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Técnico do Real quer ações enérgicas contra racismo em estádios

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Os reiterados ataques racistas sofridos pelo atacante brasileiro Vinícius Júnior no Campeonato Espanhol foram o tema principal da entrevista coletiva do técnico do Real Madrid Carlo Ancelotti, nesta terça-feira (23), véspera do duelo do Real Madrid contra o Rayo Vallecano. O treinador italiano foi enfático ao criticar os atuais protocolos adotados por autoridades para lidar com os insultos racistas em eventos esportivos e pediu ações mais enérgicas nos estádios.

“Acho que está obsoleto [o protocolo]. Porque tinha que ser aplicado na hora em que se chega de ônibus. É ali que começam os xingamentos e caem os argumentos de que Vinicius é provocador. Não são casos isolados, como já dissemos há muito tempo. Não são 46 mil, mas também não são um ou dois. Duas horas antes já estavam insultando” afirmou o técnico, referindo-se às ofensas a Vini Jr., antes do início da partida contra o Valência, no último domingo (21).

“A Espanha para mim não é um país racista, mas há racismo sobretudo nos estádios de futebol., onde tudo é permitido. Isto tem que parar”, defendeu. “Quero ações! E nada foi feito ainda. Há países onde não te insultam, como a Inglaterra, por exemplo, onde resolveram isso há muito tempo: quando expulsaram a Inglaterra das competições europeias por cinco anos”, comparou.

 Vini Jr. não treinou hoje com a equipe, devido a um incômodo no joelho. Segundo Ancelotti, ele está “muito triste”, mas também sabe que tem “apoio de todo o mundo, não só do Real Madrid”.

“Ele tem apoio dos companheiros e dos adversários, é um apoio incondicional, por isso está tranquilo. “Ele é vítima do que está acontecendo. Às vezes eu vejo as pessoas colocando a culpa nele, dizendo que ele provoca… Não! Ele é a vítima”, reiterou.

Só nesta temporada, o Real Madrid formalizou dez queixas sobre racismo contra o brasileiro – incluindo a de domingo (21) – à LaLiga, entidade privada que organiza o campeonato espanhol. Na segunda (23), o clube merengue acionou o Ministério Público da Espanha para que inicie investigações sobre crimes de ódio e discriminação contra Vini Jr. Apesar de tudo que atleta vem enfrentando, Ancelotti está confiante na permanência do brasileiro no elenco do Real.

“Eu não acho [que ele deixará a Espanha], porque ele ama o futebol e ama o Real Madrid. Seu amor pelo clube é muito grande e ele quer fazer sua carreira aqui”, concluiu.

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Brasil e Espanha querem providências imediatas contra o racismo


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Os ministérios da Igualdade Racial do Brasil e da Igualdade da Espanha assinaram, nesta terça-feira (23), nota conjunta sobre os repetidos casos de racismo contra o atleta brasileiro Vinícius Júnior, que joga como ponta esquerda no clube espanhol Real Madrid. No documento, os dois ministérios declaram solidariedade incondicional ao atleta brasileiro, vítima de cânticos racistas no último fim de semana, antes e durante a partida entre o Real Madrid e o Valencia, no Estádio Mestalla.

A nota ressalta ainda a mais contundente e absoluta condenação ao racismo no esporte e à violência que ele gera e que constitui grave violação dos direitos humanos e “perpetua a desigualdade e a discriminação em todos os âmbitos da sociedade”.

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No texto, as autoridades exigem providências imediatas e contundentes. “É obrigação de todas as instituições competentes responderem com a maior diligência para agir contra este e todos os casos que ocorrem no campo desportivo e que não podem ficar impunes, garantindo o acompanhamento, proteção e reparação das vítimas desses crimes.”

Em entrevista à imprensa, em Brasília, a ministra da Igualdade Racial do Brasil, Anielle Franco, confirmou que o Ministério Público da Espanha já foi notificado sobre o comunicado conjunto para investigar o caso. “[Eles] foram notificados, e a gente vai acompanhando e dando seguimento a tudo que a gente falou ontem. Agora, é questão de honra! Para que, além de combater, essas pessoas racistas sejam identificadas e punidas devidamente.”

Anielle destacou o fato de sete pessoas já terem sido presas naquele país por envolvimento em um caso de janeiro de 2023, quando um boneco suspenso e enforcado foi associado ao atacante brasileiro e também a detenção dos suspeitos de proferir insultos racistas contra o jogador, durante partida esportiva do último domingo.

Acordo bilateral 

Em 9 de maio, os ministérios da Igualdade Racial do Brasil e da Igualdade da Espanha assinaram, em Madri, um memorando de entendimento de combate ao racismo, à xenofobia e a formas correlatas de discriminação. Um dos destaques do acordo é exatamente a previsão de que os países “dediquem atenção especial à luta contra o racismo nas atividades esportivas”.

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Comunidade escolar diz que covid-19 causou perda de aprendizado em SP


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Pesquisa realizada pelo Instituto Locomotiva e pelo Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo (Apeoesp) revela que a maioria da comunidade escolar – estudantes, professores e pais de alunos – concorda que o ensino a distância durante a pandemia de coronavírus causou grandes perdas de aprendizado. Entre os estudantes, professores e familiares, o percentual chegou a 95%, 94% e 96%, respectivamente.

Segundo a pesquisa inédita Ouvindo a comunidade escolar: desafios e demandas da educação pública de São Paulo – divulgada nesta terça-feira (23), na capital paulista – para 94% dos estudantes, o retorno às aulas presenciais ocorreu com mais dificuldade de concentração e menor participação nas aulas.

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Professores (92%) e familiares (95%) têm a mesma avaliação sobre os estudantes. Quando questionados se a escola teve um aumento de sua importância no pós-pandemia, 62% responderam que sim, seguidos por 76% dos professores e 70% dos pais de alunos.

Quanto à importância do papel dos professores, 62% dos alunos, 73% dos professores e 73% dos familiares consideram que houve aumento da percepção sobre a relevância desse profissional.

Notas máximas

Em todos os perfis da comunidade escolar, a menor parte dos entrevistados avalia com notas máximas a qualidade da educação nas escolas públicas do estado de São Paulo. Para 14% dos estudantes, a nota dada foi 6,2, enquanto 16% dos pais dos alunos deram 6 e 19% dos professores, 6,9.

Na pesquisa, os itens com pior avaliação para os estudantes foram o grau de interesse dos alunos (46%), a segurança nas escolas (38%) e o número de alunos por sala (29%). Entre os professores, o número de alunos por sala foi apontado por 20% dos entrevistados como item pior avaliado, seguido do grau de interesse dos alunos (16%) e integração entre as disciplinas (10%). Já para os pais, apareceram o grau de interesse dos alunos (41%), a segurança na escola (39%) e o número de alunos por sala (29%).

Para todos os grupos (99% dos estudantes, 95% dos professores e 98% das famílias), o governo estadual deveria investir mais em educação. Para o mesmo percentual, uma escola bem cuidada e bem equipada é fundamental para uma educação de qualidade e que professores valorizados e motivados são fundamentais para a qualidade da educação.

A percepção de que os professores do estado de São Paulo não são valorizados é de 75% entre os familiares, 73% dos estudantes e 89% dos professores. Quanto aos professores ganharem menos do que deveriam, 76% dos familiares consideram ser verdade, seguidos por 74% dos familiares e 92% dos professores.

Percepção diária

Segundo a presidente da Apeoesp, Maria Izabel Azevedo Noronha, conhecida como professora Bebel, os dados confirmaram a percepção diária do que os professores já enfrentavam e levavam para as mesas de conversa com o governo. Ela destacou que foi preciso passar por uma pandemia para que a sociedade desse importância ao papel dos profissionais da educação e da escola como estrutura.

“A pesquisa retrata o dia a dia dos professores, com sofrimento, adoecimento e problemas de saúde mental. Quando pensamos em valorização não pensamos só no dinheiro, que é importante e impacta negativamente na falta de profissionais, mas falta toda a interface que garante um ensino de qualidade”, afirmou Bebel.

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Flamengo e Palmeiras lideram lista de clubes com maior receita em 2022


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Flamengo (R$ 1.177 bilhão), Palmeiras (R$ 867 milhões), Corinthians (R$ 777 milhões), São Paulo (R$ 661 milhões) e Internacional (R$ 467 milhões) são os cinco clubes de maior receita na temporada 2022 do futebol brasileiro e centralizam 49% do total arrecado pelos 30 clubes das séries A e B do Brasileirão. Este é um dos principais dados apontados na análise feita pela consultoria EY, que teve por objetivo apresentar o cenário econômico e o desempenho financeiro dos clubes brasileiros no ano passado. 

Esses valores se refletem no investimento feito pelos clubes em reforços. O Flamengo lidera com R$ 231 milhões em reforços, com Atlético-MG (R$ 148 milhões) e Palmeiras (R$ 130 milhões) fechando o Top-3. O clube mineiro, nessa lista, chama a atenção, porque, como veremos a seguir, apesar do alto faturamento, ele gastou mais do que arrecadou em 2022. 

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O levantamento das finanças dos clubes se baseou nas demonstrações financeiras em sites oficiais e inclui as principais fontes de receitas, custos e despesas e endividamento. Chapecoense, CRB, CSA, Ituano, Juventude, Londrina, Náutico, Novorizontino, Sampaio Correia e Tombense não haviam publicado suas demonstrações financeiras até o início do estudo e, por isso, não foram abordados. 

“Não podemos esquecer do Atlético-MG entre esses times que se destacam no topo”, ressalta Pedro Daniel, Diretor Executivo de Esporte e Entretenimento da EY Brasil. “O clube mineiro está entre os primeiros em receitas de TV e premiação e, também, as comerciais, e só é superado pelo Internacional no geral porque o clube gaúcho teve ótimo desempenho nas receitas relativas à venda de jogadores”, comenta. “Temos uma boa perspectiva de criação de uma Liga, mas se faz necessária a implantação do Fair Play Financeiro no Brasil, para que essa indústria do futebol seja regulamentada. Essas duas medidas iriam acelerar a profissionalização do futebol brasileiro”, completa. 

A receita total, incluindo direitos de transmissão, transferências de jogadores, publicidade, matchday (ganhos com ingressos, alimentos e bebidas e produtos licenciados da agremiação, entre outros), clube social e esportes amadores, além das “outras receitas” dos clubes brasileiros em 2022 atingiu R$ 8,1 bilhões, 9% maior que o contabilizado em 2021. Já o endividamento líquido chegou a R$ 11,3 bilhões. A volta do público aos estádios, normalizada no ano passado, fez com que a receita de matchday retornasse aos patamares anteriores. A Série A teve a terceira maior média de público presente da história da competição, com cerca de 21.646 torcedores nos estádios brasileiros – foram mais de 13,5 milhões de torcedores. Já a renda dos clubes nas três competições nacionais (Brasileirão Série A, Série B e a Copa do Brasil) ficou próxima de meio bilhão de reais. 

Como acontece desde 2019, o Flamengo está no topo do ranking de Receitas Totais, e em 2022 o clube bateu o recorde de receitas apresentadas por um clube no Brasil. Em direitos de transmissão e em premiações, o clube arrecadou R$ 496 milhões, valor alavancado pelas conquistas da Copa do Brasil e da Libertadores. Aliás, o relatório destaca que, nos últimos cinco anos, Flamengo e Palmeiras concentram 10 dos 15 principais títulos disputados no futebol brasileiro – Série A, Libertadores e Copa do Brasil. No mesmo período, apenas 11 equipes estiveram entre as cinco primeiras da Série A, e novamente Flamengo e Palmeiras, ao lado do Atlético-MG, foram os únicos a levantarem o troféu. 

O São Paulo foi o clube que registrou o maior valor de receitas com transferências de jogadores – R$ 229 milhões. É por conta desse item que, no somatório geral de receitas, o Internacional supera o Atlético-MG – R$ 173 milhões x R$ 88 milhões. Esse valor elevado foi obtido na negociação de 33 jogadores, destaque para a venda de Yuri Alberto para o Zenit, da Rússia, por 25 milhões de euros. 

Quando trata de despesas, o relatório aponta que a com pessoal representou, em média, 49% das totais dos clubes brasileiros. O Fluminense foi o da Série A que apresentou a maior proporção, com 72%. Quando comparamos o total de despesas com pessoal com a receita total de cada clube, o Tricolor carioca surge no Top-10, em nono lugar, mas é o Atlético-MG, em quarto, que apresenta o maior comprometimento entre os clubes da primeira divisão, com 68%.  

Nas demais rubricas de endividamento, houve aumento em todas elas: 8% nas Dívidas Tributárias, 19% em Empréstimos e 9% em Endividamento Líquido. O Atlético-MG lidera nesse último quesito, com dívida de R$ 1,571 bilhão, o que representa 15% do valor total dos clubes. Cruzeiro e Botafogo foram os outros dois que apresentaram endividamento líquido superior a R$ 1 bilhão. Os três, e mais Corinthians e Vasco, representam 48% do total de endividamento líquido de todos os clubes, em 2022. 

Quando se compara esse endividamento com a receita total, metade dos clubes analisados apresenta índice abaixo de um. Ou seja, esses clubes precisariam de menos de um ano de faturamento para quitarem suas dívidas. Na ponta dessa tabela surge o Guarani, com índice de 8,49, o que representa que as dívidas superam em mais de 8 vezes o faturamento anual. O Botafogo (6,38) e o Cruzeiro (6,25) são os únicos a apresentarem índice acima de 6. No fim da tabela, Cuiabá (0,02), Fortaleza (0,12), Ceará (0,15) e Flamengo (0,22) são os times da Série A com melhores índices. 

Para Pedro Daniel, a transformação dos clubes brasileiros em SAFs é uma alternativa positiva. “Estamos indo para um segundo ciclo de SAFs, diferente da primeira que incluiu times com necessidade de conversão, como Cruzeiro, Botafogo e Vasco”, analisa. “Eram clubes insolventes financeiramente, mais abertos a esse tipo de equity (participação societária), mas agora o modelo será diferente. Houve esse aprendizado e os clubes, atualmente, estão se estruturando para essa transição. Alguns, inclusive, sem a necessidade de vender mais que 50% de suas ações. Outros estão incluindo em seus planejamentos, como o Atlético-MG. Cada um terá sua realidade, não existe uma regra, mas o movimento dos clubes é mais maduro para fazerem esta conversão”, completa o diretor executivo da EY Brasil. 

* Sergio du Bocage é apresentador do No Mundo da Bola, da TV Brasil 

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Congresso sobre educação alimentar nas escolas começa hoje em Brasília


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Profissionais de nutrição e de educação estão em Brasília para conhecer iniciativas nacionais e internacionais bem-sucedidas, sobre educação alimentar e nutricional. O 2º Congresso Internacional de Alimentação Escolar começa na tarde desta terça-feira (23) e reunirá, até 25 de maio, no auditório do Instituto Serzedello Corrêa (ISC), do Tribunal de Contas da União, mais de 350 participantes do Brasil e de outros 13 países da América Latina.

Segundo os organizadores, serão apresentadas as 20 melhores experiências brasileiras identificadas pela 4ª Jornada de Educação Alimentar e Nutricional, promovida pelo Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação do Ministério da Educação (FNDE).

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As discussões envolvem os programas voltados à alimentação nas escolas e em seu entorno. Entre as iniciativas internacionais bem-sucedidas, estão programas de alimentação escolar que foram implementados em El Salvador e na República Dominicana.

Durante o encontro, será reinstalado o Grupo Consultivo e Comitê Gestor, compostos por entidades de governo e da sociedade civil, para o apoio na implementação do Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE).

“A retomada respalda e desenvolve importantes ações relacionadas ao fomento das compras públicas da agricultura familiar no âmbito do programa”, informou o Ministério da Educação em nota. A ideia é desenvolver ações interministeriais específicas para qualificar e ampliar o percentual de aquisição de gêneros alimentícios diretamente da agricultura familiar.

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Para advogado, apostador comum é o mais prejudicado com manipulações


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Os casos de manipulação em partidas de futebol para beneficiar apostas milionárias de forma ilícita, revelados pelo Ministério Público de Goiás (MP-GO), levantam um questionamento: os apostadores que não cometem fraudes, podem se sentir prejudicados? Sobre isso, a Agência Brasil conversou com o advogado Sergio Tannuri, especialista em Direito do Consumidor.

“A questão das apostas impactou muito ultimamente todo o Brasil, porque é lamentável que isso [manipulação] esteja acontecendo, apesar de não ser surpresa. A questão é onde entra o consumidor, aquela pessoa que aposta de boa-fé, porque o maior prejudicado é ele”, avaliou Tannuri.

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Segundo o advogado, a falta de regulamentação do setor no país ainda provoca discussões no âmbito jurídico, como se existe relação de consumo nas apostas. Ele, porém, destacou que a maior dificuldade, no momento, é o fato de a maioria dos sites de apostas ter sede no exterior, sem base no Brasil.

“Essas grandes casas estão localizadas, a maioria, em países asiáticos, que dão concessão a elas. O apostador, hoje, se acionar os órgãos de Defesa do Consumidor, notificarão a quem, se essas casas sequer têm escritórios [no país]? Elas estão todas com sedes fiscais fora do Brasil. Mas uma coisa é cristalina: [esse mercado] tem de ser regulado e ter um órgão regulador para que o cidadão comum tenha embasamento jurídico e onde recorrer”, declarou o especialista.

“Creio que [o mercado de apostas esportivas] seja uma tendência irreversível. O que não pode ter é a manipulação, essa má-fé que tenta intervir nos resultados para que os especuladores tenham lucros altíssimos. A regulação do setor é inevitável”, completou.

As apostas de quota fixa (as chamadas bets) foram liberadas no Brasil em 2018, pela Lei 13.756. Desde então, a normativa não foi regulamentada, o que será feito por meio de uma Medida Provisória, a ser editada pelo Governo Federal. Uma das exigências da MP é que, para atuarem no mercado nacional, as empresas sejam credenciadas e tenham escritório no país.

As investigações do MP-GO levaram à denúncia de 16 pessoas por envolvimento em fraudes no âmbito de ao menos 13 jogos das Séries A e B do Brasileirão e de campeonatos estaduais, disputados entre setembro de 2022 e fevereiro deste ano. Perguntado se as pessoas que adquiriram ingressos para essas partidas com suspeita de fraude poderiam ser consideradas lesadas e passíveis de serem indenizadas, considerando o Código de Defesa do Consumidor e o Estatuto do Torcedor, Tannuri considerou “prematuro”.

“Hoje ainda não dá para se afirmar isso, mesmo porque está tudo em âmbito de investigação. Existe um trabalho do Ministério Público, que começou em Goiás, agora vai começar uma CPI [Comissão Parlamentar de Inquérito]. Temos de aguardar”, resumiu.

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Brasileiro: Cuiabá bate Cruzeiro e deixa zona do rebaixamento


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O Cuiabá derrotou o Cruzeiro por 1 a 0, nesta segunda-feira (22) em plena Arena do Jacaré, em Sete Lagoas, para deixar a zona do rebaixamento do Campeonato Brasileiro, assumindo a 14ª posição da classificação com 7 pontos.

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Já a Raposa, após o revés no confronto que encerrou a 7ª rodada da competição, perdeu a oportunidade de assumir a vice-liderança. Com a derrota permaneceu na 5ª posição com 12 pontos, a 6 do líder Botafogo e a 3 do vice-líder Palmeiras.

O único gol da partida saiu aos 36 minutos do primeiro tempo. Fernando Sobral fez grande jogada pela direita e cruzou na medida para Deyverson, que cabeceou para o fundo da meta defendida por Rafael Cabral.

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Cruzeiro bate Flamengo por 3 a 1 no Brasileiro Feminino


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O Cruzeiro venceu por 3 a 1 e impediu o Flamengo de assumir a liderança da Série A1 do Brasileiro Feminino, nesta segunda-feira (22) em partida disputada no Sesc Alterosas. Após o resultado as Meninas da Gávea encerram a 12ª rodada da competição com 28 pontos, mesma pontuação do líder Corinthians.

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Já as Cabulosas chegaram aos 17 pontos, entrando na zona de classificação para a próxima etapa da competição, na 8ª posição.

Jogando em casa, o Cruzeiro abriu o placar logo aos 3 minutos e bola rolando, com finalização de canhota de Fernanda Tipa, que aproveitou falha da goleira Karol Alves após cobrança de escanteio. Porém, aos 17, Thaísa acertou uma bomba da entrada da área para marcar um golaço.

Ainda antes do intervalo, aos 31, a equipe voltou a ficar em vantagem com Carol Baiana, que recebeu passe de Clara para bater entre as pernas de Karol Alves. Aos 29 da etapa final Byanca Brasil deu números ao marcador.

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Vinicius Júnior pede punições a responsáveis por agressões racistas


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Um dia após sofrer agressões racistas durante um jogo do Campeonato Espanhol, o atacante brasileiro Vinicius Júnior pediu punições duras aos responsáveis por tais atos. Em postagem, nesta segunda-feira (22), em seu perfil em uma rede social, o atacante do Real Madrid (Espanha), perguntou: “O que falta para criminalizarem essas pessoas? E punirem esportivamente os clubes? Por que os patrocinadores não cobram a La Liga? As televisões não se incomodam de transmitir essa barbárie a cada fim de semana?”.

“A cada rodada fora de casa uma surpresa desagradável. E foram muitas nessa temporada. Desejos de morte, boneco enforcado, muitos gritos criminosos. Tudo registrado. Mas o discurso sempre cai em ‘casos isolados’, ‘um torcedor’. Não, não são casos isolados. São episódios contínuos espalhados por várias cidades da Espanha [e até em um programa de televisão]. As provas estão aí no vídeo. Agora pergunto: quantos desses racistas tiveram nomes e fotos expostos em sites? Eu respondo pra facilitar: zero. Nenhum para contar uma história triste ou pedir aquelas falsas desculpas públicas”, declarou o jogador da seleção brasileira

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No final de sua postagem Vinícius Júnior afirma que “o problema é gravíssimo e comunicados não funcionam mais”. Segundo o atacante, estas agressões, que têm se tornado recorrentes, “no es fútbol, es inhumano [não é futebol, é falta de humanidade]”.

Agressões racistas no Mestalla

Vinicius Júnior foi vítima de mais uma ação racista em um estádio espanhol na tarde do último domingo. Durante a derrota do Real Madrid para o Valencia por 1 a 0, no Estádio Mestalla, casa dos adversários, Vini escutou insultos racistas e gritos de “macaco” vindos das arquibancadas. O jogo foi paralisado por cerca de oito minutos e, posteriormente, o jogador foi expulso ao se envolver em confusão.

O lance que deu origem ao episódio aconteceu aos 29 da segunda etapa. Jogando em ambiente hostil, Vinicius Júnior tentou jogada pela esquerda quando uma segunda bola, que havia sido arremessada no gramado instantes antes, foi chutada por Eray Cömert, atleta do Valencia, de maneira proposital para interromper o lance. Naquele momento Vini se dirigiu para parte da torcida valencianista que estava localizada atrás do gol do time local e apontou para torcedores que o insultavam chamando-o de macaco.

O árbitro De Burgos Bengoetxea paralisou a partida e o sistema de som avisou que o confronto só seria retomado se as ofensas parassem. Vini sinalizou que estava bem para retornar, e o jogo prosseguiu após cerca de oito minutos de pausa, com a polícia comparecendo ao local das ofensas.

Nos acréscimos da partida, Vini se envolveu em uma confusão com o goleiro Giorgi Mamardashvili e, após ser contido pelo adversário Hugo Duro com uma gravata, acertou o rosto do atleta do Valencia ao tentar se desvencilhar. No fim, apenas o brasileiro foi punido, sendo expulso.

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Jogador envolvido em esquema de apostas é suspenso por 720 dias


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O Tribunal de Justiça Desportiva do Rio Grande do Sul (TJD-RS) condenou, nesta segunda-feira (22), o lateral Nikolas Farias com uma pena de R$ 80 mil e 720 dias de suspensão por participação em um esquema de manipulação de resultados na edição 2023 do Campeonato Gaúcho. Essa é a primeira punição de um atleta citado na operação Penalidade Máxima, realizada pelo Ministério Público de Goiás (MP-GO).

Nikolas Farias, que acabou sendo julgado à revelia por não comparecer à sessão, cometeu um pênalti contra o Esportivo no Campeonato Gaúcho de 2023, competição pela qual defendia o Novo Hamburgo.

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No âmbito da investigação realizada pelo MP-GO, Nikolas (que está sem clube no momento) reconheceu as irregularidades e não foi processado criminalmente. Porém, no âmbito esportivo ainda cabia punição.

Inicialmente, estava marcado para ser julgado na mesma sessão o atacante Jarro Pedroso, do Inter de Santa Maria. Porém, o TJD-RS aceitou o pedido da defesa do jogador de adiar o seu julgamento para elaborar melhor a defesa.

Investigação MP-GO

As investigações sobre esquemas de manipulação de resultados de jogos de futebol para favorecer apostadores foram realizadas a partir de fevereiro deste ano quando o MP-GO recebeu uma denúncia do presidente do Vila Nova, Hugo Jorge Bravo. Naquela oportunidade, o dirigente revelou que o meia Marcos Vinícius Alves Barreira, mais conhecido como Romarinho (que teve o contrato rescindido em 2022), aceitou R$ 150 mil para cometer um pênalti na primeira etapa do jogo contra o Sport, pela Série B. Posteriormente, em abril, o MP-GO ampliou o escopo das investigações, passando a apurar possíveis eventos irregulares em partidas da Série A e de campeonatos estaduais.