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Inscrições para o Encceja 2023 já estão abertas

Estão abertas, a partir desta segunda-feira (22), as inscrições para o Exame Nacional para Certificação de Competências de Jovens e Adultos (Encceja) 2023. Os interessados poderão se inscrever pelo Sistema Encceja até o dia 2 de junho.

O prazo também vale para as solicitações de atendimento especializado e de tratamento por nome social.

O Encceja é destinado a jovens e adultos que não concluíram seus estudos na idade adequada para cada etapa de ensino, desde que tenham, no mínimo, 15 anos completos para o ensino fundamental e 18 anos completos no caso do ensino médio, na data de realização do exame.

A aplicação das provas para os ensinos fundamental e médio está prevista para 27 de agosto, em todos os estados e no Distrito Federal.

A participação é voluntária e gratuita, exceto para aqueles que se inscreveram na edição anterior e não compareceram, não justificaram a ausência ou tiveram a justificativa reprovada. Nesse caso, caso queira fazer o exame de 2023, o estudante deverá ressarcir ao Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) o valor de R$ 40. O pagamento deve ser feito por meio de boleto, que será gerado no sistema de inscrição e poderá ser pago em qualquer banco ou casa lotérica até 9 de junho.

Após realizar a inscrição, para acessar a página do participante, o inscrito deve utilizar o login único de acesso à plataforma Gov.br. Ele é necessário, por exemplo, para consultar o local de prova e outras informações do cartão de confirmação de inscrição, como os horários da aplicação.

O Encceja é constituído por quatro provas objetivas, por nível de ensino, cada uma contendo 30 questões de múltipla escolha e uma proposta de redação.

O Inep, ligado ao Ministério da Educação (MEC), é o responsável pela realização do exame, que é aplicado desde 2002, em colaboração com as secretarias estaduais e municipais de Educação. A emissão do certificado e da declaração de proficiência é responsabilidade das secretarias de Educação e dos institutos federais de Educação, Ciência e Tecnologia que firmam Termo de Adesão ao Encceja.

Atendimento especializado

Neste ano, o exame contará com algumas novidades para quem precisa de atendimento especializado. A primeira delas é a possibilidade de optar por um cartão-resposta com fonte ampliada. A opção, voltada a pessoas com deficiência visual, pode ser feita no sistema de inscrição.

Pessoas com transtorno do espectro autista também terão uma correção diferenciada da prova de redação.

Outra novidade é que os laudos aprovados em 2022 para o mesmo tipo de atendimento especial solicitado em 2023 não precisam ser reenviados para nova análise. Por fim, participantes travestis, transexuais ou transgêneros com nome social cadastrado na Receita Federal não precisarão enviar documentação comprobatória.

Passeio do Grêmio diante do Inter pode custar cargo de Mano Menezes


Passeio do Grêmio diante do Inter pode custar cargo de Mano Menezes

A rodada de domingo do Campeonato Brasileiro reservou apenas dois jogos, porém com alta dose de rivalidade. Em Porto Alegre, o Gre-Nal de número 439 da história terminou com uma vitória tranquila do Grêmio por 3 a 1, em casa. O resultado, que representou o quinto revés consecutivo do Internacional – o quarto pelo Brasileirão – na temporada, fez o técnico Mano Menezes balançar no cargo. Já no Maracanã o Flamengo marcou nos minutos finais e bateu o Corinthians por 1 a 0, aumentando o calvário do técnico Vanderlei Luxemburgo, que em seis jogos no comando do Timão ainda não venceu (quatro derrotas e dois empates).

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Na Arena do Grêmio, um dos clássicos de maior rivalidade no país foi de domínio dos donos da casa. Logo aos seis minutos, após roubada na saída de bola do Internacional, Luis Suárez ajeitou para o meio e chutou forte de fora da área, marcando um golaço.

Aos 30, em novo erro no início da jogada colorada, Mathias Villasanti invadiu a área e tocou na saída de Keiller para ampliar.

No segundo tempo, o zagueiro Kannemann cometeu falta, recebeu o segundo cartão amarelo e foi expulso. No entanto, o Grêmio não diminuiu o ritmo e ampliou aos 19, quando Suárez encontrou Bitello pela esquerda. Ele limpou a marcação e chutou no ângulo, marcando outro belo gol.

O Internacional ainda diminuiu o prejuízo com um gol de Johnny. O Grêmio agora soma 11 pontos, em décimo, enquanto o Colorado tem sete, em 15º, podendo ser ultrapassado pelo Cuiabá no desfecho da rodada.

A má fase do time chegou a seis jogos, sendo cinco derrotas consecutivas. Até Johnny marcar no fim, a equipe estava completando cinco partidas inteiras sem gols. Os resultados colocam em risco a permanência de Mano Menezes no time. Uma vitória na quinta (25), diante do Metropolitanos, da Venezuela, pela Libertadores, é de vital importância para o time e para o treinador.

Flamengo marca no fim contra o Timão

No Maracanã, mais de 64 mil pessoas assistiram ao duelo entre Flamengo e Corinthians, justificando o status dos dois clubes como os donos das maiores torcidas do país. Foi o maior público registrado no Campeonato Brasileiro de 2023 até agora.

Em campo, Flamengo e Corinthians fizeram um jogo equilibrado, em que o Timão, mesmo atuando fora de casa, levou perigo considerável ao gol de Santos. O Flamengo, que teve os desfalques de Everton Ribeiro e Arrascaeta de última hora, teve dificuldades para impor o habitual estilo ofensivo de jogo.

O herói da tarde foi Léo Pereira. No final da partida, após sentir lesão na coxa, ele teve que permanecer em campo porque o técnico Jorge Sampaoli não podia mais fazer substituições. O esforço do jogador foi premiado com um gol aos 48 minutos. Cebolinha cruzou pela esquerda e Léo Pereira subiu sozinho para cabecear no canto esquerdo de Cássio.

Foi a terceira vitória consecutiva do Rubro-Negro no campeonato, no qual agora soma 12 pontos, momentaneamente em sexto. O Corinthians, que não vence desde a rodada de estreia, está na zona de rebaixamento, com apenas cinco pontos, em 17º. Vanderlei Luxemburgo, que assumiu a equipe depois da saída de Fernando Lázaro, ainda não sabe o que é vencer pelo Timão em 2023.

Cruzeiro e Cuiabá encerram a rodada

Nesta segunda (22), a partir das 20h, Cruzeiro e Cuiabá entram em campo para encerrar a sétima rodada do Campeonato Brasileiro. O confronto, que originalmente estava marcado para o Estádio Independência, em Belo Horizonte, teve que mudar de local porque o América vetou o jogo, alegando que o gramado do estádio vem em uma sequência grande de partidas. Com isso, o duelo será realizado na Arena do Jacaré, em Sete Lagoas.

Os dois times buscam grandes saltos em diferentes partes da tabela. O Cruzeiro, atualmente  em quinto, com 12 pontos, subirá para a vice-liderança em caso de vitória (ficaria à frente do Palmeiras, que tem 15 pontos, por ter mais vitórias). Já o Cuiabá, que iniciou o dia na zona de rebaixamento, com quatro pontos, em 18º, pode pular até cinco posições se vencer esta noite.

Evento internacional reúne especialistas em alimentação escolar


Passeio do Grêmio diante do Inter pode custar cargo de Mano Menezes

Brasília sedia desta terça-feira (23) a quinta-feira (25) o II Congresso Internacional de Alimentação Escolar. Organizado pelo Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação do Ministério da Educação (FNDE/MEC), o evento deve reunir mais de 350 participantes de todo o Brasil e de 13 países da América Latina, para discutir a importância da educação alimentar e nutricional na execução dos programas de alimentação escolar e no seu entorno escolar.

Voltado aos profissionais da nutrição e educação, o evento acontecerá presencialmente, no Auditório do Instituto Serzedello Corrêa, com transmissão simultânea pelo canal do FNDE no Youtube.

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Durante o evento, vão ser apresentadas as 20 melhores experiências brasileiras de educação alimentar e nutricional identificadas durante a quarta Jornada de Educação Alimentar e Nutricional, promovida pelo FNDE, em março de 2022. Além disso, haverá a exposição de iniciativas internacionais bem-sucedidas.

Colegiado

Paralelamente ao congresso, cuja primeira edição ocorreu em 2017, haverá a reinstalação do Comitê Gestor. Composto por representantes de ministérios e órgãos governamentais e da sociedade civil, o colegiado é responsável por desenvolver ações para qualificar e fortalecer a aquisição direta de produtos da agricultura familiar para a alimentação escolar, “buscando garantir uma alimentação mais saudável para os estudantes das redes públicas, ao mesmo tempo em que procura estabelecer mercado para os agricultores familiares”.

A portaria que cria o novo Comitê Gestor também instituiu o Grupo Consultivo cuja atribuição será apoiar a elaboração de ações para aprimorar a parceria entre alimentação escolar e agricultura familiar. Fazem parte do colegiado representantes de associações de agricultores, extrativistas, quilombolas, indígenas, cooperativistas, conselheiros de alimentação escolar, representantes do Conselho Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional (Consea), da União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação (Undime) e do Conselho Nacional de Secretários de Educação (Consed), entre outras entidades.

Visitas

Já a partir desta segunda-feira (22), gestores internacionais, coordenadores de programas, secretários-executivos e profissionais dos países latino-americanos presentes ao congresso visitarão escolas e propriedades de agricultores familiares.

O objetivo é apresentar aos visitantes a operacionalização do PNAE, executado há mais de seis décadas no Brasil e uma referência como política pública para a região. Farão parte da delegação internacional representantes do Chile, Colômbia, Equador, Guatemala, Honduras, El Salvador, República Dominicana, Paraguai, Peru, Venezuela, Nicarágua e Panamá.

Prazo para instituições públicas aderirem ao Sisu começa nesta segunda


Passeio do Grêmio diante do Inter pode custar cargo de Mano Menezes

As instituições públicas de educação superior (federais, estaduais ou municipais) já podem aderir ao segundo processo seletivo de 2023 do Sistema de Seleção Unificada (Sisu). O prazo de adesão começou nesta segunda-feira (22) e terminará às 23h59, de sexta-feira (26). Caso seja necessário, as instituições podem retificar o documento de adesão entre os dias 29 de maio e 9 de junho. 

A adesão da instituição de ensino é feita pelo Sisu Gestão, o sistema informatizado gerenciado pelo Ministério da Educação. Por meio do Sisu Gestão, as instituições participantes oferecerão vagas em cursos de graduação, a serem disputadas por candidatos inscritos em cada uma das duas edições anuais do Sisu.  

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Neste segundo processo seletivo de 2023, os candidatos serão selecionados de acordo com a melhor classificação na edição de 2022 do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). 

Os procedimentos para a adesão e o cronograma completo foram publicados, no Diário Oficial da União (DOU), do último dia 15.

Adesão e obrigações 

A instituição participante do Sisu deve descrever, no documento de adesão, as condições específicas de concorrência às vagas ofertadas no âmbito do Sisu. 

Ao assinarem o Termo de Adesão, as instituições federais de educação superior se comprometem a cumprir o que determina a Lei nº 12.711, de 2012, chamada de Lei de Cotas. 

E no prazo para a inscrição de estudantes aos processos seletivos do Sisu, ainda a ser definido MEC, essas instituições de educação superior devem disponibilizar acesso gratuito à internet, nos dias e horários de funcionamento regular da instituição. Assim como, as instituições participantes devem também disponibilizar acesso virtual para encaminhamento da documentação exigida para a efetivação da matrícula do estudante, no cronograma que será anunciado pelo MEC. 

Pelo edital, as instituições se comprometem também a divulgar na internet e em locais de grande circulação de estudantes, as condições específicas de concorrência às vagas ofertadas no programa de seleção, no momento da adesão. Número de telefone para tirar dúvidas é 0800-616161. 

Brasileiro Feminino: Santos bate Atlético-MG e fica perto das quartas

O Santos deu um passo importante para se classificar às quartas de final da Série A1 (primeira divisão) do Campeonato Brasileiro de Futebol Feminino. Neste domingo (21), as Sereias da Vila derrotaram o Atlético-MG por 2 a 0, na Vila Belmiro, pela 12ª rodada da competição.

As Alvinegras do Litoral continuam na sexta posição, com 23 pontos, abrindo nove para o Cruzeiro, primeiro time fora da zona de classificação às quartas de final. As Cabulosas ainda vão a campo na rodada, nesta segunda-feira (22), às 17h30 (horário de Brasília), diante do Flamengo, no Sesc Alterosas, em Belo Horizonte. As Vingadoras, por sua vez, seguem com 12 pontos, no 13º lugar, figurando, neste momento, entre as quatro equipes que estariam rebaixadas à Série A2 (segunda divisão) em 2024.

A vitória santista foi inaugurada aos 15 minutos do primeiro tempo, com Yayá. A volante balançou as redes de cabeça, após cobrança de falta na área da lateral Bia Menezes. Nos acréscimos da etapa final, a atacante Cristiane, de pênalti, fechou o marcador.

Outra equipe que se fortaleceu na briga por um lugar nas quartas de final foi o São Paulo. Em partida simultânea à de Santos (SP), as Soberanas bateram o Athletico-PR por 3 a 0 no Centro de Formação de Atletas (CFA) Laudo Natel, em Cotia (SP).

A zagueira Pardal, aos três minutos do primeiro tempo, abriu o marcador para as tricolores, cobrando pênalti. A atacante Mariana Santos ampliou a fatura, aos 30, desviando, na área, um chute da lateral Fê Palermo, pela direita. Na etapa final, a meia Aline Milene fechou o placar, aos 29 minutos, em batida da entrada da área.

O São Paulo ganhou uma posição na rodada, assumindo o sétimo lugar, com 19 pontos, abrindo cinco para o Cruzeiro. As Gurias Furacão, com a derrota, permanecem com dez pontos, na 14ª posição, na zona de rebaixamento.

Em derrota do Real Madrid, Vini Jr sofre racismo novamente

O atacante brasileiro Vinicius Junior, do Real Madrid, foi vítima de mais uma ação racista em um estádio espanhol na tarde deste domingo (21). Durante a derrota da equipe dele para o Valencia por 1 a 0, no Estádio Mestalla, casa dos adversários, Vini escutou insultos racistas e gritos de ‘macaco’ vindos das arquibancadas. O jogo foi paralisado por cerca de oito minutos e, posteriormente, o jogador foi expulso ao se envolver em confusão.

O lance que deu origem ao episódio aconteceu aos 29 da segunda etapa. Jogando em ambiente hostil, Vinicius Junior tentou jogada pela esquerda quando uma segunda bola que havia sido arremessada no campo instantes antes foi chutada por Eray Cömert, atleta do Valencia, de maneira proposital para interromper o lance. Naquele momento, Vini se dirigiu à parte da torcida valencianista que estava localizada atrás do gol do time local e apontou para torcedores que o insultavam chamando-o de macaco.

O árbitro De Burgos Bengoetxea paralisou a partida e o sistema de som avisou que o jogo só seria retomado se as ofensas parassem. Vini sinalizou que estava bem para retornar e o jogo prosseguiu depois de aproximadamente oito minutos pausado, com a polícia comparecendo ao local das ofensas.

Nos acréscimos da partida, Vini se envolveu em uma confusão com o goleiro Giorgi Mamardashvili e, após ser contido pelo adversário Hugo Duro com uma gravata, acertou o rosto do atleta do Valencia ao tentar se desvencilhar. No fim, apenas o brasileiro foi punido, sendo expulso. Vinicius Junior saiu fazendo gestos mostrando o número dois com a mão, em provocação à torcida do Valencia. O clube briga para não cair para a segunda divisão espanhola.

Após a partida, as figuras envolvidas se manifestaram nas redes sociais. Em sua conta no Instagram, Vinicius Junior disse que os racistas foram premiados com a expulsão dele e ironizou: “Não é futebol, é La Liga (liga de futebol da Espanha)”

O Valencia emitiu comunicado dizendo que embora se tratasse de um “episódio isolado”, não há lugar para insultos deste tipo no futebol. A nota também reitera que os fatos estão sendo investigados pelo clube.

Também houve comunicado da liga espanhola, que afirmou ter solicitado todas as imagens da partida para melhor investigar o ocorrido e que também está atenta a possíveis ofensas ao brasileiro do lado de fora do estádio Mestalla. Ainda na nota de La Liga, é dito que foram apresentadas denúncias de práticas racistas contra Vinicius Junior em outras nove ocasiões nos últimos dois anos.

Na entrevista coletiva após o jogo, o técnico do Real Madrid, o italiano Carlo Ancelotti, se mostrou revoltado e incrédulo com o acontecimento.

“Não quero falar de futebol, mas sim do que aconteceu aqui. Isto não pode ocorrer, um estádio inteiro gritando algo assim. Ele não queria continuar e eu acharia justo, porque é a vítima. Isto não pode acontecer”, opinou Ancelotti.

Campeã em 2013 garante índice para Mundial de natação paralímpica


Passeio do Grêmio diante do Inter pode custar cargo de Mano Menezes

Campeã mundial de natação paralímpica há dez anos, em Montreal (Canadá), a veterana Susana Scharndorf alcançou, neste domingo (21), índice para representar o Brasil na edição deste ano da competição, que será em Manchester (Reino Unido), entre 31 de julho e 6 de agosto. A gaúcha de 55 anos atingiu a marca no segundo e último dia no Circuito Nacional da modalidade, realizado no Centro de Treinamento Paralímpico, em São Paulo.

Susana, que compete na classe S3 (comprometimentos físico-motores severos), precisava de 2min07s69 nos 100 metros (m) nado livre para obter o índice. A nadadora concluiu a prova em 2min01s12, credenciando-se para o quarto Mundial paralímpico da carreira, após participações em 2013, 2015 e 2019. Ela não havia alcançado marca para a última edição, em Funchal (Portugal), no ano passado. Naquela oportunidade, o Brasil foi ao pódio 53 vezes, sendo 19 no topo, um recorde.

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“Essa prova tinha muita importância para mim. Queria dedicar essa prova para todo mundo que torceu por mim, para meus filhos e para minha mãe que está torcendo por mim lá de cima”, comemorou a nadadora ao site do Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB).

A gaúcha foi diagnosticada, em 2005, com uma doença chamada atrofia múltipla dos sistemas, que atinge o sistema nervoso autônomo e afeta os movimentos. Por ser degenerativa, a condição obriga a nadadora a passar por frequentes reclassificações funcionais (processo que define a categoria do atleta, conforme o grau da deficiência). A mais recente, em abril, durante uma etapa do Circuito Mundial, em Singapura, mudou-a da classe S4 para a S3 (quanto maior o número, menor é o grau de comprometimento físico-motor). Em 2013, quando foi campeã mundial dos 100 m costas, Susana estava na S6.

O Circuito Nacional foi a última oportunidade para nadadores estabelecerem o índice exigido pelo CPB e integrarem a seleção em Manchester. A primeira seletiva foi o Open Internacional Paralímpico, em abril, também no CT Paralímpico. Na ocasião, 20 atletas alcançaram marcas.

Além da gaúcha, outras duas nadadoras se destacaram na piscina do CT Paralímpico neste domingo, melhorando seus próprios recordes das Américas. A mineira Ana Karolina Soares estabeleceu a nova melhor marca continental dos 100m livre da classe S14 (deficiência intelectual), com 1min00s26, enquanto a fluminense Mariana Gesteira fez 27s89 nos 50m livre da classe S9 (a segunda de menor comprometimento físico-motor).

A convocação oficial para o Mundial de Manchester está prevista para sair até o fim de maio. Além dos atletas com marcas individuais, outros competidores devem ser chamados para compor as provas de revezamento. Confira, abaixo, a relação de nadadores com índice para a competição, separados por classe.

Deficiências físicas

S2: Gabriel Araújo e Bruno Becker

S3: Patrícia Pereira, Edênia Garcia, Maiara Barreto e Susana Scharnadorf

S5: Samuel Oliveira e Esthefany Rodrigues

S6: Talisson Glock, Laila Suzigan e Daniel Mendes

S8: Cecília Araújo

S9: Mariana Gesteira e Ruan Souza

S10: Phelipe Rodrigues

Deficiências visuais

S12: Carol Santiago e Douglas Matera

Deficiência intelectual

S14: Gabriel Bandeira, Débora Carneiro, Beatriz Carneiro e João Pedro Brutos

Marcos D’Almeida conquista etapa da Copa do Mundo de tiro com arco


Passeio do Grêmio diante do Inter pode custar cargo de Mano Menezes

O carioca Marcus Vinícius D’Almeida conquistou, neste domingo (21), a medalha de ouro na etapa de Xangai (China) da Copa do Mundo de tiro com arco. Na final, o brasileiro de 25 anos derrotou o sul-coreano Oh Jin-Hyek, campeão olímpico nos Jogos de Londres (Reino Unido), em 2012. O país asiático é a principal força da modalidade.

Vice-campeão mundial em 2021, em Yankton (Estados Unidos), Marcus chegou ao topo de uma Copa do Mundo pela segunda vez. No ano passado, o carioca venceu a etapa de Paris (França), também superando, na final, um atirador da Coreia do Sul: Kim Je Deok, que conquistou dois ouros nos Jogos de Tóquio (Japão).

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No tiro com arco, os atletas disparam três flechas por set, podendo somar até 30 pontos na parcial, dependendo de onde o tiro atingir o alvo. Quem obtiver a melhor pontuação, leva a rodada e faz dois pontos na partida. Em caso de empate, cada atirador soma um ponto. Na final deste domingo, Marcus venceu os dois primeiros sets (30/29 e 28/27) e abriu 4 a 0, mas Jin-Hyek ganhou os dois seguintes (27/28 e 26/28), igualando o confronto em 4 a 4. Na rodada decisiva, o brasileiro foi o mais eficiente: fez 28 a 26 para fechar a disputa em 6 a 4.

“Foi uma partida difícil, com altos e baixos. Comecei bem, mas depois não consegui segurar. Estou feliz por finalmente vencer. Ganhar o ouro foi incrível, pois quero seguir no topo do ranking mundial”, destacou o carioca ao site da World Archery, que é a federação internacional da modalidade, citando o posto que ocupa desde fevereiro deste ano.

Para ser campeão em Xangai, Marcus teve de encarar cinco adversários. Antes de encarar Jin-Hyek, o brasileiro venceu o iraniano Reza Shabani (7 a 3), o mexicano Caleb Urbina (6 a 0), o japonês Saito Fumiya (6 a 2), o francês Baptiste Addis (6 a 0) e o chinês Li Zhongyuan (7 a 3).

A conquista na China já garantiu Marcus na etapa final da Copa do Mundo, dias 9 e 10 de setembro, em Hermosillo (México). No ano passado, o brasileiro terminou a disputa, que ocorreu em Tlaxcala (México), na quinta posição.

“Mudou minha visão de mundo”, diz ex-aluna de cursinho popular


Passeio do Grêmio diante do Inter pode custar cargo de Mano Menezes

Brena Carvalho foi aluna do curso preparatório ao vestibular do Projeto de Ensino Cultural e Educação Popular (Pecep) em 2017. No ano seguinte, depois de passar para a Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj), retornou ao projeto, já como voluntária. Hoje, recém-formada em pedagogia ele reconhece o papel transformador do Pecep.

“Foi muito essencial para mim. Se eu não tivesse entrado, teria uma perspectiva muito diferente sobre faculdade, sobre visão de mundo mesmo”, diz ela. Uma trajetória similar vem sendo trilhada por Thiago Lins. Morador do Rio de Janeiro, ele está de malas prontas para João Pessoa. Em julho, começam suas aulas do curso de letras da Universidade Federal da Paraíba (UFPB). Para ser aprovado, ele estudou no curso preparatório da UniFavela. Assim como Brenda, ele é grato pela experiência e também resolveu contribuir com o projeto como voluntário: ele agora faz parte do grupo pedagógico e vem atuando tirando dúvidas dos alunos.

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“Por mais difícil que seja o ensino público, que eles sempre tenham em mente que é um avanço na vida deles. É uma experiência nova que eles conseguem; é uma oportunidade de conhecimento maior, de conhecer novos lugares, novas pessoas, sem esquecer de onde vieram”, disse Lins à Agência Brasil.

O Pecep e o Unifavela são atualmente organizações não governamentais consolidadas na capital fluminense. O Pecep surgiu em 2001 após o marcante sequestro do ônibus 174 em 2000, no qual os passageiros foram feitos de reféns por Sandro do Nascimento quase cinco horas. Um documentário do diretor José Padilha retratou o caso, associando a personalidade criminosa do sequestrador às vivências de sua infância e à falta de oportunidades na vida.

Na época, os alunos que costumavam usar o ônibus 174 como meio de transporte para chegar à Escola Parque, localizada no bairro da Gávea e próximo à Rocinha, decidiram dar início a um projeto que pudesse contribuir para mudar a realidade da comunidade à sua volta. Assim surgiu o Pecep, um cursinho pré-vestibular comunitário que prepara alunos que concluíram ou estão no último ano do ensino médio a um custo de R$ 40 mensais, já com o material incluído.

O projeto desenvolve suas atividades para moradores de comunidades de baixa renda da zona sul carioca, entre as quais a Rocinha. Os professores voluntários são alunos e ex-alunos da Escola Parque, que cede seu espaço para a iniciativa. O curso abre 70 vagas anualmente. Nos últimos sete anos, o Pecep atendeu a mais de 450 estudantes. Dentre os alunos que ficam no pré-vestibular por três anos, a taxa de aprovação alcança 100% e, por dois anos, 89%.

Tão logo terminou o ensino médio, Brena Carvalho tentou o Ensino Nacional do Ensino Médio (Enem) mas não teve boas notas para entrar no ensino superior e decidiu esperar mais um ano. Encorajada pela família, decidiu entrar no curso do Pecep, que dava para conciliar com o trabalho em uma creche da Rocinha, onde mora com os pais.

“Foi bem cansativo. Não foi fácil por conta do trabalho e dos desafios da vida. Mas o Pecep me ensinou muita coisa. Foi onde eu criei muita consciência crítica e política. Vi que eu poderia expor minhas opiniões sem medo. Me vi encorajada. Sou muito grata ao Pecep, por isso retornei depois como voluntária. É um ambiente de muito acolhimento e, de certa forma, torna tudo mais leve, porque o ambiente de pré-vestibular costuma ser muito pesado. O Pecep fez tudo parecer mais fácil.”

Já o Unifavela surge em 2018 no Complexo da Maré, na zona norte do Rio de Janeiro, de forma improvisada. Um estudante de letras e duas de história começaram a dar aula para dez jovens na laje da residência de um desse alunos. Todos eles foram aprovados em universidades públicas, impulsionando o projeto. No ano passado, a organização não governamental (ONG) recebeu o prêmio Sim à Igualdade Racial 2022, organizado pelo Instituto de Identidades do Brasil (ID_BR).

Além de facilitar o acesso de jovens às universidades, a meta é estimular também os adultos da região a ingressar no ensino superior. No curso, jovens e adultos adquirem conhecimento por meio de uma ação interativa e gratuita. São oferecidas vagas para 39 alunos. Em 2022, foram 11 alunos regulares durante todo o ano e nove ingressaram na universidade até março de 2023, o que significa quase 100% de aprovação.

Em sua dissertação de mestrado defendida no ano passado na Universidade Estadual Paulista (Unesp), a pesquisadora Carolina Campagni estudou os cursinhos populares e observou que eles englobam questões que vão além do ingresso nas universidades, atuando como espaço emancipador que tem a potência de ampliar a visão de mundo. São também espaços de afeto e de identificação de seus participantes, o que poderia explicar por que muitos alunos voltam posteriormente como voluntários.

Segundo Carolina Campagni, os cursinhos populares começam a emergir com maior intensidade no final do século 20 como forma de enfrentamento das desigualdades sociais. Foi uma resposta à falta de políticas que garantam equidade de direitos no acesso ao ensino superior para camadas mais vulneráveis e marginalizadas da população. “Isso se deu junto com o levante populacional pelas ações afirmativas para a população negra, ambos conduzidos por movimentos sociais”, escreve em sua pesquisa.

Ao analisar a experiência do Cursinho Popular TRIU, em Campinas, Carolina pontuou que a pedagogia do afeto e o acolhimento praticados “são fundamentais para que exista um aprendizado efetivo dos conteúdos, desencadeando no ingresso de seus estudantes nas instituições de ensino superior”. Apesar disso, ela pontua que somente estes projetos não são suficientes para sanar as lacunas causadas pelas injustiças sociais, já que existem inúmeras questões de ordem econômica, social, cultural, estrutural com as quais eles não são capazes de lidar. “Algumas antecedem e outras sucedem o ingresso dos estudantes nos cursinhos”, observa.

Apoio

Os cursinhos populares oferecem aulas gratuitas ou a preços acessíveis para alunos de baixa renda. Por isso, muitas vezes, precisam estabelecer parcerias para desenvolverem e ampliarem suas atividades, podendo atender a um maior número de alunos. Uma das parcerias firmadas pelo Pecep e pelo Unifavela foi com o Instituto Phi, uma ONG que atua criando pontes entre doadores individuais ou empresariais e projetos considerados investimentos que dão retorno social e que possibilitam a mensuração os resultados. Os dois cursinhos recebem apoio por meio de recursos humanos, alimentação, materiais e equipamentos.

A parceria está ocorrendo pelo segundo ano consecutivo. Segundo o analista de projetos do Instituto Phi, Matias Hernandez, os resultados dos dois cursinhos chamam a atenção, com altas taxas de aprovação. Segundo ele, o Unifavela já impactou diretamente a vida de mais de 100 estudantes durante os últimos quatros anos.

“Sempre que os doadores quiserem continuar apoiando causas de educação, a gente pode continuar”, afirmou. O Instituto Phi levanta dados dos projetos que atendam às demandas que chegam dos doadores. Segundo Hernandez, um mapeamento junto ao pré-vestibular do Pecep mostrou que o curso preferido pelos alunos no Enem foi pedagogia. Levando em conta também o Unifavela, os estudantes dos dois projetos optaram ainda por direito, enfermagem, administração, matemática, ciências econômicas e da computação, física, arquitetura, engenharia elétrica e civil, música, educação física, letras, saúde coletiva, nutrição e produção cultural.

Um dos desafios dos cursinhos populares ao firmar parcerias envolve a manutenção de sua autonomia de gestão. O pesquisador Felipe Pinto Simão, que também estudou os cursinhos populares em dissertação na Unesp concluída em 2020, chamou atenção para casos em que empresas privadas financiam materiais didáticos que perpetuam uma visão meritocrática pautada em um ensino que valoriza apenas a memorização e repetição de conteúdos. Ele questiona a capacidade de se oferecer uma formação crítica a partir dessas apostilas.

“Apesar de a pesquisa não oferecer dados suficientes para compreender os interesses dessas empresas privadas que financiam o material didático nos cursinhos populares, questiona-se aqui o papel destes últimos – que ‘dependem’ de um sistema apostilado – enquanto espaços de (trans) formação social”, escreveu.

Paola Reis garante vaga olímpica ao Brasil no ciclismo BMX feminino


Passeio do Grêmio diante do Inter pode custar cargo de Mano Menezes

O Brasil chegou a 21 vagas confirmadas na Olimpíada de Paris, em quatro modalidades. A conquista mais recente veio neste sábado (20), graças à medalha de ouro de Paola Reis no Campeonato Pan-Americano de Ciclismo BMX, disputado em Riobamba (Equador), que garantiu ao país um lugar na prova feminina dos jogos da capital francesa, no ano que vem.

A baiana de 23 anos teve, no pódio, a companhia da paulista Priscilla Stevaux, medalhista de bronze. A prata ficou com a canadense Molly Simpson. A também paulista Maitê Naves acabou a prova em nono lugar.

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“É muito satisfatório conseguir ser campeã pan-americana em um ano pré-olímpico, com todos os atletas tentando somar pontos no ranking mundial e também em busca da tão sonhada vaga olímpica. Estou muito feliz pelo resultado e por ter conseguido assegurar a participação do BMX feminino brasileiro em Paris 2024″, comemorou Paola, em declaração reproduzida no site da Confederação Brasileira de Ciclismo (CBC).

A vaga conquistada pela baiana pertence ao país, não à ciclista. Além disso, o primeiro critério de classificação olímpica é o ranking mundial por nações, que fecha em 2 de junho de 2024. Os dez primeiros asseguram lugares nos jogos. O Brasil atualmente é o sétimo no BMX feminino, o que já garantiria uma atleta brasileira em Paris. Nesse caso, a vaga obtida no Pan não será considerada extra.

Entre os homens, o Brasil ficou fora do pódio em Riobamba, com Pedro Queiroz obtendo o melhor resultado, com o nono lugar, seguido por Guilherme Ribeiro, enquanto Bruno Cogo terminou a prova na 12ª posição. A vitória foi do norte-americano Larsen Kamren, com os colombianos Carlos Alberto e Angel Santiago levando, respectivamente, prata e bronze. O país está em nono no ranking olímpico do BMX masculino e teria direito a uma vaga em Paris se a lista fechasse hoje.

Além do BMX feminino, o Brasil assegurou lugar em Paris no futebol feminino (18 vagas), no tiro esportivo (uma) e no surfe (uma, que pertence a Tatiana Weston-Webb). Há ainda dois atletas com índice para representar o país no atletismo: Daniel Nascimento (maratona) e Caio Bonfim (marcha atlética). Nos Jogos de 2021, foram 302 brasileiros competindo em Tóquio, que retornaram dos Jogos na capital japonesa com 21 medalhas (sete de ouro, seis de prata e oito de bronze).