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Jogadoras acusadas de racismo seguem presas após habeas corpus negado

Jogadoras acusadas de racismo seguem presas após habeas corpus negado


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O Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP) informou, nesta terça-feira (24), que foram negados os pedidos de habeas corpus para que as quatro jogadoras do River Plate, da Argentina, que foram detidas em flagrante por injúria racial na última sexta (20), respondessem às acusações em liberdade. As atletas tiveram a prisão convertida em preventiva na segunda (23), após passarem por audiência de custódia no sábado (22).

A zagueira Camila Duarte, a lateral Juana Cángaro, a volante Candela Díaz e a meia Milagros Díaz estão na penitenciária do Carandiru, zona norte de São Paulo. A Agência Brasil tentou entrar em contato com a advogada Thaís Sankari, uma das representantes da defesa das jogadoras, mas não teve retorno até a publicação da reportagem.

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Nos pedidos de habeas corpus, a defesa justificou que as atletas estão “sofrendo ilegal constrangimento por parte do Juiz de Direito do Plantão Judiciário da Comarca de São Paulo”. A defesa sustentou ainda que mantê-las detidas, sob alegação de que não possuem residência no país, não teria “fundamentação idônea”, pois o River se comprometeu a apresentá-las à Justiça brasileira sempre que fosse determinado.

Nas argumentações contrárias aos pedidos de habeas corpus, os relatores Alberto Anderson Filho e Hermann Herschander entendem que a prisão preventiva é justa pela “gravidade concreta da conduta” e necessária para “evitar novos crimes”. Eles também avaliam como insuficiente o compromisso assumido pelo clube argentino, “que não tem qualquer poder sobre o direito de ir e vir de seus empregados”.

A detenção foi consequência de uma confusão generalizada no gramado do Estádio do Canindé, em São Paulo, durante jogo entre River e Grêmio, na última sexta (20) à noite, pela Ladies Cup, torneio que encerrou a temporada 2024 do futebol feminino no Brasil. As argentinas saíram na frente e sofreram o empate aos 37 minutos do primeiro tempo.

Em meio à comemoração, houve uma discussão. Neste momento, Candela Díaz foi flagrada realizando gestos simulando os de um macaco para um gandula – segundo a defesa, ele teria, anteriormente, gesticulado com a mão nos órgãos genitais e provocado uma “atitude de revide”. Em seguida, segundo os autos, Candela, Milagros Díaz, Camila Duarte e Juana Cángaro teriam ofendido o gandula com termos racistas.

As atletas gremistas reagiram à manifestação das adversárias. Conforme nota divulgada pelo clube gaúcho, elas também foram alvo de injúrias raciais por parte das argentinas.

O River teve seis jogadoras expulsas na confusão, resultando no encerramento imediato da partida, já que o time ficou com menos de sete atletas em campo. Além das quatro acusadas, também levaram cartão vermelho a goleira Lara Esponda e a volante Julieta Romero. O clube argentino se pronunciou nas redes sociais, afirmando que repudia os gestos discriminatórios e que tomará medidas disciplinares.

Com isso, o Grêmio foi decretado ganhador do jogo, classificando-se à final. Na decisão, as Gurias Gremistas superaram o Bahia nos pênaltis por 2 a 1, após empate por 1 a 1 no tempo normal, conquistando o título inédito. 

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Ferroviária terá 1º centro de treinamento de futebol feminino no país


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A Ferroviária terá o primeiro centro de treinamento (CT) para uso exclusivo do futebol feminino no Brasil. A iniciativa, anunciada na última sexta-feira (23), visa a formação de atletas entre 11 e 20 anos e será viabilizada por meio de um convênio entre a Fundação de Amparo ao Esporte de Araraquara (Fundesport), a Petrobras e o Governo Federal. A expectativa é que 240 meninas sejam atendidas

O projeto contempla uma reforma no CT do clube de Araraquara (SP), inaugurado em 2008 no Parque Ecológico Pinheirinho, que conta com cinco campos de futebol. Um deles será transformado em um miniestádio, com arquibancada e vestiários, para receber jogos de torneios da Federação Paulista (FPF) e da Confederação Brasileira da modalidade (CBF). Ainda serão construídos um prédio administrativo e um alojamento com 21 dormitórios, para receber até 82 atletas.


área antes da construção do CT de futebol feminino da Ferroviária, o primeiro do país

Vista área do terreno em Araraquara onde será construído o CT da Ferroviária, o primeiro do país exclusivamente para o futebol feminino – Tete Viviane/Prefeitura de Araraquara/Direitos Reservados

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No início de 2024, a cidade de Araraquara foi autorizada pelo Ministério do Esporte a buscar recursos para o CT por meio da Lei de Incentivo ao Esporte. Segundo a prefeitura, a manutenção e operação serão da Fundesport, que repassará a responsabilidade à Ferroviária, parceira desde 2007, pelo prazo de até 30 anos. O projeto ainda prevê a realização de palestras, workshops, eventos e visitas de escolas do município.

“Nesta construção, com conquistas e marcas históricas, não só de títulos, mas com cidadãos e atletas formados aqui em Araraquara e que vieram de todo o Brasil, da base ao time principal e também à seleção brasileira. É um grande orgulho estar em um clube, com uma cidade de 250 mil habitantes, que revela atletas e investe no futebol feminino, sem ter a obrigatoriedade”, declarou a diretora responsável pelas Guerreiras Grenás, Nuty Silveira, durante a solenidadde.

A Ferroviária é uma das principais forças do futebol feminino brasileiro. O time paulista é bicampeão nacional (2014 e 2019) e da Libertadores (2015 e 2020), além de vencer uma Copa do Brasil (2014) e quatro edições do Campeonato Paulista (2002, 2004, 2005 e 2013). Em 2024, a Ferrinha foi semifinalista do Paulistão e do Brasileirão. Neste último, teve três jogadoras na seleção do torneio, no prêmio Bola de Prata: a lateral Kati, a zagueira Luana e a meia Micaelly – que também entrou na equipe ideal do Estadual.


Ana Lorena Marche, Nuty Silveira, Clarice Coppetti e Roseli Gustavo - Ferroviária - fechamento do projeto do primeiro centro de treinamento de futebol feminino do Brasil

Projeto de construção do CT da Ferroviária é resultado de parceria firmada entre Ana Lorena Marche, diretora de futebol feminino da Federação Paulista de Futebol (FPF); Nuty Silveira, diretora de futebol feminino da Ferroviária; Clarice Coppetti, diretora executiva de Assuntos Corporativos da Petrobras; e a ex-jogadora Roseli Gustavo, atual presidente da Fundesport – Rafael Zucco/Ferroviária/Direitos Reservados

As Guerreiras Grenás também são conhecidas na revelação de jogadoras de seleção brasileira, como as atacantes Bia Zaneratto e Aline Gomes. Esta última foi negociada, em julho, com o North Carolina Courage, dos Estados Unidos, por mais de R$ 1 milhão. A nova promessa da base é a meia Natália Vendito, eleita a revelação do Paulistão e vice-artilheira da Copa do Mundo sub-20 deste ano. Para 2025, o clube terá uma escolinha gratuita de futebol feminino, para crianças de seis a dez anos.

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Racismo: prisão de 4 atletas do River Plate é convertida em preventiva


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Quatro jogadoras do River Plate detidas em flagrante por injúria racial, durante jogo contra o Grêmio na última sexta-feira (20) em São Paulo, tiveram a prisão convertida em preventiva nesta segunda (23), após audiência de custódia. De acordo com a Agência Reuters, a justiça brasileira teria decidido pela prisão preventiva para evitar que as argentinas deixassem o Brasil. As atletas Candela Díaz, Camila Duarte, Juana Cangaro e Milagros Diaz seguem presas na penitenciária da capital paulista (Carandiru).

A detenção na sexta (20) ocorreu após confusão generalizada em campo, originada por gestos racistas feitos pela jogadora Candela Díaz, do River Plate, após o Grêmio empatar em 1 a 1 com o River Plate, aos 40 minutos do primeiro tempo, no Estádio do Canindé. Vídeos publicados em redes sociais mostram o momento em que Candela Díaz aparece imitando um macaco em direção a um dos gandulas da partida. As jogadoras do Grêmio reagiram contra os gestos da atleta argentina e depois, segundo nota de repúdio do Tricolor gaúcho, também sofreram insultos racistas.

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“Ao defender o gandula,  as Gurias Gremistas também foram vítimas de palavras e gestos racistas. Na confusão, a partida foi interrompida e seis jogadoras do River acabaram expulsas, dando fim ao jogo. Lamentamos profundamente o episódio e nos solidarizamos com o gandula e as atletas que foram agredidas de maneira inadmissível e intolerável. Um boletim de ocorrência foi registrado na delegacia responsável e faremos todo o possível para que o caso resulte em punição para as responsáveis”, disse o Grêmio em nota.

A Agência Brasil entrou em contato com a advogada das atletas argentinas, Thaís Sankari, mas não obteve resposta até a publicação desta reportagem.

Após o incidente, o River Plate foi excluído do torneio e das próximas duas edições da Ladies Cup, torneio que encerrou a temporada do futebol feminino no país. Os organizadores do Ladie Cup classificaram os acontecimentos como “lastimáveis” e também repudiaram os insultos racistas, em nota oficial.

“A organização reforça o posicionamento antirracista e reafirma que jamais irá tolerar casos dessa natureza”, diz o comunicado.

Na noite de sexta (20), o clube argentino também publicou nota oficial condenou o ocorrido. 

O River Plate manifesta o mais absoluto repúdio aos gestos discriminatórios ocorridos na partida com o Grêmio pela Brasil Ladies Cup 2024. Comunica que já está tomando as medidas disciplinares correspondentes e continuará trabalhando para erradicar esse tipo de comportamento.

Após final contra o Bahia, Grêmio é campeão da Ladies Cup

No domingo (22), Grêmio derrotou o Bahia nos pênaltis e levantou a tça da Ladies Cup,  A atacante Maria Dias abriu o marcador para as gaúchas e a meia Kaiuska deixou tudo igual. Nos pênaltis, as goleiras Vivi e Yanne brilharam, com três defesas, mas as tricolores do sul foram mais eficientes e venceram por 2 a 1, conquistando o título pela primeira vez, para orgulho da técnica Thaissan Passos.

* Com informações da Reuters e colaboração do repórter Lincoln Chaves, da TV Brasil

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Tênis: João Fonseca conquista o título do Next Gen ATP Finals


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O brasileiro João Fonseca conquistou, neste domingo (22) em Jedá (Arábia Saudita), o título do Next Gen ATP Finals, competição que desde 2017 reúne os oito melhores tenistas de até 20 anos do circuito mundial. O atleta do Brasil alcançou o feito ao derrotar o norte-americano Learnen Tien por 3 sets a 1 (parciais de 2/4, 4/3, 4/0 e 4/2).

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“Estava muito nervoso antes do jogo. Sabia que seria muito difícil […]. Disputei uma final contra o Learner em juniores [no US Open de 2023] e sei a maneira como ele pode jogar. Ele é um cara muito legal e um ótimo jogador, então sabia que seria difícil, mental e fisicamente. Mas consegui passar”, declarou João após a decisão.

“É incrível como melhorei física e mentalmente. Tenho sido muito forte mentalmente, vencendo partidas contra jogadores Top 50, Top 20. Estou orgulhoso de mim mesmo, mas é claro que quero mais. Meu sonho é me tornar o número 1. Claro, agora depois de vencer o Next Gen, quero aproveitar esta semana, relaxar e comemorar com minha família. Quero aproveitar o momento e estou muito satisfeito e grato por este ano”, declarou o brasileiro, que começou a temporada fora do Top 700 do ranking da ATP, mas que termina 2024 na 145ª posição.

Inscrições para o Projeto Botinho começam amanhã no Rio

Inscrições para o Projeto Botinho começam amanhã no Rio

As inscrições para o Projeto Botinho, considerada como a mais tradicional colônia de férias gratuita da América Latina, começam nesta segunda-feira (23), às 8h. Nesta edição da parceria do Corpo de Bombeiros Militar do Estado do Rio de Janeiro (CBmerj) com o Sesc-RJ, que ocorre entre 21 e 31 de janeiro de 2025, serão oferecidas 5 mil vagas para crianças e jovens de 7 a 17 anos de idade.

O projeto divide os alunos em três turmas de acordo com as idades. A Golfinho é para crianças de 7 a 10 anos, a Moby Dick de 11 a 14 anos, e a Tubarão, de 15 a 17 anos. Ao fim, os participantes receberão um certificado.

“A ação é referência nacional e internacional na formação de jovens cidadãos mais conscientes. As atividades acontecem das 8h às 11h, em 29 praias fluminenses, e contam com exercícios físicos na areia, instruções sobre as condições do mar, primeiros socorros e conservação ambiental. O trabalho é direcionado, visando à interação social e à prevenção a afogamentos”, informou o Corpo de Bombeiros.

Inscrição

Os responsáveis legais interessados  no curso devem fazer as inscrições pelo site do projeto, onde vão preencher a ficha com os dados do(s) menor(es). No momento da inscrição é preciso selecionar a praia de preferência para a participação no projeto.

“Os inscritos vão receber, em até 24 horas, um e-mail de confirmação com instruções para a entrega presencial de documentos, como atestado médico, entre os dias 2 e 9 de janeiro. Esse passo é imprescindível para garantir a vaga”, alertou o CBmerj.

O secretário Estadual de Defesa Civil e comandante-geral do Corpo de Bombeiros do Rio de Janeiro, coronel Tarciso Salles, avalia que o Projeto Botinho salva vidas. “É uma ação focada na conscientização das novas gerações. As crianças e os jovens aprendem e compartilham o conhecimento em casa, com seus amigos e familiares. São multiplicadores da nossa mensagem de prevenção a afogamentos e preservação da natureza!”.

O presidente do Sesc RJ, Antonio Florencio de Queiroz Junior, disse que o apoio da entidade ao Botinho “é um compromisso que converge diretamente com nossos valores e objetivos institucionais”.

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MEC realiza consulta sobre obras do PNLD até final de janeiro


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O Ministério da Educação (MEC) irá consultar, por meio de formulário online, dirigentes e secretários municipais de todo o país sobre a incorporação das obras do Programa Nacional do Livro e do Material Didático (PNLD) às práticas pedagógicas do cotidiano das instituições de ensino. A pesquisa, cujo link foi encaminhado por email aos gestores, poderá ser respondida até 31 de janeiro e ser acessada também pelo Sistema Integrado de Monitoramento, Execução e Controle do Ministério da Educação (Simec).

É a primeira iniciativa de diagnóstico do programa. A previsão é que outras sejam realizadas em 2025, para aprimorar o levantamento de informações.

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A coleta de impressões e sugestões também tem por objetivo dimensionar em que medida os livros do PNLD ajudam a proporcionar uma educação de qualidade e o tanto que afetam o processo de ensino-aprendizagem. O interesse do MEC consiste, ainda, em promover eventuais melhorias no programa.

A pesquisa está sendo realizada pela Secretaria de Educação Básica do MEC, por meio da Diretoria de Apoio à Gestão Educacional (Dage) e da Coordenação-Geral de Materiais Didáticos (CGMD). Os professores foram os primeiros a contribuir com avaliações sobre o programa.

Esse primeiro panorama está sendo viabilizado com o apoio de diversas instituições, como o Instituto Reúna, o Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), a União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação (Undime) e o Conselho Nacional de Secretários de Educação (Consed). Várias coordenadorias do MEC também se engajaram no processo.

Torneio de “sumô robô” no Japão tem final entre estudantes brasileiros


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Uma competição de robótica sediada no Japão teve um final histórico neste mês, com duas equipes brasileiras na final do All Japan Robot Sumo Tournament (“Torneio de Sumô Robô do Japão”, em português). A equipe da Escola Politécnica da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), MinervaBots, enfrentou a Kimauánisso Robotics Team, do Instituto Mauá de Tecnologia, tornando-se campeã mundial na categoria “Mini Sumô”. A disputa ocorreu no domingo (8), último dia do torneio que reuniu 63 robôs de várias nacionalidades.

O robô Zé Pequeno, um dos mais tradicionais da equipe, foi o responsável pela vitória de 2 a 0. Na competição, dois robôs chamados “robôs de sumô”, “sumobots” ou apenas “sumôs” se enfrentam com o objetivo de empurrar o adversário para fora de uma arena circular — geralmente uma tábua de madeira com borda branca —, em um combate semelhante à tradicional luta japonesa.  A disputa foi na arena Ryōgoku Kokugikan, em Tóquio, palco de grandes competições esportivas dessa arte marcial.

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Presente no torneio desde sua criação, em 2012, o MinervaBots foi representado no Japão pelas alunas de engenharia mecânica Anne Victória Rodrigues da Costa e de engenharia eletrônica e de computação Lígia Bonifácio. Integrante do grupo há dois anos, Lígia compartilha que vencer o torneio sempre foi um sonho da equipe. “Chegar lá como finalistas mundiais foi uma grande conquista, mas também um grande desafio. Eu e a Anne estávamos apreensivas. A competição foi dura, exigiu que mudássemos estratégias e recalculássemos rotas, mas confiamos no trabalho de toda a equipe e conseguimos vencer adversários fortíssimos”, disse.

Participação feminina

Atualmente, a equipe do MinervaBots conta com cerca de 30 participantes, além de uma gestão interna formada apenas por alunos. À Agência Brasil, Lígia ressalta que participar do torneio foi resultado de um trabalho construído ao longo de uma década de existência da MinervaBots. “São 12 anos de pessoas que trabalharam com dedicação para que hoje pudéssemos alcançar o título mundial. Foi incrível entrar na arena com a certeza de que não estávamos representando apenas a equipe atual, mas toda a trajetória construída por aqueles que vieram antes de nós”.

A vitória da equipe, para a estudante de engenharia de eletrônica e computação, é uma forma de reconhecer a contribuição das mulheres na área tecnológica. “Ser mulher na engenharia não é fácil. E os desafios que enfrentamos até aqui nos prepararam para esse momento. Durante o torneio, fomos surpreendidas com o incentivo constante, inclusive de membros do staff e de outras competidoras. Pudemos observar muitas mulheres de todas as idades se enxergarem em nós, e isso foi muito significativo”, lembra.

Segundo dados da terceira edição da pesquisa “Estatísticas de Gênero: indicadores sociais das mulheres no Brasil”, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), as mulheres representam a menor proporção dos alunos matriculados (15,7%) e concluintes (15%) nos cursos de computação e tecnologias da informação e comunicação (TIC). Em comparação, são a maioria nos cursos de saúde (74,5%) — com exceção de medicina —, serviços pessoais (78,6%) e bem-estar (87,3%). Também são as principais concluintes em serviços pessoais (83,8%) e em bem-estar (91%).

“No Brasil, sabemos que o impacto dessa conquista vai além do troféu. Queremos que ela sirva de inspiração para meninas e mulheres que desejam entrar na ciência, na tecnologia e em competições de alto nível como essa”, continua Lígia. Para ela, o título conquistado é uma prova de que mulheres “não só podem, como devem ocupar espaços na engenharia e na tecnologia”.

“Queremos mostrar que há espaço para todas e incentivar mais mulheres e meninas a participarem, sonharem e acreditarem no seu potencial. A nossa vitória não é só nossa, é um símbolo do que pode ser alcançado com esforço, dedicação e, principalmente, com representatividade”, defende.

Zé Pequeno

Como Lígia, Anne também começou a fazer parte da MinervaBots em 2022. A aluna foi responsável por operar e pilotar o robô projetado em 2014 nas competições que garantiram a presença da equipe no torneio japonês. “O Zé Pequeno foi um dos primeiros na história da MinervaBots, e teve inúmeras atualizações, desde a sua criação, para que estivesse sempre a par das inovações da categoria”, informou.

O robô disputa na categoria “Mini Sumô 500 g – Autônomo”. Nela, as máquinas contam com o próprio sensoriamento e com estratégias pensadas pelo operador para eliminar o adversário da arena. Elas ainda podem contar com mecanismos que confundam o sensoriamento do oponente. No caso do robô projetado pela equipe da Escola Politécnica da UFRJ, Zé Pequeno carrega bandeiras reflexivas.

“Nossa conquista com o robô Zé Pequeno não só honrou todo o suor e trabalho de tantas gerações que já passaram pela MinervaBots, como também serviu de incentivo e reafirmação para que, cada vez mais, meninas brasileiras enxerguem, assim como eu, as exatas e a robótica enquanto o seu lugar”, diz a estudante de engenharia mecânica.

Professor da Escola Politécnica da UFRJ e orientador da equipe, Vitor Ferreira Romano enfatiza que a vitória brasileira tem enorme valor para o campo tecnológico nacional. “É um evento de nível mundial, com tradição, e ter conseguido o primeiro lugar nesse torneio, enquanto universidade pública e federal, nos deixa muito felizes. Isso incentiva também os alunos a participarem mais desses eventos e acreditarem em si”, afirmou.

“Com toda certeza o Brasil está caminhando para se tornar uma referência tecnológica, e essa vitória por si só é um belo exemplo disso”, complementa Anne. “Entre os oito melhores robôs do mundo, ranqueados no segundo dia da competição de acordo com o desempenho ao longo do torneio, quatro eram brasileiros, reiterando o crescimento do país no âmbito da robótica competitiva. Com o devido incentivo e visibilidade para a robótica nacional, tenho certeza que podemos chegar ainda mais longe”, ressaltou.

Representatividade nacional

“Ver duas equipes brasileiras na final do maior torneio mundial de sumô de robôs é um motivo de grande orgulho. Isso mostra que, com os incentivos e o suporte adequados, conseguimos competir em pé de igualdade com as maiores equipes do mundo. Esse feito não só ressalta o talento e a criatividade dos nossos estudantes e profissionais, mas também coloca o Brasil em destaque no cenário internacional de robótica e tecnologia”, disse o professor de engenharia de controle e automação no Instituto Mauá de Tecnologia, Anderson Harayashiki Moreira.

Moreira, também ex-aluno do Instituto, participa da Kimauánisso desde a sua criação, em 2004. Atualmente com 40 integrantes, incluindo professores, alunos, ex-alunos e dois estudantes do Ensino Médio, a equipe participou do torneio com 11 robôs. As máquinas eram divididas em duas categorias: cinco em “Sumô 3 kg”, sendo dois autônomos e três rádio controlados, e seis em “Mini Sumô 500 g”, com três autônomos e novamente três rádio controlados.

“Esses robôs representam o esforço contínuo da nossa equipe, que investe em inovação e melhorias a cada ano. Nosso processo de desenvolvimento envolve, em média, seis meses, desde o início do projeto até a fabricação e a programação dos robôs. Normalmente, aposentamos robôs mais antigos para abrir espaço para novos projetos que incorporam as últimas inovações. Essa dedicação tem consolidado nossa reputação como uma das melhores equipes de robótica do Brasil”, destaca o professor.

Durante o torneio, a equipe conquistou a segundo e terceiro colocação na categoria “Sumô Mini 500 g – Rádio Controlado”; a segunda posição em “Sumô Mini 500 g – Autônomo”, ao competir com o Zé Pequeno da MinervaBots; e o oitava lugar na principal categoria do All Japan Robot Sumo Tournament, “Sumô 3 kg – Autônomo”. Em entrevista, Moreira comemora que os resultados representam uma conquista que “inspira e abre portas para novas oportunidades no campo tecnológico nacional”.

*Estagiária sob supervisão de Vinícius Lisboa

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Nos 30 anos do Tetra, No Mundo da Bola recebe o ex-jogador Branco


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O programa No Mundo da Bola oferece um presente especial para o seu público em sua próxima edição, uma entrevista exclusiva com o ex-jogador Branco, que foi uma peça importante na campanha do tetracampeonato da seleção brasileira na Copa do Mundo de futebol, em 1994 nos Estados Unidos.

Na conversa, que será exibida pela TV Brasil a partir das 20h30 (horário de Brasília) do próximo domingo (22), o veterano fala sobre os 30 anos do Tetra, a sua trajetória nos gramados e o trabalho nas categorias de base do futebol nacional depois de pendurar as chuteiras.

No bate-papo com os jornalistas Paulo Garritano, Rodrigo Campos e Carlos Molinari, o craque Branco, que, após a aposentadoria, assumiu a coordenação das divisões de base da seleção brasileira, trata das expectativas para as novas gerações de atletas. A superação da Covid é outro assunto do encontro que emocionou o homenageado na entrevista inédita com o time de esportes da emissora pública.

Além disso, o ex-jogador comemora as quatro décadas do Campeonato Brasileiro de 1984 vencido pelo Fluminense, clube que o lateral-esquerdo defendeu em campo por várias temporadas. Este foi um dos títulos mais expressivos daquela geração do Tricolor das Laranjeiras.

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Cristian Ribera chega ao terceiro ouro na Copa do Mundo de Para Ski


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O brasileiro Cristian Ribera conquistou, nesta sexta-feira (20), a sua terceira medalha de ouro na Copa do Mundo de Para Ski Cross Country, que está sendo disputada em Vuokatti (Finlândia). A última vitória da equipe do Brasil foi na prova de mass start 10 km, completando o trajeto em 28min27s3.

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O primeiro ouro de Ribera na competição disputada em Vuokatti veio, na última terça-feira (17), na prova de sprint masculino, na qual o brasileiro superou os chineses Liu Zixu e Liu Mengtao para ficar com a medalha de ouro.

Já a segunda conquista dourada do atleta do Brasil foi alcançada na última quinta-feira (19), desta vez na prova distance 10 km na categoria sitting. Em uma prova muito acirrada, Ribera completou o percurso em 30min59s3, dividindo a primeira colocação com o chinês Peng Zheng, que finalizou a distância com o mesmo tempo. O chinês Zhongwu Mao completou o pódio em terceiro lugar.

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Mundial de Clubes: Praia e Tianjin, da China, duelam em semi no sábado


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O Praia Clube confirmou nesta sexta-feira (20) a classificação às semifinais do Mundial de Clubes de Vôlei Feminino, em Hangzhou (China), e será a única equipe brasileira remanescente na competição. O time de Uberlândia  ganhou duas de três partidas na fase de grupos, e teve hoje (20) a vaga confirmada após o Conegliano (Itália), líder do Grupo B, cravar a terceira vitória seguida. Os italianos aplicaram 3 sets a 0 (25/21, 25,20 ) no Red Rockets (Japão), que foi eliminado do torneio, com apenas um triunfo na primeira fase.

O Praia volta à quadra às 4h (horário de Brasília) deste sábado (20) contra o invicto Tianjin (China), dono da casa. O duelo tem transmissão ao vivo no site da Federação Internacional de Vôlei (Volleyball World). A equipe busca vaga inédita na final. Nesta edição, o Praia estreou com derrota para o Congegliano por 3 sets a 0 (25/20, 25/15 e 25/15) e na última quinta (19) superou Ninh Binh (Vietnã) por por 3 sets a 0 (25/15, 25/17 e 25/12). As melhores campanhas do clube no Mundial ocorreram  ano passado e em 2018: em ambas as edições o Praia terminou na quarta posição.   

A outra semifinal, um clássico do vôlei italiano, também será no sábado (21).  Conegliano e Vero Volley Miano, vice-líder do Grupo A, duelam às 8h30. Os vencedores das semis disputarão o título no às 8h30 de domingo (22) e os que perderem competirão antes, às 4h, pela terceiro lugar.

Os adversários do Praia Clube nas semifinais eliminaram hoje (20) o Minas, que também disputava a fase de grupos. O clube de Belo Horizonte foi derrotado pelo Tianjin, líder da chave A por 3 sets a 25/19, 25/22 e 25/22) e encerrou a competição em terceiro lugar, com apenas uma vitória: 3 set a 0 sobre o campeão africano Zamaek Sporting Club (Egito).

A oposta Kisy Nascimento, do Minas, empatou com a maior número de acertos – ao todo 22 pontos – com a ponteira chinesa Li Yingying. A brasileira cravou 20 ataques, um bloqueio e um ace. A central Thaisa marcou 10 pontos (quatro bloqueios, três ataques e três aces) e a ponteira Pri Daroit anotou outros 13.

“O Tianjin é um time com atacantes muito fortes, que tem um ataque pesado, e isso acabou dificultando bastante o nosso trabalho,” disse Thaisa. “Poderíamos ter errado menos e causado um pouco mais de dificuldade para elas, mas fizemos o que estava ao nosso alcance”, concluiu a central.