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Basquete: Minas e Flamengo jogam de olho nas quartas da Champions

Basquete: Minas e Flamengo jogam de olho nas quartas da Champions


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Os dois melhores times da temporada 2024/2025 do Novo Basquete Brasil (NBB) estreiam, neste domingo (12), na segunda janela da primeira fase da Champions League das Américas, equivalente a Libertadores da modalidade entre os homens.

O Minas Tênis Clube, atual líder do NBB, visita o Biguá no Ginásio 8 de Junio, em Paysandú, no Uruguai, às 20h10 (horário de Brasília). Mais tarde, às 22h40, o Flamengo, segundo colocado na competição nacional, joga na Arena Roberto Durán, na Cidade do Panamá, contra o anfitrião Toros de Chiriquí.

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Os brasileiros estão com 100% de aproveitamento no torneio após as respectivas primeiras janelas, disputadas em dezembro. O Minas lidera o Grupo B, com quatro pontos, graças às vitórias sobre Biguá e Quimsa, da Argentina, alcançadas na casa deste último, Santiago del Estero. O Flamengo, por sua vez, encabeça o Grupo C, também com quatro pontos, depois dos triunfos em cima do Toros e do argentino Boca Juniors, ambos no Ginásio do Tijuca Tênis Clube, do Rio de Janeiro.

Minas e Flamengo ainda voltam à quadra na segunda-feira (13). Às 20h10, os minastenistas encaram o Quimsa, enquanto o Rubro-Negro pega o Boca Juniors às 22h40. Se mantiverem o desempenho perfeito na competição, os brasileiros chegam à terceira e última janela da primeira fase com a vaga nas quartas de final assegurada. Os dois primeiros colocados dos quatro grupos (de três times cada) avançam à etapa final.

Quem já está classificado é o Sesi Franca. Na noite de sábado (11), o atual campeão das Américas e mundial venceu o Leones de Quilpué, do Chile, por 83 a 71 O duelo ocorreu no Centro de Deportes Colectivos, em Santiago, capital chilena, sede da segunda janela do Grupo D. Na sexta-feira (10), os brasileiros já tinham superado o Instituto de Córdoba, da Argentina, por 91 a 83, no mesmo local.

O ala/pivô Lucas Dias foi o cestinha da partida, com 20 pontos. Outro destaque foi o armador Georginho, com seis assistências e oito rebotes, além de 10 pontos anotados. Apesar do aproveitamento inferior a 45% no total de arremessos, a equipe brasileira liderou o placar desde a primeira cesta e foi superior em três dos quatro períodos, chegando a abrir uma diferença de 16 pontos no último quarto.

Com quatro vitórias em quatro jogos, a equipe paulista lidera a chave com oito pontos, dois à frente do Instituto e quatro do Leones. A terceira janela do grupo será disputada no Ginásio Pedrocão, em Franca (SP).

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Diretores de escolas têm até este domingo para enviar diagnóstico


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Diretores de unidades de ensino brasileiras devem preencher o “Questionário Diagnóstico das Escolas de 2024” até este domingo (12). O envio dessas informações precisa ocorrer por intermédio da ferramenta interativa do Programa Dinheiro Direto na Escola (PDDE). “Com a ferramenta, o MEC conhecerá as necessidades de cada escola, favorecendo a construção de um planejamento de acordo com sua realidade”, apontou a Pasta. 

Um alerta do governo é que a atualização dos dados torna-se necessária para evitar restrições de repasses, especialmente do PDDE. Essa ferramenta, segundo defende o Ministério da Educação (MEC), tem a finalidade de oferecer informações para o processo de planejamento e serão utilizados para tomada de decisões mais assertivas na elaboração de ações e políticas. 

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O diagnóstico tem 11 blocos e 26 temas que proporcionam a identificação da situação e das necessidades de cada escola. “Essa ferramenta é fundamental para subsidiar o gestor na tomada de decisões”, defendeu o MEC.

O questionário traz, segundo avalia o MEC, recortes conceituais da realidade da escola que direcionam o olhar para aspectos relevantes do funcionamento da instituição. O governo entende que esse processo busca a melhoria da educação básica e da gestão educacional no país. 

*com informações do MEC

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Vitória e Barcelona de Ilhéus não saem do zero na abertura do Baiano


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Atual campeão baiano, o Vitória estreou com empate na edição 2025 do Estadual. No sábado (11), o Rubro-Negro não saiu do zero com o Barcelona de Ilhéus no Barradão, em Salvador, pela primeira rodada da competição. A partida foi transmitida ao vivo pela TV Brasil, em parceria com a TVE Bahia. Ambos somam um ponto com o resultado.

Pela segunda rodada do Baianão, o Vitória encara o Juazeirense no Estádio Adauto Moraes, em Juazeiro (BA), às 21h30 (horário de Brasília) de quarta-feira (15). No mesmo dia, mas às 19h15, o Barcelona recebe o Jequié no próprio Barradão.

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O técnico Thiago Carpini escalou quatro dos cinco reforços já regularizados pelo Vitória: o lateral Claudinho, o zagueiro Zé Marcos, o volante Ronald e o meia Bruno Xavier. Atletas que iniciaram a pré-temporada apenas na última semana, como o goleiro Lucas Arcanjo, os zagueiros Wagner Leonardo e Neris e o meia Matheuzinho, ficaram fora da partida.

A chuva que caiu em Salvador deixou o gramado do Barradão, que passa por reformas, pesado e com poças, o que dificultou a troca de passes. Aos oito minutos, Claudinho lançou Pablo na direita. O meia ficou na cara do goleiro Rafael Copetti, mas a bola parou na água antes do chute. Aos 17, o atacante Janderson recebeu de Ronald na meia-lua, driblou o zagueiro e finalizou forte, no meio do gol, facilitando a defesa do arqueiro.

A etapa final seguiu com o futebol prejudicado pelas condições do gramado. Aos 18 minutos, o Barcelona teve a grande oportunidade da partida, com o meia João de Deus aproveitando a sobra de um cruzamento e concluindo na pequena área, para defesa do goleiro Fintelmann, no reflexo, em cima da linha – a equipe visitante chegou a reclamar de gol

Aos 27, o Vitória teve sua grande chance, com Pablo. Após cruzamento de Janderson pela esquerda, o meia cabeceou para baixo e obrigou Rafael Copetti a salvar o Barcelona. O Rubro-Negro seguiu no campo de ataque, mas sem efetividade.

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Campeão brasileiro e da Libertadores, Botafogo inicia 2025 com derrota


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Campeão brasileiro e da Libertadores em 2024, o Botafogo largou com derrota na temporada 2025. Neste sábado (11), atuando com um time “alternativo”, o Glorioso foi superado pelo Maricá, por 2 a 1, no Estádio Nilton Santos, no Rio de Janeiro, na partida que abriu o Campeonato Carioca. O duelo foi transmitido ao vivo pela Rádio Nacional.

Zerado na classificação, o Botafogo volta a campo nesta terça-feira (14), às 19h30 (horário de Brasília), outra vez no Nilton Santos, para encarar a Portuguesa-RJ, pela segunda rodada. Na quarta-feira (15), o Maricá, com três pontos, recebe o Boavista no Estádio João Saldanha, às 15h45.

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A equipe alvinegra foi a campo com a equipe sub-23, que deve representar o time nas rodadas iniciais do Estadual, sob comando de Carlos Leiria, técnico do sub-20. Os jogadores que estiveram na Copa Intercontinental, em dezembro, iniciam a pré-temporada somente na terça-feira (14). Entre os titulares, os rostos mais conhecidos do eram os do volante Patrick de Paula (que disputou o Brasileirão de 2024 emprestado ao Criciúma) e o atacante Matheus Nascimento, considerado a principal revelação das categorias de base do clube dos últimos anos.

A torcida que festejou primeiro, no entanto, foi a do Maricá. Aos três minutos, Denílson recebeu do também atacante Jefferson pela direita, às costas da marcação, invadiu a área e bateu cruzado, de perna esquerda. O goleiro Raul tocou na bola, mas não evitou que os visitantes abrissem o placar e marcassem o primeiro gol da história do Tsunami Metropolitano – como é conhecido o clube que estreia na elite do Cariocão.

Seis minutos depois, após um erro de passe do sistema defensivo do Maricá, Mizael teve de puxar o atacante Carlos Alberto, pouco antes dele entrar na área, sozinho. O zagueiro acabou expulso. A partir daí, o Botafogo tomou conta do campo do adversário, mas com dificuldades para concluir a gol. Na melhor chance da etapa inicial, aos 28 minutos, Sandro errou o bote, Carlos Alberto desarmou o defensor, avançou pela esquerda em direção ao gol e bateu cruzado, para boa defesa do goleiro Dida.

O Glorioso manteve a postura ofensiva, ainda que desordenada, na volta do intervalo, mas quem balançou as redes, mesmo em desvantagem numérica, foi o Maricá. Aos 17 minutos, o atacante Hugo Borges, que tinha acabado de entrar no lugar do meia Walber, cobrou falta da entrada da área com precisão. A bola ainda bateu na trave esquerda antes de ir para o gol.

Com dois gols de vantagem, o Maricá preocupou-se apenas em se defender. O Botafogo, em tarde pouco inspirada, assustou a meta rival somente aos 36 minutos, quando Dida fez grande intervenção em tentativa de Rafael Lobato, lançado na área pelo meia Kauan Lindes.

Aos 45, o também atacante Yarlen foi derrubado na área e, enfim, o Glorioso chegou ao primeiro gol, com Patrick de Paula convertendo a cobrança. O Alvinegro se lançou com tudo para o ataque, mas o empate não saiu.

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Gabriel Medina lesiona ombro e perde temporada 2025 da WSL


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O paulista Gabriel Medina está fora da temporada 2025 da Liga Mundial de Surfe (WSL, sigla e inglês). Segundo o perfil do Time Brasil no Instagram, o medalhista olímpico de bronze e três vezes campeão do circuito foi submetido, neste sábado (11), a uma cirurgia para reconstruir o tendão do músculo peitoral maior do ombro esquerdo, lesionado em um treino na praia de Maresias, em São Sebastião (SP), na última sexta-feira (10).

A previsão, conforme a publicação, é que Medina retorne às competições em seis a oito meses. Com isso, o surfista não terá como participar da temporada deste ano da WSL, que inicia no próximo dia 27 de janeiro, em Pipeline, no Havaí. A competição marca os dez anos do primeiro título mundial do paulista, conquistado em 2014.

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Campeão também em 2018 e 2021, Medina seria um dos dez representantes do país na disputa masculina. Os demais são Filipe Toledo, Ítalo Ferreira (ambos campeões mundiais), João “Chumbinho” Chianca, Yago Dora, Samuel Pupo, Ian Gouveia, Alejo Muniz, Miguel Pupo, Edgard Groggia e Deivid Silva. No feminino, a única brasileira que está na elite é Tatiana Weston-Webb, prata na Olimpíada de Paris, na França, em 2024.

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Brasileiro conquista prata em etapa da Copa do Mundo de esqui alpino


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O brasileiro Lucas Pinheiro Braathen conquistou, neste sábado (11), a medalha de prata na etapa de Adelboden, na Suíça, da Copa do Mundo de esqui alpino, uma das modalidades da Olimpíada de Inverno. Ele ficou em segundo na prova do slalom, superado pelo francês Clement Noel, atual campeão olímpico. O bronze foi para o norueguês Henrik Kristoffersen.

No slalom, os atletas fazem duas descidas em um percurso de curvas rápidas, tendo que atravessá-lo passando entre as “portas”, que são os mastros fincados na neve. Lucas realizou as descidas em um tempo somado de 1min51s55, dois centésimos atrás de Noel e 13 à frente de Kristoffersen. Ele fez o quinto melhor tempo tanto da primeira descida (55s46) como da segunda (56s09).

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Esta foi a segunda medalha de Lucas nesta temporada da Copa do Mundo. Em dezembro, o brasileiro já havia sido prata na etapa de Beaver Creek, nos Estados Unidos, na prova do slalom gigante – semelhante ao slalom, mas com as portas distantes umas das outras e curvas mais longas. Ele, inclusive, disputa o slalom gigante em Adelboden neste domingo (12), com a primeira descida a partir das 6h30 (horário de Brasília).

O segundo lugar rendeu 80 pontos a Lucas, que foi para 370 pontos na temporada 2024/2025, na quarta colocação. O francês Noel, que conquistou 100 pontos com a vitória deste sábado, aparece em quinto na classificação. A liderança é do suíço Marco Odermatt, com 630 pontos, seguido pelo norueguês Kristoffersen, com 570 pontos, 60 deles obtidos em Adelboden pela terceira posição.

Lucas, de 24 anos, nasceu em Oslo, na Noruega, mas com mãe brasileira. Representando o país natal, foi campeão da Copa do Mundo na edição 2022/2023, no slalom. O esquiador passou a defender o Brasil a partir desta temporada, depois de ter chegado a anunciar a aposentadoria na anterior.

Ele estreou como atleta verde e amarelo em outubro, na etapa de Sölden, na Áustria, que abriu a temporada 2024/2025, com um quarto lugar no slalom gigante. A meta é chegar à Olimpíada de Inverno de 2026, que será realizada nas cidades italianas de Milão e Cortina d’Ampezzo.

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Cursinho em periferia de PE amplia horizontes de professores e alunos


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Na estrada de Jadson Franklin, de 21 anos, a paisagem reveste-se de sol a pino, asfalto quente e barulhos que atravessam a janela e a memória. Ele segue o caminho com pressa no olhar e livros nas mãos. No percurso de quase 100 quilômetros da cidade em que vive, na agrestina Bom Jardim (PE) para a litorânea Recife, o estudante de Letras da Universidade de Pernambuco (UPE) tem compromisso que o soergue e o emociona a cada sábado. Ele se transforma em professor voluntário em um curso pré-vestibular gratuito no bairro do Ibura, na periferia da capital pernambucana.

Percorrer a estrada para uma ação de solidariedade consiste, para ele, em um exercício de gratidão e esperança. A cada dia de aula, chegam a ele sentimentos que não podem ser traduzidos com exatidão pela Gramática, a disciplina que ele ensina para mais de 100 jovens que vivem em vulnerabilidade no bairro em que moram mais de 50 mil pessoas. O Pré-Vestibura, criado pela própria comunidade, é um exemplo de projeto social nascido para enfrentar limitações.

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Todos os sábados, no projeto, sobram agradecimentos por parte dos alunos (antes, durante e depois das aulas), inclusive neste dia 11, Dia Internacional do Obrigado. Nessa estrada, as “recompensas” em forma de abraços e “obrigados” surgiram para além do que imaginava quando foi convidado para ser professor por uma amiga do curso.

 


Recife- 11/01/2025 Cursinho no Recife. O  dia internacional do obrigado. Foto Arquivo pessoal

Professor Jadson Franklin com os alunos ( no centro de camisa preta). Foto arquivo pessoal.

 

Os primeiros das famílias

Inscrevem-se estudantes que não têm dinheiro para pagar ensino privado, mas sonham, em geral, em serem os primeiros de suas famílias a chegarem ao ensino superior. Como foi o caso do próprio Jadson, com pai, pedreiro, e a mãe, doméstica.

Foi essa família “extremamente humilde”, como ele define, e também os mestres que conheceu no caminho que o impulsionaram a atravessar a estrada do conhecimento. O caminho faz lembrar versos do conterrâneo João Cabral de Melo Net (1920 – 1999) na poesia “Duas Águas”. “Lado a lado com gente/no meu andar sem rumor/Não é estrada curta/mas é a estrada melhor/porque na companhia de gente é que sempre vou”.

“Eu costumo dizer que eu sou fruto da educação da minha família e da boa vontade de muitos professores que passaram por minha vida”. Ele, que sempre estudou em rede pública, pensava que os professores poderiam chegar em sala de aula e se restringir em transmitir os conteúdos.

“Mas muitos iam além. Chegavam a mim e me encorajavam. Hoje, do lugar que estou, posso fazer um pouco do que fizeram por mim, como se fosse uma reparação”. Ele passou a enxergar na estrada de outros estudantes os mesmos solavancos que enfrentou para chegar ao ensino superior. Desconfianças, preconceitos, tempo escasso para estudar atravessado pela necessidade de emprego, ainda que precário… Hoje, para se manter, participa de projetos acadêmicos que rendem bolsas para pesquisa.
 


Recife- 11/01/2025 Cursinho no Recife. O  dia internacional do obrigado.  Wilber Mateus - professor de história. Foto arquivo pessoal.

O universitário Wilber Mateus,  é estudante e professor de História do cursinho. Foto arquivo pessoal.

 

Espaço público

O curso pré-vestibular funciona atualmente numa estrutura municipal, o auditório do Centro Comunitário da Paz (Compaz) no Ibura, cedida para o projeto, que nasceu no ano de 2020. A ideia foi criada a partir de conversas de amigos sensíveis às dificuldades da comunidade. Em 2025, estão abertas 130 vagas (que é o número de cadeiras disponíveis no auditório utilizado).

Um dos criadores da iniciativa, o universitário Wilber Mateus, estudante e professor de História, de 26 anos de idade,  tem a expectativa de que mais de mil pessoas se inscrevam. Para selecionar, a equipe leva em conta informações dos candidatos que demonstram comprometimento com as aulas. Um princípio do projeto, segundo ele,  é que o trabalho coletivo pode ser um alicerce de transformação. Ele próprio também tem um caminho de correrias. Precisa equilibrar o tempo entre o curso universitário e o dia a dia de quem trabalha de “faz-tudo” numa pizzaria do bairro. Criado pela mãe garçonete e pela avó, doméstica, Wilber sabe que cada segundo de esforço precisa ser valorizado. “Eu trabalho para conseguir uma estabilidade melhor”. Ele sabe que essa é uma realidade da maioria dos estudantes: buscar não desistir dos estudos por causa da carga elevada de trabalho para pagar as contas.

A idealizadora do projeto foi a universitária de ciências sociais Barbara Kananda, hoje com 25 anos, nascida e criada na mesma comunidade. “Acabei me enxergando numa realidade em que a maioria de nós, jovens de periferia, precisa sair do nosso bairro para o centro para poder estudar em um cursinho”. Foi ela que fez a organização das aulas e buscou espaço para que tudo acontecesse. “Hoje eu faço parte da administração e busco ações e parcerias para o projeto (o que inclui tentar recursos para pagar o ônibus de professores voluntários ou palestras para tratar de saúde)”.
 

“Eu trago para os meus alunos a conscientização de que não é sobre a discriminação do ambiente, onde os sujeitos estão, que vai definir o que eles podem ou não ser, mas é a possibilidade do acesso à educação que vai diferenciá-los enquanto sujeitos que têm ou não a consciência desse direito”.
Professor Thiago Santos, da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)

 


Recife- 11/01/2025 Cursinho no Recife. O  dia internacional do obrigado.

Dia do Obrigado:  Professor Thayso Wesley com os estudantes. Foto arquivo pessoal.

 

Além do conteúdo

O Pré-Vestibura tem como foco a preparação para o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), mas, de acordo com o que pensa Wilber, Bárbara e os professores envolvidos no projeto, a principal intenção é ampliar a visão de mundo. “Lá trabalhamos para garantir esperança a esses jovens. Escolas ultrapassadas acabam matando o sonho dos alunos. No cursinho, trabalhamos com outra dinâmica”.

Ele, inclusive, gosta de se fantasiar de personagens para fazer atividades lúdicas sobre história. Um apoio vocacional ocorrerá na semana que vem, dia 13, quando os resultados do Enem serão publicados e os alunos deverão analisar se as suas notas são compatíveis com as faculdades e cursos que desejam.

Mais do que esse tipo de apoio, há uma atenção social e psicológica, com palestras e oficinas que ajudam a valorizar os direitos humanos, com pautas sobre combate ao racismo e à homofobia, sobre necessidade de cuidados com a saúde mental e discussões sobre prevenção a vícios. Falar de si mesmo é uma aula cujo conteúdo não cai no Enem, mas pode mudar as respostas sobre cada um.

O professor de sociologia Claudio Valente, que também faz parte da equipe de coordenação do projeto, valoriza o fato que, além dos cuidados programáticos, o cursinho trate sobre as realidades de vulnerabilidade do bairro e os processos de desenvolvimento e emancipação da comunidade.

“Eu sempre fui uma pessoa muito crítica da realidade que eu vivia”, afirma. Na faculdade, recorda que ouviu da professora que não seria possível mudar o mundo. “Uma ficha caiu pra mim. Eu não poderia mudar o mundo, mas pelo menos o meu bairro eu poderia tentar”.

Ele, que foi criado por mãe solo, valorizava o que ela fazia, trabalhando como lojista em shopping e tendo pouco tempo para descanso. Durante o ensino médio, Claudio, para ajudar nas contas de casa, fazia  bicos como pintor. Mas, enquanto andava pela cidade, ficava incomodado com o transporte demorado, o esgoto a céu aberto, ver amigos sendo presos e até assassinado. “Conversar sobre a realidade é fundamental para a formação intelectual e humana”, afirma. Valente se orgulha de professores atuais já terem sido alunos do cursinho.


Recife- 11/01/2025 Cursinho no Recife. O  dia internacional do obrigado.

Maysa, professora de Biologia do cursinho gosta de” ver os olhinhos dos alunos brilhando” depois que entenderam o assunto” – Foto arquivo pessoal.

“Olhos brilhando”

Um dos novos professores que já foi aluno do projeto é o atual universitário em engenharia da computação Thayso Guedes, de 20 anos. No cursinho, ele dá aula de matemática, uma das disciplinas mais temidas pelos vestibulares. Principalmente, segundo ele, por quem deseja seguir as carreiras de humanas e da saúde. “Acho diferente quando me chamam de professor e até de senhor, depois da aula e no meio da rua na comunidade, me pedindo ajuda com questões. Eles me agradecem. Eu fico surpreso e feliz”.

Ele estudou no cursinho em 2022 e ouviu dos professores e dos colegas de sala que poderia ter vocação para explicar o que ninguém entendia. “Eu mesmo amei o pré-vestibular porque era tudo muito interdisciplinar”, recorda. Sentiu a responsabilidade quando o professor Kleber Germano pediu que ele ajudasse os colegas nas correções dos exercícios. “Disseram de brincadeira que eu iria ser o professor do ano seguinte. Eu levei a sério e me inscrevi como professor voluntário”, sorri.

Kleber se empolgou com o pupilo. “É muito gratificante trabalhar ao lado desse rapaz com potencial grandioso”. Hoje, o ex e o novo professor dividem as aulas de matemática do cursinho. As aulas da disciplina são nos primeiros horários. Por isso, Thayso acorda antes das 7h, pega um ônibus e gosta de chegar antes de todos para deixar tudo preparado. Durante a semana, ele também estagia para conseguir recursos para manter o dia a dia e a vida de voluntário. O padrasto é autônomo e a mãe, doméstica. Ele não vê a hora de se formar, conseguir um trabalho remunerado, mas não pretende deixar a vida de doação aos sábados. 

Também ex-aluna do pré-vestibular, Maysa Ribeiro, de 20 anos, universitária de enfermagem, foi convidada para ensinar Biologia como voluntária durante a pandemia, em 2020, e no ano seguinte.  Como já estagia em unidade de saúde, ela busca organizar o horário com o objetivo de manter o sábado disponível para realizar a atividade que a encanta. “Eu gosto de ver os olhinhos dos alunos brilhando pra mim depois que entenderam o assunto que eu expliquei. A primeira vez que eu recebi um elogio, eu falei que nunca mais iria querer sair daquele lugar”.

 

Histórica desigualdade

Pesquisador da área de educação, o professor Thiago Santos, da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), contextualiza que a situação de comunidades, como a do Ibura, pode simbolizar as desigualdades que ocorrem no país, marcado por uma lógica historicamente racista, com pessoas colocadas à margem e empurradas para condições precárias de sobrevivência, incluindo a falta de acesso à educação.

Isso explicaria o fato de a comunidade ter que buscar se organizar por si própria. Além disso, as pessoas seriam levadas a não entender que têm direitos garantidos também vítimas de uma lógica da pobreza e escassez de serviços. “O Estado deve surgir como entidade forte para a superação de um panorama de desigualdade (…). É a consciência da possibilidade do acesso ao direito que faz com que os sujeitos queiram ter o direito”, diz o pesquisador, que é negro, nascido e criado em favelas de Peixinhos, na cidade de Olinda (PE), e Frei Damião, em Abreu e Lima (PE).

“Por meio da educação, eu tive a possibilidade de perceber que a minha vida poderia mudar e, consequentemente a vida dos sujeitos que moravam na mesma favela onde eu cresci. Majoritariamente, quando eu falava que morava na favela, as pessoas tinham medo de chegar perto de mim”, exemplifica o pesquisador. Apesar dos preconceitos que vivenciou no caminho, ele diz que foi na favela que aprendeu a respeitar as pessoas e a “ser gente”.

“Eu trago para os meus alunos a conscientização de que não é sobre a discriminação do ambiente, onde os sujeitos estão, que vai definir o que eles podem ou não ser, mas é a possibilidade do acesso à educação que vai diferenciá-los enquanto sujeitos que têm ou não a consciência desse direito”. Por isso, ele considera que propor pré-vestibulares gratuitos em comunidades é também uma ferramenta para a superação das desigualdades.

 

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Flu encerra primeira fase da Copinha com 100% de aproveitamento


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O Fluminense encerrou a participação na primeira fase da Copa São Paulo de Futebol Júnior, a principal competição de futebol de base do mundo, com 100% de aproveitamento, após bater a Linense por 2 a 0, nesta quinta-feira (9) no Estádio Gilberto Siqueira Lopes, em Lins (SP).

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Com esta vitória os Moleques de Xerém chegaram aos nove pontos, garantindo a primeira posição do Grupo 10. Desta forma o Tricolor das Laranjeiras enfrenta o CRB, segundo colocado do Grupo 9, na próxima etapa da Copinha.

O triunfo do Fluminense começou a ser construído logo aos 8 minutos do primeiro tempo. Vagno cobrou uma falta da risca da grande área de forma rasteira e surpreendeu o goleiro Cauã, que apenas pôde acompanhar a bola passar ao seu lado. O Tricolor só voltou a marcar nos acréscimos da etapa final. Após João Lourenço avançar pela ponta esquerda, inclusive driblando alguns defensores, Raphael acabou marcando contra ao tentar afastar a bola.

Outros resultados desta quinta-feira:

Força e Luz-RN 0 x 7 Operário-PR
São José-RS 2 x 0 Retrô-PE
Botafogo-SP 4 x 0 Tuna Luso-PA
Água Santa-SP 2 x 4 Brasiliense-DF
Operário-AC 1 x 0 Juventude
Hercílio Luz-SC 0 x 4 Dom Bosco-MT
Náutico-RR 1 x 1 Santa Cruz-AC
Tanabi 0 x 0 Santa Cruz-PE
Comercial 0 x 0 Vitória
CA Bandeirante 2 x 1 Azuriz-PR
Tupã 0 x 3 CRB
Comercial Tietê 1 x 4 América-RN
Desportivo Brasil 2 x 2 Coritiba
Ceaft/Tirol-CE 2 x 0 Jaciobá-AL
Inter de Limeira-SP 3 x 1 Coimbra-MG
Oeste 1 x 1 Palmeiras
Ferroviário-CE 1 x 2 Mazagão-AP
Ferroviária 2 x 1 Santos
Guarani 0 x 1 Nova Iguaçu-RJ

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Thiago Monteiro e João Fonseca se classificam a Aberto da Austrália


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O tênis brasileiro terá quatro representantes na chave principal do Aberto da Austrália, após a classificação de João Fonseca e Thiago Monteiro, que venceram o qualifying (qualificatório) na madrugada desta quinta-feira (9). Os dois se juntam a Beatriz Haddad e Thiago Wild, já assegurados pelo ranking mundial. O quarteto estreia neste fim de semana em Melbourne.

O Grand Slam será o primeiro na carreira do carioca João Fonseca, de 18 anos, que saltou no último domingo (4) da 145ª para a 113ª posição no ranking mundial, após duas conquistas recentes: o Next Gen ATP Finals e o Challenger de Camberra. Na estreia, no domingo (12), o carioca – invicto há 13 partidas – terá como adversário o russo Andrey Rublev, número 9 do mundo. Os duelos da primeira rodada são definidos por sorteio. O horário da partida ainda será anunciado pelos organizadores.

Nesta madrugada, Fonseca furou o quali ao vencer o argentino Thiago Tirante por 2 sets a 0 (parciais de 6/4 e 6/1).

“Quero agradecer todo mundo pela torcida, pelo apoio e pelo suporte maravilhoso. Torcida hoje na quadra foi sensacional também. Primeira vez na chave principal de um Grand Slam, estou muito animado, passando um pouco pela tensão do qualifying, mas estou vindo de jogos confiantes, resultados muito bons e vamos acreditar cada vez mais, seguir cada vez mais. Vamos com tudo. Nos vemos na chave principal”, comemorou João Fonseca, durante entrevista após a vitória na terceira e última rodada do quali.

Também classificado à chave principal, o cearense Thiago Monteiro, número 106 do mundo, estreará domingo (11) em Melbourne contra o japonês Kei Nishikori, ex-top 5 que ocupa atualmente a 74ª posição no ranking. Os dois se enfrentaram em Wimbledon, com vitória do asiático.

Monteiro assegurou vaga no Aberto da Austrália, ao eliminar hoje o belga Kimmer Coppejans, por 2 sets a 0 (6/4 e 6/3).

Classificados pelo ranking, a paulista Bia Haddad e o paranaense Thiago Wild estrearão no domingo (12). Número 16 do mundo, Bia é cabeça de chave 14 e terá pela frente a argentina Julia Riera (147ª no ranking). Já Wild (76º) vai encarar o húngaro Fabin Marozsan (57º).

Dupla de Bia Haddad na final do WTA de Adelaide

A quinta (9) também começou bem para Bia Haddad, que avançou à final de duplas do WTA 500 de Adelaide, torneio preparatório para o Aberto da Austrália. Em parceria com a alemã Laura Siegemund, a brasileira derrotou a dupla da cazaque Ana Danilina com a russa Irina Khromacheva, por 2 sets a 1 (6/2, 5/7 e 10/7).

Na final, Bia e Laura disputarão o título com a dupla da chinesa Hanyu Guo com a russa Alexandra Panova. O dia e a hora da partida ainda serão anunciados pela organização do evento

 

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Ensino de cultura afro é obrigatório há 22 anos, mas requer avanços


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Nos cadernos e livros das crianças, a maioria dos heróis brasileiros, dos escritores, das histórias revolucionárias de estrangeiros e de descobertas é de personagens brancos. “Isso é muito ruim para a gente. Nossas crianças e jovens da comunidade são pessoas pretas que precisam reconhecer nossas histórias e heróis”, diz a agricultora Rose Meire Silva, de 46 anos, liderança da comunidade quilombola Rio dos Macacos, em Simões Filho (BA). 

Mesmo analfabeta, Rose passou a se informar sobre a Lei 10.639 que, há exatos 22 anos, tornou obrigatório o ensino de cultura afro-brasileira nas escolas brasileiras. Por isso, resolveu peregrinar pelas escolas “vizinhas” à comunidade para cobrar que o currículo seja inclusivo. Atualmente, as crianças andam pelo menos 14 quilômetros para chegar às escolas. “Elas andam tudo isso e, às vezes, ficam decepcionadas com o que ouvem em sala de aula. Tem professores que nem tocam nas temáticas dos negros e muito menos de quilombolas. Falam para ‘deixar quieto’”, lamenta.

Confira aqui o que diz a lei.

Busca de direitos

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Pesquisadora em educação e direitos humanos, a professora brasiliense Gina Vieira, que defende o ensino antirracista, reforça que exigir os direitos, como é o caso da liderança quilombola, não tem relação com caridade ou concessão, mas com a busca por direitos. “Os professores devem se pautar pela promoção do que está na Constituição, como a diversidade e celebração da identidade brasileira”. Para ela, se uma escola não está aplicando a lei, precisa ser cobrada.

A professora Luiza Mandela, também pesquisadora e idealizadora de cursos de educação para a diversidade étnico-racial, no Rio de Janeiro, considera que a lei se tornou um respaldo para quem trabalha em sala de aula com esses temas da cultura afro-brasileira. “Isso não deixa de ser um avanço”, afirma.

Motivos para celebrar

A pesquisadora diz que há razões para comemorar os 22 anos da lei, já que possibilitou iniciativas positivas nas estruturas educacionais e o interesse de professores na busca de informações sobre a temática. “Nós tivemos avanços como produções intelectuais negras voltadas para a temática étnico-racial”, diz.

Conforme Gina Vieira, é importante celebrar mais de duas décadas de legislação, resultado de luta histórica do movimento negro que deve ser vista por diferentes perspectivas. Uma delas é ética. “É errado negar aos estudantes a possibilidade de uma formação humana integral e diversa”. Para ela, o currículo, o material didático e a organização do trabalho pedagógico sempre foram orientados no país por uma perspectiva branca que tornou subalternas todas as outras culturas.

Ela entende ainda que, pela primeira vez, de maneira contundente na escola, há uma celebração da estética negra, incluindo a de corpos negros e representações sobre o cabelo crespo. “Então, eu acredito que há muito a comemorar”.

Aperfeiçoamento

No entanto, as pesquisadoras defendem que a legislação e a aplicação precisam ser aperfeiçoadas. “A legislação também pode ser aperfeiçoada com relação à fiscalização do cumprimento dessa lei”, afirma Luiza Mandela. Gina Vieira acrescenta que a aplicação de uma lei envolve mudanças estruturais e políticas públicas, incluindo as mudanças do currículo, do material didático e da forma como os professores são formados nos programas de pós-graduação. 

As professoras veem, por um lado, que faltam disciplinas obrigatórias para os cursos de licenciatura se aprofundarem nesses temas. Por outro, pode ainda haver resistência de profissionais do ensino público e privado. “Para melhorar a formação docente, é necessário realmente ter uma lei que determine a obrigatoriedade dessas temáticas em todos os cursos”, diz Luiz Mandela. 

Repertório

O tema, aliás, tem sido cobrado a quem ingressa no ensino superior nos vestibulares, inclusive na última edição do Exame Nacional do Ensino Médio – “Desafios para a valorização da herança africana no Brasil”.  “Isso levou todo mundo a falar sobre o assunto. A gente até se pergunta como é que escreveram os estudantes das escolas que não estão aplicando a lei. Eles tiveram repertório para fazer a redação?”, questionou Gina Vieira. 

Ela entende que iniciativas como essa do Enem são pertinentes e relevantes. Mas, por outro prisma, segundo Gina, não deve ser debatido apenas para que os alunos sejam capazes de fazer uma redação ou responder a uma questão, mas para que, de fato, seja promovido outro olhar sobre o mundo. 

Oo professor de sociologia pernambucano Claudio Valente, que coordena projeto educacional na comunidade do Ibura, considera que a escola tem papel fundamental na socialização do indivíduo. “Não tem como falar de Brasil e não tocar nos temas de cultura afro-brasileira. Por isso, essa lei é muito importante. Mas é preciso que haja fiscalização sobre a aplicação nos currículos”. 

Pesquisa divulgada em 2023 pelo Instituto Alana e Geledés Instituto da Mulher Negra identificou que sete em cada dez secretarias municipais de Educação não realizavam nenhuma ação ou desenvolviam poucas ações para implementação do ensino da história e da cultura afro-brasileira nas escolas.

Política nacional

Em nota à Agência Brasil, o Ministério da Educação defendeu que houve, nesses 22 anos da Lei 10.639, avanços significativos. Citou, entre eles, o lançamento, em maio do ano passado, da Política Nacional de Equidade, Educação para as Relações Étnico-Raciais e Educação Escolar Quilombola (PNEERQ). “Outro marco importante foi a instituição do feriado nacional de 20 de novembro, em homenagem à Consciência Negra e a Zumbi dos Palmares”.

A assessoria de comunicação do ministério lembrou que, do ponto de vista pedagógico, proporcionou a possibilidade de reorientar materiais didáticos, literários e instrucionais para uma perspectiva de superação da discriminação racial e valorização das aprendizagens.

Outra consideração feita pelo governo é que, pela primeira vez em 21 anos, o MEC realizou pesquisa que apresenta dados sobre a implementação da educação para as relações étnico-raciais e da educação escolar quilombola. “Esse monitoramento contou com a participação de todas as secretarias estaduais de Educação e obteve 97,8% de adesão, com o questionário aplicado entre março e julho de 2024”.

A iniciativa faz parte da política nacional e pretende, a partir dos resultados, implementar ações e programas voltados à superação das desigualdades étnico-raciais e do racismo nos ambientes de ensino. “Além disso, a política visa a formar profissionais para a gestão e a docência em educação para as relações étnico-raciais e educação escolar quilombola, consolidando um compromisso com a equidade e a diversidade no âmbito educacional”.