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O pesquisador conquistou, há dez anos, o Prêmio Jabuti pelo livro Inconsciente e Responsabilidade – Psicanálise do Século XXI e lançou, no mês passado, o título Pílulas da Psicanálise – Aforismos e Sentenças de Jorge Forbes. Para ele, as profissões passarão por transformações, mas características singulares fazem com que pessoas não sejam substituíveis por máquinas.  

Confira abaixo entrevista que o médico Jorge Forbes concedeu à Agência Brasil:

Agência Brasil – A revolução tecnológica é um tsunami. O senhor pode explicar a expressão “Terra Dois”?

Jorge Forbes – O tsunami tecnológico é um colossal avanço neste momento, como a nanotecnologia, a biotecnologia e a informática que estão fazendo uma revolução na forma de vivermos. Um avanço que faz com que a gente se sinta desbussolado, sem caminho. As pessoas não se entendem mais na vida. Nós não nascemos da mesma maneira. Nem educamos, nem namoramos, nem trabalhamos, nem aposentamos. Nem morremos da maneira que a gente fazia até há pouco tempo.

Eu acredito que nós estamos vivendo um tsunami dessa mudança do lado social, da maneira humana de ser. Diferentemente dos animais, nós humanos variamos com o nosso ambiente. Uma abelha não varia, uma vaca não varia, um cavalo não varia. São sempre iguais independentemente de onde estiverem. Nós, não. A gente produz diferentemente.

São pequenas mudanças que ocorrem na nossa vida o tempo inteiro. Mas uma mudança maciça como essa, que a gente está vivendo, ocorre de séculos em séculos. Durante 28 séculos, nós tínhamos uma maneira de comportamento que era linear, vertical, hierárquica, padronizada e, de repente, a gente passou para um mundo horizontal, múltiplo, criativo, variável. Essa mudança de valor é tão imensa que justificou, ao meu ver, eu chamar de “Terra Dois”. 

Agência Brasil – Como assim, Terra Dois?

Jorge Forbes – A gente fez um planeta chamado Terra. Terra Um. Nós estamos em outro planeta que nos confunde porque geograficamente é igual ao anterior, mas que nós habitamos de maneira completamente distinta. Só que essa maneira ainda não dominamos. A gente não entende ainda. Então estamos todos em busca de novas chaves de leitura de um mundo, a meu ver, até muito mais interessante do que o anterior, por ser muito mais criativo e mais variado. Por outro lado, essas mudanças tecnológicas repercutem nos campos profissionais. 

Agência Brasil – De que forma devemos estar preparados para o tsunami?

Jorge Forbes – As pessoas se sentem profundamente inseguras e angustiadas com essa época atual. Falamos de tsunami de forma negativa porque, no primeiro momento, nos amedronta. É até a gente transformar o tsunami que pode nos afogar em uma onda em que possamos surfar.

É necessário trazer esclarecimento, trazer passaporte para o lado de cima da onda que faça com que a gente surfe em vez de se afogar. 

Agência Brasil – É preciso mais preparo e criatividade?

Jorge Forbes – Nós temos atividades na nossa vida que podem ser singulares ou genéricas. As singulares são aquelas que só a gente pode fazer. Pelo talento, pelo gosto, pelo desejo, pela oportunidade, pelo momento. Várias razões fazem com que sejamos insubstituíveis. Agora, quem substitui um datilógrafo é outro datilógrafo. Quem substitui um motorista é outro motorista. 

Há atividades singulares que não são genéricas. A inteligência artificial e toda a tecnologia que estão nos ‘tsunamizando’ (para criar uma palavra) podem fazer melhor que o humano aquilo que for genérico. 

Vai dirigir, por exemplo melhor do que nós. Por quê? Porque em vez de você ter um caminhoneiro, você vai ter uma máquina que não vai fazer certas atitudes por demais humanas.

Na minha área, que é a medicina, por exemplo, eu sou psiquiatra, mas meus colegas radiologistas que se dedicam a ler Raio X podem ser facilmente ultrapassados pela inteligência artificial. 

Agência Brasil – Estamos perdidos? 

Jorge Forbes – Não. Nós não estamos perdidos se começarmos ‘ontem’ um projeto de educação para evitar os analfabetos digitais que nós estamos criando. 

Na medida que se perde o trabalho genérico, a pessoa tem que ser educada para uma nova realidade e para o novo mundo. Isso está sendo feito? Não. Isso não está sendo feito.

Estamos pensando ainda muito distante de um novo mundo que é tecnológico e não responde mais às ferramentas do mundo anterior. 

Agência Brasil – O senhor entende que a chave dessa mudança é pela educação que forme cidadãos mais criativos e mais humanos?

Jorge Forbes – Sim. Ao não darmos atenção à revolução digital, estamos criando analfabetos digitais. A distância entre os alfabetizados digitais e os analfabetos digitais está prevista como sendo muito maior do que entre, por exemplo, a classe A e a classe D ou E de um país.

Se não dermos atenção à tecnologia, haverá problemas sociais piores do que os problemas econômicos atuais. Porque uma parte importantíssima da população simplesmente vai ser posta ao relento, vai ser posta em situação de inutilidade total. 

Agência Brasil – Mas como fazer para que isso não ocorra?

Jorge Forbes – Para que isso não ocorra, temos que avançar muito rapidamente com os processos educacionais para diminuir o analfabetismo digital que se anuncia. 

Agência Brasil – É possível estabelecer um marco dessa mudança?

Jorge Forbes – Não há um dia específico da mudança. Mas há elementos importantes que a gente pode datar. Entendemos que a mudança é, sobretudo, da verticalidade para a horizontalidade. Eu diria que em 1992 houve o surgimento da web, que é o principal elemento horizontalizador das nossas relações

Agência Brasil – Quando a gente fala da horizontalidade, há outro olhar preocupado não só no âmbito profissional, mas também nas hierarquias e relações de poder. O senhor acha que isso abala a sociedade tal e qual a gente conhece hoje?

Jorge Forbes –  Paradoxalmente, o que a gente mais deseja no mundo é o que a gente mais teme. É liberdade. Liberdade sexual, de culto, de expressão, de amor, de viajar, de pensar. 

O mundo anterior determinava fatores de escolha determinados. Era certo ou errado. A ou B. Esse mundo agora é de múltiplas opções.

Em um segundo momento, há quem adore ter alguém para dizer o que se deve fazer. É o que explica curiosamente que, nesse mundo, onde a liberdade é muito maior do que antes, surjam líderes tirânicos que se oferecem como segurança para quem está com saudade de algo mais estável.

Não tem jeito. A globalização é instável, múltipla e criativa. Quem quer que a vida seja muito estável é aquele que quer que a vida seja um piloto automático. Nós temos que inventar cada passo e ir corrigindo a rota.

Agência Brasil – Nessas relações horizontais, há quem se queixe das quebras de hierarquia e até de comportamento dos mais jovens, desesperançados ou pouco dispostos a ouvir. Isso é um problema também, certo?

Jorge Forbes – O fato de ter novo mundo não quer dizer que seja um paraíso. São novas soluções e novos problemas. É verdade que há 30 ou 40 anos os adolescentes eram “mais bem educados”, respeitavam os mais velhos, os horários, os professores. Enfim, era uma outra realidade, totalmente distinta de hoje, que tem algumas coisas muito desagradáveis.

Mas você tem, por outro lado, essa mesma moçada descobrindo coisas maravilhosas. Eu fiz um trabalho, ao meu ver interessante, sobre o que é essa nova geração mutante e o que faz com a música eletrônica. 

Eu acho que ela é exemplo incrível de um novo tipo de lado social humano, onde as pessoas estão juntas sem necessidade de se compreender.

Eu me debrucei sobre algo que é um fenômeno que passa às vezes despercebido, mas é muito importante. Eles conseguem juntar 2 milhões de pessoas para ouvir música que não tem letra. Isso é impensável para a geração dos pais deles.

Liga STEAM tem 2ª edição para educadores e alunos de escolas públicas


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Educadores de escolas públicas municipais, estaduais e federais e alunos desde a educação infantil, a partir de 4 anos de idade, até o ensino médio têm até o dia 28 deste mês para se inscrever na segunda edição do Prêmio Liga STEAM. Considerado um dos maiores eventos educacionais do país na abordagem STEAM, a iniciativa envolve habilidades nas áreas de ciências, tecnologia, engenharia, artes e matemática. As inscrições podem ser feitas no site Liga Steam.

Serão premiados projetos desenvolvidos pelos alunos e professores para resolver questões relevantes em suas escolas e comunidades, mas não é preciso ter um projeto pronto para fazer a inscrição, informou à Agência Brasil a analista de Investimento Social da Fundação ArcelorMittal, Catarina Lutero Mendes. “Os professores vão construir os projetos, com seus alunos, ao longo da iniciativa. Eles não precisam ter o projeto pronto para se inscrever no prêmio”.

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Os educadores participarão de formação online no dia 27 deste mês, às 19h, onde vão aprender sobre abordagem STEAM, sobre metodologias relacionadas ao desenvolvimento e elaboração de projetos. Clique aqui no link de acesso. “À medida que eles forem evoluindo nessa formação, vão estabelecendo com seus alunos as etapas até que, ao final, tenham o projeto mais desenvolvido”. A ideia é que os educadores apresentem já um esboço ou ideia no dia 9 de julho.

Rio de Janeiro (RJ)  - Investimento Social da ArcelorMittal, Catarina Lutero Mendes - Prêmio Liga STEAM. Foto: Fundação AcelorMittal
Rio de Janeiro (RJ)  - Investimento Social da ArcelorMittal, Catarina Lutero Mendes - Prêmio Liga STEAM. Foto: Fundação AcelorMittal

Investimento Social da ArcelorMittal, Catarina Lutero Mendes – Prêmio Liga STEAM – Fundação ArcelorMittal

“Eles vão colocar o tema, se pretendem pesquisar, o Objetivo do Desenvolvimento Sustentável (ODS), a que o projeto estará relacionado, a quantidade de alunos no âmbito escolar, a pergunta norteadora do projeto – porque precisa ter uma questão de ancoragem que chamr a atenção dessas crianças”. A pergunta norteadora pode estar relacionada a problemas ambientais da própria escola, da comunidade onde estão inseridos. Problemas para os quais pretendem desenvolver soluções. A partir da escolha da temática e da pergunta norteadora que vai orientar o trabalho, os candidatos ao prêmio vão entrar na segunda fase, que é o desenvolvimento do projeto.

Elaboração

As melhores ideias serão selecionadas e, a partir de 1º de agosto, os professores iniciam a elaboração e execução do projeto com seus alunos. Em 29 de outubro, as equipes enviarão relatórios finais dos projetos, onde vão relatar o que foi feito, como foi feito e resultados obtidos. Catarina esclareceu que os educadores e alunos devem propor soluções para problemas das comunidades, mas não necessariamente precisam resolver os problemas. “Porque, muitas vezes, eles não vão conseguir construir uma máquina, por exemplo, para separar o lixo, mas podem propor uma máquina que tenha essa função. E eles prototipam só para experimentar como seria colocar a tecnologia e a engenharia em prol do desenvolvimento sustentável”. Há questões também relacionadas a bullying, à violência nas escolas, lembrou Catarina. “Questões que extrapolam o meio ambiente, mas que estão relacionadas a outras questões maiores que permeiam esse universo da escola”, completou.

Após a apresentação dos relatórios, em 29 de outubro, uma comissão selecionará dez projetos de cada categoria (educação infantil, que se estende dos 4 anos de idade até o segundo ano do ensino fundamental; ensino fundamental, do terceiro ao nono ano; e ensino médio). Os autores terão de gravar vídeos contando como foi a experiência. No dia 6 de dezembro, serão divulgados e premiados os três primeiros colocados de cada categoria.

A escola do primeiro colocado da educação infantil terá implementada uma brinquedoteca, com brinquedos e literatura relacionados à abordagem STEAM, para ajudar as crianças a desenvolver essas habilidades e competências, relacionadas à criatividade e à curiosidade.

Para o ensino fundamental e médio, serão implementados laboratórios de robótica leve. Para os segundos e terceiros classificados de cada categoria, os prêmios são em dinheiro, a ser revertido em equipamentos e benfeitorias para as escolas, no valor respectivo de R$ 10 mil e R$ 5 mil

O Prêmio Liga STEAM 2023 é o antigo Prêmio ArcelorMittal de Meio Ambiente, existente há 31 anos. Em 2022, ele se transformou no Prêmio Liga STEAM, com ampliação para todo o Brasil, e ganhou roupagem mais relacionada a essa abordagem, com a parceria da Tríade Educacional, responsável pela formação dos educadores. A partir deste ano, envolve a aliança com a Fundação Banco do Brasil e AVSI Brasil.

A mudança do nome teve por objetivo mostrar a relevância do tema STEAM dentro da educação. Essa abordagem pedagógica é muito difundida nos Estados Unidos, na China, Austrália e no Reino Unido e desenvolve conhecimento por meio de metodologias ativas, como a aprendizagem baseada em projetos, a partir da resolução de problemas reais do dia a dia.

De olho na ponta da classificação, Flamengo visita Bragantino


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Tentando se aproximar da ponta da classificação do Campeonato Brasileiro, o Flamengo visita o Bragantino, a partir das 21h30 (horário de Brasília) desta quinta-feira (22) no estádio Nabi Abi Chedid, em Bragança Paulista. A Rádio Nacional transmite, ao vivo, o jogo válido pela 11ª rodada do Campeonato Brasileiro.

Para alcançar seu objetivo, o Rubro-Negro tentará ampliar a uma sequência invicta de dez jogos sem derrotas: com sete vitórias e três empates. Porém, o time da Gávea tem um grande problema no comando de ataque, pois Gabriel Barbosa, que continua se recuperando de uma lesão no quadríceps esquerdo, só estará à disposição do técnico argentino Jorge Sampaoli na partida do próximo domingo (25) contra o Santos. Outro desfalque é o meia Matheus França, que se recupera de fortes dores no púbis.

Já o lateral-esquerdo Ayrton Lucas não fica sequer no banco de reservas, pois teve uma altíssima minutagem na Data Fifa atuando pela seleção brasileira. Outro que não joga é o volante Arturo Vidal, que disputou duas partidas inteiras pela seleção chilena. Bruno Henrique, que marcou no último minuto na vitória de 3 a 0 do Flamengo sobre o Grêmio, antes da parada para a Data Fifa, treinou bem durante a semana e pode ganhar vaga no time titular.

Já o Bragantino tentará aproveitar o fator casa para surpreender e bater o Flamengo. Com 14 pontos, o time de Bragança Paulista figura na parte de baixo da classificação no momento, mas procura uma vitória para ganhar confiança e ainda conseguir mais três pontos.

Em entrevista coletiva concedida nesta semana, o volante Matheus Fernandes afirmou que o Massa Bruta partirá com tudo para cima do rival: “Nosso time apresenta um modelo de jogo. Contra qualquer equipe jogaremos do mesmo jeito. É pressão o tempo todo para não deixar o adversário ficar confortável com a bola, para não criar jogadas. O treinamento do dia a dia e a nossa pressão constante é o que criará dificuldades na saída de bola deles e nos deixará mais próximo do gol”.

Transmissão da Rádio Nacional

A Rádio Nacional transmite Bragantino e Flamengo com a narração de André Luiz Mendes, comentários de Waldir Luiz e reportagem de Bruno Mendes. Você acompanha o Show de Bola Nacional aqui:

* Colaboração de Pedro Dabés (estagiário) sob supervisão de Paulo Garritano.

Fluminense e Atlético-MG não passam do 1 a 1 no Raulino de Oliveira


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Após uma paralisação de 10 dias por causa da Data Fifa de junho, o Campeonato Brasileiro voltou a ser disputado nesta quarta-feira (21). No jogo transmitido pela Rádio Nacional, Fluminense e Atlético-MG ficaram no 1 a 1 no estádio Raulino de Oliveira, em Volta Redonda, em uma partida na qual a qualidade técnica foi suplantada pela luta das equipes.

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Este resultado manteve o Tricolor das Laranjeiras na 5ª posição com 18 pontos, enquanto o Galo está em 4º com um pontos a mais.

Fluminense e Atlético-MG fizeram um primeiro tempo muito aberto, com oportunidades de lado a lado. E o Galo, que teve a estreia do técnico Luiz Felipe Scolari, conseguiu sair na frente em um lance de azar do Tricolor. Aos 34 minutos do primeiro tempo, Guilherme Arana recebeu na esquerda de Paulinho e levantou a bola na área, onde Cano raspou antes de a bola bater em Guga e ir para o fundo do gol defendido por Fábio.

O gol fez bem para os visitantes, que passaram a dominar as ações. Mas, momentos antes do intervalo, o time das Laranjeiras igualou. Ganso cobrou falta na área, Bruno Fuchs afastou parcialmente e a bola sobrou com o lateral Samuel Xavier, que bateu com força de direita para deixar tudo igual.

Se a etapa inicial foi marcada por boas oportunidades de lado a lado, o segundo tempo foi muito brigado, com pouca técnica e muita luta. O lance de maior destaque do período foi a expulsão do técnico Fernando Diniz, já aos 54 minutos, por reclamação.

Oportunidade desperdiçada

O Palmeiras foi até a Arena Fonte Nova, em Salvador, e desperdiçou a oportunidade de dormir na liderança do Brasileiro, pois perdeu por 1 a 0 para o Bahia e estacionou nos 22 pontos, dois a menos do que o Botafogo, que pega o Cuiabá na próxima quinta-feira (22) na Arena Pantanal.

O gol da partida saiu já aos 47 do segundo tempo, quando Cauly fez grande jogada individual e a bola sobrou para Daniel, que bateu forte da entrada da área. O goleiro Marcelo Lomba deu rebote e Thaciano não perdoou para marcar o 12º ponto do Bahia, atual 14º colocado do Brasileiro.

Bombas no gramado

O ponto negativo da rodada foi registrado na Vila Belmiro, onde o confronto entre Santos e Corinthians foi encerrado, pelo árbitro Leandro Pedro Vuaden, aos 44 minutos do segundo tempo, quando parte da torcida da equipe da casa jogou bombas e sinalizadores dentro do gramado. Após este episódio lamentável fica a expectativa de uma possível punição do Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD).

Com a bola rolando, o Timão foi mais eficiente e triunfou por 2 a 0. Os gols saíram na etapa inicial, com o atacante com Yuri Alberto aos 18 minutos do primeiro tempo e com João Lucas, que desviou para o gol de sua própria equipe aos 27 minutos. Com o revés, o Peixe permanece com 13 pontos, na 13ª posição. Já o Corinthians aparece na 15ª posição, com 12 pontos.

São Paulo vence no Morumbi

Uma equipe que não vacilou em casa foi o São Paulo. Após ver o Athletico-PR abrir o placar com o atacante Vitor Roque aos 10 minutos do primeiro tempo, o Tricolor virou no Morumbi graças a gols de Gabriel Neves, aos 18, e de Luciano, com um belo chute no ângulo no primeiro minuto da etapa final.

Após este triunfo o São Paulo saltou para a 6ª posição da tabela com 18 pontos. Já o Furacão ficou em 9º, com 16 pontos.

Visitante vitorioso

Mesmo jogando no estádio do Mineirão, o Cruzeiro viu o Fortaleza vencer por 1 a 0 graças a gol do argentino Lucero, após rápido contra-ataque, aos 34 minutos do segundo tempo. Após este resultado o Leão chegou aos 17 pontos, assumindo a 8ª posição da classificação. Já o Cruzeiro permanece com 14, na 10ª colocação.

Circuito Mundial de Surfe chega ao Rio de Janeiro


Gabriel Araújo bate recorde mundial nos 50 metros estilo borboleta

Dois dias antes do início da janela de competições da etapa do Rio de Janeiro do Circuito Mundial de Surfe, três das estrelas brasileiras que participarão do evento concederam uma entrevista coletiva, nesta quarta-feira (21), na qual falaram da expectativa de atuar diante do público brasileiro.

Entre os homens as expectativas de título estão sobre o atual campeão mundial Filipe Toledo. Ocupando atualmente a segunda posição do ranking mundial, atrás apenas do norte-americano Griffin Colapinto, o brasileiro chega com muita moral à disputa, após vencer as três últimas edições da etapa de Saquarema: 2022, 2018, 2019 (pois em 2020 e 2021 a competição não foi realizada por causa da pandemia de covid-19).

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“É muito bom retornar ao Brasil, para disputar uma etapa que traz muitas lembranças boas. Tive ótimos momentos aqui. Saquarema me traz confiança, mas tenho muito respeito por todos os surfistas e sei que será um evento mágico para todos. Frequento Saquarema desde criança. Acompanhei meu pai competindo lá. Vi meus ídolos competirem e tenho um carinho especial pelos locais”, declarou um animado Filipinho.

Outro brasileiro que está de olho no título da oitava etapa do Circuito Mundial de Surfe é o potiguar Italo Ferreira. “Vencer na etapa do Rio seria muito marcante na minha carreira. As coisas sempre acontecem de forma difícil para mim, mas sempre busco [a vitória] embalado pela minha fé, como em 2019. Tenho três eventos para alcançar bons resultados e entrar no top-5 do ranking mundial. A hora de vencer é essa”, declarou o campeão olímpico.

Já entre as mulheres, Tatiana Weston-Webb terá uma companhia especial na etapa brasileira, a duas vezes vice-campeã mundial Silvana Lima, que foi convidada pela organização do evento. E a gaúcha, que ocupa a quinta posição do ranking mundial feminino, também destaca a importância do apoio da torcida: “Sinto um pouco mais de pressão por competir diante do nosso público. Mas isso é um privilégio, e é claro que eu gostaria de vencer como o Filipe”.

“Toda vez que você fizer meia manobra a torcida já vai gritar, o que é muito legal, pois seus adversários estarão sempre pensando que você fez uma coisa demais, o que entra na mente deles”, declarou Tatiana Weston-Webb.

A janela de competições da oitava etapa do Circuito Mundial de Surfe tem início na próxima sexta-feira (23), e irá até o dia 1º de julho.