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Professores creem que educação pública vai piorar nos próximos 10 anos


Professores creem que educação pública vai piorar nos próximos 10 anos

Levantamento feito pelo Instituto Casagrande com 5 mil docentes de todo o país apurou que 61,2% dos professores consultados acreditam que a educação pública vai piorar no Brasil na próxima década. Já 25,6% creem em melhoras, enquanto 9,2% afirmam que não haverá nenhuma mudança significativa no período. Os demais 4% não souberam responder ou não concluíram a pesquisa. Os professores responderam por meio do canal do instituto no Whatsapp.

O presidente do instituto, Renato Casagrande, disse que em um mundo como o atual, com tantas mudanças, é muito pequeno o percentual dos docentes que acreditam em alguma alteração na educação pública no Brasil. “É sinal de que nós vivemos hoje uma crise de otimismo, de identidade, de perspectivas na educação brasileira. Isso nos entristece muito e nos preocupa”.

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O tema será debatido no 4º Congresso Internacional Um Novo Tempo na Educação, que será realizado em Curitiba, de 31 de maio a 2 de junho, com a participação dos maiores estudiosos e especialistas em educação do Brasil, psicólogos e agentes públicos ligados à área.

A pesquisa qualitativa foi feita, inclusive, para subsidiar os palestrantes do congresso. “Os dados vão contribuir para que os grandes educadores possam fazer uma análise, principalmente de alguns temas que preocupam os professores e até justificam esse desânimo por parte dos nossos docentes”.

Pós-pandemia

No retorno às aulas presenciais, no pós-pandemia da covid-19, os docentes esperavam, a princípio, estar mais otimistas, porque tinham experimentado novas práticas no ensino remoto, tinham feito experiências novas, mas a escola não tinha mudado, disse Casagrande.

“Eles voltaram para o mesmo prédio, a mesma estrutura física, que entrou em choque um pouco com a cabeça dos estudantes e professores, porque eles viveram outra metodologia, com mais liberdade e mais autonomia, e quando retornaram, encontraram a velha escola”, explicou. Ele lembra que se falou muito durante a pandemia em nova legislação, “mas nada mudou”.

Os professores citaram na pesquisa que tiveram esse primeiro impacto da volta às escolas associado a um abalo emocional. Eles observaram os alunos mais angustiados, menos interessados pelas aulas. E confessaram que também voltaram menos empolgados. “Disseram que sentiram uma apatia, uma indisciplina por parte dos alunos e não se sentiram motivados ou mobilizados para lidar com esse sentimento de retorno”, disse Casagrande. Por isso, segundo o diretor, consideram que a escola, que já não estava boa, piorou.

Outra questão sentida pelos docentes é que os novos professores não são mais vocacionados como os antigos e escolhem o magistério não por vocação, mas por uma oportunidade e por ser um curso mais barato. Para os docentes mais antigos, não há critério na seleção dos professores pelas escolas. E isso contamina o meio, disse Renato Casagrande.

“Eles veem os novos professores entrando sem o preparo devido e sem, pelo menos, a motivação inicial”.

Para os professores consultados, o sistema está contaminado, a escola está mais triste e despreparada para os novos tempos.

Tecnologia

O presidente do Instituto Casagrande acredita que as escolas não estão preparadas para uma mudança e têm muita dificuldade para lidar com as tecnologias básicas e ainda mais com as novas tecnologias, que incluem a inteligência artificial (IA) e o ChatGPT (assistente virtual inteligente). Os professores, ainda segundo Casagrande, acreditam que haverá um distanciamento maior entre os alunos de maior e menor renda ou das escolas privadas em relação aos alunos das escolas públicas. “Isso também desestimula os professores de ter uma visão mais otimista com relação ao futuro”.

Esta semana, está sendo efetuada a segunda parte da pesquisa, quantitativa, que vai mensurar esse quadro de apatia demonstrado pelos professores brasileiros no pós-pandemia da covid-19 e o quanto os professores se sentem despreparados para lidar com as novas tecnologias.

Na avaliação do ex-ministro da Educação Cristovam Buarque, o resultado do levantamento reflete as incertezas sobre os desafios atuais e a velocidade cada vez maior das mudanças nas áreas educacional e pedagógica. “Nos contatos que tenho com educadores, estamos percebendo a necessidade de captar as mudanças adiante, de acordo com a evolução da sociedade e as curvas que a história está fazendo. Para intervir sobre o futuro, é preciso primeiro compreendê-lo”, ressalta Cristovam Buarque. O ex-ministro é um dos conferencistas confirmados no 4º Congresso Internacional Um Novo Tempo na Educação.

Ao final do congresso, será elaborada uma carta a ser encaminhada ao ministro da Educação, Camilo Santana.

Instituto de Matemática abre inscrições para Olimpíada Mirim


Professores creem que educação pública vai piorar nos próximos 10 anos

O Instituto de Matemática Pura e Aplicada (Impa) está com inscrições abertas para a 2ª Olimpíada Mirim (OBMEP), competição voltada a alunos do 2º ao 5º ano do ensino fundamental. Este ano, a novidade foi a inclusão de escolas particulares, depois do sucesso da primeira edição, quando participaram 2,7 milhões de estudantes de escolas públicas. As inscrições podem ser feitas pelas instituições de ensino ou secretarias de Educação até 16 de junho, no site da competição.

O diretor adjunto do Impa e coordenador-geral da Olimpíada Brasileira de Matemática, Claudio Landim, disse que o objetivo é usar propostas lúdicas e criativas para transformar a relação das crianças com a matéria. Acrescentou que esta segunda edição traz muitos desafios, entre eles despertar o interesse das crianças pela matéria, envolver os professores dos primeiros anos do ensino fundamental, além de ampliar a participação das escolas.

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“Este ano, convidamos pela primeira vez os colégios privados para esta festa da matemática”, afirmou o coordenador. Segundo Landim, a inclusão das escolas privadas permite que um número maior de alunos tenha acesso a material didático que estimula o raciocínio lógico, a exemplo do que já acontece com a Olimpíada Brasileira de Matemática das Escolas Públicas (OBMEP) que, desde 2017, conta com a participação das instituições particulares.

Fases

A Olimpíada Mirim-OBMEP será realizada em duas fases, que serão aplicadas pelas escolas. A primeira está marcada para 28 de agosto e consiste em prova classificatória, composta de 15 questões de múltipla escolha. Os estudantes classificados nessa etapa poderão participar da segunda, no dia 9 de novembro, também com 15 questões objetivas.

O conteúdo das provas corresponde ao grau de escolaridade dos alunos, que são divididos nos níveis Mirim 1 (2º e 3º anos do ensino fundamental) e Mirim 2 (4º e 5º anos do ensino fundamental). Aos melhores classificados serão dados certificados digitais correspondentes a medalhas de ouro, prata e bronze.

Claudio Landim lembrou que as inscrições devem ser feitas exclusivamente pelas escolas públicas municipais, estaduais, federais, secretarias de Educação e escolas privadas. O responsável pela candidatura deve informar o número total de alunos participantes por nível (Mirim 1 e Mirim 2), mas não é necessário inscrever nominalmente cada estudante. A inscrição das escolas públicas é gratuita; já as particulares têm que pagar taxa de inscrição.

A Olimpíada Mirim-OBMEP é realizada pelo Impa com o poio da B3 Social, da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) e do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), além da Sociedade Brasileira de Matemática (SBM). A competição é promovida pelos ministérios da Ciência, Tecnologia e Inovação e da Educação. 

Defasagem nos estudos pela pandemia pode ser recuperada, diz pesquisa


Professores creem que educação pública vai piorar nos próximos 10 anos

Crianças que frequentaram o segundo ano da pré-escola em 2020, com nove meses de atividades remotas devido à pandemia de covid-19, tiveram perda de 6 a 7 meses de aprendizagem em linguagem e matemática se comparadas àquelas que vivenciaram o mesmo período da pré-escola em 2019, com ensino presencial.

O dado sobre o ritmo de aprendizagem das crianças antes, durante e depois da pandemia mostra ainda que aquelas que frequentaram o segundo ano da pré-escola em 2022, com a volta das atividades presenciais, tiveram ganho de 1 a 2 meses, na comparação com os alunos do mesmo período letivo em 2019.

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As informações são do estudo Recomposição das aprendizagens e desigualdades educacionais após a pandemia covid-19: um estudo em Sobral/CE, produzido por pesquisadores do Laboratório de Pesquisa em Oportunidades Educacionais da Universidade Federal do Rio de Janeiro (LaPOpE).

Embora os dois grupos de crianças (2020 e 2022) tenham vivido ao menos parte da pré-escola com ensino remoto, os resultados sugerem que as ações realizadas pela rede de ensino para mitigar os impactos da pandemia surtiram efeito nas crianças que concluíram a etapa em 2022.

Apoiada pela Fundação Maria Cecilia Souto Vidigal, a pesquisa estimou os efeitos da pandemia no curto e médio prazo e traz evidências inéditas sobre a recuperação do aprendizado, com destaque para a qualidade da educação ofertada.

Para chegar aos resultados, o estudo acompanhou o desenvolvimento de 1.364 crianças matriculadas na rede pública municipal de Sobral (CE), que frequentaram o segundo ano da pré-escola entre 2019 e 2022.

A pesquisa observou que o grupo de crianças que vivenciou o segundo ano da pré-escola em 2020 – com maior período remotamente – aprendeu o equivalente a 39% em linguagem e 48% em matemática, se comparado àquele que frequentou esta etapa em 2019, de modo presencial. Já o grupo que terminou a pré-escola em 2022 aprendeu o equivalente a 111% em linguagem e 115% em matemática, na comparação com o grupo que frequentou o segundo ano da etapa em 2019.

De acordo com os pesquisadores, os resultados mostram os efeitos da reabertura das escolas sobre os ritmos de aprendizagem. As crianças do grupo de 2020, por exemplo, que vivenciaram o primeiro ano da pré-escola presencialmente, sofreram com a interrupção das atividades presenciais e a oferta remota na conclusão da etapa educacional.

Segundo Mariane Koslinski, pesquisadora do LaPOpE e uma das responsáveis pelo estudo, as incertezas da pandemia, as interrupções nas atividades, presenciais ou não, e todo o período de adaptação ao modelo remoto impactaram diretamente no ritmo de aprendizagem dessas crianças, que tiveram aprendizagem aquém daquelas que concluíram a etapa em 2019.

A pesquisadora destacou, no entanto, que a recuperação do ritmo de aprendizagem das crianças que concluíram a educação infantil em 2022 chama ainda mais atenção. “É curioso porque, como as crianças do grupo de 2020, as do ano passado também viveram parte da etapa no regime remoto”, disse Mariane, em nota.

“O que os resultados indicam é que, provavelmente, as ações da rede de educação de Sobral foram importantes para mitigar os efeitos da pandemia e acelerar o ritmo de desenvolvimento dessas crianças”, completou.

Entre as ações, a pesquisadora destacou programas de busca ativa, ampliação da oferta de tempo integral e a implementação de novo currículo para a Educação Infantil alinhado àBase Nacional Comum Curricular (BNCC).

Os pesquisadores reforçam ainda que os resultados do estudo não devem ser interpretados como um retrato do que aconteceu no resto do país. “A ausência de coordenação nacional nos anos de pandemia gerou um cenário extremamente desafiador para os gestores municipais e as respostas para os desafios da pandemia foram muito desiguais e inconsistentes quando comparamos estados e municípios pelo país”.

Para a gerente de Conhecimento Aplicado e especialista em educação infantil da Fundação Maria Cecilia Souto Vidigal, Beatriz Abuchaim, o desafio neste momento ultrapassa as esferas educacionais. “Diversas evidências mostram que a pandemia afetou desigualmente as famílias em questão de renda, acesso a serviços e a redes de apoio. Tudo isso trouxe impactos para o desenvolvimento e aprendizagem das crianças”, afirmou Beatriz, em nota.

“Nesse sentido, as ações devem ser integradas e contemplar diversas esferas e níveis de governo. A responsabilidade por montar essa estratégia não pode ser só da área de educação”, acrescentou.

Recomendações

Os pesquisadores apresentam uma série de recomendações para os gestores de diferentes níveis a fim de mitigar os problemas apontados. Para o Ministério da Educação é recomendado que haja um protagonismo na elaboração de um plano nacional de recuperação de aprendizagem com aporte de recursos e apoio técnico para guiar as ações das secretarias estaduais e municipais de educação.

Já as secretarias estaduais de educação devem, entre outros pontos, oferecer apoio técnico e financeiro para que os municípios elaborem e implementem suas estratégias. As secretarias municipais de educação, por sua vez, devem implementar programas de busca ativa de crianças com foco na educação infantil e elaborar diagnósticos sobre os efeitos da pandemia no desenvolvimento das crianças e nas taxas de abandono e evasão escolar.

Os diretores e professores podem promover maior integração entre famílias e escolas incorporando estratégias bem-sucedidas de comunicação com famílias utilizadas durante a pandemia.

Olimpíada de Astronomia prorroga inscrições até 10 de maio

A 26ª Olimpíada Brasileira de Astronomia e Astronáutica (OBA), considerada a maior olimpíada científica do Brasil, prorrogou inscrições até o próximo dia 10 para alunos de todos os anos do ensino fundamental e médio do país e do exterior, desde que frequentem escolas de língua portuguesa.

Realizada anualmente pela Sociedade Astronômica Brasileira (SAB), em parceria com a Agência Espacial Brasileira (AEB), a olimpíada acontecerá presencialmente nas escolas e em fase única, no dia 19 deste mês. Escolas públicas e particulares podem se cadastrar pelo site. Excepcionalmente, se a escola onde o aluno estuda não estiver cadastrada ou não quiser participar da olimpíada, o estudante interessado poderá recorrer à outra escola cadastrada de sua região e, com consentimento desta, realizar a prova junto a ela.

A OBA é dividida em quatro níveis, sendo os três primeiros para alunos do ensino fundamental e o quarto para os do ensino médio. A prova é composta por dez perguntas: sete de astronomia e três de astronáutica. A maioria das questões é de raciocínio lógico. As medalhas são distribuídas de acordo com a pontuação obtida em cada nível.

Os alunos e os professores podem se preparar para a prova através do aplicativo “Simulado OBA”, disponível para celulares, tablets, e computadores, e pelo site da olimpíada, que fornece vídeos explicativos, além de provas e gabaritos das edições anteriores. Conteúdos podem ser vistos no canal da olimpíada no Youtube.

Os melhores classificados na OBA participarão de processo seletivo para representar o país nas olimpíadas Internacional de Astronomia e Astrofísica e Latino-Americana de Astronomia e Astronáutica de 2024. Os participantes concorrerão ainda a vagas na Jornada Espacial, que acontece em São José dos Campos (SP). Lá, recebem material didático e assistem a palestras de especialistas.

Interesse

Segundo o astrônomo da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj) e coordenador nacional da OBA, João Batista Garcia Canalle, o objetivo é fomentar o interesse dos jovens pela astronomia, astronáutica e ciências afins, promover a difusão dos conhecimentos básicos de forma lúdica e cooperativa, através de um mutirão nacional que mobilizará alunos, professores, coordenadores pedagógicos, diretores, pais e escolas, planetários, observatórios municipais e particulares, espaços, centros e museus de ciências, associações e clubes de astronomia, astrônomos profissionais e amadores e instituições voltadas às atividades aeroespaciais.

A 25ª edição da Olimpíada Brasileira de Astronomia e Astronáutica (OBA), realizada no ano passado, totalizou 1.945 milhão de estudantes inscritos, aumento de 115% em comparação a 2021. Desse total, participaram 1.181.516 alunos, representando 12.369 escolas. Foram distribuídas 56.860 medalhas entre ouro, prata e bronze.

Foguetes

Organizada pela OBA, a 17ª Mostra Brasileira de Foguetes (Mobfog) também está com inscrições abertas até o próximo dia 10. O evento avalia a capacidade dos estudantes de construir e lançar, o mais longe possível, foguetes feitos de materiais diversos, como garrafa pet, tubo de papel ou canudo de refrigerante. Realizada tradicionalmente nas escolas, caberá aos professores a coordenação dos lançamentos dos foguetes, cuidar de todos os aspectos da segurança do evento e medir os alcances obtidos pelos foguetes em metros, entre o ponto de lançamento e onde o foguete parou.

A Mobfog tem quatro níveis e é voltada para alunos dos ensinos fundamental e médio de escolas públicas e particulares de todas as regiões do país. Jovens que concluíram o ensino médio podem participar, desde que representando a instituição na qual se formaram e com a concordância desta. O cadastro é único para a Mobfog e a OBA e deve ser feito pelo site da competição.

Os foguetes devem ser elaborados e lançados individualmente ou em equipe até 19 de maio. Entre 20 e 31 de maio, a escola deverá informar os alcances dos foguetes. Ao final, todos, incluindo professores e diretores, recebem um certificado e os estudantes que alcançarem os melhores resultados receberão medalhas.

Camilo Santana defende aprovação de PL das Fake News

O ministro da Educação (MEC), Camilo Santana, apoiou, nesta terça feira (2), a aprovação do Projeto de Lei das Fake News (PL 2.630/20), em discussão no Congresso Nacional. A declaração foi dada durante audiência pública na Comissão de Educação, Cultura e Esporte do Senado que explicou os motivos da suspensão do cronograma de implementação do novo ensino médio e apresentava a agenda estratégica do Ministério da Educação para os próximos anos.

Durante o encontro, o ministro considerou importante regular as redes sociais como forma de enfrentar o aumento da violência nas escolas brasileiras. “Sabemos que isso é resultado de uma cultura que, infelizmente, nos últimos anos, tem sido estimulada através da violência, da aquisição de armas, da intolerância, da falta de regulamentação das plataformas digitais do país. Inclusive é importante essa discussão que está sendo tomada hoje para aprovação da chamada lei das Fake News, aqui no Congresso Nacional”.

Ao apresentar aos senadores o balanço das Políticas Integradas de Proteção ao Ambiente Escolar, adotadas pelo Grupo de Trabalho Interministerial (GTI), coordenado pelo próprio MEC, o ministro Camilo Santana apontou para 3.115 ações de segurança e implantação de apoio psicossocial nas instituições de ensino. “Há um problema de saúde mental que precisamos enfrentar”, defendeu o ministro. 

Entre as ações de curto e médio prazos adotadas pelo GTI, o ministro relembrou que existe um canal de denúncias do Ministério da Justiça e o Disque 100 do Ministério dos Direitos Humanos e Cidadania para a população comunicar casos suspeitos de novas violências e que o MEC disponibilizou uma cartilha online com orientações aos profissionais da educação e à sociedade.

De acordo com o ministro, a Operação Escola Segura, do Ministério da Justiça já resultou em 356 pessoas detidas (entre adultos presos e adolescentes apreendidos); na condução de 1.574 suspeitos, 358 buscas e apreensões e 3.342 boletins de ocorrência nos estados. 

O senador Paulo Paim (PT-RS) parabenizou as iniciativas. “A Operação Escola Segura, que o senhor lidera, juntamente com o Ministério da Justiça e Segurança Pública, está cumprindo um papel fundamental e haveremos de avançar”.

UFRJ reunirá pesquisadores para discutir desigualdades


Professores creem que educação pública vai piorar nos próximos 10 anos

A Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) promove, no próximo dia 12, no Museu do Amanhã, no Rio, o evento “Internacionaliza UFRJ 2030”, que reunirá pesquisadores da instituição que desenvolveram trabalhos no exterior e, também, cientistas internacionais para discutir temas como sustentabilidade e desigualdades. Será das 9h às 18h. A entrada é gratuita. Haverá tradução simultânea.

Falando à Agência Brasil, a arquiteta, urbanista e professora da UFRJ, Ethel Pinheiro, integrante da comissão organizadora da iniciativa, disse que os dez pesquisadores da instituição que participarão do encontro, entre docentes e doutorandos, vão mostrar o que fizeram quando foram beneficiados por uma bolsa de mobilidade acadêmica – “uma pesquisa desenvolvida através de uma parceria internacional”. Um dos relatos de experiências vividas na pesquisa internacional será o do editor-executivo da MIT Technology Review Brasil, Rafael Coimbra, que observou os impactos da Inteligência Artificial e do metaverso na saúde mental.

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O Internacionaliza UFRJ 2030 celebra a internacionalização da universidade por meio de bolsas de mobilidade e auxílio pelo Programa Capes-Print, criado em 2017 e destinado a doutorandos, docentes e técnicos de pós-graduações das universidades públicas do Brasil. A promoção debaterá duas grandes áreas ligadas aos Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS) da Organização das Nações Unidas (ONU).

Áreas de interesse

Ethel Pinheiro informou que as áreas de interesse selecionadas pela UFRJ no Capes-Print foram combate às desigualdades e a proteção à vida. Esclareceu que, embora os palestrantes estrangeiros tenham quatro áreas temáticas diferentes, “as quatro falam de desigualdades ou de proteção à vida”.

A pediatra Ruth Etzel, da Milken Institute School of Public Health, dos Estados Unidos, por exemplo, falará sobre os efeitos da exposição à poluição do ar na incidência de doenças em crianças. A especialista é reconhecida por investigar esses impactos em diferentes cidades do planeta. “Ela fala sobre como lidar com viroses, inclusive em países latino-americanos e saúde da criança”, disse. Outro professor, Niels Albertsen, da Aarhus School of Architectures, da Dinamarca, referência sobre urbanismo e ciências sociais nos países da Escandinávia e Europa, apresentará sua visão de como modernizar e “ecologizar” cidades contemporâneas para superar os dilemas urbanos.

Ethel admitiu que os dois temas selecionados pela UFRJ abrangem outras áreas, como saúde, segurança alimentar e poluição, entre outras. “Na verdade, abrangem tantas áreas que são as faculdades que nós temos: arquitetura, urbanismo, sociologia, psicologia, bioquímica, medicina e geografia. São muitas”, esclareceu.

Micro palestras

Apesar de ser realizado em um único dia, Ethel informou que os palestrantes estrangeiros permanecerão no Rio e realizarão micro palestras para a comunidade acadêmica de pós-graduação da UFRJ, nos dias 15 e 16 de maio. “Eles estarão circulando pela UFRJ, falando do que sabem e construindo conhecimento”. O roteiro está no Instagram da UFRJ. Será possível também assistir às palestras internacionais após o evento, neste endereço.

Estarão também entre os palestrantes estrangeiros o diretor do Departamento de Contabilidade e Finanças da Universidade de Granada, na Espanha, Manuel Bolivar, que falará sobre “Transparência governamental e participação cidadã para alcançar cidades mais inclusivas”; e o presidente do Comitê Internacional de Microbiologia Alimentar e professor da Universidade de Gante, na Bélgica, Andreja Rajkovic, que abordará os riscos para a segurança alimentar causados pelo acúmulo de plástico em ecossistemas, o que cria uma comunidade complexa de microrganismos, chamada plastisfera.

A programação do evento pode ser acessada aqui.

Fla se isola na ponta do Brasileirão Feminino ao derrotar Ferroviária


Professores creem que educação pública vai piorar nos próximos 10 anos

Ferroviária e Flamengo iniciaram a 10ª rodada do Brasileirão Feminino A1 empatados na liderança, mas terminaram separados por duas posições. Após o triunfo da equipe carioca por 2 a 1 neste domingo (7), na Arena Fonte Luminosa, em Araraquara, o Rubro-Negro se isolou na ponta, com 27 pontos, enquanto as Guerreiras Grenás acabaram ultrapassadas pelo Corinthians: agora ocupam a terceira posição com 24 (o Timão tem 25). Crivelari e Darlene – nos minutos finais da partida – marcaram para o Flamengo, enquanto Aline Gomes descontou.

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O Flamengo teve as melhores oportunidades na primeira etapa. Aos 35 minutos, Duda foi derrubada na área. Pênalti que Darlene cobrou no travessão. Porém, nos acréscimos da metade inicial, o gol rubro-negro saiu. Darlene lançou Crivelari na área, ela dominou na coxa e, mesmo bem marcada, tocou na saída de Luciana para marcar.

No segundo tempo, a Ferroviária chegou ao empate aos 17. Patricia Sochor, que havia entrado literalmente segundos antes, fez grande lançamento para Aline Gomes em seu primeiro toque na bola. Ela não desperdiçou: tocou na saída de Bárbara e igualou.

Pouco depois, as donas de casa ficaram com dez após o segundo cartão amarelo e a consequente expulsão de Camila Silva. A insistência do Flamengo para sair vitorioso deu resultado aos 50 minutos, no meio do caminho dos oito minutos de acréscimos. Após bate-rebate na área, a bola sobrou para Darlene – que havia desperdiçado o pênalti no primeiro tempo – e ela acertou o ângulo para decretar a vitória rubro-negra.

O resultado interrompeu uma sequência de cinco vitórias seguidas das Guerreiras Grenás, mas estendeu uma outra ainda maior: o Flamengo alcançou nove triunfos consecutivos. O time foi derrotado pelo Santos na estreia e desde então só venceu.

Corinthians sobra diante do São Paulo

O clássico Majestoso foi de domínio total de um lado. Na manhã deste domingo, o Corinthians, atuando como visitante em Cotia, definiu a partida contra o São Paulo nos primeiros 45 minutos. O placar de 3 a 0 foi todo construído antes do intervalo. Logo aos seis, após falta levantada na área, Tarciane aproveitou o rebote da goleira Carlinha para inaugurar o placar. Aos 30, Yasmin acertou um chute perfeito em cobrança de falta e ampliou. E aos 48, após nova bola levantada na área, Luana pegou a sobra e marcou de calcanhar.

O resultado levou as Brabas à vice-liderança, com 25 pontos. Já o Tricolor tem 15 pontos, em sétimo.

O domingo (7) teve mais três jogos: o Avaí/Kindermann derrotou o Atlético-MG por 3 a 2 em Caçador; o Real Brasília bateu o Ceará por 2 a 1 em casa; e o Real Ariquemes derrotou o Bahia por 3 a 1 no Estádio de Pituaçu, em Salvador..

* Texto atualizado às 20h10 para acréscimo do resultado do duelo Bahia x Real Ariquemes.

São Paulo faz 2 a 0 no Internacional e sobe para o G4 do Brasileirão


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Com um gol em cada tempo, o São Paulo derrotou o Internacional por 2 a 0 na tarde deste domingo (7) e subiu provisoriamente para a quarta posição do Campeonato Brasileiro. O Tricolor, que iniciou a competição com derrota para o Botafogo na abertura, emendou três jogos de invencibilidade ao marcar com Luciano e Pablo Maia e agora tem 7 pontos. O Colorado, que começou a rodada com a mesma pontuação, acabou ultrapassado pelo rival no critério saldo de gols.

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O São Paulo, empurrado por quase 47 mil torcedores, abriu o placar aos 32 da primeira etapa. A arbitragem apitou pênalti em toque de mão de Igor Gomes dentro da área. Luciano foi para a cobrança, o goleiro Keiller defendeu e no rebote o próprio Luciano marcou.

No segundo tempo, o Tricolor paulista ampliou com uma belíssima jogada individual de Pablo Maia. O volante são-paulino passou pela marcação, cortou para a esquerda e, ao perceber Keiller adiantado, chutou por cobertura para fazer um golaço, aos 24 minutos, dando números finais à partida.

Na próxima rodada, o Internacional entra em campo na quarta (10) para receber o Athletico Paranaense no Beira-Rio. Já o São Paulo visita o Fortaleza no dia seguinte.

Furacão vence Flamengo de virada

Na Arena da Baixada, em Curitiba, o Athletico Paranaense saiu atrás no placar diante do Flamengo. Aos 14 minutos, Everton Cebolinha foi derrubado na área. Pênalti que Gabi cobrou e converteu.

No entanto, na reta final da primeira etapa, as coisas começaram a mudar de figura para o Furacão. Fernandinho tentou encontrar Vitor Roque dentro da área com um cruzamento pela direita. A bola saiu forte e o atacante não conseguiu dominar. No entanto, o desvio do jogador na bola foi suficiente para marcar, já que o goleiro Santos saiu antecipadamente do gol e foi traído pelo toque inesperado de Vitor Roque.

Na segunda etapa, o Athletico seguiu ameaçando, até marcar aos 34. Khellven foi lançado pela direita e cruzou rasteiro para a área. Santos fez a defesa de forma apenas parcial e Erick, sozinho de cara para o gol, marcou no rebote.

Com o resultado, o Furacão alcançou os seis pontos. O Flamengo – que sofreu o terceiro revés consecutivo na competição – tem apenas três pontos e pode encerrar a rodada na zona de rebaixamento. O próximo duelo do Rubro-negro carioca é contra o Goiás, na quarta (10).

Bahia faz 3 a 1 no Coritiba

Na Arena Fonte Nova, em Salvador, o Bahia deu continuidade à recuperação depois de duas derrotas nas primeiras duas rodadas e venceu o segundo jogo seguido ao bater o Coritiba por 3 a 1. No primeiro tempo, após jogada pela esquerda de Matheus Bahia, o cruzamento foi completado para o gol por Victor Luís, que acabou marcando contra para o Tricolor baiano.

Na segunda etapa, o Coxa empatou com um golaço de fora da área de Boschilia, mas os donos da casa logo retomaram a frente do placar com gols de Biel e David Duarte.

O Bahia agora soma seis pontos, enquanto o Coritiba soma apenas um em quatro, ocupando a penúltima posição.

Na próxima rodada, o Bahia visita o Santos, na quarta (10), enquanto o Coritiba enfrenta o Vasco em casa, na quinta (11).

América segue sem pontuar após derrota para o Cuiabá

No duelo que abriu a rodada de domingo, o Cuiabá foi até o Estádio Independência, em Belo Horizonte e derrotou o América, de virada, por 2 a 1. O Coelho abriu o placar com um gol de peito de Aloisio na primeira etapa e estava na frente até os 39 do segundo tempo, quando o Cuiabá igualou com gol contra de Marlon, desviando inadvertidamente um cruzamento da esquerda. Aos 44, o goleiro Matheus Cavichioli foi expulso ao frear jogada do América fora da área com a mão. Na cobrança, Ronald marcou com um chute colocado que venceu o goleiro improvisado Danilo Avelar, que foi para as redes porque o Coelho não podia fazer mais substituições.

O triunfo foi o primeiro do Cuiabá no campeonato, levando o Dourado a quatro pontos. Já o América tem quatro jogos e quatro derrotas, em último.

Os dois times entram em campo na quarta: o América atua fora de casa diante do Bragantino e o Cuiabá recebe o Atlético-MG.

Beth Gomes quebra recorde mundial paralímpico no lançamento de dardo


Professores creem que educação pública vai piorar nos próximos 10 anos

Ouro na Paralimpíada de Tóquio, a santista Beth Gomes quebrou neste domingo (7) o próprio recorde mundial no lançamento de dardo, ao cravar a distância de 13,89 metros, exatos 20 centímetros a mais que a obtida por ela em março.  A multicampeã da classe F53 (cadeirantes) bateu a marca durante a segunda etapa do Circuito Loterias Caixa, no Centro de Treinamento Paralímpico (CT), em São Paulo. 

“Sinceramente, não esperava este recorde. Mas quando o dardo sai da mão, você já percebe que vai vir uma marca boa. Estou muito feliz, até porque acho que dá para melhorar ainda mais”, comemorou a atleta, em depoimento ao Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB).

O ano tem sido exitoso para a atleta de 58 anos, mesmo após ter passado por uma reclassificação funcional do Comitê Paralímpico Internacional (IPC) que a inseriu na classe F53.  A banca da entidade justificou a mudança após avaliar a funcionalidade dos membros da atleta, concluindo que ela teria tônus muscular no tronco podendo competir numa classe acima. 

A segunda etapa do Circuito  Loterias Caixa foi a última oportunidade de os atletas atingirem o índice para classificação ao Mundial de Paris, programado para o período de 8 a 17 de julho.  Além da atleta, o país poderá levar até 50 competidores, independente do gênero. A convocação deve sair após 15 de maio. 

“Tivemos a confirmação de bons resultados de vários atletas, com índices para o Mundial ou boa classificação no ranking internacional”, afirmou João Paulo Cunha, coordenador do atletismo no Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB). 

Diagnosticada com esclerose múltipla em 1993, Beth Gomes estava desde 2018 na classe F52 (maior comprometimento motor). Foi nesta classe que ela faturou o ouro na Paralimpíada de Tóquio e superou recordes mundiais (disco e arremesso de peso) que seguem vigentes.

O recorde anterior da atleta ainda não consta no site do Comitê Paralímpico Internacional (IPC, na sigla em inglês). A marca divulgada pela entidade foi estabelecida durante os Jogos Paralímpicos de Tóquio 2020, pela ucraniana Iana Lebiedieva, que, na ocasião, realizou o lançamento de 11,89m.

Bia Haddad é campeã de duplas do Masters Madrid e subirá ao top 10


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A brasileira Beatriz Haddad faturou neste domingo (7) o título de duplas do Masters 1000 de Madrid, ao lado da bielorrussa Victoria Azarenka. Elas dominaram a final contra as favoritas norte-americanas Coco Gauf e Jessica Pegula, vencendo por 2 sets a 0 (parciais de 6/1 e 6/4). O triunfo em Madrid é o maior na carreira de Bia, que ingressará pela primeira vez no top 10 do ranking mundial de duplas – a paulista iniciou o torneio da 20ª posição – que será divulgado pela WTA (sigla em inglês de Associação Feminina de Tênis) nesta segunda-feira (8).

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“Muito feliz pelo título e pelo top 10 de duplas, mas mais feliz ainda pela forma como atuei. Consegui jogar o meu jogo e me impor nos momentos importantes, estou bastante contente em como encarei as partidas durante toda a semana. Muito bom também aprender e compartilhar essas semanas com a Vika, que é uma jogadora grande que tem uma mentalidade muito bacana e uma atitude muito legal nos momentos importantes da partida. Por fim, gostaria de dedicar o título à minha madrinha Teté, a Telma, que faz aniversário hoje e é uma pessoa muito especial na minha vida”, disse a brasileira, logo após a conquista do título.

No ano passado, a canhota paulista, de 26 anos, já havia se destacado ao conquistar os dois principais títulos de simples da carreira  – WTA 250 de Nottingham e o de Birmingham – além do vice-campeonato no WTA 1000 de Toronto. Pelo desempenho ao longo de 2022, Bia foi contemplada com o Prêmio de Melhores do Ano da WTA, por ter sido a tenista que mais evoluiu na temporada: pulou da 82ª para a 15ª posição.  

A brasileira é forte candidata a representar o país na Olimpíada de Paris 2024. O ranking da WTA no dia 10 de junho de 2024 definirá as 28 classificadas para os Jogos, sendo respeitado o limite máximo de quatro vagas por país. Há ainda outras três que serão distribuídas pela Federação Internacional de Tênis (IFT), levando em conta os resultados deste ano dos Jogos Pan-Americanos de Santiago (Chile), Jogos Asiáticos e Jogos Africanos. 

O próximo compromisso da brasileira será o Masters 1000 de Roma, com início nesta segunda-feira (8). Na atual temporada, Bia foi vice-campeã de duplas do WTA 1000 de Indian Wells, ao perder a final para as thecas Barbora Krejcikova e Katerina Siniakova.

* Texto atualizado às 16h39 para acréscimo do depoimento de Bia Haddad.