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Boxe: Wanderson Oliveira e Wanderley Pereira vão às quartas do Mundial


Boxe: Wanderson Oliveira e Wanderley Pereira vão às quartas do Mundial

Os brasileiros Wanderson “Shuga” Oliveira e o baiano Wanderley “Holyfield” Pereira avançaram hoje (9) às quartas de final do Mundial de Boxe, em Tashkent (Uzbequistão), e se juntaram a Keno Marley (92 kg) que já se classificara na segunda (8). Os três voltam a competir a partir das 7h45 (horário de Brasília) desta quarta (10) e, em caso de vitória, já asseguram de antemão a medalha de bronze. No boxe não há disputa de terceiro lugar: quem perde na semifinal sobe ao pódio em terceiro lugar. As lutas têm transmissão ao vivo no site do Canal Olímpico do Brasil. 

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O primeiro triunfo de hoje (9) nas oitavas foi do carioca Wanderson Oiveira, na categoria dos 71 quilos. Ele travou um embate duríssimo contra o bielorrusso Aliaksandr Radzionau. No final, o brasileiro levou a melhor na decisão do júri técnico por 4 a 3. Na estreia no sábado (6), Shuga derrotou Nuradin Rustambek-Uulu (Quirguistão) por decisão dividida.  Nesta quarta (10) Suga medirá forças com o georgiano Ekserkhan Madiev.

A segunda classificação do dia foi do baiano Wanderley Pereira, que sobrou diante do cazaque Nurkanat Raiys, vencendo por decisão unânime. Nas quartas, ele enfrentará o australiano Callum Peters.

Quem também lutará nesta quarta (10) será o baiano Keno Marley, de 21 anos, prata no Mundial de 2021 quando disputava na categoria dos 86 kg. O peso-pesado brasileiro avançou na terça (8) após superar por decisão unânime o sírio Alaa Ghoussoun nas oitavas dos 92 kg. O adversário nas quartas será o russo Muslim Gadzhimagomedov.

De olho em Paris 2024

A pontuação no Mundial, tradicionalmente, era decisiva na corrida por uma vaga olímpica. No entanto, a Associação Internacional de Boxe (IBA), organizadora da competição, está suspensa pelo Comitê Olímpico Internacional (COI), o que a impede de definir os critérios de classificação para os Jogos de Paris 2024.

De acordo com a CBboxe, a classificação para Paris 2024 ocorrerá este ano nos Jogos Pan-Americanos de Santiago (Chile), de 20 de outubro a 5 de novembro. 

Editais promovem a cultura oceânica em escolas


Boxe: Wanderson Oliveira e Wanderley Pereira vão às quartas do Mundial

O Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) lançou nesta terça-feira (9), em Santos, no litoral paulista, dois editais para promover a cultura oceânica em escolas brasileiras. O lançamento é uma parceria com a Universidade Federal de São Paulo (Unifesp).

“O ministério se sente muito honrado em ser parceiro dessa iniciativa que tem propagado e aprofundado a necessidade e a consciência de como é importante mantermos os oceanos, os mares, os rios e as atmosferas e todos os ecossistemas saudáveis e para que possamos transmitir para as futuras gerações um ambiente mais tranquilo e mais feliz e harmônico”, disse Osvaldo Moraes, do Departamento para o Clima e Sustentabilidade do ministério.

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Um dos editais é o Feira de Ciências – Escola Azul, iniciativa coordenada pela Maré da Ciência da Unifesp e que também conta com o apoio da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco), que prevê fomento para trabalhos científicos sobre cultura oceânica ou ciência básica para estudantes que estejam cursando do ensino infantil ao médio ou técnico.

O edital, segundo o ministério, também contempla educação indígena, quilombola e de jovens e adultos. A inscrição deverá ser feita entre 1o de junho a 14 de novembro.

Os trabalhos contemplados serão apresentados durante a Semana Nacional de Ciência e Tecnologia, em outubro. Haverá premiação de bolsas de apoio técnico para os professores e de iniciação científica júnior para os estudantes. Outras informações podem ser obtidas no site do Escola Azul.

Olimpíada do Oceano

Também foi lançado nesta terça-feira o terceiro edital para a Olimpíada do Oceano, que premia estudantes com 100 bolsas de iniciação científica júnior, com duração de dez meses. O edital prevê que 60% das bolsas serão destinadas a meninas. As inscrições podem ser feitas entre os dias 8 de junho e 9 de setembro.

Neste ano, a novidade é que, além da etapa nacional, haverá uma etapa internacional.

Outras informações sobre o edital podem ser obtidas no site da olimpíada.

Judô: campeã olímpica Rafaela Silva é eliminada na estreia do Mundial


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Favorita ao ouro na categoria dos 57 quilos, a campeã olímpica Rafael Silva está fora da disputa individual do Mundial de Judô, em Doha (Catar). Número 1 do ranking e bicampeã mundial, a brasileira perdeu na estreia para a turca Hasret Bozkurte (61ª), que desferiu um waza-ri logo aos 15 segundos de luta e depois um ippon a um minuto e meio do término do embate. A carioca volta ao tatame do Mundial no domingo (14), na competição por equipes mistas, último dia do Mundial, que tem transmissão ao vivo no Canal Olímpico do Brasil.

“A luta foi rápida, foi mérito da atleta e ela acabou me surpreendendo e me estudou bastante. O judô é isso, em questão de segundos pode acabar uma luta”, disse a judoca, logo após a derrota, em depoimento à Confederação Brasileira de Judô (CBJ).

Também nos 57 kg feminino, teve estreia da paulista Jéssica Lima (17ª no ranking mundial), que venceu com folga a tcheca Vêra Zemanová (31ª) e, na sequência, derrotou a kosova Flaka Loxha (34ª). No entanto, nas oitavas, Jéssica foi superada pela canadense Jessica Klikait, medalhista olímpica e número 3 do mundo.

Estreia de brasileiros no Mundial

Preliminares a partir das 5h e finais ao meio-dia (horário de Brasília):

quarta (10)  – Ketleyn Quadros (63kg), Gabriella Mantena (63kg), Guilherme Schimidt (81kg) Eduardo Yudy Santos (81kg)

quinta (11) – Rafael Macedo (90kg) e Giovani Ferreira (90kg)

sexta (12) – Leonardo Gonçalves (100kg) e Rafael Buzacarini (100kg)

sábado (13) – Beatriz Souza (+78kg), Rafael Silva (+100kg) e João Cesarino (+100kg)domingo (14) – disputa por equipes

Ciclo para Paris 2024

O Mundial de Judô distribuiu até 2 mil pontos (campeão) no ranking classificatório para Paris 2024. Com 23 pódios olímpicos conquistados até hoje, o Brasil busca assegurar vaga em cada uma das 14 categorias individuais, além do torneio por equipes em Paris.

A totalização de pontos no ranking da Federação Internacional de Judô (IJF, na sigla em inglês) teve início em julho de 2022 e só termina em junho do ano que vem. A modalidade reunirá 372 atletas em Paris (igualmente divididos entre homens e mulheres).  Os 17 primeiros colocados no ranking de categoria asseguram vaga em Paris 2024 (com o limite de um judoca por país). A partir das 18ª colocação no ranking, as vagas serão distribuídas por continente: Américas (21 vagas), Africa (24), Europa (25), Ásia (20) e Oceania (10).

Inep publica edital com regras para o Enem 2023


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O edital com cronograma e regras para o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2023 já está disponível para os interessados em participar do certame, que será aplicado nos dias 5 e 12 de novembro. As inscrições ficam abertas do dia 5 a 16 de junho.

Além de apresentar datas e horários dos exames, o Edital nº 30 detalha os documentos necessários, bem como as obrigações do participante, incluindo situações em que o candidato poderá ser eliminado. A taxa de inscrição é R$ 85 e deve ser paga até dia 21 de junho.

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A publicação do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Anísio Teixeira (inep) traz também critérios para correção das provas e procedimentos para pessoas que precisam de cuidados especiais durante o concurso, bem como orientações sobre horário e local do exame.

Horários

Os portões de acesso serão abertos às 12h e fechados às 13h e as provas começam a ser aplicadas às 13h30. O término será às 19h, no primeiro dia, e às 18h30, no segundo. Estão previstas exceções de horário em casos específicos, no caso de participantes com solicitação de tempo adicional aprovada, ou com pedido de recurso de vídeo para a prova em Libras.

As inscrições devem ser feitas na Página do Participante, no portal do Inep, onde outros acessos indicam cronograma, tutoriais e orientações, além de uma área com as dúvidas mais frequentes dos candidatos. O texto detalha como será feita a reaplicação do teste e as situações em que poderá ser refeita, como problemas logísticos e doenças infectocontagiosas, por exemplo.

Os gabaritos das provas objetivas serão publicados no dia 24 de novembro no Portal do Inep. Já os resultados individuais serão divulgados no dia 16 de janeiro de 2024 no mesmo site.

Covid-19

Apesar de o país não estar mais em situação de emergência sanitária devido à pandemia, o instituto informa que será necessária a utilização de máscara de proteção à covid-19, “nos estados ou municípios onde o uso da máscara em local fechado seja obrigatório por decreto ou ato administrativo de igual poder regulamentar”.

As notas do exame são usadas para o ingresso de estudantes em universidades públicas e privadas, por meio do Sistema de Seleção Unificada (Sisu), do Programa Universidade para Todos (Prouni) e o Fundo de Financiamento Estudantil (Fies).

Os resultados individuais podem ser aproveitados pelos estudantes brasileiros interessados em cursar uma graduação em instituições portuguesas, que mantêm convênio com o Inep.

No retorno de cirurgia, Ana Marcela é bronze em etapa da Copa do Mundo


Boxe: Wanderson Oliveira e Wanderley Pereira vão às quartas do Mundial

Após mais de cinco meses se recuperando de uma cirurgia no ombro esquerdo, a campeã olímpica Ana Marcela Cunha arrematou o bronze na etapa de Soma Bay (Egito) da Copa do Mundo de maratona aquática. Na primeira competição oficial, a atleta completou a prova dos 10 quilômetros em águas abertas em 2h04m11s0. A vencedora foi a alemã Leonie Beck (2h04m04s6) e a prata ficou com a holandesa Sharon van Rouwendaal (2h04min07s3).

Ana Marcela Cunha, bronze, etapa Soma Bay 2023  - primeira competição oficial após retorno de cirurgia - em 08/05/2023
Ana Marcela Cunha, bronze, etapa Soma Bay 2023  - primeira competição oficial após retorno de cirurgia - em 08/05/2023

A  brasileira Ana Marcela Cunha (na ponta direita) faz terceiro melhor tempo na etapa de Soma Bay (Egito), que serve de preparação para Mundial em julho, no Japão – Reprodução Twitter/World Aquatics

“Hoje o mais importante não era o pódio, mas toda vez eu nado pra ganhar. Pra mim foi importante essa prova, eu passei três meses sem nadar e isso me deu muita confiança e que estamos bem. Temos muito o que trabalhar até o Campeonato Mundial”, disse a atleta em depoimento ao site Unisanta. “Este ano [2023] nós não temos como objetivo a Copa do Mundo, mas, sim, o Campeonato Mundial, por ser seletiva Olímpica. Temos muito o que trabalhar até lá”, completou a pentacampeã mundial nos 25 km.

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As etapas da Copa do Mundos servem de preparação para o Campeonato Mundial em julho, em Fukuoka (Japão), onde Ana Marcela foi campeã nos Jogos de Tóquio. Antes do Mundial, a atleta ainda disputará em maio duas etapas: a da Itália – dias 20 e 21 de maio no  Golfo Aranci – e a de Setúbal (Portugal), nos dias 27 e 28.

Outros resultados

Na maratona feminina, o Brasil foi representado ainda pela gaúcha Viviane Jungblut, que terminou a prova na quinta posição ( 2h04m12s).   

Já na disputa masculina, Matheus Melecchi cruzou a linha de chegada em 18º lugar (1h57m18s60) e  e Bernardo Gavioli 2h06m07).

De olho em Paris 2024

Os Jogos reunirão 44 atletas na maratona aquática – seis a menos que em Tóquio – igualmente divididos entre homens e mulheres. Cada país poderá ser representado por apenas dois atletas por gênero. A classificação ocorrerá no Mundial em julho

Os nadadores terão apenas duas oportunidades para buscar uma vaga em Paris 2024: os Mundiais de Fukuoka (Japão) – a partir de julho – e o de Doha (Catar), em fevereiro do ano que vem. No Japão, os três melhores colocados na prova de 10 quilômetros estarão garantidos nominalmente em Paris.

Já o Mundial de Doha destina vagas ao Comitê Olímpico de cada país para os 13 melhores na competição, tanto na disputa feminina, quanto na masculina. Além disso, estarão em jogo cinco vagas, uma para cada continente, aos atletas mais bem colocados na prova de 10 km.

Enem 2023: resultado de pedidos de isenção é divulgado nesta segunda


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O resultado dos pedidos de isenção da taxa de inscrição do Enem 2023 está disponível nesta segunda-feira (8), conforme o Inep. 

Para saber o resultado, o candidato deve acessar a Página do Participante, com o login único da plataforma Gov.br. Quem teve a solicitação negada, pode recorrer até a próxima sexta-feira (12).

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O candidato que teve isenção no Enem 2022 e não compareceu aos dois dias de prova precisava justificar a falta para ter direito à isenção na edição de 2023.

O Inep alerta que a aprovação da isenção da taxa não garante a inscrição no exame.

A inscrição para o Enem 2023, isentos ou não isentos, será de 5 a 16 de junho na Página do Participante. As provas serão aplicadas em 5 e 12 de novembro.

Edital

Nesta segunda-feira (8), foi publicado também o edital do Enem 2023, que traz o cronograma e as regras da edição deste ano do exame.

As notas do exame são usadas para o ingresso de estudantes em universidades públicas e privadas, por meio do Sistema de Seleção Unificada (Sisu), do Programa Universidade para Todos (Prouni) e o Fundo de Financiamento Estudantil (Fies).

Os resultados individuais podem ser aproveitados pelos estudantes brasileiros interessados em cursar uma graduação em instituições portuguesas, que mantêm convênio com o Inep.

Ministro propõe troca de experiências, com respeito à diversidade


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O ministro da Educação, Camilo Santana, propôs, nesta segunda-feira (8), durante a abertura do Fórum Mundial da Educação em Londres, que a globalização se estenda à área de educação, criando condições iguais entre as populações de todos os países, mas sempre respeitando a diversidade de cada povo.

Neste sentido, Santana defendeu que a troca de experiências é fundamental. Ele lembrou que educação está diretamente relacionada ao desenvolvimento econômico, além de garantir a saúde e a defesa da democracia.

Tecnologia para o bem

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Ao falar sobre a tendência de digitalização do mundo contemporâneo, o ministro brasileiro lembrou que “é importante ter cidadania digital para que jovens, professores e a humanidade possam usar tecnologia para o bem”, e que isso passa pela regulamentação do uso das plataformas digitais.

“Lamentavelmente, nós vivemos o uso da tecnologia para estimular a intolerância, o ódio, o armamento, enfim, a morte, o fascismo, as ações antidemocráticas. É importante combatermos isso, e darmos o exemplo. No Brasil, estamos com o Congresso Nacional discutindo como regulamentar leis para o uso das plataformas digitais em nosso país, mais isso [é algo que] precisa ser feito em todo mundo”, argumentou.

Ao iniciar sua participação no fórum, Camilo Santana disse que o Brasil quer dialogar de modo “soberano, mas horizontal e democrático” com outros países e ressaltou a disposição do país em “aprender com a experiência internacional, reconhecendo e interagindo com as soluções já experimentadas em outros territórios”.

“Queremos também disponibilizar o que já sabemos fazer para apoiar outras nações”, acrescentou.

Encontro dos povos

O ministro defendeu que a educação brasileira precisa avançar para ser “cada vez mais o lugar de encontro dos povos que compõem a nação, para que aprendam juntos a construir um novo país”.

“Povos indígenas, população negra, comunidades quilombolas, pessoas do campo, da cidade e da floresta; todas as ricas culturas que formam a nossa identidade precisam ser os protagonistas de qualquer esforço de política educacional”, complementou.

A seus pares, que participam do encontro, Camilo Santana disse ser necessário que os países mais ricos compreendam que “a globalização não é apenas para a economia, mas para criar condições iguais para toda a população do mundo inteiro”, por meio da educação, inclusive para o combate à pobreza, à desigualdade, ao racismo e à intolerância.

“Portanto, temos de globalizar o acesso à tecnologia. Aí entra um pouco da questão de intercâmbios e das ações”, disse ao afirmar que educação e desenvolvimento econômico “caminham na mesma direção”.

Segundo o ministro, “o Brasil já aprendeu que a garantia do direito à educação é também a garantia da saúde e da defesa da democracia, e que nenhuma democracia se sustenta sem que esteja instalada nos corações e mente de cada cidadão”.

“Retomamos, com o governo do presidente Lula, o sentido efetivamente democrático, diverso e plural para a agenda educacional brasileira, e reconhecemos que a nossa potência está na diversidade”, ressaltou.

Evento incentiva estudantes a conhecerem a UFRJ


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De volta ao formato presencial, após a pandemia da covid-19, a Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) realiza, na Cidade Universitária, no período de 9 a 11 deste mês, o evento Conhecendo a UFRJ 2023. O horário de funcionamento será de 9h às 17h, diariamente. A última edição presencial do evento aconteceu em 2019.

Mais de 5 mil estudantes de 153 escolas públicas e privadas do ensino médio e de cursos pré-vestibular agendaram visitas à universidade, onde poderão conhecer os mais de 170 cursos de graduação oferecidos e os múltiplos ambientes do conhecimento.

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Em todos os dias de evento, haverá mesas de conversa com representantes da UFRJ e secretários municipais do Rio de Janeiro, com o tema UFRJ: do acolhimento à inclusão.

Mundo novo

A pró-reitora de Extensão da UFRJ, Ivana Bentes, lembrou, em entrevista à Agência Brasil, que durante a pandemia a instituição chegou a realizar o evento de modo virtual. “Mas não é a mesma coisa. São mais de 5 mil estudantes que vêm nos nossos ônibus para o campus da Cidade Universitária, passeiam, vão nos estandes dos cursos, ouvem palestras, conhecem os laboratórios da UFRJ. Realmente, a UFRJ se materializa para uma quantidade gigante de estudantes do ensino médio de escolas públicas e particulares que, muitas vezes, nunca botaram o pé em uma universidade. É o primeiro momento de contato direto com uma universidade pública e é uma coisa mágica essa visita, porque põe a universidade no horizonte desses jovens”, disse Ivana.

Durante as atividades, os estudantes conhecem o mercado de trabalho para os variados cursos oferecidos pela UFRJ. “Abre aquele mundo de possibilidades para os estudantes, que não conhecem determinado campo da produção do conhecimento, que será apresentado nos estandes por alunos da universidade. Isso é legal porque são os próprios alunos da UFRJ apresentando os cursos nos estandes, em uma linguagem jovem, falando com outros jovens”.

As palestras, em geral, são dadas pelos coordenadores dos cursos. Há abertura para perguntas no final das apresentações.

Segundo destacou a pró-reitora de Extensão, as informações fornecidas permitirão aos estudantes definir qual curso vão querer fazer. “Ainda mais em uma universidade pública e gratuita, como a UFRJ”.

Os estudantes terão contato também com cursos exclusivos da UFRJ ou recentes no mercado de trabalho. É o caso de graduações em engenharia matemática, expressão gráfica e teoria da dança.

Continuidade

As escolas que não conseguiram fazer seu agendamento prévio continuarão a ser atendidas ao longo do ano, no UFRJ Continuado, disse Ivana. De acordo com a pró-reitora muitos dos participantes de edições passadas do Conhecendo a UFRJ são atualmente alunos dos cursos de graduação.

As atividades estarão distribuídas pela Cidade Universitária, no Centro de Ciências Matemáticas e da Natureza (CCMN), Centro de Letras e Artes (CLA), Centro de Ciências da Saúde (CCS) e Centro de Tecnologia (CT).

Além dos estandes dos cursos, a programação inclui oficinas, visitas guiadas a laboratórios e apresentações culturais, além dos ambientes tecnológicos, de pesquisa, de empreendedorismo, de extensão e a pós-graduação. “Entrar para a universidade não é só fazer graduação. É um mundo que se abre para você. Você muda sua vida quando entra para a universidade”, disse.

Vagas ociosas

Ivana Bentes disse que, com a pandemia, todas as universidades públicas tiveram um grande problema, que foi o aumento de vagas ociosas. Hoje, são mais de 19 mil vagas ociosas em todo o Brasil. “Isso é preocupante, porque o jovem diminuiu a expectativa dele em relação à universidade”.

De acordo com Ivana, um evento como esse coloca o horizonte da universidade de novo junto do estudante, o sonho de ter experiência no exterior, a ascensão social, através da educação, do conhecimento, de oportunidades. “Essa questão me parece muito importante para combater esse tipo de horizonte negativo que ocorreu durante a pandemia, não só para os estudantes, mas também para os pais”, disse Ivana.

Estudo internacional projeta cenários para futuro do trabalho em 2050


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Pesquisadores do Laboratório do Futuro do Instituto Alberto Luiz Coimbra de Pós-Graduação e Pesquisa de Engenharia da Universidade Federal do Rio de Janeiro (Coppe/UFRJ), que participaram do Projeto Millennium, para elaboração de um estudo sobre o futuro do trabalho e da tecnologia para 2050, projetam três cenários. A análise considerou a evolução tecnológica atual e o que poderá vir como provável consequência.

Além de apresentar projeções, o relatório aborda a visão das nações mais avançadas economicamente e dos demais países. De forma geral, o primeiro cenário mostra o que se vê hoje em dia: alguns países adotam tecnologias de forma mais rápida e outros, de forma mais lenta. “O Brasil se enquadra no segundo grupo, que tende a demorar mais para colocar as tecnologias em prática”, disse à Agência Brasil o pesquisador Yuri Lima, coordenador da linha de pesquisa Futuro do Trabalho, do Laboratório do Futuro da Coppe/UFRJ.

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“O cenário 1, chamado É Complicado – Uma Mistura, é projeção da realidade atual. A gente continua com dificuldades para lidar com novas tecnologias, não cria estratégias de longo prazo. Em consequência, há um certo impacto tecnológico, que não chega a ser desemprego tecnológico, Aí, existe a questão do emprego em que os governos não foram capazes de criar estratégias de longo prazo, cenário que já se vê no Brasil, com dificuldades de planejamento de longo prazo. Esse cenário é caracterizado também pelo aumento do poder de grandes empresas , que superam inclusive o controle do governo”.

Lima destacou que isso já acontece com algumas multinacionais que se tornam até mais fortes do que alguns países, chegando a ter receita maior que alguns produtos internos brutos (PIB, soma de todos os bens e serviços produzidos pelos países). Segundo o pesquisador, é um cenário que acaba exacerbando a visão de como as coisas estarão em 2050.

Pessimismo

O estudo Future Work/Technology 2050 projeta um segundo cenário ainda mais pessimista, com piora do quadro atual. Chamado de Agitação Político-Econômica, é um cenário muito parecido com o que já se vive no Brasil, com desemprego alto e o governo tendo dificuldade de prever o impacto de tecnologias na política e de levar em conta a visão da ciência, disse Yuri Lima. Apesar de ser uma projeção para 2050, o cenário mostra a dificuldade de lidar com o avanço tecnológico, que acaba causando automação muito além do que o previsto, desemprego em diversas partes do mundo, além de governos e empresários querendo lucro rápido.

A perspectiva é que a automação provoque desemprego em massa, como ocorreu na Revolução Industrial, em que a máquina substituiu a mão de obra. De acordo com Lima, nessa projeção mais pessimista, a automatização do trabalho é mais rápida do que se poderia imaginar para um mundo que não foi capaz de se preparar. Conforme o relatório, nesse cenário, dos 6 bilhões de pessoas hoje trabalhando no mundo, 2 bilhões seriam desempregados, 2 bilhões estariam na economia informal e os 2 bilhões restantes estariam divididos meio a meio entre empregados e autônomos.

Novas profissões

Yuri Lima destacou que o primeiro e o terceiro cenários não têm perspectiva tão negativa. A ideia, no cenário 1, é que as coisas deverão permanecer como estão e, no cenário 3, mais positivo, que a tecnologia criará tantos empregos quantos destruir, ou criará até mais empregos do que os que serão destruídos. O pesquisador lembrou que, nas revoluções industriais, quem vivia aquele momento tinha dificuldade de imaginar que trabalho poderia existir para ele a partir dali. “Agora, a gente vê um trabalho criativo também sendo automatizado e fica um pouco perdido sobre o que pode vir a acontecer.”

Uma das ideias no terceiro cenário é que a tecnologia crie novas profissões e mais demanda em áreas que não eram imaginadas. Citou, como exemplo, a economia do cuidado, com a profissionalização das pessoas que cuidam de idosos ou de crianças, por exemplo, e das que trabalham como a saúde, como enfermeiros, médicos, profissionais de educação física. Pode haver também aumento de profissões vinculadas às artes, na própria área de tecnologia. “Há várias possibilidades. Tem áreas já conhecidas que podem crescer, outras que nem se sabe que existem e as que vão ser criadas no futuro. Esta é a perspectiva que se coloca: que a automação deve criar mais empregos do que destruir.”

No terceiro cenário, denominado Se os Humanos Fossem Livres – A Economia da Autorrealização, a ideia é que os governos tentem se antecipar em termos da inteligência artificial (IA), principalmente a geral, e não a restrita que se vê hoje em dia. A IA geral é capaz de resolver o que for preciso, em termos de inteligência.

Segundo Lima, o governo que se antecipar a isso e promover a renda básica universal, o autoemprego como possibilidade de autorrealização do indivíduo, com capacidade de sobreviver sem se preocupar com suas necessidades básicas, terá mais vantagens. A pessoa não precisará se preocupar com seu trabalho e poderá agir de maneira mais autônoma, com liberdade no que quer fazer. Este cenário sinaliza para a digitalização, a automação, ajudando a produzir com menos custos. Porém, os pesquisadores não estão seguros de que tal quadro poderá ser realidade para todo mundo.

Iniciativas

O relatório apresenta 100 iniciativas divididas entre governo, empresas, ciência, educação e cultura que podem ser feitas para endereçar desafios futuros. “Vai além da questão de cenários para ações que podem ser tomadas”, afirmou Yuri Lima.

Em termos de governo, o estudo sugere a criação de uma agência nacional de prospecção e avaliação tecnológica, que seria capaz de identificar as próximas tecnologias e pensar sobre o impacto que terão na sociedade. Isso serve para a discussão legislativa ou do Poder Executivo para a criação de políticas públicas, para incentivar a discussão com outros setores.

Já no sentido da educação, Yuri Lima propôs o ensino do futuro como disciplina. “Assim como a história ensina [sobre] o passado, é importante a começar a aprender também a refletir sobre o futuro, desde criança, na escola”. Segundo o relatório, outra iniciativa interessante nessa área seria o uso de robôs e de inteligência artificial para promover e melhorar a educação ao longo do tempo.

De acordo com Lima, o estudo sugere que se abracem essas tecnologias como novas possibilidades.

Trabalhadores da Fundação Casa decidem manter greve


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Trabalhadores da Fundação Centro de Atendimento Socioeducativo ao Adolescente (Casa) decidiram pela continuidade da greve por período indefinido, em assembleia realizada na manhã desta quinta-feira (4). O Sindicato da Socioeducação de São Paulo (Sitsesp) informou que a categoria segue em luta por melhores condições de trabalho, segurança e salário.

A categoria entrou em greve às 0h de quarta-feira (3) por falta de acordo sobre o reajuste salarial com o governo do estado de São Paulo. Uma das entidades que representa a categoria informou que a reivindicação inclui a segurança no local de trabalho.

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“O principal é segurança nos locais de trabalho e as perdas salariais dos últimos anos. A gente tem um plano de cargos e salários que eles não cumprem”, disse o presidente da Associação dos Servidores da Fundação Casa, Laércio José Narcisio.

Segundo Narcisio, a reivindicação por segurança se deve às mortes e espancamentos de funcionários, ocorridos nos últimos dois anos. nas unidades Vila Maria, Franco da Rocha, Ribeirão Preto, antiga Raposo Tavares. Além disso, ele disse haver uma defasagem salarial referente ao plano de cargos e salários que nunca funcionou.

O governo estadual, por meio da Secretaria da Justiça e Cidadania e da Fundação CASA, apresentou na terça-feira (2) proposta de reajuste salarial de 6%, incidente sobre os benefícios e aplicável a partir da folha de pagamento de maio, com pagamento em junho. No entanto, os trabalhadores recusaram a proposta em assembleia e mantiveram a paralisação aprovada no último sábado (29), com início na quarta-feira.

Em nota, o governo estadual informou que, após reunião na tarde de ontem entre o Tribunal Regional do Trabalho (TRT) da 2ª Região, a Fundação CASA e o Sitsesp, ficou decidido pela retomada das negociações desde que houvesse a suspensão do movimento paradista em todo o estado.

Além da proposta de reajuste de 6%, o governo disse que “realizará as avaliações de desempenho previstas no Plano de Cargos, Carreiras e Salários (PCCS) relativas aos anos de 2017, 2018 e 2019, ao longo dos próximos três semestres, viabilizando a possibilidade de progressão funcional nas carreiras.”

Em novo comunicado enviado nesta quinta-feira (4), a Fundação Casa reafirmou que “segue aberta ao diálogo com o sindicato a fim de encerrar a greve e valorizar os servidores”. Informou ainda que na sexta-feira (5) haverá nova audiência de conciliação no TRT.

* Matéria atualizada às 22h22 para acréscimo de nova nota da Fundação Casa