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Problemas estruturais distanciam alunos do Enem, dizem especialistas


Problemas estruturais distanciam alunos do Enem, dizem especialistas

As inscrições para o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), a principal porta de entrada para a educação superior no Brasil, terminam nesta sexta-feira (16). E, embora o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) ainda não tenha dado detalhes sobre o número de pessoas que se inscreveram para as provas deste ano, a tendência nos últimos anos foi de redução.

O total de pessoas inscritas para o Enem vem caindo desde 2017, mas o recuo se intensificou nos últimos anos. O recorde de inscritos foi em 2014, quando mais de 8,7 milhões de pessoas se candidataram para fazer as provas. Em 2017, mais de 6,1 milhões de pessoas se inscreveram. Mas, em 2022 esse número caiu para quase a metade, com pouco mais de 3,3 milhões de candidatos.

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Agravado pela pandemia do novo coronavírus, o ano de 2021 foi o que apresentou o menor interesse pelo Enem desde 2005, com apenas 3,1 milhões de inscritos. O total foi inferior até ao ano de 2009, quando o exame passou a permitir a entrada na maioria das faculdades. Antes disso, o Enem era feito apenas para testar os conhecimentos dos concluintes do ensino médio.

Afastamento

Vários fatores podem explicar o que tem afastado os jovens e adultos do Enem. Mas, com certeza isso não se deve a um fator subjetivo, disse a professora da Faculdade de Educação e do Programa de Pós-Graduação em Educação da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj), Ana Karina Brenner.

“É uma questão multifatorial e estrutural. Vem caindo desde 2015, mas recuou mais acentuadamente a partir de 2017, quando o Enem deixou de ter a dupla função que ele tinha: de avaliador que pontuava para dar ingresso ao ensino superior e também de certificador de conclusão do ensino médio. Tinha muita gente que se inscrevia para fazer o Enem não porque estava disputando uma vaga no ensino superior, mas porque estava tentando se certificar para o ensino médio, que era um diploma importante para abrir portas para o mercado de trabalho”, explicou Ana Karina, em entrevista à Agência Brasil.

Mas, além da perda de sua função de certificador do ensino médio, outros fatores ajudam a explicar o aumento do desinteresse dos jovens e adultos pelo Enem. E um desses fatores é a dificuldade desses jovens conseguirem concluir o ensino médio.

“Para fazer o Enem é preciso ter concluído o ensino médio. Os dados da Pnad [Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio] mostram que a gente ainda tem um problema sério na produção de conclusão do ensino médio”, afirmou ela.

Renda

Acrescentou que outro problema apresentado nos últimos anos é que muitos jovens concluem o ensino médio, porém, não fazem imediatamente o Enem: deixam para algum tempo depois.

“Alguns consideram muito difícil fazer a imediata transição entre ensino médio para a universidade. Então, deixam o Enem para mais tarde. Não se sentem preparados para enfrentar o Enem quando concluem o ensino médio. E acham que vão precisar de mais tempo com formações complementares e estudo adicional, até que consigam enfrentar essa prova”, destacou.

Essa postergação do Enem se relaciona também a outro grave problema: muitos jovens precisam abandonar os estudos para obter renda imediata para sobrevivência.

“Há questões de qualidade de formação do ensino médio, tem o fim da dupla função do Enem em não ser mais um certificador, mas também tem falta de apoio às trajetórias juvenis na produção de sucesso escolar e de conseguir transitar para a vida adulta, conseguindo se sustentar e estudar ao mesmo tempo. A dimensão de estudo e trabalho simultâneos é muito presente para os jovens”, explicou Ana Karina.

“O trabalho é tanto produtor de renda para sobreviver como também tem dimensão formativa. Então, o trabalho é desejado por muitos jovens e, um problema importante é que, para muitos, o trabalho impede o estudo. Então, a necessidade de trabalhar para ajudar no sustento da família muitas vezes acaba impedindo a continuidade dos estudos. E há falta de políticas de apoio a essas trajetórias que permitam a ele [jovem] estudar sem ser disputado integralmente pelo mundo do trabalho, o que acaba atrasando ou impedindo que ele chegue ao ensino superior”, arrematou ela.

Problema esse que tem afetado principalmente a população mais vulnerável, destacou o frei David Santos, diretor executivo da Educafro Brasil, também em entrevista à Agência Brasil.

“Vários fatores explicam a queda nas inscrições do Enem. Mas o fator que mais me preocupa é que todos os jovens que foram motivados a entrar nas universidades por meio de cotas para negros, brancos pobres, indígenas e quilombolas, entram com grande entusiasmo. Acontece que o governo, que tinha prometido lançar programas de bolsa moradia e de bolsa alimentação para todos os [estudantes] pobres que ganhassem até um salário-mínimo e meio por renda per capita, não cumpriu”, observou ele.

“Nas minhas andanças pelas universidades do Brasil, descobri algo espantoso: de cada 100 jovens afro-brasileiros que entraram nas universidades até 2019, 30 tinham abandonado [os estudos] por falta de bolsas moradia e alimentação. Com a pandemia, nossa estimativa hoje é ainda maior, de que mais de 60 deles já tenham abandonado a universidade”, lamentou o frei.

“O jovem que sai da sua casa feliz para vencer e volta arrasado, [ele] gera em todo o seu ciclo de convívio total [descrédito]. Por isso, estamos apelando ao governo federal para garantir que todo jovem [vulnerável] que entre em uma universidade federal tenha bolsa moradia e bolsa alimentação para dar conta de manter o estudo e de melhorar o Brasil. O Brasil não vai ser melhor se não tiver jovens se formando”, disse ele.

Pandemia

Todos esses problemas estruturais ainda foram agravados por uma pandemia do novo coronavírus. “A pandemia aprofundou a dificuldade de conclusão do ensino médio com o momento da inscrição do Enem e aprofundou dificuldades da formação”, salientou Ana Karina.

“Tem outro dado importante de ser observado que é o fato de o MEC [Ministério da Educação] ter instituído uma punição nos anos de pandemia para quem faltasse à prova. Quem faltasse ao Enem, no ano seguinte não teria direito à isenção da taxa de inscrição. Mesmo que essa punição agora não exista mais, pode estar ainda presente no imaginário dos jovens de que eles não têm direito à isenção por terem faltado e precisariam pagar pelo exame, mesmo sem ter dinheiro para pagar”, argumentou ela.

A tudo isso, destacou Ana Karina, ainda se somam uma crise econômica e uma reforma do ensino médio que foi “nefasta. O mundo de maiores incertezas vai também produzindo dificuldades nos jovens de pensar no futuro e imaginar as possibilidades de suas escolhas. Com a crise econômica, isso fica ainda mais difícil. ‘O que eu vou estudar e que vai me dar possibilidades de efetivamente ter um trabalho que me sustente?”, questionou.

Esperança

Para a educadora, mudanças são necessárias para que os jovens voltem a se interessar pelo Enem. “Precisamos oferecer esperança aos jovens. Tem muito de estrutural na impossibilidade de se inscrever no Enem. Não é subjetivo. É muito difícil enfrentar essa prova de vida”, assegurou.

“A Educafro [Educação e Cidadania de Afrodescendentes e Carentes] faz uma tremenda campanha para motivar a juventude a se inscrever no Enem. Mas o índice de retorno é muito pequeno porque eles não estão acreditando que o Enem será a porta do sucesso como é a imagem vendida para a classe média. Para a classe média, o Enem está perfeito: é realmente a porta de sucesso e dá acesso a uma universidade gratuita. Para o pobre não está sendo. Estou em negociação com o ministério [da Educação], por exemplo, para que este ano seja a última vez em que o período de isenção da taxa de Enem seja diferente do período de quem pode pagar. O MEC joga o período de isenção bem mais cedo. E a imprensa faz propaganda quase zero sobre esse período de isenção”, reclamou frei David.

Para ambos, os jovens precisam ter esperanças de mudanças, esperanças na construção de um futuro melhor, para voltar a se interessar pelo Enem e pelo ensino superior.

“Os jovens precisam ter novas esperanças sobre possibilidades positivas de futuro. As escolas estaduais precisam ajudar os jovens a chegar ao Enem, a encontrar o Enem e fazer a vinculação entre a conclusão do ensino médio com a inscrição ao Enem e dar suporte para o enfrentamento dessa prova. Temos no Brasil uma dinâmica de pouco apoio de políticas públicas aos jovens e suas famílias e, portanto, o custo de enfrentamento aos desafios da vida é muito alto para as famílias. As famílias estão muito sozinhas na garantia das possibilidades de chegar a novas etapas da vida e de enfrentar os riscos e os custos dessas novas etapas da vida”, finalizou Ana Karina.

Ramon Menezes diz esperar Brasil vitorioso diante da Guiné


Problemas estruturais distanciam alunos do Enem, dizem especialistas

Um dia antes do primeiro dos amistosos da seleção brasileira na Data Fifa de junho, contra a Guiné, o técnico interino da equipe, Ramon Menezes, concedeu uma entrevista coletiva, nesta sexta-feira (16), em Barcelona (Espanha), na qual expressou seu desejo de que o Brasil volte a triunfar e a apresentar um bom futebol.

“Que o Brasil volte a vencer, volte a jogar bem e a ter o controle das ações, como já faz parte da tradição da seleção, que também é forte na parte defensiva”, declarou o treinador. Sob seu comando a equipe canarinho disputou o único jogo após a desclassificação da Copa do Mundo de 2022, disputada no Catar. Foi um amistoso contra o Marrocos disputado em Tânger que terminou com vitória dos donos da casa por 2 a 1.

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Agora, após cinco dias de treinos em solo espanhol, Ramon Menezes disse que espera contribuir com a seleção, que ainda aguarda a definição do nome do seu novo comandante, em um jogo que ele entende não ser fácil: “[Guiné] é uma equipe muito forte fisicamente, com uma transição ofensiva muito boa”.

Na coletiva o treinador também falou do interesse da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) de trazer o técnico italiano Carlo Ancelotti para o comando da seleção brasileira: “É um grandíssimo treinador. Mas, da minha parte, já falei um pouco. Vamos esperar o que vai acontecer. Estou concentrado nestes dois jogos”.

O Brasil enfrenta a seleção de Guiné a partir das 16h30 (horário de Brasília) de sábado (17), no estádio Cornellà-El Prat, que pertence ao Espanyol, em Barcelona. Depois a equipe segue para Portugal, onde enfrenta Senegal, em Lisboa, na próxima terça-feira (20), no estádio José Alvalade.

Surfe: Filipe Toledo vence etapa de El Salvador do Circuito Mundial


Problemas estruturais distanciam alunos do Enem, dizem especialistas

O brasileiro Filipe Toledo conquistou nesta sexta-feira (16) o título da etapa de El Salvador do Circuito Mundial de Surfe, na praia de Punta Roca, após superar o atual líder do ranking mundial, o norte-americano Griffin Colapinto, por 17,33 a 12,10 pontos.

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A vitória teve um sabor especial para o atual campeão mundial, pois ele superou na decisão justamente o seu algoz na decisão da etapa de El Salvador no ano passado. “Temos nos encontrado em todas as finais [eles também decidiram a etapa de Sunset Beach, no Havaí, em 2023]. Tem sido divertido” declarou Filipinho, que dedicou o título à sua mãe, que faz aniversário nesta sexta: “Isso é para você, mãe. Esse é o seu presente. Amo você”.

Com a vitória em Punta Roca, Filipe Toledo assumiu a vice-liderança do rankig mundial. Esta foi a segunda etapa vencida pelo brasileiro em 2023, após o título em Sunset Beach. Agora Filipinho vai se preparar para brigar pelo título da etapa de Saquarema, no Rio de Janeiro, cuja janela de disputas é entre os dias 23 de junho e 1º de julho: “Estamos indo para o Brasil agora, para um evento que vai ser incrível, vai ser maravilhoso. Então peço a torcida de vocês, para que possamos mostrar para o mundo todo, para a WSL, para os surfistas, o quão bom é o Brasil e quão grande vai ser evento”.

Entre as mulheres a conquista foi da norte-americana Caroline Marks. A jovem de 21 anos fez uma campanha brilhante em El Salvador, deixando pelo caminho duas campeãs mundiais, a havaiana Carissa Moore nas semifinais e a australiana Tyler Wright na decisão.

Inscrições para o Sisu do 2º semestre começam na próxima segunda-feira


Problemas estruturais distanciam alunos do Enem, dizem especialistas

As inscrições para o processo seletivo do Sistema de Seleção Unificada (Sisu) do segundo semestre começam na próxima segunda-feira (19). Os interessados podem se inscrever até o dia 22 de junho no Portal Único de Acesso ao Ensino Superior.

O resultado será divulgado no dia 27 deste mês. A classificação dos estudantes será realizada com base na nota obtida na edição de 2022 do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). As matrículas devem ser realizadas de 29 de junho a 4 de julho.

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O Sisu é o programa do Ministério da Educação que reúne as vagas ofertadas por instituições públicas de ensino superior de todo o Brasil, sendo a maioria delas de instituições federais – universidades e institutos.

As vagas são abertas semestralmente por meio de um sistema informatizado que executa a seleção dos estudantes com base na nota do Enem, segundo as escolhas dos candidatos inscritos. Para isso, o candidato não pode ter tirado zero na redação.  

O estudante escolhe até duas opções de curso dentre as ofertadas em cada processo seletivo do Sisu. É possível alterar as opções de curso durante todo o período de inscrições, sendo que a inscrição válida será a última registrada no sistema.  

Quem não for selecionado em nenhuma das duas opções de curso ainda pode disputar uma das vagas por meio da lista de espera. Para isso, é preciso manifestar interesse em participar da lista entre os dias 27 de julho e 4 de julho. A convocação dos candidatos em lista de espera será feita pelas próprias instituições a partir de 10 de julho.

As vagas oferecidas também são distribuídas conforme a Lei de Cotas (Lei nº 12.711/2012) que determina que as instituições federais de educação superior vinculadas ao MEC reservarão, em cada concurso seletivo para ingresso nos cursos de graduação, por curso e turno, no mínimo 50% de suas vagas para estudantes que tenham cursado integralmente o ensino médio em escolas públicas, sendo metade delas reservadas para aqueles oriundos de famílias com renda igual ou inferior a 1,5 salário mínimo per capita (renda por pessoa).

As instituições podem adotar as próprias políticas e ações, como vagas reservadas e aplicação de bônus sobre a nota do candidato que atenda ao perfil indicado pela instituição. De acordo com as especificações da instituição, o Sisu faz o cálculo automaticamente e gera uma nova nota.

Termina nesta sexta-feira prazo de inscrição para o Enem 2023


Problemas estruturais distanciam alunos do Enem, dizem especialistas

Termina nesta sexta-feira (16), às 23h59, o prazo de inscrição para o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2023. O certame será aplicado nos dias 5 e 12 de novembro. Interessados em participar podem fazer o cadastro na Página do Participante. A taxa de inscrição é R$ 85 e deve ser paga até 21 de junho.  

O edital com o cronograma e as regras para o Enem 2023 foi publicado no início do mês. Além de apresentar as datas e os horários do exame, o texto detalha os documentos necessários e as obrigações do participante, incluindo situações em que o candidato pode ser eliminado.   

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A publicação do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Anísio Teixeira (Inep) traz também critérios para correção das provas e procedimentos para pessoas que precisam de cuidados especiais durante o concurso.  

Os gabaritos das provas objetivas serão publicados no dia 24 de novembro no portal do Inep. Já os resultados individuais serão divulgados no dia 16 de janeiro de 2024 no mesmo site.

Liga das Nações: Brasil derrota bicampeã mundial Sérvia


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A seleção feminina mostrou força e derrotou a bicampeã mundial Sérvia por 3 sets a 2 (parciais 23/25, 25/22, 21/25, 25/12 e 15/11), na noite desta quarta-feira (14) no ginásio Nilson Nelson, em Brasília, em seu segundo compromisso na segunda semana de partidas da Liga das Nações.

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Com este resultado, a equipe comandada pelo técnico José Roberto Guimarães assumiu a terceira posição da classificação da competição com cinco pontos, um a menos do que a líder Polônia e o vice-líder Estados Unidos.

O destaque da partida foi a experiente meio-de-rede Thaísa. Em um confronto tão parelho, definido apenas no tie-break, a bicampeã olímpica foi a grande referência técnica da seleção brasileira dentro de quadra, sendo também a maior pontuadora da partida com 18 pontos marcados.

Agora, o Brasil volta a entrar em quadra apenas no próximo sábado (17), quando medirá forças com a Alemanha a partir das 14h (horário de Brasília).

Bahia e Grêmio abrem as quartas da Copa do Brasil no dia 4 de julho


Problemas estruturais distanciam alunos do Enem, dizem especialistas

O confronto entre Bahia e Grêmio abrirá as quartas de final da Copa do Brasil, a partir das 21h (horário de Brasília) do dia 4 de julho, uma terça-feira, na Arena Fonte Nova, em Salvador. A Confederação Brasileira de Futebol (CBF) informou, nesta quinta-feira (15), que os três outros jogos serão disputados um dia depois.

As disputas no dia 5 de julho serão abertas às 19h30, com o clássico entre São Paulo e Palmeiras no estádio do Morumbi. No mesmo dia, mas a partir das 21h30, América-MG recebe o Corinthians no Independência, enquanto o Flamengo mede forças com o Athletico-PR no Maracanã.

Já as partidas de volta serão realizadas a partir do dia 12 de julho, com Grêmio e Bahia, a partir das 19h em Porto Alegre, Corinthians e América-MG, na Neo Química Arena às 21h30, e Athletico-PR e Flamengo, na Arena da Baixada a partir das 21h30. No dia 13 Palmeiras e São Paulo disputam clássico a partir das 20h no Allianz Parque.

Vinicius Júnior agradece apoio na luta contra o racismo


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O atacante brasileiro Vinicius Júnior agradeceu todo o apoio que tem recebido na luta contra o racismo. O jogador, que defende o Real Madrid (Espanha), fez um pronunciamento à imprensa nesta quinta-feira (15) em Barcelona, local no qual a seleção brasileira se prepara para duas partidas amistosas que serão disputadas durante a Data Fifa.

“Venho aqui para agradecer por todos que estiveram comigo desde o episódio [de agressões racistas] que aconteceu no último jogo contra o Valencia [pelo Campeonato Espanhol], o presidente [Ednaldo Rodrigues], junto com a CBF, o Infantino [presidente da Fifa], que hoje esteve conosco sempre dando a maior força. Todos os clubes do Brasil, todas as pessoas do Brasil e de todo mundo que estão comigo e me dando força para seguir nessa batalha. É necessário ter alguém que possa seguir firme e cada vez mais diminuir [o racismo]. Quero seguir [em frente] por todos os jovens que sofrem e não têm a voz que tenho. Um dia dei uma entrevista falando que queria que todos os brasileiros torcessem por mim, e acho que estou cada vez mais perto disso”, declarou o atacante.

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“Vejo todos na internet me dando muito apoio, me acompanhando, me desejando sorte, não só no futebol, mas também fora dele. E pessoas de outros meios que antes não me acompanhavam e agora começaram a me acompanhar. Fico feliz com isso e cada vez mais seguirei firme por aqueles que não têm oportunidade de lutar. Eu tenho a cabeça muito tranquila, pois minha família me ajudou, o Flamengo também me ajudou quando era pequeno, de sofrer não só com o racismo, mas também por toda a pressão que colocaram em cima de mim quando comecei com 16 anos. Sempre trabalhei calado e hoje tenho a oportunidade de ter a força para lutar em um assunto muito importante. Quero agradecer a todos vocês e que possamos seguir juntos até o fim”, concluiu o jogador.

Antes de seu pronunciamento Vinicius Júnior foi anunciado pelo presidente da Fifa, Gianni Infantino, como líder de um comitê especial antirracismo. “Pedi a Vinícius que liderasse esse grupo de jogadores que apresentará punições mais rigorosas contra o racismo, que mais tarde serão implementadas por todas as autoridades do futebol em todo o mundo”, afirmou o dirigente em entrevista à agência de notícias Reuters durante visita à concentração da seleção brasileira em Barcelona, onde a equipe se prepara para enfrentar a Guiné em amistoso no próximo sábado (17) a partir das 16h (horário de Brasília).

Arremesso de peso: Beth Gomes bate recorde mundial pela 2ª vez no ano


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A multicampeã paralímpica brasileira Beth Gomes, de 58 anos, voltou a quebrar seu próprio recorde mundial no arremesso de peso da classe F53 (cadeirantes) ao obter a marca de 7,16 metros de distância. A façanha ocorreu nesta quinta-feira (15) na abertura do Campeonato Brasileiro Loterias Caixa de atletismo, no Centro de Treinamento Paralíimpico (CTP), em São Paulo. A competição é preparatória para o Mundial de Atletismo, de 8 a 17 de julho, em Paris (França). 

“Foi uma competição bem complicada, por causa do tempo chuvoso, o que faz o implemento escorregar da mão. Mas, graças a Deus, foi tudo bem, entrei muito preparada, aquecida e estou muito feliz”, afirmou a atleta santista, em depoimento ao Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB). 

Além do arremesso de peso, Beth Gomes também disputará as provas de lançamento de disco e de dardo no Mundial, no próximo mês.

 “Vou lá fazer o meu melhor, independente de medalha, para que eu possa deixar a minha marca”, projetou a atleta, diagnosticada com esclerose múltipla nos anos 1990.

Em março deste ano, Beth já havia batido, após 30 anos, o recorde mundial com arremesso de 6,15m, durante o Grand Prix de Marrakech (Marrocos). O resultado da brasileira, no entanto, segue à espera de homologação pelo Comitê Paralímpico Internacional (IPC, na sigla em inglês), que continua atribuindo o recorde mundial à neozelandesa Smith Cristeen: 5,88m obtidos na Alemanha, em 1994.

A temporada 2023 tem sido exitosa para a atleta santista, campeã paralímpica e mundial no lançamento de dardo. No início de maio, Beth Gomes já superara seu próprio recorde mundial ao lançar o dardo a 13,89 m durante o Circuito Paralímpico Loterias Caixa (segunda fase nacional).

Outros resultados

Também nesta quinta (15), outros dois atletas que representarão o Brasil no Mundial de Paris quebraram recordes das Américas no Campeonato Brasileiro Loterias Caixa. O paulista  Matheus de Lima, da classe T44 (atletas com limitações nas pernas) completou a prova dos 100m da classe T44 (limitações nas pernas), em 11s65, superando a marca anterior de 11,67, obtida por ele próprio no ano passado, no Grand Prix de Paris.

Quem também brilhou foi a amapaense Wanna Brito, no arremesso de peso da classe F32 (paralisados cerebrais), que cravou 7,35m, baixando o recorde continental conquistado por ela mesma em maio com a marca de 6,98m, no Circuito Loterias Caixa.  Todavia, o site do IPC, ainda cita como recorde continental mais recente o obtido pela argentina Marilu Romina Fernandez: 5,14m em setembro de 2022, em Paris.

Competição preparatória para o Mundial em julho

O Campeonato Brasileiro de Atletismo prossegue até sábado (17), com participação de jovens promessas da modalidade e medalhistas paralímpicos. Entre estes últimos estão Alessandro Silva, ouro e recordista no lançamento de disco na classe F11, Petrúcio Ferreira, ouro e recordista nos 100 m na classe T47; Claudiney Santos, ouro no lançamento de disco; e Raissa Machado, prata e recordista mundial no lançamento de dardo na classe F56, entre outros.

A competição serve de preparação para o Mundial de Atletismo de Paris, o maior evento esportivo paralímpicos após os Jogos de Tóquio em 2021. Isto porque o Mundial de Kobe (Japão) – inicialmente programado para 2021, mas adiado duas vezes devido à pandemia de covid-19 – foi reagendado para maio de 2024.

MEC inicia consulta pública virtual sobre reforma do ensino médio


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O Ministério da Educação (MEC) iniciou nesta quinta-feira (15) a consulta pública on line sobre a reestruturação do ensino médio. O objetivo é ouvir as contribuições do maior número possível de professores, estudantes e gestores das escolas para a melhoria desta etapa do ensino. A consulta vai até o dia 6 de julho.

Como participar

A consulta será feita pelo Pesquizap, um chatbot de WhatsApp que irá coletar e mensurar os resultados da pesquisa. 

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Os participantes poderão responder às questões da consulta por meio do celular (bit.ly/consultapublicaonlinemec), computador (bit.ly/consultapublicaonlinemec-web), um código QR ou um link disponibilizado pelas escolas. Basta entrar em contato no número (11) 97715-4092 para responder pelo celular. 

“Por intermédio dessa iniciativa, o MEC espera obter insights valiosos que contribuam para a construção de uma política educacional mais adequada às necessidades e expectativas da comunidade escolar”, diz nota do ministério.

A divulgação da consulta terá o apoio do Conselho Nacional de Secretários de Educação (Consed), por meio dos 27 secretários estaduais de educação, a partir da entrega de materiais de apoio para incentivar a participação ativa da engajamento das escolas.