Entries by institutoliderar

Libertadores: Fla pega Ñublense para tentar encaminhar classificação


Libertadores: Fla pega Ñublense para tentar encaminhar classificação

O Flamengo enfrenta o Ñublense (Chile), a partir das 21h30 (horário de Brasília) desta quarta-feira (24) no Estádio Municipal de Concepción, com a missão de somar pontos que lhe permitam encaminhar a classificação para as oitavas de final da Copa Libertadores. A Rádio Nacional transmite a partida ao vivo.

Para isto, o Rubro-Negro terá que voltar a vencer na competição continental. Após estrear com derrota de 2 a 1 para o Aucas (Equador) fora de casa, o rubro-negro bateu o Ñublense por 2 a 0 no Maracanã e ficou no 1 a 1 com o Racing (Argentina). Com isso, o Fla ocupa a vice-liderança do Grupo A da competição com 4 pontos. A liderança é do Racing, que na última terça-feira (23) superou o Aucas por 2 a 1 para chegar aos 10 pontos.

Notícias relacionadas:

Porém, mesmo tendo vencido os chilenos na partida disputada no Maracanã, o técnico argentino Jorge Sampaoli deixou claro, em entrevista coletiva, que não espera facilidade, ainda mais atuando fora de casa: “[O Ñublense é um] time que joga muito bem […]. É um time que tem qualidade de jogo e que maneja muito bem a bola”.

Um importante “reforço” para esta partida pode ser o uruguaio Arrascaeta, que desfalcou o Flamengo no último domingo (21) em partida do Campeonato Brasileiro contra o Corinthians. O meio-campista, que ficou fora de combate por causa de dores na coxa direita, participou do treino realizado na última terça (23) já em solo chileno.

E a presença de Arrascaeta, um exímio articulador de jogadas, pode ser de grande importância para o Rubro-Negro conseguir fazer algo que Sampaoli destacou em sua última entrevista: ter a capacidade de criar oportunidades de gol diante de defesas muito fechadas. “Quando os espaços são reduzidos, o time tem que ter a tranquilidade de criar esses espaços, para depois estar no momento de os jogadores de qualidade definirem a partida”, declarou o treinador.

Transmissão da Rádio Nacional

A Rádio Nacional transmite Ñublense e Flamengo com a narração de André Luiz Mendes, comentários de Waldir Luiz e reportagem de Bruno Mendes. Você acompanha o Show de Bola Nacional aqui:

Mostra traz a luta da mulher no futebol e a história da Copa feminina


Libertadores: Fla pega Ñublense para tentar encaminhar classificação

A contagem regressiva para a estreia da seleção feminina de futebol na Copa do Mundo deste ano, na Austrália e na Nova Zelândia, chega a dois meses nesta quarta-feira (24). O maior evento da modalidade serve como inspiração para a exposição “Rainhas de Copas”, que é realizada no Museu do Futebol, em São Paulo, desde 28 de abril.

Mais do que contar a história das Copas femininas e da participação brasileira, a exposição apresenta a luta das mulheres por espaço no esporte mais popular do planeta. Ela parte de 1988, quando foi realizado um torneio experimental com 12 seleções na China, embrião do primeiro Mundial da Federação Internacional da modalidade (Fifa), quatro anos depois, no mesmo país.

Notícias relacionadas:

Apesar de o evento-teste não ter sido televisionado, a mostra traz imagens raras de lances e gols do Brasil, além do acervo das próprias atletas e recortes do Jornal dos Sports, que teve a repórter Cláudia da Silva como única jornalista do país a cobrir a competição. No espaço destinado a 1988 há, inclusive, uma foto da sueca Pia Sundhage, então jogadora e, hoje, técnica da seleção brasileira.

“Quando a gente pesquisa sobre 1988, descobre a Cláudia e passa a fazer contato com aquelas jogadoras, pioneiras, criamos vínculos com elas. É dessa forma que resgatamos as histórias, procurando em acervos da hemeroteca para confirmar dados, trazendo fotos das próprias atletas, porque não existe cuidado nenhum com a memória do futebol de mulheres no nosso país”, destacou Juliana Cabral, ex-zagueira da seleção feminina do Brasil e uma das curadoras da exposição, ao lado de Aira Bonfim, Lu Castro e Silvana Goellner.

“Muito do que as pessoas vão percorrer [na mostra] é o que estava nas mãos daquelas rainhas que vivenciaram aquilo. É também uma homenagem a todas as mulheres que estiveram em campo por algum momento, mas, infelizmente, pela falta de estrutura e preconceito, não conseguiram se tornar rainhas”, completou a ex-atleta, que representou o Brasil nas Copas do Mundo de 1991 e 1995 e que conquistou a medalha de prata na Olimpíada de Atenas (Grécia), em 2004.

A exposição transita pelas Copas de 1991 a 2019, com a ficha técnica das partidas da seleção e registros marcantes, como a reconstituição do primeiro gol verde e amarelo em Mundiais (que não tem imagens) – de Elane sobre o Japão na edição inaugural do evento – ou o vídeo com o golaço de Marta contra os Estados Unidos na semifinal de 2007. Apresenta também diversas reivindicações de atletas durante a competição, a exemplo da foto das brasileiras segurando um cartaz com a mensagem “Brasil, precisamos de apoio”, justamente após o vice-campeonato de 16 anos atrás, melhor campanha do país.

“Tem muita gente falando sobre o futebol de mulheres no país que não conhece a história, que não sabe que a mulher foi proibida de jogar no país [devido a um decreto de 1941, que perdurou até 1979], que não sabe que as categorias de base [femininas] surgiram faz pouco tempo, depois da obrigatoriedade da Conmebol [Confederação Sul-Americana de Futebol], em 2019 [exigindo que os clubes participantes dos torneios continentais tivessem equipes femininas profissionais e de formação]”, disse Juliana.

“Então, conhecer a história, as protagonistas, é extremamente importante para que as pessoas entendam o contexto atual. Quem vier à exposição conseguirá ver que nada nunca foi cedido à mulher. Ela sempre lutou muito para ocupar esse espaço, com muita bravura e qualidade”, completou a curadora e ex-atleta.

Na última sala da exposição, o visitante confere um painel interativo no qual pode conhecer a trajetória das jogadoras que já representaram o Brasil nas Copas do Mundo. Entre elas estão Marta, Cristiane, Formiga, Pretinha, Kátia Cilene, Sissi e a própria Juliana, que se tornaram as referências que elas próprias não tiveram na carreira. Há, ainda, uma réplica do troféu do Mundial, que a seleção brasileira tentará conquistar pela primeira vez.

“Acho que temos bons nomes [na atual seleção], uma base que, talvez, não brilhe nesta Copa, mas é um futuro muito promissor. Quem já está atuando e nunca disputou uma Copa, tenho certeza de que, por tudo que vem fazendo pela seleção, fará um grande Mundial. E a gente quer isso: colocar cada vez mais nomes das rainhas que puderam pisar em campo, defender a seleção, e que a luta continue para a mulher estar sempre dentro de campo”, concluiu Juliana.

O ingresso para visitar a exposição “Rainha de Copas” custa R$ 20,00 (meia R$ 10,00), sendo que crianças até sete anos não pagam. O Museu do Futebol fica na Praça Charles Miller, no Estádio Paulo Machado de Carvalho (Pacaembu). A mostra vai até 27 de agosto e funciona de terça-feira a domingo, das 9h às 18h (horário de Brasília), com entrada até 17h.

Libertadores: Paulinho decide e Atlético-MG vence para continuar vivo


Libertadores: Fla pega Ñublense para tentar encaminhar classificação

Contando com o faro de gol do atacante Paulinho, o Atlético-MG derrotou o Athletico-PR por 2 a 1, na noite desta terça-feira (23) no estádio do Mineirão, e se manteve firme na luta para garantir a classificação para as oitavas de final da Copa Libertadores.

Notícias relacionadas:

Após este resultado o Galo assumiu a vice-liderança do Grupo G com 6 pontos, um a menos do que o Furacão, que ocupa a ponta da classificação. O terceiro colocado é o Alianza Lima (Peru), que, com 4 pontos, ainda joga nesta terça com o lanterna Libertad (Paraguai), que soma 3.

Sabendo que um resultado que não fosse a vitória poderia praticamente decretar o fim da sua trajetória na Libertadores, o Atlético-MG iniciou a partida com grande ímpeto ofensivo. E suas principais jogadas saíram dos pés de Paulinho, Hulk e Pavón. Porém, o Galo parou em Bento, que teve uma boa atuação e conseguiu levar o placar inalterado até o intervalo.

A etapa final começou na mesma toada, com o time mineiro com mais presença no ataque, enquanto o Furacão se arriscava pouco. Mas, mesmo com esta dinâmica, foi o Athletico que conseguiu abrir o placar. Logo aos 5 minutos Christian chutou, Everson defendeu parcialmente e Alex Santana escorou para o fundo do gol.

Em desvantagem o time comandado pelo argentino Eduardo Coudet continuou forçando as jogadas de ataque. E o Galo foi premiado aos 22 minutos. Igor Gomes lançou para Hulk na área. O camisa 7, que estava de costas, escorou para Paulinho, que passou e bateu colocado para deixar tudo igual.

E o camisa 10 do Atlético-MG voltou a entrar em ação aos 41 minutos. Igor Gomes levantou a bola na área e Paulinho, de cabeça, marcou para se isolar na artilharia da Libertadores com 7 gols e para garantir os 3 pontos para o Galo.

Federação Espanhola anula cartão vermelho dado a Vinicius Júnior


Libertadores: Fla pega Ñublense para tentar encaminhar classificação

O Comitê de Competição da Federação de Futebol da Espanha decidiu tornar sem efeito o cartão vermelho dado ao brasileiro Vinicius Júnior na derrota do Real Madrid para o Valencia por 1 a 0, no Estádio Mestalla no último domingo (21), pelo Campeonato Espanhol. Desta forma o atacante pode enfrentar o Rayo Vallecano na próxima quarta-feira (24).

Além disso, a entidade informou, através de um comunicado, que fechou por cinco jogos o setor do estádio Mestalla no qual estavam os torcedores que proferiram insultos racistas contra o jogador da seleção brasileira, a arquibancada Mario Kempes, e multou o Valencia em 45 mil euros.

Agressões racistas no Mestalla

Notícias relacionadas:

Vinicius Júnior foi vítima de mais uma ação racista em um estádio espanhol na tarde do último domingo. Durante a derrota do Real Madrid para o Valencia por 1 a 0, no Estádio Mestalla, casa dos adversários, Vini escutou insultos racistas e gritos de “macaco” vindos das arquibancadas. O jogo foi paralisado por cerca de oito minutos e, posteriormente, o jogador foi expulso ao se envolver em confusão.

O lance que deu origem ao episódio aconteceu aos 29 da segunda etapa. Jogando em ambiente hostil, Vinicius Júnior tentou jogada pela esquerda quando uma segunda bola, que havia sido arremessada no gramado instantes antes, foi chutada por Eray Cömert, atleta do Valencia, de maneira proposital para interromper o lance. Naquele momento Vini se dirigiu para parte da torcida valencianista que estava localizada atrás do gol do time local e apontou para torcedores que o insultavam chamando-o de macaco.

O árbitro De Burgos Bengoetxea paralisou a partida e o sistema de som avisou que o confronto só seria retomado se as ofensas parassem. Vini sinalizou que estava bem para retornar, e o jogo prosseguiu após cerca de oito minutos de pausa, com a polícia comparecendo ao local das ofensas.

Nos acréscimos da partida, Vini se envolveu em uma confusão com o goleiro Giorgi Mamardashvili e, após ser contido pelo adversário Hugo Duro com uma gravata, acertou o rosto do atleta do Valencia ao tentar se desvencilhar. No fim, apenas o brasileiro foi punido, sendo expulso.

Técnico do Real quer ações enérgicas contra racismo em estádios


Libertadores: Fla pega Ñublense para tentar encaminhar classificação

Os reiterados ataques racistas sofridos pelo atacante brasileiro Vinícius Júnior no Campeonato Espanhol foram o tema principal da entrevista coletiva do técnico do Real Madrid Carlo Ancelotti, nesta terça-feira (23), véspera do duelo do Real Madrid contra o Rayo Vallecano. O treinador italiano foi enfático ao criticar os atuais protocolos adotados por autoridades para lidar com os insultos racistas em eventos esportivos e pediu ações mais enérgicas nos estádios.

“Acho que está obsoleto [o protocolo]. Porque tinha que ser aplicado na hora em que se chega de ônibus. É ali que começam os xingamentos e caem os argumentos de que Vinicius é provocador. Não são casos isolados, como já dissemos há muito tempo. Não são 46 mil, mas também não são um ou dois. Duas horas antes já estavam insultando” afirmou o técnico, referindo-se às ofensas a Vini Jr., antes do início da partida contra o Valência, no último domingo (21).

“A Espanha para mim não é um país racista, mas há racismo sobretudo nos estádios de futebol., onde tudo é permitido. Isto tem que parar”, defendeu. “Quero ações! E nada foi feito ainda. Há países onde não te insultam, como a Inglaterra, por exemplo, onde resolveram isso há muito tempo: quando expulsaram a Inglaterra das competições europeias por cinco anos”, comparou.

 Vini Jr. não treinou hoje com a equipe, devido a um incômodo no joelho. Segundo Ancelotti, ele está “muito triste”, mas também sabe que tem “apoio de todo o mundo, não só do Real Madrid”.

“Ele tem apoio dos companheiros e dos adversários, é um apoio incondicional, por isso está tranquilo. “Ele é vítima do que está acontecendo. Às vezes eu vejo as pessoas colocando a culpa nele, dizendo que ele provoca… Não! Ele é a vítima”, reiterou.

Só nesta temporada, o Real Madrid formalizou dez queixas sobre racismo contra o brasileiro – incluindo a de domingo (21) – à LaLiga, entidade privada que organiza o campeonato espanhol. Na segunda (23), o clube merengue acionou o Ministério Público da Espanha para que inicie investigações sobre crimes de ódio e discriminação contra Vini Jr. Apesar de tudo que atleta vem enfrentando, Ancelotti está confiante na permanência do brasileiro no elenco do Real.

“Eu não acho [que ele deixará a Espanha], porque ele ama o futebol e ama o Real Madrid. Seu amor pelo clube é muito grande e ele quer fazer sua carreira aqui”, concluiu.

Brasil e Espanha querem providências imediatas contra o racismo


Libertadores: Fla pega Ñublense para tentar encaminhar classificação

Os ministérios da Igualdade Racial do Brasil e da Igualdade da Espanha assinaram, nesta terça-feira (23), nota conjunta sobre os repetidos casos de racismo contra o atleta brasileiro Vinícius Júnior, que joga como ponta esquerda no clube espanhol Real Madrid. No documento, os dois ministérios declaram solidariedade incondicional ao atleta brasileiro, vítima de cânticos racistas no último fim de semana, antes e durante a partida entre o Real Madrid e o Valencia, no Estádio Mestalla.

A nota ressalta ainda a mais contundente e absoluta condenação ao racismo no esporte e à violência que ele gera e que constitui grave violação dos direitos humanos e “perpetua a desigualdade e a discriminação em todos os âmbitos da sociedade”.

Notícias relacionadas:

No texto, as autoridades exigem providências imediatas e contundentes. “É obrigação de todas as instituições competentes responderem com a maior diligência para agir contra este e todos os casos que ocorrem no campo desportivo e que não podem ficar impunes, garantindo o acompanhamento, proteção e reparação das vítimas desses crimes.”

Em entrevista à imprensa, em Brasília, a ministra da Igualdade Racial do Brasil, Anielle Franco, confirmou que o Ministério Público da Espanha já foi notificado sobre o comunicado conjunto para investigar o caso. “[Eles] foram notificados, e a gente vai acompanhando e dando seguimento a tudo que a gente falou ontem. Agora, é questão de honra! Para que, além de combater, essas pessoas racistas sejam identificadas e punidas devidamente.”

Anielle destacou o fato de sete pessoas já terem sido presas naquele país por envolvimento em um caso de janeiro de 2023, quando um boneco suspenso e enforcado foi associado ao atacante brasileiro e também a detenção dos suspeitos de proferir insultos racistas contra o jogador, durante partida esportiva do último domingo.

Acordo bilateral 

Em 9 de maio, os ministérios da Igualdade Racial do Brasil e da Igualdade da Espanha assinaram, em Madri, um memorando de entendimento de combate ao racismo, à xenofobia e a formas correlatas de discriminação. Um dos destaques do acordo é exatamente a previsão de que os países “dediquem atenção especial à luta contra o racismo nas atividades esportivas”.

Comunidade escolar diz que covid-19 causou perda de aprendizado em SP


Libertadores: Fla pega Ñublense para tentar encaminhar classificação

Pesquisa realizada pelo Instituto Locomotiva e pelo Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo (Apeoesp) revela que a maioria da comunidade escolar – estudantes, professores e pais de alunos – concorda que o ensino a distância durante a pandemia de coronavírus causou grandes perdas de aprendizado. Entre os estudantes, professores e familiares, o percentual chegou a 95%, 94% e 96%, respectivamente.

Segundo a pesquisa inédita Ouvindo a comunidade escolar: desafios e demandas da educação pública de São Paulo – divulgada nesta terça-feira (23), na capital paulista – para 94% dos estudantes, o retorno às aulas presenciais ocorreu com mais dificuldade de concentração e menor participação nas aulas.

Notícias relacionadas:

Professores (92%) e familiares (95%) têm a mesma avaliação sobre os estudantes. Quando questionados se a escola teve um aumento de sua importância no pós-pandemia, 62% responderam que sim, seguidos por 76% dos professores e 70% dos pais de alunos.

Quanto à importância do papel dos professores, 62% dos alunos, 73% dos professores e 73% dos familiares consideram que houve aumento da percepção sobre a relevância desse profissional.

Notas máximas

Em todos os perfis da comunidade escolar, a menor parte dos entrevistados avalia com notas máximas a qualidade da educação nas escolas públicas do estado de São Paulo. Para 14% dos estudantes, a nota dada foi 6,2, enquanto 16% dos pais dos alunos deram 6 e 19% dos professores, 6,9.

Na pesquisa, os itens com pior avaliação para os estudantes foram o grau de interesse dos alunos (46%), a segurança nas escolas (38%) e o número de alunos por sala (29%). Entre os professores, o número de alunos por sala foi apontado por 20% dos entrevistados como item pior avaliado, seguido do grau de interesse dos alunos (16%) e integração entre as disciplinas (10%). Já para os pais, apareceram o grau de interesse dos alunos (41%), a segurança na escola (39%) e o número de alunos por sala (29%).

Para todos os grupos (99% dos estudantes, 95% dos professores e 98% das famílias), o governo estadual deveria investir mais em educação. Para o mesmo percentual, uma escola bem cuidada e bem equipada é fundamental para uma educação de qualidade e que professores valorizados e motivados são fundamentais para a qualidade da educação.

A percepção de que os professores do estado de São Paulo não são valorizados é de 75% entre os familiares, 73% dos estudantes e 89% dos professores. Quanto aos professores ganharem menos do que deveriam, 76% dos familiares consideram ser verdade, seguidos por 74% dos familiares e 92% dos professores.

Percepção diária

Segundo a presidente da Apeoesp, Maria Izabel Azevedo Noronha, conhecida como professora Bebel, os dados confirmaram a percepção diária do que os professores já enfrentavam e levavam para as mesas de conversa com o governo. Ela destacou que foi preciso passar por uma pandemia para que a sociedade desse importância ao papel dos profissionais da educação e da escola como estrutura.

“A pesquisa retrata o dia a dia dos professores, com sofrimento, adoecimento e problemas de saúde mental. Quando pensamos em valorização não pensamos só no dinheiro, que é importante e impacta negativamente na falta de profissionais, mas falta toda a interface que garante um ensino de qualidade”, afirmou Bebel.

Flamengo e Palmeiras lideram lista de clubes com maior receita em 2022


Libertadores: Fla pega Ñublense para tentar encaminhar classificação

Flamengo (R$ 1.177 bilhão), Palmeiras (R$ 867 milhões), Corinthians (R$ 777 milhões), São Paulo (R$ 661 milhões) e Internacional (R$ 467 milhões) são os cinco clubes de maior receita na temporada 2022 do futebol brasileiro e centralizam 49% do total arrecado pelos 30 clubes das séries A e B do Brasileirão. Este é um dos principais dados apontados na análise feita pela consultoria EY, que teve por objetivo apresentar o cenário econômico e o desempenho financeiro dos clubes brasileiros no ano passado. 

Esses valores se refletem no investimento feito pelos clubes em reforços. O Flamengo lidera com R$ 231 milhões em reforços, com Atlético-MG (R$ 148 milhões) e Palmeiras (R$ 130 milhões) fechando o Top-3. O clube mineiro, nessa lista, chama a atenção, porque, como veremos a seguir, apesar do alto faturamento, ele gastou mais do que arrecadou em 2022. 

Notícias relacionadas:

O levantamento das finanças dos clubes se baseou nas demonstrações financeiras em sites oficiais e inclui as principais fontes de receitas, custos e despesas e endividamento. Chapecoense, CRB, CSA, Ituano, Juventude, Londrina, Náutico, Novorizontino, Sampaio Correia e Tombense não haviam publicado suas demonstrações financeiras até o início do estudo e, por isso, não foram abordados. 

“Não podemos esquecer do Atlético-MG entre esses times que se destacam no topo”, ressalta Pedro Daniel, Diretor Executivo de Esporte e Entretenimento da EY Brasil. “O clube mineiro está entre os primeiros em receitas de TV e premiação e, também, as comerciais, e só é superado pelo Internacional no geral porque o clube gaúcho teve ótimo desempenho nas receitas relativas à venda de jogadores”, comenta. “Temos uma boa perspectiva de criação de uma Liga, mas se faz necessária a implantação do Fair Play Financeiro no Brasil, para que essa indústria do futebol seja regulamentada. Essas duas medidas iriam acelerar a profissionalização do futebol brasileiro”, completa. 

A receita total, incluindo direitos de transmissão, transferências de jogadores, publicidade, matchday (ganhos com ingressos, alimentos e bebidas e produtos licenciados da agremiação, entre outros), clube social e esportes amadores, além das “outras receitas” dos clubes brasileiros em 2022 atingiu R$ 8,1 bilhões, 9% maior que o contabilizado em 2021. Já o endividamento líquido chegou a R$ 11,3 bilhões. A volta do público aos estádios, normalizada no ano passado, fez com que a receita de matchday retornasse aos patamares anteriores. A Série A teve a terceira maior média de público presente da história da competição, com cerca de 21.646 torcedores nos estádios brasileiros – foram mais de 13,5 milhões de torcedores. Já a renda dos clubes nas três competições nacionais (Brasileirão Série A, Série B e a Copa do Brasil) ficou próxima de meio bilhão de reais. 

Como acontece desde 2019, o Flamengo está no topo do ranking de Receitas Totais, e em 2022 o clube bateu o recorde de receitas apresentadas por um clube no Brasil. Em direitos de transmissão e em premiações, o clube arrecadou R$ 496 milhões, valor alavancado pelas conquistas da Copa do Brasil e da Libertadores. Aliás, o relatório destaca que, nos últimos cinco anos, Flamengo e Palmeiras concentram 10 dos 15 principais títulos disputados no futebol brasileiro – Série A, Libertadores e Copa do Brasil. No mesmo período, apenas 11 equipes estiveram entre as cinco primeiras da Série A, e novamente Flamengo e Palmeiras, ao lado do Atlético-MG, foram os únicos a levantarem o troféu. 

O São Paulo foi o clube que registrou o maior valor de receitas com transferências de jogadores – R$ 229 milhões. É por conta desse item que, no somatório geral de receitas, o Internacional supera o Atlético-MG – R$ 173 milhões x R$ 88 milhões. Esse valor elevado foi obtido na negociação de 33 jogadores, destaque para a venda de Yuri Alberto para o Zenit, da Rússia, por 25 milhões de euros. 

Quando trata de despesas, o relatório aponta que a com pessoal representou, em média, 49% das totais dos clubes brasileiros. O Fluminense foi o da Série A que apresentou a maior proporção, com 72%. Quando comparamos o total de despesas com pessoal com a receita total de cada clube, o Tricolor carioca surge no Top-10, em nono lugar, mas é o Atlético-MG, em quarto, que apresenta o maior comprometimento entre os clubes da primeira divisão, com 68%.  

Nas demais rubricas de endividamento, houve aumento em todas elas: 8% nas Dívidas Tributárias, 19% em Empréstimos e 9% em Endividamento Líquido. O Atlético-MG lidera nesse último quesito, com dívida de R$ 1,571 bilhão, o que representa 15% do valor total dos clubes. Cruzeiro e Botafogo foram os outros dois que apresentaram endividamento líquido superior a R$ 1 bilhão. Os três, e mais Corinthians e Vasco, representam 48% do total de endividamento líquido de todos os clubes, em 2022. 

Quando se compara esse endividamento com a receita total, metade dos clubes analisados apresenta índice abaixo de um. Ou seja, esses clubes precisariam de menos de um ano de faturamento para quitarem suas dívidas. Na ponta dessa tabela surge o Guarani, com índice de 8,49, o que representa que as dívidas superam em mais de 8 vezes o faturamento anual. O Botafogo (6,38) e o Cruzeiro (6,25) são os únicos a apresentarem índice acima de 6. No fim da tabela, Cuiabá (0,02), Fortaleza (0,12), Ceará (0,15) e Flamengo (0,22) são os times da Série A com melhores índices. 

Para Pedro Daniel, a transformação dos clubes brasileiros em SAFs é uma alternativa positiva. “Estamos indo para um segundo ciclo de SAFs, diferente da primeira que incluiu times com necessidade de conversão, como Cruzeiro, Botafogo e Vasco”, analisa. “Eram clubes insolventes financeiramente, mais abertos a esse tipo de equity (participação societária), mas agora o modelo será diferente. Houve esse aprendizado e os clubes, atualmente, estão se estruturando para essa transição. Alguns, inclusive, sem a necessidade de vender mais que 50% de suas ações. Outros estão incluindo em seus planejamentos, como o Atlético-MG. Cada um terá sua realidade, não existe uma regra, mas o movimento dos clubes é mais maduro para fazerem esta conversão”, completa o diretor executivo da EY Brasil. 

* Sergio du Bocage é apresentador do No Mundo da Bola, da TV Brasil 

Congresso sobre educação alimentar nas escolas começa hoje em Brasília


Libertadores: Fla pega Ñublense para tentar encaminhar classificação

Profissionais de nutrição e de educação estão em Brasília para conhecer iniciativas nacionais e internacionais bem-sucedidas, sobre educação alimentar e nutricional. O 2º Congresso Internacional de Alimentação Escolar começa na tarde desta terça-feira (23) e reunirá, até 25 de maio, no auditório do Instituto Serzedello Corrêa (ISC), do Tribunal de Contas da União, mais de 350 participantes do Brasil e de outros 13 países da América Latina.

Segundo os organizadores, serão apresentadas as 20 melhores experiências brasileiras identificadas pela 4ª Jornada de Educação Alimentar e Nutricional, promovida pelo Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação do Ministério da Educação (FNDE).

Notícias relacionadas:

As discussões envolvem os programas voltados à alimentação nas escolas e em seu entorno. Entre as iniciativas internacionais bem-sucedidas, estão programas de alimentação escolar que foram implementados em El Salvador e na República Dominicana.

Durante o encontro, será reinstalado o Grupo Consultivo e Comitê Gestor, compostos por entidades de governo e da sociedade civil, para o apoio na implementação do Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE).

“A retomada respalda e desenvolve importantes ações relacionadas ao fomento das compras públicas da agricultura familiar no âmbito do programa”, informou o Ministério da Educação em nota. A ideia é desenvolver ações interministeriais específicas para qualificar e ampliar o percentual de aquisição de gêneros alimentícios diretamente da agricultura familiar.