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Canadá sofre gol olímpico, mas vira sobre Irlanda no grupo B da Copa

Canadá sofre gol olímpico, mas vira sobre Irlanda no grupo B da Copa


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Após duas rodadas, a estreante Irlanda já não tem mais chances de avançar na Copa do Mundo da Austrália e da Nova Zelândia. No entanto, já deixou uma marca na história: na derrota por 2 a 1 para o Canadá, nesta quarta (26), em Perth (Austrália), a meio-campista Katie McCabe abriu o placar com um golaço olímpico, apenas o terceiro na história das Copas (feminina e masculina). Um gol contra da irlandesa Connolly abriu o placar no primeiro tempo, e na volta do intervalo Leon virou para as canadenses, atuais campeãs olímpicas. Com o triunfo, o Canadá chegou ao quatro pontos e lidera momentaneamente o Grupo B. As irlandesas, sem pontos, estão eliminadas.

Ainda nesta quarta, às 22h (horário de Brasília), tem duelo de peso pelo grupo E. Estados Unidos e Holanda, que fizeram a final da última edição, na França (2019), se enfrentam em Wellington, capital da Nova Zelândia, com a ponta da chave em jogo. Ambas as seleções venceram na primeira rodada.

O primeiro lance de destaque do jogo foi logo o mais impressionante. Aos três minutos, Katie McCabe cobrou escanteio pelo lado direito do ataque irlandês. A batida com a perna esquerda, com efeito, encobriu a goleira Kailen Sheridan e entrou no canto direito da meta. Um golaço inesquecível.

Com a vantagem precoce no placar, a Irlanda colocou em prática a estratégia de dar a bola para as adversárias e esperar por boas oportunidades para atacar. O Canadá, mesmo com domínio da posse, criava pouco, enquanto a seleção europeia levava perigo com mais frequência. Carusa foi lançada em um lance na entrada da área e chutou cruzado para defesa de Sheridan.

O Canadá assustou quando a zagueira Gilles, na pequena área, completou por cima do gol após jogada aérea. No entanto, no último dos cinco minutos de acréscimo da primeira etapa, as canadenses foram presenteadas quando Connolly, ao tentar cortar a jogada pela esquerda, acabou desviando a bola para o próprio gol e marcando contra, surpreendendo a goleira Brosnan.

Canadá muda e vira após intervalo

Após o intervalo, a técnica do Canadá, Beverly Priestman, apostou em três trocas de uma vez. Uma das atletas a entrar foi a veterana Christine Sinclair, de 40 anos, que, assim como Marta, busca ser a primeira jogadora a marcar em seis edições de Copa. As mudanças surtiram efeito e o Canadá passou a criar e finalizar mais, rapidamente superando a Irlanda em chutes a gol.

A virada veio aos oito. Leon recebeu na entrada da área, no meio da defesa irlandesa e, na raça, finalizou com a ponta da chuteira para bater Brosnan.

Daí em diante o jogo ficou mais aberto, embora o Canadá levasse mais perigo. Sinclair teve pelo menos duas boas chances de marcar seu gol histórico, mas não conseguiu. No lado irlandês, McCabe quase marcou outro gol antológico após jogada individual em que driblou três adversárias.

Ao fim, as canadenses respiraram aliviadas com a vitória suada, enquanto as irlandesas choraram a eliminação precoce.

A segunda rodada do grupo B ainda será finalizada com o duelo entre Austrália e Nigéria, nesta quinta (27), às 7h de Brasília, em Brisbane. Uma vitória das donas da casa significa a classificação antecipada para as Matildas. Como qualquer resultado levará uma das equipes a pelo menos quatro pontos, a Irlanda não tem mais como chegar às duas primeiras posições da chave.

A classificação final do grupo B será decidida na terceira e derradeira rodada da chave. Na segunda (31), Canadá e Austrália se enfrentam em Melbourne, enquanto Nigéria e Irlanda medem forças em Brisbane.

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Copa do Mundo: Lauren afirma que espera confronto duro com a França


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Após golear o Panamá na sua estreia da Copa do Mundo, o Brasil tem um grande desafio na segunda rodada do Grupo F da competição, a França. E o confronto com uma das principais equipes europeias da atualidade é o foco das atenções das jogadoras brasileiras, entre elas a zagueira Lauren, que falou do assunto em entrevista coletiva concedida nesta quarta-feira (26).

“A França é uma equipe muito forte, uma das tops do mundo, mas a nossa equipe também é uma equipe fortíssima. É o principal confronto do nosso grupo, e temos totais condições de reverter o histórico em relação à França [as equipes já se enfrentaram em duas oportunidades em mundiais, com uma vitória das francesas e um empate]. Então, vai ser um jogo muito duro, que vai ser resolvido nos detalhes ofensivos e defensivos, mas temos totais condições de fazer um grande jogo e sair com a vitória”, afirmou.

Segundo Lauren, a vitória na estreia foi fundamental para a equipe brasileira, que agora chega com menos ansiedade para os próximos compromissos: “Essa estreia trouxe confiança para o grupo. O que é muito importante, além de termos vencido, termos feito um bom jogo, termos sido consistentes, realmente ganhamos confiança para o próximo jogo”.

Na entrevista, a jogadora de 20 anos, que estreou em uma Copa do Mundo na goleada de 4 a 0 sobre as panamenhas da última segunda-feira (24), também explicou como lidou com o nervosismo para entrar no gramado: “No dia anterior [ao jogo], eu realmente estava um pouco mais nervosa, mas no dia do jogo segui meus rituais habituais que costumo fazer antes de cada partida, assim como faço em outros jogos. Acredito que isso me tranquilizou um pouco. Mas entrar em campo, ir para o aquecimento, e ver que o estádio era quase todo brasileiro, verde e amarelo, facilitou muito. Pudemos sentir um pouquinho do Brasil, nos sentir em casa, e isso me deixou muito mais confortável”.

A seleção canarinho enfrenta a França a partir das 7h (horário de Brasília) do próximo sábado (29) no Estádio de Brisbane, na Austrália.

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Nova lei retoma política nacional de educação em tempo integral


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A criação do Programa Escola em Tempo Integral representa uma retomada da política nacional para ampliação de matrículas no ensino em tempo integral, segundo avaliam os especialistas ouvidos pela Agência Brasil. A lei que cria o programa será sancionada em breve.

A nova legislação regulamenta o repasse de recursos e de assistência técnica da União para estados, Distrito Federal e municípios, visando ampliar o número de vagas nessa modalidade de ensino, que prevê uma jornada igual ou superior a 7 horas diárias, ou 35 horas semanais. Segundo o Ministério da Educação (MEC), serão investidos R$ 4 bilhões no programa, que tem a meta de criar, até o ano de 2026, 3,6 milhões de novas vagas, sendo 1 milhão de novas matrículas logo na primeira etapa.  

Retomada

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Para a diretora da Associação Cidade Escola Aprendiz, Natacha Costa, a lei representa a retomada de uma agenda nacional para escolas em tempo integral, uma vez que o programa sofreu uma redução a partir do governo de Michel Temer.  

“Temer transformou o Programa Mais Educação no Programa Novo Mais Educação, este com foco apenas em reforço escolar. Então, houve um reducionismo da concepção do programa. Além disso, o investimento caiu drasticamente. O Programa Mais Educação foi reduzido e depois descontinuado. Bolsonaro extinguiu o programa”, destacou a especialista da organização que, há mais de 25 anos, atua na área da educação no Brasil.  

Natacha acrescentou que o governo federal, nesse período, decidiu investir apenas na ampliação da jornada do ensino médio através do Novo Ensino Médio. Já entre os governos estaduais, ela registra que as iniciativas de ampliação da jornada no ensino médio tiveram o apoio de institutos e fundações privadas.

Segundo Natacha, a política de escolas em tempo integral ganhou dimensão nacional pela primeira vez em 2007, com a criação do Programa Mais Educação. Em 2014, o Plano Nacional de Educação (PNE) estabeleceu como meta que 50% das escolas do país devem oferecer ensino em tempo integral, com 25% dos alunos matriculados nessa modalidade até o final de 2024.   

Porém, entre 2015 e 2021, o percentual de alunos de escolas públicas em tempo integral caiu de 18,7% para 15,1% do total de matrículas, segundo levantamento da Campanha Nacional pelo Direito à Educação feito com dados do Censo Escolar do MEC. Com isso, o Brasil está a 10 pontos percentuais de atingir a meta do PNE.  

Recursos

Para a União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação (Undime), a política nacional de escola em tempo integral sofreu nos últimos anos devido à falta de investimentos.  

“Nesse período, a falta de investimentos e de um olhar para essa questão fez com que ou se paralisasse ou se caminhasse a passos muito curtos. Você também não teve um olhar para o financiamento de outras políticas, como da alimentação escolar e da reorganização do transporte. Isso gerou uma falta de estímulo e até um efeito paralisia porque os municípios e estados não tiveram recursos para arcar com todo esse custo”, destacou o presidente da Undime, Luiz Miguel Garcia, que também é dirigente municipal de educação do município de Sud Mennucci (SP).  

Garcia acrescentou que a criação do Programa Escola em Tempo Integral é importante, sendo fundamental que haja um ajuste no financiamento.

“Esse é o elemento central. Nós temos aí todo um processo de capacitação, de estruturação de equipe, de pessoal e de proposta pedagógica. Mas tudo isso passa pela garantia do financiamento. Sem essa garantia, a gente não consegue avançar em nenhum desses outros pontos.” 

Os recursos já anunciados para a política de escola em tempo integral não devem ser suficientes, segundo avaliação do presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE), Heleno Araújo.  

“Se o Tribunal de Contas da União (TCU) fiscalizou e encontrou que mais da metade das escolas são inapropriadas, R$ 4 bilhões nos quatro anos do programa são suficientes para recuperar essas escolas?”, questionou o presidente do CNTE, para quem é preciso recuperar as escolas que existem e criar novas para o tempo integral.  

Heleno se referiu a fiscalização do TCU que concluiu que 57% das escolas públicas são inapropriadas.  

Araújo ponderou ainda que a nova legislação é importante e necessária, mas que falta uma base normativa mais sólida para sustentar programas como esse que, segundo ele, ficam à mercê do governo “de plantão”. Ele citou a ausência de uma lei para o sistema nacional de educação “que nós entendemos que deve articular as questões financeiras e técnicas entre os entes federados” e a ausência de leis locais para gestão democrática da educação brasileira. “São leis fundamentais para você articular os sistemas de ensino federal, estaduais, distrital e municipais”, opinou. 

Matéria alterada às 8h30 do dia 26/07 para acréscimo do quinto parágrafo. Alterada também às 9h17 para correção no primeiro parágrafo: o presidente Lula sancionaria a lei nesta quarta-feira (26), mas a agenda foi cancelada por problemas de saúde.

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Espanha e Japão se garantem nas oitavas de final da Copa do Mundo


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O sétimo dia da Copa do Mundo de futebol feminino começou com a classificação para as oitavas de final das seleções da Espanha, com uma goleada de 5 a 0 em Zâmbia, e do Japão, com vitória de 2 a 0 sobre a Costa Rica. As duas partidas, disputadas nesta quarta-feira (26), foram válidas pelo Grupo C da competição.

Com os triunfos alcançados nesta quarta, tanto a seleção espanhola como a japonesa chegaram aos 6 pontos e não podem mais ser alcançadas pelas equipes de Zâmbia e da Costa Rica, que permanecem sem pontuar na chave.

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No primeiro confronto do dia, o Japão construiu sua vitória na etapa inicial no estádio de Dunedin, na Nova Zelândia. Aos 24 minutos Tanaka tocou para Naomoto, que abriu o placar com finalização cruzada. Dois minutos depois Fujino fez jogada individual para deixar o seu com um chute no ângulo.

Já no Eden Park, na Nova Zelândia, a Espanha abriu o placar cedo com um belo chute de fora da área de Teresa Abelleira aos nove minutos do primeiro tempo. Ainda na etapa inicial, aos 13, a camisa 10 Jennifer Hermoso ampliou de cabeça.

O terceiro saiu aos 24 da etapa final, quando a atacante Alba Redondo recebeu lançamento longo, avançou com liberdade, driblou a goleira e bateu para o fundo da meta. Um minuto depois a seleção espanhola emplacou nova jogada de contra-ataque, a goleira acabou dando rebote em uma primeira finalização e Jennifer Hermoso ficou livre para marcar pela segunda vez. O placar foi fechado aos 40 minutos, quando Eva Navarro deu passe na área para Alba Redondo, que voltou a superar a goleira Sakala.

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Grêmio recebe Flamengo em jogo de ida da semifinal da Copa do Brasil


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Grêmio e Flamengo começam a decidir nesta quarta-feira (26) seus destinos na Copa do Brasil. Velhos conhecidos em mata-matas da competição, os times se enfrentam em Porto Alegre (RS) no jogo de ida das semifinais. Os gaúchos, pentacampeões da Copa do Brasil, só perderam em casa uma vez este ano: para o Botafogo, no último dia 9, pelo Brasileirão. Já o Rubro-Negro, tetracampeão, ganhou em casa do rival gaúcho (3 a 0) em junho. O confronto na Arena Grêmio, às 21h30 (horário de Brasília), terá transmissão ao vivo da Rádio Nacional, com narração de André Luiz Mendes, comentários de Waldir Luiz e reportagem de Bruno Mendes.  O jogo da volta será dia 16 de agosto, no Maracanã.

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Das oito vezes que tricolores e rubro-negros  estiveram frente a frente em fases mata-mata da Copa do Brasil, foram quatro classificações para cada lado. Em 1997, o embate foi na final e o Grêmio levou a melhor, levantando a taça. Nesta edição, a equipe gaúcha, comandada pelo técnico Renato Portaluppi, avançou à semi nos pênaltis, após dois empates consecutivos contra o Bahia. O time chega embalado para o embate após ter vencido o Atlético-MG em casa no último sábado (22) – como consequência retornou à vice-liderança do Brasileirão. . 

O Tricolor deve ir a campo com Gabriel Grando; Bruno Uvini, Bruno Alves e Kannemann; João Pedro, Villasanti , Carballo e Reinaldo; Bitello e Cristaldo; Luis Suárez (André Henrique).

O Flamengo, comandado pelo técnico argentino Jorge Sampaoli, garantiu presença na semi após derrotar o Athletico-PR. O time vem oscilando nos últimos jogos. No sábado (22) empatou com o então lanterna América-MG em 1 a 1, no Maracanã, e acabou cedendo a vice-liderança do Brasileirão ao Grêmio. 

A equipe deve começar jogando com Matheus Cunha, Wesley, Fabrício Bruno, Léo Pereira e Ayrton Lucas; Allan, Victor Hugo, Everton Ribeiro e Arrascaeta; Bruno Henrique e Gabigol.

* Colaboração de Pedro Dabés (estagiário) sob supervisão de Paulo Garritano.

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Jogos Mundiais Universitários – Dia 2, rumo a Chengdu, na China


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Na madrugada desta terça-feira (25) mais um grupo de atletas, técnicos e dirigentes da Confederação Brasileira de Desporto Universitário embarcou para Chengdu (China) para participar dos Jogos Mundiais Universitários de Verão. O avião fará uma escala em Addis Abeba (Etiópia) e a previsão de chegada na Ásia é às 15h45 (horário de Brasília) de quarta (26). A Confederação Brasileira de Desporto Universitário (CBDU) convidou a EBC para participar da cobertura, como integrante da delegação (atletas e equipe técnica). Estaremos com o Time UBrasil durante 17 dias de competições, acompanhando mais de 150 atletas em 11 modalidades. A abertura do evento será na próxima sexta-feira (28).  

O último dia no Brasil antes da viagem foi atarefado. Café da manhã bem cedinho, todos prontos, e já uniformizados, para ir ao Consulado Geral da República Popular da China tirar o visto. O procedimento foi rápido, mas antes, como a delegação chegou na fila com bastante antecedência para a entrada no local, deu tempo de sobra para conversar, assistir à vitória da seleção brasileira feminina sobre o Panamá na Copa, acompanhar o Mundial de natação e até chamar um motorista da Uber para levar uma encomenda a um amigo.

Felipe Izidoro - fila do Consulado da China antes do embarque para Chengdu, na China, para os Jogos Mundiais Universitários

Medalhista sul-americano Sub-20 e Sub-23, além de tetracampeão brasileiro, o paranaense Felipe Izidoro da Silva (com camisa do Brasil na foto) aguarda na fila do Consulado da China antes de embarcar para Chengdu, na China, para os Jogos Mundiais Universitários – Maurício Costa/Direitos Reservados

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Como assim chamar um Uber? Felipe Izidoro da Silva, atleta de salto triplo, trouxe uma lembrança para um amigo de São Paulo e aproveitou a espera para resolver a entrega do presente. Medalhista sul-americano Sub-20 e Sub-23, além de tetracampeão brasileiro, o paranaense de Foz do Iguaçu espera equilíbrio na competição.

“Eu sei que vai ter ótimos atletas lá, de alto nível, que se igualam ao meu nível, atletas melhores que eu. A minha expectativa é de melhorar minha marca pessoal e trazer ótimos resultados para a minha cidade, meu estado e para o Brasil, e quem sabe ser medalhista”.

Felipe pratica atletismo há cinco anos e sua melhor marca na carreira é 16,16 metros. Ele entra na pista a partir do dia 1º de agosto. Com 1,90m de altura, ele sabe que vai travar uma leve batalha até chegar a Chengdu, já que as poltronas dos aviões nem sempre são espaçosas para quem cresceu um pouco mais que a média.

“É difícil. Eu já peguei vôo com um pouco menos de 27 horas e é um pouco cansativo, mas vale o esforço”

Depois de receberem o visto no Consulado, os atletas foram liberados, almoçaram e se reapresentaram no hotel da delegação às 16h, para fazer o teste de covid-19. Terminado o procedimento, era hora de arrumar as malas, enfrentar mais fila para fazer o check-in, esperar o avião chegar e dar tchau ao Brasil, no Aeroporto Internacional de Guarulhos, para uma longa viagem até o Oriente.

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Dossiê mostra falta de direitos básicos para pós-graduandos no Brasil


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Embora participem de 90% da produção científica no Brasil, os estudantes de pós-graduação não têm o tempo de estudo contabilizado como ocupação profissional, e desta forma, esse período é descartado na contagem para aposentadoria pela Previdência Social. Essa é uma das observações do Dossiê Florestan Fernandes – Pós-Graduação e Trabalho no Brasil, da Associação Nacional de Pós-Graduandos (ANPG). 

Em entrevista nesta terça-feira (25) à Agência Brasil, o presidente da ANPG, Vinicius Soares, doutorando em saúde coletiva da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), argumentou que o pós-graduando tem uma situação muito especial “porque, ao mesmo tempo que já é um profissional formado, já é um trabalhador, ele também está em uma formação continuada, meio híbrida, entre estudante e trabalhador”.

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A partir do dossiê, a ANPG está pleiteando para os pós-graduandos uma cesta de direitos básicos, que contemple direitos como estudante e também os trabalhistas, como um adicional por insalubridade para pós-graduandos que fazem cultura em laboratório e ficam suscetíveis a elementos químicos, por exemplo. “Os pós-graduandos ainda não têm esse direito”. 

Soares explica que o dossiê está sendo oferecido à comunidade científica para servir de base a um debate com toda a sociedade, visando aprovar essa cesta de direitos ainda este ano. O pacote incluiria bolsa de estudos, tempo previdenciário, adicional de insalubridade, férias, direito à assistência estudantil, necessários para garantir a valorização desses jovens pesquisadores, elenca o presidente da ANPG.

Na análise de Vinicius Soares, o ponto mais importante do dossiê é garantir, no próximo período, a contagem de tempo da pós-graduação para a Previdência. “É a principal pauta e a gente entende como uma necessidade histórica, para a gente trazer o Brasil para o século 21. A gente agora vai precisar reconstruir o país, porque a ciência vai precisar ser um elemento estruturante dessa reconstrução. Mas só vamos conseguir fazer isso se, de fato, a gente valorizar esses jovens pesquisadores e permitir que eles saiam da universidade com seus títulos, e a gente consiga atrair novos talentos para a produção científica”.

O dossiê ressalta que apenas dois direitos já são assegurados por leis federais aos pós-graduandos: a meia-entrada em eventos culturais e esportivos e a licença maternidade.

O levantamento foi apresentado durante o 18º Encontro Nacional de Jovens Cientistas, realizado em conjunto com a 71ª Reunião Anual da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC). O dossiê resultou de ampla pesquisa promovida pela ANPG em parceria com o Centro de Estudos e Memória da Juventude (CEMJ).

Desvalorização

O quadro traçado pelo dossiê aponta para uma desvalorização do jovem cientista no país. Isso tem causado, pelo menos, dois fenômenos sociais. Um deles é a fuga de cérebros para o exterior, para países que oferecem melhores condições, como Alemanha, Estados Unidos, México, França e China. Na Alemanha, por exemplo, os doutorandos não cursam disciplinas, mas começam a trabalhar em seus projetos imediatamente e são contratados pelas universidades. O pós-graduado já está incluso em todo o regime trabalhista alemão e recebe bolsa que varia entre R$ 20 mil a R$ 30 mil, com a conversão da moeda. Soares aponta que a Alemanha talvez seja o país que apresenta melhores condições para ciência e tecnologia no mundo atualmente.

No Brasil, a bolsa para doutorado, que deveria valer hoje R$ 7 mil, se houvesse correção inflacionária ano a ano, tem valor de R$ 3,1 mil, incluindo o último reajuste dado pelo governo federal. Na França, o mestrado é fortemente vinculado ao mercado de trabalho e existe grande interação e incentivos entre os setores público e privado. Nos Estados Unidos, a relação é de trabalho; há um contrato com várias cláusulas que estabelecem direitos e deveres dos pós-graduados.

O segundo fenômeno social é a própria perda de talentos no Brasil. “Porque tanto os mestres e doutores que a gente formou no último período como os atuais pós-graduandos estão evadindo da pós-graduação; não estão conseguindo permanecer na pós-graduação. Isso é algo que a gente vem alertando”. 

O documento sinaliza que vai haver uma grave crise de formação de quadros técnicos no país. De 2019 para 2020, 4 mil doutores deixaram de ser titulados. Ao contrário dos países que lograram algum nível de desenvolvimento e aproveitaram a janela demográfica para investir nessa população de pós-graduandos, o Brasil não investiu nos últimos anos.

“Isso vai dar consequências no médio e longo prazo, sem contar os problemas que a própria graduação vem enfrentando”, assinalou Vinicius Soares. Segundo revelou, a evasão da graduação no país atingiu 60%, de acordo com dados do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep). Isso vai ter uma consequência direta na pós-graduação, porque os possíveis graduandos que poderiam estar se formando não vão entrar na pós-graduação.

Em 2019, o Brasil superou a meta de titulação de mestres, com 70.071 títulos concedidos, e totalizando 24.432 títulos de doutores, quase atingindo a meta de 25 mil. Nos anos seguintes, o volume de titulações caiu, em decorrência de uma soma de fatores, entre os quais a pandemia da covid-19, congelamento das bolsas e menores investimentos em ciência e tecnologia.

Mais de 85% dos doutores e quase 70% dos mestres no Brasil são ocupados nas atividades de educação e administração pública

Projetos

Atualmente, há 11 projetos de lei em tramitação no Congresso Nacional relativos a direitos dos pós-graduandos. O mais antigo deles data de 1989, de autoria de Florestan Fernandes, homenageado no nome do dossiê. A ANPG pretende resgatar esse projeto, atualizá-lo e colocar para discussão e votação pelos parlamentares. Os dados apurados no dossiê vão auxiliar na construção das políticas públicas, assegurou o presidente da ANPG.

Soares informou que a ideia é continuar a pesquisa no segundo semestre, ampliando a mostra de 2,5 mil estudantes que responderam aos questionários, com o objetivo de lançar um segundo volume do trabalho no final do ano.

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MEC empossa membros de colegiados do Compromisso Criança Alfabetizada


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O Ministério da Educação (MEC) empossou, nesta terça-feira (25), em Brasília, os membros do Comitê Estratégico Nacional do Compromisso (Cenac) e da Rede Nacional de Articulação de Gestão, Formação e Mobilização (Renalfa). 

Os colegiados compõem o eixo Gestão e Governança, do Compromisso Nacional Criança Alfabetizada. A nova política de alfabetização foi instituída em junho deste ano e terá investimento federal de R$ 3 bilhões, em quatro anos. 

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Camilo Santana, ministro da Educação, enfatizou que o governo federal dará apoio técnico e financeiro a estados e municípios para implementação da política de alfabetização e, assim, para garantir o direito universal à educação, previsto na Constituição Federal.  

Contudo, o ministro defendeu o protagonismo dos estados e municípios na gestão da política de alfabetização. “A governança precisa existir do ponto de vista nacional, que vai ter desde a presença do presidente da República, do ministro; à governança estadual, portanto, é importante a liderança do governador, do secretário estadual [de educação]; até as governanças regionais e municipais. Vocês são fundamentais como articuladores dessa política, na ponta. Vocês vão estar no dia a dia, na execução dessa política”. 

“Todas as evidências de estudos já mostraram que, quando uma criança é alfabetizada na idade certa, muda-se a realidade dos anos sequenciais da educação básica dela: diminui a evasão e o abandono [escolar], reduz a reprovação”, aponta do ministro da Educação, Camilo Santana.  

A secretária de Educação Básica do MEC, Kátia Helena Schweickardt, também pediu aos representantes das secretarias de educação estaduais e municipais que liderem os processos locais para promover a alfabetização na idade certa, junto com o governo federal, em todo o país. “O sucesso dessa política depende muito da liderança e do processo que vocês vão conduzir, sobretudo, para fortalecer o regime de colaboração que vamos instituir”. 

O presidente da União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação (Undime), Luiz Miguel Garcia, entende que o Compromisso Nacional Criança Alfabetizada é a essência do cumprimento do Plano Nacional de Educação (PNE). “É obrigação do Estado ter creches em quantidade suficiente. É compromisso do Estado a garantia das condições de ensino-aprendizagem para que as crianças de fato estejam indo a escolas e não a centros de acolhimentos de crianças”. O presidente da Undime ainda defendeu a ampliação da educação em tempo integral. “Quem sabe vamos realizar esse processo pelo menos na educação infantil e nos anos iniciais. Se não universalizar, que pelo menos chegue a 60%, 70% ou 80% da oferta [de vagas] em período integral”. 

Cenac 

O Comitê Estratégico Nacional do Compromisso (Cenac) representa a principal instância para fundamentar a nova política de alfabetização de crianças na idade certa, construída pelo governo federal, estados e municípios.  

Este comitê é presidido pelo ministro da Educação e composto por representantes do MEC; do Conselho Nacional de Secretários de Educação (Consed); da Undime; e do Conselho Nacional de Secretários de Educação de Capitais (Consec). O objetivo é apoiar os 26 estados, o Distrito Federal e os municípios a instituírem os Comitês Estratégicos Estaduais do Compromisso (Ceec). 

Como atribuições, o Cenac deverá aprovar os planos de ação de estados e municípios para efetiva implementação do Compromisso Nacional Criança Alfabetizada; avaliar os relatórios de monitoramento enviados sobre a execução da política; fazer recomendações para aperfeiçoar o cumprimento deste compromisso; e sistematizar dados para subsidiar as tomadas de decisões pelo MEC.  

A secretária de Educação Básica do MEC, Kátia Helena Schweickardt, falou sobre a missão do comitê. “Não é possível fazer política pública sem a gente pactuar e buscar metas. Essas metas não vão ser impostas. Elas serão pactuadas em cada território, que vai estabelecer seus dados-base. E vamos construir onde nós queremos chegar, ano a ano”. 

Além de garantir que todas as crianças sejam alfabetizadas ao fim do 2º ano do ensino fundamental, conforme previsto na meta 5 do Plano Nacional de Educação (PNE), o Cenac deverá, ainda, garantir a equidade educacional em todo o território nacional e, por fim, assegurar a recomposição das aprendizagens, de todas as crianças matriculadas no 3º, 4 º e 5 º anos do ensino fundamental. “Neste sentido, a gente está dando um passo a mais nas experiências que já vêm sendo desenvolvidas em vários estados brasileiros”, relata a secretária Kátia Schweickardt. 

Renalfa 

Os membros da Rede Nacional de Articulação de Gestão, Formação e Mobilização (Renalfa) do Compromisso Nacional Criança Alfabetizada, empossados nesta terça-feira, deverão ajudar os municípios e estados na elaboração e implementação de políticas de alfabetização.  

A rede deve liderar a implantação de programas de formação, gestão e acompanhamento dos processos pedagógicos, com ações, por exemplo, de formação e desenvolvimento de professores, equipes gestoras das escolas públicas e técnicos, das redes municipais e estaduais de ensino. 

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Igualdade, água e paz inspiram design de tocha olímpica de Paris 2024


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A tocha olímpica e paralímpica dos Jogos Paris 2024 foi apresentada nesta terça-feira (25), imitando o reflexo da Torre Eiffel na superfície ondulada do rio Sena e transmitindo uma energia pacífica, de acordo com seu criador.

Mathieu Lehanneur disse que a tocha arredondada era simétrica de cima para baixo e em 360 graus, com suas curvas suaves representando tranquilidade e sua simetria representando igualdade entre os atletas.

Feita em aço polido leve e na cor champanhe, a metade inferior da tocha apresenta um relevo que imita o movimento do Sena, ao longo do qual a cerimônia de abertura será realizada para mais de meio milhão de espectadores.

Lehanneur disse esperar que a tocha transmita uma representação visual do evento esportivo que Paris 2024 deseja realizar.

“Eu queria me afastar da tocha aparecendo como um objeto de conquista”, disse o Lehanneur em entrevista coletiva, acrescentando que projetar a tocha provou ser infinitamente mais técnico do que ele imaginava no início. “A mágica não é a tocha em si, mas a chama”, afirmou.

A tocha será acesa na antiga Olímpia, na Grécia, berço dos Jogos, em 16 de abril do ano que vem, marcando a contagem regressiva para os Jogos da capital francesa, que começam em 26 de julho.

Ela chegará à cidade portuária mediterrânea de Marselha em 8 de maio e passará por cidades e pontos turísticos, incluindo Estrasburgo, o Panteão de Paris e o Monte Saint-Michel antes de um revezamento em alguns dos territórios ultramarinos da França.

O chefe dos Jogos Paris 2024, Tony Estanguet, chamou a tocha de “muito, muito bonita”.

“É muito pura. Fica perfeitamente equilibrada na mão”, disse.

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Apostas esportivas de quota fixa são regulamentadas pelo governo


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Uma medida provisória (MP) editada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva e publicada no Diário Oficial da União desta terça-feira (25) inicia o processo de regulamentação das apostas esportivas de quota fixa, também conhecido como mercado de bets. Criado em 2018, pela Lei 13.756, o mercado, com potencial de arrecadação anual de até R$12 bilhões, permaneceu quatro anos sem regulamentação.

A principal mudança é a concessão para participar desse mercado, agora condicionada à aprovação do Ministério da Fazenda, sem limite de outorgas, desde que a empresa esteja estabelecida em território nacional. O Ministério da Fazenda informou que será criada, por meio de decreto, uma secretaria que se encarregará de analisar os documentos, credenciar as empresas e manter o controle sobre o mercado de apostas.

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O presidente da Associação Nacional de Jogos e Loterias (ANJL), Wesley Cardia, disse que, embora tardia, a regulamentação é importante para trazer segurança para o mercado. “Convivem, no país, empresas que buscam as melhores práticas internacionais, conformes à regulamentação e à tributação justa, e aquelas oportunistas, que, nos bastidores, torcem para que nada mude, para continuar operando à margem de regras”, afirmou Cardia.

Com as mudanças, as empresas de apostas terão que destinar 18% da receita obtida com as apostas, já descontado o pagamento dos prêmios e dos impostos, a chamada Gross Gaming Revenue (GGR), ou receita bruta de jogos na tradução livre. O prêmio dos jogadores também será tributado em 30% pelo Imposto de Renda, a partir de R$ 2.112.

A arrecadação do GGR será dividida, com 2,55% destinados ao Fundo Nacional de Segurança Pública, para ações de combate às manipulações de apostas e ilegalidades no mercado; 0,82% para a educação, 1,63% para as entidades do Sistema Nacional do Esporte, em contrapartida do uso de nome, marcas, emblemas e hinos, 10% para a seguridade social, 3% para o Ministério dos Esportes.

Segundo Wesley, as empresas veem de forma positiva a regulamentação, desde que todos os integrantes do mercado participem da arrecadação e que a atuação de empresas ilegais seja coibida. “Temos grandes empresas internacionais que não podiam atuar no mercado pela falta de regulamentação. Habilitadas, elas poderão vir, gerar empregos, gerar renda e tornar o mercado mais seguro e transparente”, afirma

Outra mudança importante que a MP traz é a proibição de que as empresas de apostas participem do mercado de direitos de eventos desportivos realizados no país, como transmissão, distribuição ou qualquer forma de exibição. Esta é uma das medidas que buscam coibir a manipulação de resultados, conforme destacou a ministra dos Esportes, Ana Moser. “É mais uma iniciativa fundamental do governo brasileiro que, ao regulamentar as apostas esportivas, coibirá a manipulação de resultados e, sobretudo, preservará a integridade esportiva.”

Também será necessária uma contrapartida de publicidade e marketing para conscientização e prevenção do transtorno do jogo patológico. “Esse é o tipo de despesa extra que está dentro dos princípios da nossa associação, já que trabalhamos para evitar a participação de menores em jogos de aposta, mesmo que por aplicativo, e também para prevenir as patologias ligadas aos jogos.”