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Especialistas apontam desafios para restrição de celular nas escolas

Especialistas apontam desafios para restrição de celular nas escolas


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Colocar em prática as restrições ao uso dos celulares nas escolas de todo o país será um desafio, segundo professores e estudantes. Embora a proibição seja bem vista por grande parte da sociedade e da comunidade escolar, a lei sancionada nesta segunda-feira (13) encontrará desafios como a falta de infraestrutura nas instituições de ensino, para por exemplo, guardar os celulares em segurança; de formação dos professores, para que não abandonem o uso pedagógico das novas tecnologias; e de ensino, para que as aulas sejam atrativas para os alunos.

Após tramitar pelo Congresso Nacional, a lei que proíbe o uso dos celulares nas escolas públicas e privadas, tanto nas salas de aula quanto no recreio e nos intervalos, foi sancionada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Os aparelhos seguem sendo permitidos para o uso pedagógico, ou seja, quando autorizado pelos professores como instrumento para a aula.

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A principal justificativa para a nova lei é proteger as crianças e adolescentes dos impactos negativos das telas para a saúde mental, física e psíquica deles. A medida não é exclusiva do Brasil, países como França, Espanha, Grécia, Dinamarca, Itália e Holanda já têm legislações que restringem uso de celular em escolas.

Segundo o presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE), Heleno Araújo, os professores, no geral, apoiam a proibição dos celulares nas salas de aula, mas apontam alguns desafios para colocar a medida em prática: “Onde vai ficar esse equipamento? Em que momento da aula você precisa do celular para que o conteúdo chegue com facilidade para entendimento por parte do estudante? Em que momento ele vai ser utilizado? Em que momento ele volta a ser guardado? E aí você vem para a escola pública e pergunta, a escola pública está equipada para isso? Tem segurança em guardar o equipamento do aluno sem estragar, sem perder o equipamento? Tem condições de fazer um planejamento onde sabe que momento o equipamento pode ser utilizado para aprimorar o conhecimento e que momento ele não deve ser utilizado?”, questiona Araújo.

Segundo Araújo, deveria haver uma discussão maior nas redes de ensino. “Tudo isso precisaria de um aprofundamento. Uma lei que vem de cima para baixo, sem um fortalecimento da gestão democrática da escola, sem um fortalecimento da participação dos segmentos da comunidade escolar discutindo o tema, vai ficar inviável, porque você vai criar mais problemas, não vai conseguir cumprir a lei como ela determina”, diz.

Falta de interesse

Para os estudantes, não basta apenas proibir o celular, é preciso que a escola e as aulas sejam mais atrativas. “Não é proibir o celular na sala de aula que vai garantir que os estudantes tenham mais atenção nas aulas ou que se interessem mais pela escola. O que vai trazer essa solução que a gente tanto busca, que é trazer de novo o interesse da nossa turma para dentro da sala de aula, é trazer um ambiente mais tecnológico para a escola, dentro da sala de aula, é melhorar a dinâmica e a didática das nossas aulas, é garantir uma formação mais lúdica dos nossos estudantes”, defende o presidente da União Brasileira dos Estudantes Secundaristas (Ubes), Hugo Silva.

“Com toda certeza, eu vou preferir, enquanto estudante, olhar dez TikToks do que assistir uma aula que eu acho chata ou que eu acho que não me agrega em nada. Então, acho que a gente precisa fazer essa discussão. Se a aula é interessante, mais interessante que o TikTok, se a disciplina que eu estou aprendendo ali eu considero mais importante do que assistir esses dez TikToks, é claro que eu vou abandonar o celular e vou prestar atenção na sala de aula”, diz o estudante.

Segundo Silva, restringir o uso de celular pode também contribuir para o aumento de desigualdade, sobretudo entre escolas públicas e particulares, em locais de maior vulnerabilidade e menos acesso à tecnologia. “A gente acredita, inclusive, que em muitos territórios e em muitos lugares, a única tecnologia que os estudantes secundários têm acesso é através do celular. Se a gente retira esse aparelho das salas de aula, a gente pode, inclusive, fazer com que esses estudantes não tenham acesso a nenhum tipo de tecnologia”.  

Entenda a nova lei

As discussões sobre a proibição legal do uso dos celulares se estendem por mais de uma década. O projeto de lei que agora foi sancionado foi originalmente proposto na Câmara dos Deputados pelo deputado federal Alceu Moreira (MDB/RS), em 2015. O texto foi, por sua vez, inspirado em outro projeto proposto pelo deputado Pompeo de Mattos (PDT/RS), que chegou a ser aprovado pela Comissão de Educação e Cultura e a receber parecer favorável do relator na Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania. Em 2010, como fim da legislatura, não tendo sido aprovado pela Casa, acabou sendo arquivado.

O texto original proibia o uso de aparelhos eletrônicos portáteis nas salas de aula dos estabelecimentos de educação tanto básica quanto superior, permitindo apenas o uso pedagógico autorizado pelos professores.

O texto aprovado pelo Senado Federal, que agora virou lei, restringe a proibição para a educação básica, ou seja, da educação infantil ao ensino médio. O texto também apresenta exceções, permitindo o uso dos aparelhos por estudantes nas escolas para garantir a acessibilidade, a inclusão, para atender condições de saúde e garantir direitos fundamentais.

O texto estipula ainda que as redes de ensino e as escolas devem elaborar estratégias para lidar com o sofrimento psíquico e saúde mental das crianças e adolescentes, bem como com o acesso a conteúdos impróprios. As escolas deverão estabelecer ambientes de escuta para estudantes que apresentem sofrimento em decorrência de nomofobia, que é o medo de estar longe do celular.

Já em prática

A restrição, que agora se torna nacional, já é realidade em alguns locais e escolas. O estado de São Paulo aprovou medida semelhante no final do ano passado, para valer a partir deste ano.

Na cidade do Rio de Janeiro, a proibição vale desde agosto de 2024, por conta de decreto da prefeitura. O celular fica guardado e só pode ser usado para atividades pedagógicas, com a autorização dos professores.

Segundo o presidente do Sindicato dos Professores do Município do Rio de Janeiro e Região (SinproRio), Elson Simões de Paiva, a medida favorece a socialização:

“A gente sabe que hoje tem escolas que proíbem o uso até na hora do recreio, para poder possibilitar que a criança e o jovem voltem a fazer o que ele não está fazendo mais, que é a socialização. A socialização dele está sendo feita através de celular, não está sendo mais de pessoa com pessoa. Então, é importante essa questão também do uso do celular ser mais controlado dentro das escolas”.

Assim como Araújo, ele também teme que agora com a proibição nacional, haja uma sobrecarga dos professores. “Quem vai controlar isso? Porque os professores, ou eles dão aula, ou eles vigiam se o aluno está usando o celular ou não”, diz e acrescenta: “[O professor] solicita que naquele dia o celular venha a ser utilizado na sala de aula. Mas e depois? Como é que vai ser esse controle para o aluno devolver esse celular ou deixar de usar o celular em uma outra aula que não vai utilizar esse material, esse instrumento?”

Nas escolas particulares do município, de acordo com o diretor do Sindicato dos Estabelecimentos de Educação Básica do Município do Rio de Janeiro (Sinepe Rio), Lucas Machado, as restrições já eram feitas antes mesmo do decreto municipal. “No Rio de Janeiro, essa novidade é inexistente, porque o processo das escolas particulares é muito tranquilo, e isso já vinha adotando, já vinha acontecendo há mais de um ano. Muitas das escolas particulares, desde o ano passado, pelo menos, já proibiam, de acordo com os seus regimentos escolares, o uso de celular na sala de aula, para fins não pedagógicos”.

Machado ressalta, no entanto, que uma lei nacional pode enrijecer as diversas realidades encontradas nas escolas. “Quando você generaliza, você está dificultando os regimentos das escolas”, diz. “De acordo com os regimentos existentes, você tinha, por exemplo, a prática de crianças com algum tipo de deficiência, algum tipo de dificuldade, você poderia, no seu regimento, ajustar isso para que pudesse atender essas necessidades dessas crianças. Era muito fácil de trabalhar com isso. Agora, partindo de uma lei federal, talvez haja algum tipo de restrição em que a gente tem que tomar cuidado para poder atender a necessidade da lei”.

Falhamos em incorporar as tecnologias

Segundo o professor da Faculdade de Educação da Universidade de Brasília Gilberto Lacerda Santos, as restrições tanto no Brasil quanto em outros países são, na verdade, uma falha dos sistemas educacionais e da sociedade em entender e conseguir incorporar na educação de fato os potenciais da tecnologia.

“É um auto reconhecimento de uma falência das instituições escolares, da sociedade como um todo, em entender as tecnologias e o seu potencial na educação, e, sobretudo, de integrá-las na formação de professores. Porque todo o problema reside no fato de que nossos professores não sabem lidar com a tecnologia na sala de aula e com tudo que a tecnologia oferece”, diz.

De acordo com Santos, as tecnologias dão ao cidadão comum “um poder que ele nunca teve. Um poder de se informar mais e autonomamente. Um poder de se comunicar livremente. E, sobretudo, um poder de se expressar. Acontece que, para que nós consigamos nos informar de uma maneira condizente com princípios éticos, para que nós possamos nos comunicar adequadamente, e, sobretudo, para que nós possamos nos expressar adequadamente, nós precisamos de uma excelente educação de base. A educação de base nos falta. Então nós não sabemos usar as tecnologias, nós acabamos nos tornando escravos dela. Os jovens estão completamente perdidos, clicando, curtindo, curtindo, compartilhando notícias sem veracidade, porque falta educação de base. E esse é um problema-chave que a gente não conseguiu resolver ainda enquanto sociedade”.

Para Santos, a solução é investir cada vez mais na formação dos professores. “O professor é um elemento chave para o sucesso da escola. Então nós precisamos fazer o que não foi feito, o que nós não temos conseguido fazer, que é instrumentá-lo adequadamente, formá-lo adequadamente, remunerá-lo adequadamente, para que ele é o ator intermediário para o uso inteligente, interessante da tecnologia”, defende.

Especialistas apontam desafios para restrição de celular nas escolas

Lula sanciona lei que restringe uso de celular em escolas


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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva sancionou nesta segunda-feira (13) o Projeto de Lei 104/2015, que restringe o uso de aparelhos eletrônicos portáteis, sobretudo telefones celulares, nas salas de aula de escolas públicas e privadas do ensino básico em todo o país. Um decreto do presidente, que sairá em até 30 dias, vai regulamentar a nova legislação, para que passe valer para o início do ano letivo, em fevereiro. O projeto de lei foi aprovado no fim do ano passado pelo Congresso Nacional.  

“Essa sanção aqui significa o reconhecimento do trabalho de todas as pessoas sérias que cuidam da educação, de todas as pessoas que querem cuidar das crianças e adolescentes desse país”, afirmou o presidente, que fez questão de elogiar o trabalho dos parlamentares que aprovaram a medida.


Brasília (DF), 13/01/2025 - Presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva e o ministro da Educação Camilo Santana, durante a cerimônia de Sanção do Projeto de Lei n° 4.932/2024, que dispõe sobre a utilização, por estudantes, de aparelhos eletrônicos portáteis pessoais nos estabelecimentos públicos e privados de ensino da educação básica, no Palácio do Planalto. Foto: Ricardo Stuckert/PR

Brasília (DF), 13/01/2025 – Lula e Camilo Santana durante a cerimônia de sanção do projeto de lei que restringe o uso de celular nas escolas – Ricardo Stuckert/PR

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“Imagina uma professora dando aula e, quando ela olha para os alunos, está cada um olhando para o celular, um tá na China, outro tá na Suécia, outro tá no Japão, outro está em outro estado conversando com gente que não tem nada a ver com a aula que ela está recebendo. A gente precisa voltar a permitir que o humanismo não seja trocado por algoritmo”, enfatizou Lula ao comentar sobre a nova lei.

Países como França, Espanha, Grécia, Dinamarca, Itália e Holanda já adotam legislações que restringem uso de celular em escolas. Apoiado pelo governo federal e por especialistas, o projeto alcançou um amplo consenso no Legislativo, unindo governistas e oposicionistas.

“Não dá para um aluno estar na sala de aula, no Tiktok, na rede social, quando o professor está dando aula. Toda vez que um aluno recebe uma notificação, é como se ele saísse da sala de aula. Toda vez que ele recebe uma notificação quando ele está numa roda de conversa, é como se a gente perdesse a atenção dele”, afirmou o secretário municipal de Educação do Rio de Janeiro, Renan Ferreirinha, que é deputado federal licenciado e autor do projeto na Câmara. Ele classificou o projeto como uma das principais vitórias do século na educação brasileira.

O que diz a lei

De acordo com o ministro da Educação, Camilo Santana, a lei restringe o uso em sala de aula e nos intervalos, para fins pessoais, mas há exceções, como o uso para finalidade pedagógica, sob supervisão dos professores, ou em casos de pessoas que necessitem de apoio do aparelho para acessibilidade tecnológica ou por alguma necessidade de saúde.  

“Nós não somos contra acesso a tecnologias, até porque não há mais retorno no mundo de hoje. Mas nós queremos que essa tecnologia, essa ferramenta, seja utilizada de forma adequada e, principalmente, nas faixas [etárias] importantes da vida das crianças e adolescentes”, afirmou o ministro, que alertou sobre o uso cada vez mais precoce e prolongado do celular por crianças.

“Estamos fazendo uma ação na escola, mas é importante conscientizar os pais de limitar e controlar o uso desses aparelhos fora de sala de aula, fora da escola”, acrescentou Camilo Santana.

O ministro pediu engajamento das famílias e das comunidades escolares para fazer valer a nova lei.


Brasília (DF), 13/01/2025 - Presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva e o ministro da Educação Camilo Santana, durante a cerimônia de Sanção do Projeto de Lei n° 4.932/2024, que dispõe sobre a utilização, por estudantes, de aparelhos eletrônicos portáteis pessoais nos estabelecimentos públicos e privados de ensino da educação básica, no Palácio do Planalto. Foto: Ricardo Stuckert/PR

Brasília (DF), 13/01/2025 – Camilo Santana pede o engajamento dos pais – Ricardo Stuckert/PR

A secretária nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente, Maria do Pilar Lacerda Almeida e Silva, que coordena a Câmara de Educação Básica do Conselho Nacional de Educação (CNE), afirmou que o colegiado vai publicar orientação para as redes públicas e privadas. “O Conselho Nacional de Educação vai fazer uma resolução que oriente as redes, as escolas, de como fazer isso sem parecer uma opressão”, disse. O MEC também deve publicar guias com orientações para as escolas de todo o país.

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Sisu 2025: inscrições começam na próxima sexta-feira


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As inscrições para o Sistema de Seleção Unificada (Sisu) começam na próxima sexta-feira (17) e seguem até 21 de janeiro. De acordo com o cronograma oficial, o resultado da chamada regular está previsto para 26 de janeiro, enquanto o período de matrículas acontece de 27 a 31 de janeiro. O prazo para participar da lista de espera vai de 26 a 31 de janeiro.

Gerido pelo Ministério da Educação (MEC), o sistema executa a seleção dos estudantes com base na média da nota do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) até o limite da oferta de vagas ofertadas por instituições públicas de ensino superior, por curso e modalidade de concorrência, de acordo com a escolha dos candidatos inscritos e perfil socioeconômico.

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A inscrição é gratuita e feita exclusivamente pela internet. O acesso ao sistema de inscrição é realizado com as informações de login e senha para acesso aos serviços digitais do governo federal, mediante uma conta no Gov.br. Quando o candidato realiza o login, o sistema recupera, automaticamente, as notas obtidas na edição do Enem válida para o processo seletivo.

No ato da inscrição, o candidato preenche um questionário socioeconômico do perfil para Lei de Cotas e escolhe até duas opções de curso dentre as ofertadas em cada processo seletivo do Sisu. É possível alterar as opções de curso durante todo o período de inscrições. A inscrição válida será a última registrada no sistema.

Quem não for selecionado em nenhuma das duas opções de curso indicadas no ato de inscrição ainda pode disputar uma das vagas por meio da lista de espera do Sisu. Todos os estudantes que participaram do Enem 2024, obtiveram nota na prova de redação maior do que zero e não declararam estar na condição de treineiro podem participar do Sisu.

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Enem 2024 registrou 12 redações com nota mil; uma da rede pública


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A edição 2024 do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) registrou 12 participantes que obtiveram nota máxima ou nota mil na redação, sendo apenas um proveniente de escola pública, em Minas Gerais. Os demais estados com nota máxima foram Alagoas, Ceará, Goiás, Maranhão, Pernambuco, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte, São Paulo e Distrito Federal.

“Lembrando que, este ano, o presidente vai lançar um prêmio de reconhecimento aos resultados da educação básica no Brasil – inclusive o resultado do Enem”, disse o ministro da Educação, Camilo Santana, durante coletiva de imprensa nesta segunda-feira (13), data em que os resultados da prova foram divulgados.

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“Em breve, vamos anunciar à imprensa e à população brasileira as categorias de reconhecimento dos esforços de melhoria da qualidade da educação básica no nosso país por município, por estado, por rede, por escola. É uma forma de reconhecer, de dar transparência mais ainda aos resultados e de reconhecer os esforços das redes de educação em todo o Brasil”, completou.

Segundo Camilo, a nota média da redação no Enem 2024 foi de 660 pontos – 15 pontos a mais que a nota média de redação registrada na edição anterior do exame, de 645 pontos. “Um aumento significativo, de 15 pontos, na proficiência média, quando comparado a 2023”, avaliou o ministro.

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Resultados do Enem 2024 já estão disponíveis na Página do Participante


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Os resultados do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2024 foram divulgados na manhã desta segunda-feira (13) e podem ser acessados de forma individual por meio da Página do Participante. O usuário deve utilizar o login do Gov.br, com CPF e senha.

Após a divulgação das notas, o site do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), do Ministério da Educação, responsável pela realização do exame, apresenta instabilidade.

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Ao todo, 4,3 milhões de pessoas se inscreveram para as provas, que foram aplicadas em 3 e 10 de novembro do ano passado.

Enem

O Exame Nacional do Ensino Médio avalia o desempenho escolar dos estudantes ao término da educação básica. Ao longo de mais de duas décadas de existência, tornou-se a principal porta de entrada para a educação superior no Brasil, por meio do Sistema de Seleção Unificada (Sisu) e de iniciativas como o Programa Universidade para Todos (Prouni).

Instituições de ensino públicas e privadas utilizam o Enem para selecionar estudantes. Os resultados são utilizados como critério único ou complementar dos processos seletivos, além de servirem de parâmetro para acesso a auxílios governamentais, como o proporcionado pelo Fundo de Financiamento Estudantil (Fies).

Os resultados individuais do Enem também podem ser aproveitados nos processos seletivos de instituições portuguesas que possuem convênio com o Inep para aceitar as notas do exame. Os acordos garantem acesso facilitado às notas dos estudantes brasileiros interessados em cursar a educação superior em Portugal.

Flamengo “alternativo” perde do Boavista em estreia pelo Carioca


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Dezenove anos depois, o Flamengo voltou a ser derrotado em uma estreia de Campeonato Carioca. Com um time alternativo, repleto de jogadores do sub-20, o Rubro-Negro perdeu para o Boavista por 2 a 1. O duelo, transmitido ao vivo pela Rádio Nacional, foi disputado na Arena Batistão, em Aracaju.

As equipes voltam a campo no meio de semana. Na quarta-feira (15), às 15h45 (horário de Brasília), o Boavista visita o Maricá, outro time que já soma três pontos, no Estádio João Saldanha. O Flamengo, zerado, continua no Nordeste, mas vai para Campina Grande (PB), onde pega o Madureira na quinta-feira (16), às 18h30, no Amigão.

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Com o elenco principal e o técnico Filipe Luís em pré-temporada nos Estados Unidos, o Flamengo iniciou o Estadual com o time sub-20, comandado por Cléber dos Santos, que treina a equipe de juniores. O grupo alternativo está reforçado pelo zagueiro Pablo, que voltou de empréstimo ao Botafogo, e o atacante Carlinhos, liberado para jogar após o Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) converter o restante de uma punição de 30 dias em multa. Ele estava suspenso por ter quebrado a cabine do VAR depois de uma expulsão no jogo contra o Grêmio, pelo Campeonato Brasileiro do ano passado.

O Rubro-Negro sentiu a inexperiência no primeiro tempo e viu o Boavista controlar as ações. O time de Saquarema (RJ) chegou a balançar as redes aos dez minutos, com Zé Vitor, mas o lance foi anulado pela bola ter cruzado a linha de fundo antes do cruzamento que originou o gol, do também atacante Matheus Alessandro, pela esquerda. Mas, aos 35, não teve jeito: o lateral Vitor Ricardo recebeu pela direita e levantou na área para Zé Vitor, livre e de cabeça, abrir o marcador.

A etapa final começou agitada, com o meia Lorran aparecendo entre dois zagueiros para escorar cruzamento pela direita do lateral Daniel Sales e mandar rente ao travessão, aos sete minutos. No lance seguinte, o Boavista respondeu com o volante Caetano, que disparou pela esquerda, entrou na área e acertou a trave esquerda. Aos dez, a rede balançou, com Carlinhos. O centroavante aproveitou o rebote de um belo chute de Lorran, da entrada da área, que bateu no travessão, e completou de cabeça para as redes.

A festa rubro-negra, contudo, não durou muito. Aos 21, Resende encarou a marcação pela direita, levou para a perna esquerda e arriscou de fora da área. A bola explodiu no travessão e sobrou com Gabriel Conceição, que cabeceou para o meio. Melhor para o também atacante Raí, que apareceu batendo para recolocar o Boavista à frente.

A equipe do interior quase fez o terceiro, em contra-ataque armado aos 42 minutos, mas o goleiro Dyogo Alves, cara a cara com Resende, salvou o Flamengo. O atual campeão carioca ainda pressionou nos acréscimos em busca do empate, mas de forma desorganizada, sem sucesso.

Bahia

O Bahia também começou o Campeonato Baiano com um time alternativo, repleto de meninos do sub-20, enquanto o grupo principal realiza pré-temporada no exterior, em Girona, na Espanha.

Neste domingo, o Esquadrão não saiu do zero com o Jacuipense no Estádio Carneirão, em Alagoinhas (BA), na estreia das equipes pelo Estadual. A partida foi transmitida ao vivo pela TV Brasil, em parceria com a TVE Bahia.

Na quinta-feira, o Jacuipense visita o Jacobina no Estádio José Rocha, às 19h15. No mesmo dia, às 21h30, o Bahia encara o Atlético de Alagoinhas na Arena Fonte Nova, em Salvador.

O Tricolor foi a campo dirigido por Leonardo Galbes, novo treinador do sub-20. Entre os titulares, destaque à jovem promessa Ruan Pablo, atacante de 16 anos que, em 2024, já fazia parte do elenco de juniores. O zagueiro Marcos Vitor, o lateral Ryan e o atacante Tiago, que retornaram de empréstimo, também saíram jogando no Carneirão.

O Jacuipense começou a partida melhor, mas logo o Bahia, mesmo sem o melhor entrosamento, conseguiu tomar as rédeas do confronto. Em duas ocasiões, o goleiro Marcelo salvou o Leão do Sisal na etapa inicial. Primeiro em chute do meia Vitinho, da intermediária, que ainda desviou na marcação, aos nove minutos. Depois aos 38, em finalização do atacante Tiago, cara a cara.

O segundo tempo foi mais truncado, de poucas oportunidades. A chance mais clara surgiu aos dois minutos, depois de um erro da zaga do Jacuipense na tentativa de afastar o perigo da pequena área. A bola sobrou com Ruan Pablo, que bateu, mas a bola desviou no zagueiro Everson e saiu rente à trave esquerda defendida por Marcelo.

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Resultados do Enem 2024 serão divulgados nesta segunda-feira


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Nesta segunda (13) os estudantes brasileiros interessados em ingressar no ensino superior pelo Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) saberão, finalmente, os resultados das provas, que foram realizadas nos dia 3 e 10 de novembro do ano passado.

O Ministério da Educação (MEC) e o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) divulgarão as notas a partir das 10h (horário de Brasília). Em seguida, uma coletiva de imprensa vai trazer mais detalhes sobre os principais dados do Enem.

De olho no Sisu

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As notas poderão ser usadas para ingresso na educação superior pelo Sistema de Seleção Unificada (Sisu). As inscrições começarão no dia 17 de janeiro e poderão ser feitas exclusivamente pela internet, no endereço eletrônico do Sisu, até as 23h e 59 minutos do dia 21 de janeiro.

De acordo com o edital publicado pelo Ministério da Educação, o processo seletivo será constituído de uma única etapa. Os candidatos poderão se inscrever em até duas opções de vagas. O resultado da chamada regular será divulgado dia 26 de janeiro.

Estão aptos a participar da seleção os estudantes que tenham completado o ensino médio, participado da edição de 2024 do Enem e não tenham zerado a prova de redação.

Financiamento

A nota do Enem é importante também para os candidatos ao Fundo de Financiamento Estudantil (Fies), que terá 112 mil novas vagas em 2025. Serão, ao todo, 67 mil no primeiro semestre e 45 mil no segundo.

O programa oferece financiamento aos estudantes que querem fazer curso de graduação em instituições privadas de educação superior.

Oportunidade de bolsa

Os participantes do Enem poderão usar os resultados também no Programa Universidade para Todos (Prouni), que dá a chance para que o participante do Enem tenha acesso à bolsa de estudo integral ou parcial (50%) em instituições privadas de ensino superior.

Para se inscrever o estudante precisa obter, no mínimo, 450 pontos de média das notas das cinco provas do exame e não zerar a redação.

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Campeão olímpico das argolas, Arthur Zanetti anuncia aposentadoria


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O ginasta Arthur Zanetti, medalhista de ouro na Olimpíada de Londres, no Reino Unido, em 2012, anunciou, neste domingo (12), a aposentadoria como atleta profissional. O paulista de 34 anos, a maior parte deles no esporte, continuará ligado à modalidade, agora como treinador de ginástica em São Caetano do Sul (SP), onde nasceu e vive.

Antes dos Jogos de Paris, na França, no ano passado, Zanetti já dizia que aquele seria o último ciclo olímpico da carreira. Em reportagem da Agência Brasil publicada em junho de 2023, cuja entrevista também foi exibida no programa Stadium, da TV Brasil, o agora ex-ginasta relatou que, após 16 anos treinando e competindo em alta intensidade, “às vezes a mente quer fazer [o movimento], mas o corpo acaba não correspondendo”. Outra razão, segundo o paulista, era passar mais tempo com o filho, Liam, que completa cinco anos em 2025.

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Por conta de lesões, Zanetti perdeu eventos importantes do ciclo de Paris, como o Mundial de Antuérpia, na Bélgica, e os Jogos Pan-Americanos de Santiago, no Chile, ambos em 2023. A contusão derradeira foi um rompimento agudo do tendão do bíceps distal do braço esquerdo, em maio do ano passado, quando ainda buscava vaga para os Jogos da capital francesa.

A aposentadoria rendeu homenagens de personalidades esportivas. O presidente do Comitê Olímpico do Brasil, Marco Antônio La Porta, disse que Zanetti “é a prova de que é possível, de que podemos chegar lá com muito treino, dedicação e talento” e que será um privilégio tê-lo “na formação de grandes cidadão e novos campeões” como técnico.

O grego Eleftherios Petrounias, grande adversário de Zanetti, também se manifestou. Pelo Instagram, o ginasta tricampeão mundial e medalhista de ouro nas argolas nos Jogos do Rio de Janeiro, em 2016, afirmou que o paulista o tornou “um atleta melhor, uma pessoa melhor”, que acredita ter um grande amigo no Brasil e que ele deveria pensar o mesmo. Petrounias ainda disse que o brasileiro terá sempre seu “respeito e amizade”.

Além do ouro de Londres, o primeiro da ginástica brasileira em Olimpíadas, Zanetti foi prata na Rio 2016, também nas argolas. Nos Jogos de Tóquio, no Japão, em 2021, tentou executar uma apresentação que lhe garantiria um lugar no pódio do aparelho, sem ter sucesso. Ele ainda obteve quatro medalhas em Campeonatos Mundiais, sendo uma dourada na edição de Antuérpia, em 2013, e três prateadas.


Rio de Janeiro - Ginasta Arthur Zanetti (D) é prata nas argolas em final vencida pelo grego Eleftherios Petrounias (C), com o russo Denis Abliazin (E) em terceiro ( Fernando Frazão/Agência Brasil)

Ginasta Arthur Zanetti (D) é prata nas argolas em final vencida pelo grego Eleftherios Petrounias (C), com o russo Denis Abliazin (E) em terceiro – Fernando Frazão/Agência Brasil
Copa São Paulo conhece primeiros times classificados à terceira fase

Copa São Paulo conhece primeiros times classificados à terceira fase

Os quatro primeiros times classificados para a terceira fase da Copa São Paulo de Futebol Júnior foram conhecidos na manhã deste domingo (12). Destaque para o Bahia, que participa da Copinha, uma competição sub-21, com o time sub-17 e segue vivo na disputa pelo título. O rival Vitória não teve a mesma sorte e deu adeus ao torneio.

O Bahia enfrentou o Desportivo Brasil na casa do adversário, em Porto Feliz (SP), e venceu por 2 a 1, de virada. Os anfitriões saíram na frente aos 38 minutos do primeiro tempo, com ​um golaço do volante Alysson, que arriscou da intermediária, quase do meio-campo. A bola desviou na marcação e foi no ângulo.

Os baianos reagiram na etapa final. Aos 11, após cobrança de escanteio, o zagueiro Diego Silva deixou tudo igual, de cabeça. Aos 24, o atacante Guilherme bateu forte e rasteiro, da entrada da área, no canto direito, virando o marcador no Estádio Ernesto Rocco e garantindo a classificação.

Na terceira fase, os Pivetes de Aço (como são conhecidos os atletas da base do Bahia) terão pela frente o vencedor de Capivariano e Coritiba, que duelam mais tarde, às 18h (horário de Brasília), na Arena Capivari. Os baianos têm um vice-campeonato da Copinha, em 2011.

Rival do Bahia, o Vitória encarou a Ferroviária no Estádio Bela Vista, em Cravinhos (SP). As equipes empataram por 2 a 2 no tempo normal, com o atacante Emanuel e o meia Lohan marcando para o Rubro-Negro e o zagueiro Ticianelli e o atacante Thiagão (batendo pênalti) anotando os gols da Locomotiva.

O empate proporcionou a primeira disputa de pênaltis desta Copinha. Melhor para a Ferroviária, que venceu por 7 a 6, após se classificar para encarar Santos ou São José na terceira fase.

No Estádio Mário Lima Santos, em Brodowski (SP), o Bandeirante, time da casa, não resistiu ao Guarani, que venceu por 3 a 0. Os atacantes João Marcelo (duas vezes) e Artur, ​no segundo tempo, balançaram as redes para o Bugre, que terá como adversário, na terceira fase, o ganhador do confronto entre Botafogo-SP e Atlético-MG, que jogam no Estádio José Lancha Filho, em Franca (SP), às 21h deste domingo.

O primeiro classificado do dia saiu em Tupã (SP). No Estádio Alonso Carvalho Braga, o Água Santa bateu o Linense por 2 a 1, de virada. O meia Kayque abriu o placar para o Elefante da Mogiana, mas o atacante Ryan Santos, com dois gols, garantiu a vaga do Netuno, que aguarda Fluminense ou CRB, que se enfrentam ainda neste domingo, às 21h30, no Estádio Gilbertão, em Lins (SP).

Fase de grupos chega ao fim

A fase de grupos terminou no sábado (12), com a definição dos últimos classificados ao mata-mata. No Grupo 21, o Grêmio assegurou a liderança da chave ao empatar por 1 a 1 com o Atlético Guaratinguetá, time da casa, no Estádio Dario Rodrigues Leite. O Tricolor Gaúcho, com sete pontos, acabou eliminando os anfitriões, que foram a dois pontos. A segunda vaga ficou com Vitória da Conquista, que fez 2 a 1 no Porto Vitória.

Na segunda fase, o Grêmio terá pela frente o Marcílio Dias na segunda-feira (13), às 11h, novamente em Guaratinguetá (SP). No mesmo dia e horário, o Vitória da Conquista mede forças com o Goiás, no Estádio Joaquinzão, em Taubaté (SP).

Pelo Grupo 23, o Flamengo derrotou o Esporte Clube São Bernardo por 3 a 1 no Estádio Nogueirão, em Mogi das Cruzes (SP), garantindo o segundo lugar da chave, com seis pontos. A liderança foi do Zumbi, que empatou por 1 a 1 com o Cruzeiro-PB, no mesmo local. O time alagoano concluiu a participação na fase com sete pontos.

Os dois times também voltam a jogar na segunda. Às 15h, o Zumbi visita o União Suzano, no Suzanão. Mais tarde, às 21h45, o Flamengo encara o Red Bull Bragantino, no Nogueirão.

Já no Grupo 25, sediado em Santana do Parnaíba (SP), o Ituano garantiu a ponta, com sete pontos, ao vencer o Fortaleza por 1 a 0, no Estádio Prefeito Gabriel Marques da Silva. Apesar do tropeço, o Leão do Pici também se classificou. O Tricolor somou os mesmos quatro pontos do São Bento, que goleou o Carajás por 4 a 0, mas ficou à frente do time de Sorocaba (SP) pelo saldo de gols (dois a um).

Nesta segunda-feira, o Fortaleza pega o América-MG às 15h, outra vez em Santana do Parnaíba. No mesmo horário, o Ituano duela com o Sfera, no Estádio Amadeu Mosca, em Salto (SP).

Em outras duas chaves, os classificados estavam definidos, mas faltava saber quem ficaria na ponta. No Grupo 20, com sede em Embu das Artes (SP), Sport e o anfitrião Referência empataram sem gols. O resultado no Estádio Hermínio Esposito deu a primeira colocação ao Leão, com os mesmos sete pontos do rival e à frente no saldo de gols (seis a dois).

O Sport volta a jogar nesta segunda, às 11h, novamente em Embu das Artes, contra o Oeste. O Referência será adversário do Palmeiras, campeão de 2022 e 2023, às 19h30, na Arena Barueri.

Por fim, no Grupo 31, disputado no Estádio da Rua Javari, em São Paulo, Juventus e Ceará empataram por 1 a 1. Ambas as equipes foram a sete pontos, mas os donos da casa, pelo melhor saldo (seis a quatro), passaram de fase na liderança.

No mata-mata, o Moleque Travesso recebe o Vasco nesta segunda, às 15h, enquanto o Vozão pega o XV de Piracicaba no Estádio Nicolau Alayon – que também fica na capital paulista – às 11h do mesmo dia.

Brasileiros iniciam disputa na chave principal do Aberto da Austrália

Brasileiros iniciam disputa na chave principal do Aberto da Austrália

O paranaense Thiago Seyboth Wild estreia neste domingo (12) na chave principal masculina de simples do Aberto da Austrália, um dos quatro principais torneios de tênis da temporada chamados de Grand Slams.

Brasileiro mais bem colocado no ranking da Associação dos Tenistas Profissionais (ATP), na 76ª posição, ele terá pela frente o húngaro Fábián Marozsán, número 57 do mundo. A previsão é de que o jogo comece por volta das 22h30 (horário de Brasília), na quadra oito do complexo do Melbourne Park.

Esta será a segunda participação de Wild na chave principal do torneio australiano. No ano passado, ele caiu na primeira rodada, superado pelo russo Andrey Rublev, quinto colocado do ranking da ATP à época, por 3 sets a 2. O brasileiro chegou a ficar duas parciais atrás, empatou a partida, mas perdeu o quinto e decisivo set, disputado no formato super tie-break, em que vence o atleta que atingir dez pontos primeiro.

Atualmente em nono no ranking da ATP, Rublev será justamente o adversário de João Fonseca na estreia do carioca, de 18 anos, na chave principal de um Grand Slam adulto. A partida entre o russo e o brasileiro, 113º do mundo e considerado um dos fenômenos da nova geração do tênis, ainda não foi marcado, mas a expectativa é de que ocorra entre a noite de segunda-feira (13) e a madrugada de terça-feira (14).

Quem também deve jogar entre segunda e terça é Beatriz Haddad Maia. A paulista, número 17 do ranking da Associação de Tênis Feminino (WTA, na sigla em inglês), estreará contra a argentina Julia Riera (146ª). É a primeira vez que o Brasil tem três homens e uma mulher nas chaves principais de simples do Grand Slam da Austrália.

Olho nas duplas

Bia também disputará o torneio de duplas femininas ao lado da alemã Laura Siegmund, que está no 19º lugar do ranking da WTA. A parceria da brasileira, número 60 do mundo entre as duplistas, enfrentará a holandesa Suzan Lamens (360ª) e a norte-americana Quinn Gleason (sem ranking), em data e horário a serem confirmados.

A chave de duplas femininas terá ainda um confronto entre brasileiras. De um lado, a paulista Luísa Stefani, medalhista olímpica de bronze e 27ª colocada do ranking da WTA, que tem como parceira a estadunidense Peyton Stearns (115ª do mundo nas duplas, 46ª em simples). Do outro, a carioca Ingrid Martins (82ª), que atua com a romena Irina Camelia-Begu (1.200ª nas duplas, 80ª em simples). O duelo ainda será marcado.

O Brasil também terá três representantes nas duplas masculinas. Dois deles, inclusive, formando parceria: o gaúcho Rafael Matos (35º do ranking de duplas da ATP) e o mineiro Marcelo Melo (38º). Na estreia, que ainda será agendada, eles terão pela frente o monegasco Hugo Nys (24º) e o francês Edouard Roger-Vasselin (39º).

Já o gaúcho Orlando Luz (66º) disputará o Aberto da Austrália junto do francês Gregoire Jacq (64º). Eles enfrentarão a parceria do australiano Jordan Thompson, número três do mundo, com o canadense Vasek Pospisil, atualmente na 1397ª posição do ranking, mas que chegou a ocupar o quarto lugar da lista de duplistas em 2015.

Monteiro perde

O cearense Thiago Monteiro deu adeus ao Aberto da Austrália na madrugada deste domingo. O número dois do tênis brasileiro, na 106ª colocação do ranking da ATP, não resistiu ao japonês Kei Nishikori, que venceu por 3 sets a 2, de virada, com parciais de 4/6, 6/7, 7/5, 6/2 e 6/3. Monteiro abriu 2 a 0 na Arena John Cain, uma das principais quadras do Melbourne Park, mas sucumbiu à reação do adversário, 74º do mundo, depois de mais de quatro horas de jogo.