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Em derrota do Real Madrid, Vini Jr sofre racismo novamente

Em derrota do Real Madrid, Vini Jr sofre racismo novamente

O atacante brasileiro Vinicius Junior, do Real Madrid, foi vítima de mais uma ação racista em um estádio espanhol na tarde deste domingo (21). Durante a derrota da equipe dele para o Valencia por 1 a 0, no Estádio Mestalla, casa dos adversários, Vini escutou insultos racistas e gritos de ‘macaco’ vindos das arquibancadas. O jogo foi paralisado por cerca de oito minutos e, posteriormente, o jogador foi expulso ao se envolver em confusão.

O lance que deu origem ao episódio aconteceu aos 29 da segunda etapa. Jogando em ambiente hostil, Vinicius Junior tentou jogada pela esquerda quando uma segunda bola que havia sido arremessada no campo instantes antes foi chutada por Eray Cömert, atleta do Valencia, de maneira proposital para interromper o lance. Naquele momento, Vini se dirigiu à parte da torcida valencianista que estava localizada atrás do gol do time local e apontou para torcedores que o insultavam chamando-o de macaco.

O árbitro De Burgos Bengoetxea paralisou a partida e o sistema de som avisou que o jogo só seria retomado se as ofensas parassem. Vini sinalizou que estava bem para retornar e o jogo prosseguiu depois de aproximadamente oito minutos pausado, com a polícia comparecendo ao local das ofensas.

Nos acréscimos da partida, Vini se envolveu em uma confusão com o goleiro Giorgi Mamardashvili e, após ser contido pelo adversário Hugo Duro com uma gravata, acertou o rosto do atleta do Valencia ao tentar se desvencilhar. No fim, apenas o brasileiro foi punido, sendo expulso. Vinicius Junior saiu fazendo gestos mostrando o número dois com a mão, em provocação à torcida do Valencia. O clube briga para não cair para a segunda divisão espanhola.

Após a partida, as figuras envolvidas se manifestaram nas redes sociais. Em sua conta no Instagram, Vinicius Junior disse que os racistas foram premiados com a expulsão dele e ironizou: “Não é futebol, é La Liga (liga de futebol da Espanha)”

O Valencia emitiu comunicado dizendo que embora se tratasse de um “episódio isolado”, não há lugar para insultos deste tipo no futebol. A nota também reitera que os fatos estão sendo investigados pelo clube.

Também houve comunicado da liga espanhola, que afirmou ter solicitado todas as imagens da partida para melhor investigar o ocorrido e que também está atenta a possíveis ofensas ao brasileiro do lado de fora do estádio Mestalla. Ainda na nota de La Liga, é dito que foram apresentadas denúncias de práticas racistas contra Vinicius Junior em outras nove ocasiões nos últimos dois anos.

Na entrevista coletiva após o jogo, o técnico do Real Madrid, o italiano Carlo Ancelotti, se mostrou revoltado e incrédulo com o acontecimento.

“Não quero falar de futebol, mas sim do que aconteceu aqui. Isto não pode ocorrer, um estádio inteiro gritando algo assim. Ele não queria continuar e eu acharia justo, porque é a vítima. Isto não pode acontecer”, opinou Ancelotti.

Campeã em 2013 garante índice para Mundial de natação paralímpica

Campeã em 2013 garante índice para Mundial de natação paralímpica


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Campeã mundial de natação paralímpica há dez anos, em Montreal (Canadá), a veterana Susana Scharndorf alcançou, neste domingo (21), índice para representar o Brasil na edição deste ano da competição, que será em Manchester (Reino Unido), entre 31 de julho e 6 de agosto. A gaúcha de 55 anos atingiu a marca no segundo e último dia no Circuito Nacional da modalidade, realizado no Centro de Treinamento Paralímpico, em São Paulo.

Susana, que compete na classe S3 (comprometimentos físico-motores severos), precisava de 2min07s69 nos 100 metros (m) nado livre para obter o índice. A nadadora concluiu a prova em 2min01s12, credenciando-se para o quarto Mundial paralímpico da carreira, após participações em 2013, 2015 e 2019. Ela não havia alcançado marca para a última edição, em Funchal (Portugal), no ano passado. Naquela oportunidade, o Brasil foi ao pódio 53 vezes, sendo 19 no topo, um recorde.

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“Essa prova tinha muita importância para mim. Queria dedicar essa prova para todo mundo que torceu por mim, para meus filhos e para minha mãe que está torcendo por mim lá de cima”, comemorou a nadadora ao site do Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB).

A gaúcha foi diagnosticada, em 2005, com uma doença chamada atrofia múltipla dos sistemas, que atinge o sistema nervoso autônomo e afeta os movimentos. Por ser degenerativa, a condição obriga a nadadora a passar por frequentes reclassificações funcionais (processo que define a categoria do atleta, conforme o grau da deficiência). A mais recente, em abril, durante uma etapa do Circuito Mundial, em Singapura, mudou-a da classe S4 para a S3 (quanto maior o número, menor é o grau de comprometimento físico-motor). Em 2013, quando foi campeã mundial dos 100 m costas, Susana estava na S6.

O Circuito Nacional foi a última oportunidade para nadadores estabelecerem o índice exigido pelo CPB e integrarem a seleção em Manchester. A primeira seletiva foi o Open Internacional Paralímpico, em abril, também no CT Paralímpico. Na ocasião, 20 atletas alcançaram marcas.

Além da gaúcha, outras duas nadadoras se destacaram na piscina do CT Paralímpico neste domingo, melhorando seus próprios recordes das Américas. A mineira Ana Karolina Soares estabeleceu a nova melhor marca continental dos 100m livre da classe S14 (deficiência intelectual), com 1min00s26, enquanto a fluminense Mariana Gesteira fez 27s89 nos 50m livre da classe S9 (a segunda de menor comprometimento físico-motor).

A convocação oficial para o Mundial de Manchester está prevista para sair até o fim de maio. Além dos atletas com marcas individuais, outros competidores devem ser chamados para compor as provas de revezamento. Confira, abaixo, a relação de nadadores com índice para a competição, separados por classe.

Deficiências físicas

S2: Gabriel Araújo e Bruno Becker

S3: Patrícia Pereira, Edênia Garcia, Maiara Barreto e Susana Scharnadorf

S5: Samuel Oliveira e Esthefany Rodrigues

S6: Talisson Glock, Laila Suzigan e Daniel Mendes

S8: Cecília Araújo

S9: Mariana Gesteira e Ruan Souza

S10: Phelipe Rodrigues

Deficiências visuais

S12: Carol Santiago e Douglas Matera

Deficiência intelectual

S14: Gabriel Bandeira, Débora Carneiro, Beatriz Carneiro e João Pedro Brutos

<div>Marcos D'Almeida conquista etapa da Copa do Mundo de tiro com arco</div>

Marcos D’Almeida conquista etapa da Copa do Mundo de tiro com arco


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O carioca Marcus Vinícius D’Almeida conquistou, neste domingo (21), a medalha de ouro na etapa de Xangai (China) da Copa do Mundo de tiro com arco. Na final, o brasileiro de 25 anos derrotou o sul-coreano Oh Jin-Hyek, campeão olímpico nos Jogos de Londres (Reino Unido), em 2012. O país asiático é a principal força da modalidade.

Vice-campeão mundial em 2021, em Yankton (Estados Unidos), Marcus chegou ao topo de uma Copa do Mundo pela segunda vez. No ano passado, o carioca venceu a etapa de Paris (França), também superando, na final, um atirador da Coreia do Sul: Kim Je Deok, que conquistou dois ouros nos Jogos de Tóquio (Japão).

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No tiro com arco, os atletas disparam três flechas por set, podendo somar até 30 pontos na parcial, dependendo de onde o tiro atingir o alvo. Quem obtiver a melhor pontuação, leva a rodada e faz dois pontos na partida. Em caso de empate, cada atirador soma um ponto. Na final deste domingo, Marcus venceu os dois primeiros sets (30/29 e 28/27) e abriu 4 a 0, mas Jin-Hyek ganhou os dois seguintes (27/28 e 26/28), igualando o confronto em 4 a 4. Na rodada decisiva, o brasileiro foi o mais eficiente: fez 28 a 26 para fechar a disputa em 6 a 4.

“Foi uma partida difícil, com altos e baixos. Comecei bem, mas depois não consegui segurar. Estou feliz por finalmente vencer. Ganhar o ouro foi incrível, pois quero seguir no topo do ranking mundial”, destacou o carioca ao site da World Archery, que é a federação internacional da modalidade, citando o posto que ocupa desde fevereiro deste ano.

Para ser campeão em Xangai, Marcus teve de encarar cinco adversários. Antes de encarar Jin-Hyek, o brasileiro venceu o iraniano Reza Shabani (7 a 3), o mexicano Caleb Urbina (6 a 0), o japonês Saito Fumiya (6 a 2), o francês Baptiste Addis (6 a 0) e o chinês Li Zhongyuan (7 a 3).

A conquista na China já garantiu Marcus na etapa final da Copa do Mundo, dias 9 e 10 de setembro, em Hermosillo (México). No ano passado, o brasileiro terminou a disputa, que ocorreu em Tlaxcala (México), na quinta posição.

“Mudou minha visão de mundo”, diz ex-aluna de cursinho popular


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Brena Carvalho foi aluna do curso preparatório ao vestibular do Projeto de Ensino Cultural e Educação Popular (Pecep) em 2017. No ano seguinte, depois de passar para a Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj), retornou ao projeto, já como voluntária. Hoje, recém-formada em pedagogia ele reconhece o papel transformador do Pecep.

“Foi muito essencial para mim. Se eu não tivesse entrado, teria uma perspectiva muito diferente sobre faculdade, sobre visão de mundo mesmo”, diz ela. Uma trajetória similar vem sendo trilhada por Thiago Lins. Morador do Rio de Janeiro, ele está de malas prontas para João Pessoa. Em julho, começam suas aulas do curso de letras da Universidade Federal da Paraíba (UFPB). Para ser aprovado, ele estudou no curso preparatório da UniFavela. Assim como Brenda, ele é grato pela experiência e também resolveu contribuir com o projeto como voluntário: ele agora faz parte do grupo pedagógico e vem atuando tirando dúvidas dos alunos.

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“Por mais difícil que seja o ensino público, que eles sempre tenham em mente que é um avanço na vida deles. É uma experiência nova que eles conseguem; é uma oportunidade de conhecimento maior, de conhecer novos lugares, novas pessoas, sem esquecer de onde vieram”, disse Lins à Agência Brasil.

O Pecep e o Unifavela são atualmente organizações não governamentais consolidadas na capital fluminense. O Pecep surgiu em 2001 após o marcante sequestro do ônibus 174 em 2000, no qual os passageiros foram feitos de reféns por Sandro do Nascimento quase cinco horas. Um documentário do diretor José Padilha retratou o caso, associando a personalidade criminosa do sequestrador às vivências de sua infância e à falta de oportunidades na vida.

Na época, os alunos que costumavam usar o ônibus 174 como meio de transporte para chegar à Escola Parque, localizada no bairro da Gávea e próximo à Rocinha, decidiram dar início a um projeto que pudesse contribuir para mudar a realidade da comunidade à sua volta. Assim surgiu o Pecep, um cursinho pré-vestibular comunitário que prepara alunos que concluíram ou estão no último ano do ensino médio a um custo de R$ 40 mensais, já com o material incluído.

O projeto desenvolve suas atividades para moradores de comunidades de baixa renda da zona sul carioca, entre as quais a Rocinha. Os professores voluntários são alunos e ex-alunos da Escola Parque, que cede seu espaço para a iniciativa. O curso abre 70 vagas anualmente. Nos últimos sete anos, o Pecep atendeu a mais de 450 estudantes. Dentre os alunos que ficam no pré-vestibular por três anos, a taxa de aprovação alcança 100% e, por dois anos, 89%.

Tão logo terminou o ensino médio, Brena Carvalho tentou o Ensino Nacional do Ensino Médio (Enem) mas não teve boas notas para entrar no ensino superior e decidiu esperar mais um ano. Encorajada pela família, decidiu entrar no curso do Pecep, que dava para conciliar com o trabalho em uma creche da Rocinha, onde mora com os pais.

“Foi bem cansativo. Não foi fácil por conta do trabalho e dos desafios da vida. Mas o Pecep me ensinou muita coisa. Foi onde eu criei muita consciência crítica e política. Vi que eu poderia expor minhas opiniões sem medo. Me vi encorajada. Sou muito grata ao Pecep, por isso retornei depois como voluntária. É um ambiente de muito acolhimento e, de certa forma, torna tudo mais leve, porque o ambiente de pré-vestibular costuma ser muito pesado. O Pecep fez tudo parecer mais fácil.”

Já o Unifavela surge em 2018 no Complexo da Maré, na zona norte do Rio de Janeiro, de forma improvisada. Um estudante de letras e duas de história começaram a dar aula para dez jovens na laje da residência de um desse alunos. Todos eles foram aprovados em universidades públicas, impulsionando o projeto. No ano passado, a organização não governamental (ONG) recebeu o prêmio Sim à Igualdade Racial 2022, organizado pelo Instituto de Identidades do Brasil (ID_BR).

Além de facilitar o acesso de jovens às universidades, a meta é estimular também os adultos da região a ingressar no ensino superior. No curso, jovens e adultos adquirem conhecimento por meio de uma ação interativa e gratuita. São oferecidas vagas para 39 alunos. Em 2022, foram 11 alunos regulares durante todo o ano e nove ingressaram na universidade até março de 2023, o que significa quase 100% de aprovação.

Em sua dissertação de mestrado defendida no ano passado na Universidade Estadual Paulista (Unesp), a pesquisadora Carolina Campagni estudou os cursinhos populares e observou que eles englobam questões que vão além do ingresso nas universidades, atuando como espaço emancipador que tem a potência de ampliar a visão de mundo. São também espaços de afeto e de identificação de seus participantes, o que poderia explicar por que muitos alunos voltam posteriormente como voluntários.

Segundo Carolina Campagni, os cursinhos populares começam a emergir com maior intensidade no final do século 20 como forma de enfrentamento das desigualdades sociais. Foi uma resposta à falta de políticas que garantam equidade de direitos no acesso ao ensino superior para camadas mais vulneráveis e marginalizadas da população. “Isso se deu junto com o levante populacional pelas ações afirmativas para a população negra, ambos conduzidos por movimentos sociais”, escreve em sua pesquisa.

Ao analisar a experiência do Cursinho Popular TRIU, em Campinas, Carolina pontuou que a pedagogia do afeto e o acolhimento praticados “são fundamentais para que exista um aprendizado efetivo dos conteúdos, desencadeando no ingresso de seus estudantes nas instituições de ensino superior”. Apesar disso, ela pontua que somente estes projetos não são suficientes para sanar as lacunas causadas pelas injustiças sociais, já que existem inúmeras questões de ordem econômica, social, cultural, estrutural com as quais eles não são capazes de lidar. “Algumas antecedem e outras sucedem o ingresso dos estudantes nos cursinhos”, observa.

Apoio

Os cursinhos populares oferecem aulas gratuitas ou a preços acessíveis para alunos de baixa renda. Por isso, muitas vezes, precisam estabelecer parcerias para desenvolverem e ampliarem suas atividades, podendo atender a um maior número de alunos. Uma das parcerias firmadas pelo Pecep e pelo Unifavela foi com o Instituto Phi, uma ONG que atua criando pontes entre doadores individuais ou empresariais e projetos considerados investimentos que dão retorno social e que possibilitam a mensuração os resultados. Os dois cursinhos recebem apoio por meio de recursos humanos, alimentação, materiais e equipamentos.

A parceria está ocorrendo pelo segundo ano consecutivo. Segundo o analista de projetos do Instituto Phi, Matias Hernandez, os resultados dos dois cursinhos chamam a atenção, com altas taxas de aprovação. Segundo ele, o Unifavela já impactou diretamente a vida de mais de 100 estudantes durante os últimos quatros anos.

“Sempre que os doadores quiserem continuar apoiando causas de educação, a gente pode continuar”, afirmou. O Instituto Phi levanta dados dos projetos que atendam às demandas que chegam dos doadores. Segundo Hernandez, um mapeamento junto ao pré-vestibular do Pecep mostrou que o curso preferido pelos alunos no Enem foi pedagogia. Levando em conta também o Unifavela, os estudantes dos dois projetos optaram ainda por direito, enfermagem, administração, matemática, ciências econômicas e da computação, física, arquitetura, engenharia elétrica e civil, música, educação física, letras, saúde coletiva, nutrição e produção cultural.

Um dos desafios dos cursinhos populares ao firmar parcerias envolve a manutenção de sua autonomia de gestão. O pesquisador Felipe Pinto Simão, que também estudou os cursinhos populares em dissertação na Unesp concluída em 2020, chamou atenção para casos em que empresas privadas financiam materiais didáticos que perpetuam uma visão meritocrática pautada em um ensino que valoriza apenas a memorização e repetição de conteúdos. Ele questiona a capacidade de se oferecer uma formação crítica a partir dessas apostilas.

“Apesar de a pesquisa não oferecer dados suficientes para compreender os interesses dessas empresas privadas que financiam o material didático nos cursinhos populares, questiona-se aqui o papel destes últimos – que ‘dependem’ de um sistema apostilado – enquanto espaços de (trans) formação social”, escreveu.

Campeã em 2013 garante índice para Mundial de natação paralímpica

Paola Reis garante vaga olímpica ao Brasil no ciclismo BMX feminino


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O Brasil chegou a 21 vagas confirmadas na Olimpíada de Paris, em quatro modalidades. A conquista mais recente veio neste sábado (20), graças à medalha de ouro de Paola Reis no Campeonato Pan-Americano de Ciclismo BMX, disputado em Riobamba (Equador), que garantiu ao país um lugar na prova feminina dos jogos da capital francesa, no ano que vem.

A baiana de 23 anos teve, no pódio, a companhia da paulista Priscilla Stevaux, medalhista de bronze. A prata ficou com a canadense Molly Simpson. A também paulista Maitê Naves acabou a prova em nono lugar.

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“É muito satisfatório conseguir ser campeã pan-americana em um ano pré-olímpico, com todos os atletas tentando somar pontos no ranking mundial e também em busca da tão sonhada vaga olímpica. Estou muito feliz pelo resultado e por ter conseguido assegurar a participação do BMX feminino brasileiro em Paris 2024″, comemorou Paola, em declaração reproduzida no site da Confederação Brasileira de Ciclismo (CBC).

A vaga conquistada pela baiana pertence ao país, não à ciclista. Além disso, o primeiro critério de classificação olímpica é o ranking mundial por nações, que fecha em 2 de junho de 2024. Os dez primeiros asseguram lugares nos jogos. O Brasil atualmente é o sétimo no BMX feminino, o que já garantiria uma atleta brasileira em Paris. Nesse caso, a vaga obtida no Pan não será considerada extra.

Entre os homens, o Brasil ficou fora do pódio em Riobamba, com Pedro Queiroz obtendo o melhor resultado, com o nono lugar, seguido por Guilherme Ribeiro, enquanto Bruno Cogo terminou a prova na 12ª posição. A vitória foi do norte-americano Larsen Kamren, com os colombianos Carlos Alberto e Angel Santiago levando, respectivamente, prata e bronze. O país está em nono no ranking olímpico do BMX masculino e teria direito a uma vaga em Paris se a lista fechasse hoje.

Além do BMX feminino, o Brasil assegurou lugar em Paris no futebol feminino (18 vagas), no tiro esportivo (uma) e no surfe (uma, que pertence a Tatiana Weston-Webb). Há ainda dois atletas com índice para representar o país no atletismo: Daniel Nascimento (maratona) e Caio Bonfim (marcha atlética). Nos Jogos de 2021, foram 302 brasileiros competindo em Tóquio, que retornaram dos Jogos na capital japonesa com 21 medalhas (sete de ouro, seis de prata e oito de bronze).

Campeã em 2013 garante índice para Mundial de natação paralímpica

Botafogo bate Flu e segue líder da Série A por mais uma rodada


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A rodada de sábado do Campeonato Brasileiro reservava chances de mudanças no topo da tabela com clássicos regionais, mas terminou com as duas primeiras posições inalteradas. O Botafogo venceu o Fluminense no Estádio Nilton Santos, por 1 a 0, e não apenas manteve a primeira colocação como ampliou a vantagem na ponta para três pontos. A folga maior na liderança se deveu ao empate entre Santos e Palmeiras na Vila Belmiro, por 0 a 0, que levou o Verdão aos 15 pontos, enquanto o Glorioso tem 18. O argentino Victor Cuesta foi o autor do gol da vitória do Alvinegro carioca em casa.

Vindo de duas derrotas consecutivas depois de uma sequência de 15 jogos sem ser batido, o Botafogo teve apoio considerável do torcedor no Nilton Santos. Os 24 mil presentes ao estádio presenciaram um Fluminense com predomínio na posse de bola, mas que pouco finalizou ao gol adversário. O Botafogo tentou muito mais e foi premiado aos 29 do segundo tempo. Depois de finalização de Junior Santos que gerou grande defesa de Fábio, na cobrança de escanteio, Victor Cuesta aproveitou a confusão e finalizou, no chão, para marcar o gol da partida.

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Nos minutos finais, Lelê passou pelo goleiro Lucas Perri e teve grande chance para empatar, mas acabou chutando para fora.

O Botafogo chegou à sexta vitória em sete jogos e, devido aos critérios de desempate (maior número de vitórias), seguirá como líder não apenas até o fim da sétima rodada, como também da oitava rodada, mesmo em caso de derrota no próximo compromisso, diante do América, em casa, no domingo (28). Antes disso, o Glorioso visita o César Vallejo, do Peru, na quinta-feira (25), pela Copa Sul-Americana.

Já o Fluminense, que teria assumido a liderança em caso de vitória, estacionou nos 13 pontos, momentaneamente na terceira colocação. O Tricolor volta a campo na quinta pela Copa Libertadores, quando visita o The Strongest, em La Paz. Pelo Brasileiro, o time de Fernando Diniz entra em campo novamente no domingo, quando enfrenta o Corinthians em São Paulo.

Santos e Palmeiras não saem do zero

O Palmeiras tinha a chance de manter distância de um ponto para o líder Botafogo, mas protagonizou um clássico de poucas emoções com o Santos, na Vila Belmiro. As equipes ficaram no 0 a 0 em um jogo morno. Como consolo para o Alviverde, o time se manteve como o único invicto da competição, com 15 pontos oriundos de quatro vitórias e três empates em sete rodadas.

Atlético vira sobre o Coxa e sobe na tabela

O Galo, que começou o campeonato com tropeços, chegou à terceira vitória consecutiva no Brasileirão ao bater o Coritiba de virada, fora de casa, por 2 a 1. No primeiro tempo, Robson cobrou pênalti e abriu o placar para os donos da casa no Couto Pereira. Ainda no primeiro tempo, Hyoran desviou cobrança de falta com a cabeça e igualou. Na reta final do jogo, Hulk, também de pênalti, deu a vitória ao Atlético.

São Paulo bate Vasco 

No Morumbi, São Paulo e Vasco fizeram o jogo mais movimentado da noite. O São Paulo abriu dois gols de vantagem no primeiro tempo, com Calleri e Rodrigo Nestor. Barros diminuiu de cabeça antes do intervalo. A partida teve mais emoções na reta final da segunda etapa. Galarza empatou aos 37 e, nos minutos finais, o São Paulo desempatou e matou o jogo com gols de Beraldo, aos 44 e Juan, aos 47: 4 a 2.

Bragantino se recupera

Em Bragança Paulista, o Bragantino conseguiu dar fim a uma sequência de seis jogos sem vitórias, somando todas as competições. O Massa Bruta recebeu o Athletico Paranaense e venceu por 2 a 0, com um gol em cada tempo. Eduardo Sasha abriu o placar na primeira etapa e Thiago Borbas, nos minutos finais, fez o segundo gol dos donos da casa no Estádio Nabi Abi Chedid.

América, enfim, vence a primeira

América e Fortaleza entraram em campo no Estádio Independência em situações opostas na tabela: o Coelho sem vitórias e o Leão sem derrotas. No entanto, ao final dos 90 minutos, as duas sequências chegaram ao fim. O América conseguiu o triunfo com gols de Breno e Felipe Azevedo, enquanto Pochettino marcou para a equipe cearense.

Clássicos no domingo

Neste domingo, mais dois duelos de grande rivalidade dão continuidade à rodada. O Flamengo recebe o Corinthians, no Maracanã, enquanto o Grêmio será o anfitrião diante do seu inimigo centenário, o Internacional, no Gre-Nal disputado na Arena do Grêmio.

Cruzeiro e Cuiabá fecham a rodada na segunda (22), no Mineirão, em Belo Horizonte.

Campeã em 2013 garante índice para Mundial de natação paralímpica

Flamengo e Corinthians fazem 1º Clássico do Povo no Brasileirão 2023


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Flamengo e Corinthians se enfrentam na tarde deste domingo (21), no primeiro Clássico do Povo do ano, no Maracanã, pela sétima rodada do Campeonato Brasileiro. Será o primeiro encontro das equipes, após o título do Rubro-Negro na Copa do Brasil em outubro passado. Os cariocas, em 11º lugar na tabela, querem embalar na competição após dois triunfos seguidos. Já o Timão, na zona de rebaixamento, busca uma vitória para espantar a má fase. O embate às 16h (horário de Brasília) terá transmissão ao vivo da Rádio Nacional, com narração de André Luiz Mendes, comentários de Rodrigo Campos, reportagem de Igor Santos e plantão de notícias com Bruno Mendes. 

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O Flamengo, sob comando do técnico argentino Jorge Sampaolli, chega ao confronto após empate sem gols contra o Fluminense na última terça-feira (16), pela Copa do Brasil. O treinador poderá contar nesta tarde com o uruguaio Varela na lateral direita – após oito jogos seguidos com Wesley na posição –  e o atacante Pedro, ambos recuperados de lesão, que participaram do treino no sábado (20). Após o jogo pelo Brasileirão, o Rubro-Negro já terá em mente o duelo da próxima quarta (24), contra o Ñublense, no Chile, pela Libertadores.  

O Flamengo deve ir a campo com Santos (Matheus Cunha), Varela, Fabrício Bruno (David Luiz), Léo Pereira e Ayrton Lucas; Thiago Maia, Pulgar, Arrascaeta e Gerson; Gabigol e Pedro.

O Corinthians, em 17º lugar na tabela, chega pressionado no Maracanã, após cinco jogos sem vencer no Brasileirão. Além disso, perdeu para o Atlético-MG (2 a 0) na quarta (17), no primeiro embate das oitavas da Copa do Brasil. A tendência é que o técnico Vanderlei Luxemburgo repita hoje a equipe que enfrentou o Galo, com exceção de Matheus Bidu, que deve ser escalado no lugar de Fábio Santos na lateral-esquerda. 

O Timão deve começar jogando com Cássio, Fagner, Gil, Murillo e Fábio Santos (Matheus Bidu); Paulinho, Maycon e Fausto Vera; Wésley (Adson), Yuri Alberto e Róger Guedes.

Artilheira aproxima Palmeiras das quartas do Brasileiro Feminino

Artilheira aproxima Palmeiras das quartas do Brasileiro Feminino

O Palmeiras encaminhou a classificação antecipada às quartas de final da Série A1 (primeira divisão) do Campeonato Brasileiro de Futebol Feminino. Neste sábado (20), as Palestrinas golearam a Ferroviária por 4 a 1 no Estádio Jayme Cintra, em Jundiaí (SP), pela 12ª rodada.

Palmeiras vence Ferroviária pelo campeonato brasileiro feminino de 2023.

Palmeiras vence Ferroviária pelo campeonato brasileiro feminino de 2023. – Rebeca Reis/Divulgação/SE Palmeiras

As paulistas contaram com grande atuação de Amanda Gutierrez. A atacante marcou os quatro gols do seu time, chegando a 12 no Brasileiro e disparando na artilharia do torneio. Ela balançou as redes três vezes em 15 minutos de bola rolando. Aos oito minutos da etapa final, a centroavante Laryh descontou para as Guerreiras Grenás, mas Amanda, aos 33, deu números finais ao placar, com um golaço por cobertura.

A equipe alviverde foi a 26 pontos, mantendo-se na quarta posição, 12 pontos à frente do Cruzeiro, nono colocado e primeiro time fora da zona de classificação, mas que ainda joga na rodada. O Verdão precisa de mais um ponto para se garantir nas quartas. A Ferroviária, apesar da derrota, já está assegurada no mata-mata. O clube do interior paulista soma 27 pontos, em terceiro lugar.

Liderança

O Corinthians se beneficiou do tropeço das Guerreiras Grenás e continua na ponta do Brasileiro, mas ameaçado pelo Flamengo. As Brabas dominaram a partida, mas pararam na goleira Catalina Pérez e foram derrotadas por 1 a 0 pelo Avaí/Kindermann no Estádio Salézio Kindermann, em Caçador (SC). A lateral Raquelzinha, de pênalti, decretou a vitória do time da casa, aos 45 minutos do segundo tempo.

As paulistas seguem com os mesmos 28 pontos das rubro-negras, mas ficam à frente pelo saldo de gols. As cariocas, porém, jogam no domingo (21) e basta um empate para assumirem a liderança. As catarinenses foram a 13 pontos, saindo da zona de rebaixamento e ocupando a 12ª posição.

O Real Brasília também deixou as quatro últimas colocações ao superar o Grêmio por 1 a 0, no Defelê, com gol da atacante Marcela Guedes, aos 50 minutos da etapa final. A vitória levou as Leoas do Planalto aos mesmos 13 pontos do Avaí/Kindermann, ficando à frente pelo saldo, na 11ª posição. As Gurias Gremistas, com 16 pontos, seguem em sétimo, podendo ser ultrapassadas por São Paulo e Cruzeiro na sequência da rodada.

Outro time com 13 pontos é o Bahia, um posto à frente do Real Brasília. As Mulheres de Aço, porém, saíram de campo derrotadas neste sábado. As tricolores perderam do Internacional por 3 a 0 no Estádio do Vale, em Novo Hamburgo (RS). As Gurias Coloradas marcaram com as atacantes Tamara, aos cinco do primeiro tempo; e Belén Aquino, aos 20 da etapa inicial e no primeiro lance após o intervalo. As gaúchas estão em quinto lugar, com 25 pontos.

Ceará rebaixado

O último jogo deste sábado envolveu os dois últimos colocados do Brasileiro. Melhor para o Real Ariquemes, que venceu o Ceará por 2 a 0, no Valerião, em Ariquemes (RO). O triunfo levou o Furacão do Vale do Jamari aos nove pontos, ainda na 15ª e penúltima colocação, mas sonhando com a permanência na elite. As Meninas do Vozão, que seguem zeradas, tiveram o rebaixamento à Série A2 (segunda divisão) decretado, restando ainda três rodadas para o fim do campeonato.

Vale lembrar que o Ceará, atual campeão da Série A2, dispensou quase todo o elenco que conquistou o acesso no ano passado, após o rebaixamento do time masculino à Série B do Campeonato Brasileiro. O Vozão iniciou a temporada com um grupo formado por jovens de 15 a 17 anos. As goleadas sofridas para Flamengo (10 a 0), na Supercopa do Brasil, e Corinthians (14 a 0), na estreia da Série A1, repercutiram. A equipe até se reforçou, mas não foi suficiente.

Bahia e Goiás ficam no empate na abertura da 7ª rodada do Brasileirão

Bahia e Goiás ficam no empate na abertura da 7ª rodada do Brasileirão

No jogo que abriu a 7ª rodada do Campeonato Brasileiro da Série A, Bahia e Goiás marcaram no primeiro tempo e ficaram na igualdade por 1 a 1, na Arena Fonte Nova, em Salvador, neste sábado (20). Everaldo, para o Tricolor, e Bruno Melo, para o Esmeraldino, foram os artilheiros da tarde. Com o resultado, o Bahia é provisoriamente o 12º colocado, com sete pontos e o Goiás o 14º, com seis. Como a bola ainda vai rolar para mais seis jogos no sábado, dois no domingo e um na segunda-feira, os dois times podem encerrar a rodada mais embaixo na tabela.

As maiores emoções do duelo na capital baiana – que contou com a presença de mais de 33 mil torcedores – foram no primeiro tempo. Aos 21 minutos, Matheus Peixoto chegou a marcar para os visitantes, mas o lance foi anulado por impedimento após consulta ao árbitro de vídeo, o VAR.

Pouco depois, aos 24 minutos, o Bahia contou com um pouco de sorte para abrir o placar. O chute de Biel de fora da área desviou na defesa adversária e a bola encontrou Everaldo dentro da área. Ele driblou Maguinho e chutou com categoria na saída do goleiro Tadeu para marcar.

No entanto, o empate não tardou. Aos 30 minutos, Bruno Melo cobrou falta na entrada da área, a barreira do Bahia abriu e a bola passou bem no meio, traindo o goleiro Marcos Felipe, que não teve tempo para reagir: 1 a 1.

O Tricolor quase tomou novamente a frente do placar logo depois. Após levantamento na área, David Duarte cabeceou e acertou o travessão.

Na segunda etapa, os dois times buscaram o gol, mas sem chegar com tanto perigo como na primeira etapa e o resultado não foi alterado. O Bahia chegou ao quarto jogo consecutivo sem vitória, contabilizando Brasileirão e Copa do Brasil, enquanto o Goiás emendou uma sequência de três jogos sem perder, sendo um pela Copa Verde, no meio de semana.

A equipe goiana já tem novo compromisso na terça-feira (23), quando recebe o Universitario, do Peru, pela Copa Sul-Americana. Quatro dias depois, duela com o São Paulo, na capital paulista, pelo Campeonato Brasileiro. O Bahia só retorna a campo no domingo (28), quando visita o Internacional pela oitava rodada da competição nacional.

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Festival Paralímpico reúne mais de 21 mil jovens em todo o país


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O primeiro Festival Paralímpico de 2023 reuniu mais de 21 mil crianças e adolescentes neste sábado (20), em 119 núcleos, distribuídos pelos 26 estados do país e no Distrito Federal. A marca é um recorde do evento, realizado pelo Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB) desde 2018 e que leva atividades que simulam modalidades paralímpicas, de forma lúdica, a jovens de 8 a 17 anos, com e sem deficiência.

O Centro de Treinamento Paralímpico, em São Paulo, foi uma das sedes do festival. A estrutura, que costuma receber a preparação dos principais atletas paralímpicos do país ao longo do ano, teve a presença de mais de mil crianças e adolescentes, praticando atletismo, bocha, tiro com arco e esgrima em cadeira de rodas.

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“Foi uma verdadeira festa da inclusão, com a interação de pessoas com e sem deficiências em todo o território nacional. Mostramos, claramente, que todos podem fazer as mesmas coisas, ainda que de forma diferente”, destacou o presidente do CPB, Mizael Conrado, ao site oficial da entidade.

O evento não recebeu somente jovens brasileiros. Segundo o Comitê, 40 dos cerca de 130 participantes da sede de Boa Vista eram venezuelanos, que praticaram atividades de atletismo, bocha e vôlei sentado.

“Não conhecia o esporte paralímpico. Amei esta manhã. Eu me senti livre, sem vergonha de ser quem eu sou. Não sei explicar direito. Foi uma energia diferente e muito boa. Agora, não quero mais sair do atletismo”, declarou a venezuelana Sara Velázquez, de 16 anos, que utiliza cadeira de rodas por ter perdido força nos membros inferiores.

De acordo com o CPB, a maior parte (36%) dos participantes deste ano tinham deficiência intelectual. Outros 19,5% eram crianças e adolescentes com transtorno do espectro autista, enquanto jovens com deficiência física representaram 10,2% do total. Os demais inscritos se dividiram entre pessoas com outros tipos de comprometimento (visual, auditivo e múltiplos) e os 20% de vagas destinadas a pessoas sem deficiência.

Uma segunda edição do Festival Paralímpico em 2023 está prevista para 23 de setembro, outra vez no sábado. A data encerra a semana em que se comemora o Dia Nacional de Luta da Pessoa com Deficiência (21 de setembro) e o Dia Nacional do Atleta Paralímpico (22).