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Corinthians demite o técnico argentino Ramón Díaz


Corinthians demite o técnico argentino Ramón Díaz

Ramón Díaz não é mais o técnico do Corinthians. O anúncio foi feito pelo Timão no início da noite desta quinta-feira (17). A demissão do argentino foi sacramentada após a derrota de 2 a 0 da equipe do Parque São Jorge para o Fluminense na noite da última quarta-feira (16) pelo Campeonato Brasileiro.

“Nesta quinta-feira [17], o Sport Club Corinthians Paulista comunica o desligamento de Ramón Díaz do cargo de técnico da equipe. Também deixam o clube os auxiliares Emiliano Díaz, Bruno Urribarri e Osmar Ferreyra, além do preparador físico Diego Pereira”, diz a nota do Timão.

Ramón Díaz assumiu o Corinthians no decorrer da última edição do Campeonato Brasileiro, em julho de 2024, e levou a equipe ao título do Campeonato Paulista de 2025.

Segundo o Timão, “Orlando Ribeiro, técnico do sub-20 do Corinthians, comandará o treino do elenco principal nesta sexta-feira [18]”.

Calderano e Takahashi vão às quartas em etapa da Copa do Mundo


Corinthians demite o técnico argentino Ramón Díaz

Únicos mesatenistas brasileiros remanescentes na etapa da Copa do Mundo em Macau (China), Hugo Calderano e Bruna Takahashi avançaram às quartas de final da chave de simples. Nesta quinta-feira (17), eles cravaram a segunda vitória seguida na fase mata-mata da competição, que reúne os principais atletas da modalidade. Atual número cinco do mundo, Calderano derrotou o japonês Hiroto Shinozuka (29º) por 4 sets a 1 (parciais de 11/6, 12/14, 11/6, 11/9 e 11/7). 

Já Takahashi (24ª no ranking feminino) superou a romena Bernadette Szocs (14ª) por 4 sets a 0 (11/8, 11/7, 11/7 e 11/5), duas semanas após ter sido eliminada por ela do WTT Champions Incheon (Coreia do Sul).  

Os dois enfrentarão adversários top 5 nas quartas de final nesta sexta (18). A partir de 2h15 (horário de Brasília) Takahashi terá pela frente a chinesa Chen Xingtong, número quatro do mundo. Na sequência, a partir das 9h15, será a vez de Calderano duelar com o japonês Tomokazu Harimoto, terceiro melhor do ranking.  A partida de Calderano terá transmissão gratuita ao vivo na conta da Federação Internacional de Tênis de Mesa (ITTF World) no YouTube.

O Brasil começou a competição com outros dois representantes, Vitor Ishiy e Eric Jouti, eliminados na fase de grupos. A etapa da Copa do Mundo em Macau reúne 48 atletas e vai até o próximo domingo (20). O tênis de mesa brasileiro busca medalha inédita no torneio.

Rede Nossa São Paulo aponta desigualdade na educação paulistana


Corinthians demite o técnico argentino Ramón Díaz

Dados do Mapa da Desigualdade de São Paulo sobre a área da educação, publicados nesta quinta-feira (17) pela Rede Nossa São Paulo, mostram que o acesso à educação pública na capital paulista é desigual. A avaliação é do coordenador de relações institucionais da entidade, Igor Pantoja.

“São Paulo tem quase 12 milhões de habitantes, cada distrito tem quase 150 mil habitantes, em média. Temos condições muito boas de acesso à educação em algumas regiões, em outras a educação ainda é muito precária, principalmente a pública, aquela da qual temos mais informação oficial”, disse Pantoja.

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Em 45 dos 96 distritos da cidade, a nota média do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) nos anos finais do ensino fundamental público ficou abaixo de 5, que é a média das escolas brasileiras públicas e privadas no indicador.

As piores notas médias foram registradas no Ipiranga (4), na Bela Vista (4,3) e Vila Leopoldina (4,4). O melhor desempenho foi obtido em Pinheiros (5,8), Aricanduva (5,7), na Mooca e no Carrão (ambos com 5,6). Em 17 distritos, não há dados disponíveis para esse indicador.

A entidade destaca que as notas referentes aos anos finais do Ideb das escolas públicas na cidade “estão muito abaixo de 6,4, o valor sugerido pela sociedade civil em proposta apresentada à prefeitura para o Programa de Metas 2025-2028”. No início de abril, o Executivo municipal divulgou a primeira versão do documento e estabeleceu a nota 5 como meta para 2028, nos anos finais do ensino fundamental.

Além das notas das escolas públicas no Ideb para os anos finais, a divulgação inclui sete indicadores: tempo de atendimento para vaga em creche, matrículas no ensino básico em escolas públicas, distorção idade-série no ensino fundamental da rede municipal, abandono escolar no ensino fundamental da rede municipal, nota do Ideb (escolas públicas – anos iniciais;, adequação da formação docente e esforço docente.

Em relação ao tempo de atendimento para vaga em creche, o levantamento identificou espera de dois dias em Alto de Pinheiros, Cidades Tiradentes, Cachoeirinha e Guaianases, enquanto o Brás tem espera de 28 dias. Igor Pantoja explica que, apesar de a localização na região central da cidade, o Brás tem população com perfil mais vulnerabilizado, o que pode impactar na oferta dos serviços públicos.

“O Brás tem uma população muito formada por migrantes, tanto da África quanto da América Latina, é o bairro com maior tempo de espera por vaga em creche. É interessante ver isso, como é que se tem um um perfil específico numa região da cidade e que acaba, por isso, tendo dificuldade maior de acesso à educação”, disse.

A proporção média de docentes do ensino fundamental com alto grau de esforço em situações como carga horária, número de alunos por turma e número de escolas, registrou 0% nos distritos de Pinheiros, Vila Mariana, Moema, Perdizes e Santa Cecília. Já Santo Amaro notificou 12,84% de docentes com alto grau de esforço. O Ideb das escolas públicas dos anos iniciais do ensino fundamental teve Vila Mariana com maior valor (7,3) e Pari com menor nota (4,8).

A Rede Nossa São Paulo elaborou ainda um ranking temático de educação, que apresenta a classificação dos 96 distritos da cidade na área. A lista considera o desempenho de cada distrito em cada indicador, de modo que se obtenha uma pontuação geral no tema. No topo, aparecem Perdizes, Artur Alvim e Butantã. Na outra ponta, estão Sé, Campo Belo e Santana.

A prefeitura de São Paulo informou, em nota, que a cidade tem Ideb acima da média nacional nos anos finais do ensino fundamental das redes municipais: 4,8. Nos anos iniciais, o índice do município também é maior do que a média atual das redes municipais do país: 4,6

“Para reduzir as desigualdades em regiões mais vulneráveis, a prefeitura conta com medidas como o pagamento da Gratificação por Local de Trabalho (GLT) – destinada aos 30 mil professores que atuam em unidades com alta rotatividade – e da Gratificação de Difícil Acesso (GDA) para os mais de 59 mil educadores que trabalham em escolas de difícil acesso”, acrescenta a nota.

O município informou que “a cidade ainda tem 59 centros educacionais unificados (CEUs), espaços importantes, muitos deles em territórios com alta vulnerabilidade, que garantem uma educação integral, além de acesso a lazer, cultura e esportes”.

Flamengo goleia no Maracanã para liderar o Campeonato Brasileiro


Corinthians demite o técnico argentino Ramón Díaz

Com direito a gols do atacante Pedro, o Flamengo goleou o Juventude por 6 a 0, na noite desta quarta-feira (16) no estádio do Maracanã, e assumiu a liderança da Série A do Campeonato Brasileiro. A Rádio Nacional transmitiu ao vivo.

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Empurrado por sua apaixonada torcida, o Rubro-Negro da Gávea teve uma grande atuação coletiva para vencer e assumir a liderança com dez pontos, mesma pontuação do Palmeiras, que bateu o Internacional por 1 a 0, mas que tem pior saldo de gols na competição.

A equipe comandada pelo técnico Filipe Luís mostrou força desde o primeiro tempo, no qual abriu uma vantagem de 3 a 0 graças a gols de Pulgar, aos 12 minutos, de Plata, aos 17, e de Danilo, aos 21. Porém, o melhor ficou para a etapa final. Arrascaeta marcou o quarto aos 10 minutos e depois Pedro, que saiu do banco, marcou duas vezes para dar números finais ao marcador. O detalhe é que o atacante marcou o primeiro gol após um hiato de sete meses, após se recuperar de uma grave lesão.

Vitória do Palmeiras

Quem também triunfou para chegar aos dez pontos na competição foi o Palmeiras, que bateu o Internacional por 1 a 0 em pleno estádio Beira-Rio, em Porto Alegre, e ocupa a vice-liderança da classificação.

O único gol da partida foi marcado pelo atacante Facundo Torres aos 18 minutos do segundo tempo. Já o Colorado permaneceu com cinco pontos, ocupando a 9ª colocação.

Flu bate Corinthians

Outra equipe a triunfar fora de casa foi o Fluminense, que bateu o Corinthians em Itaquera por 2 a 0 e ocupa a 3ª colocação com nove pontos. Os gols do Fluminense foram marcados pelo lateral Renê e pelo meio-campista Arias. Após o revés, o Timão ocupa a 13ª posição com quatro pontos.

Outros resultados

Botafogo 2 x 2 São Paulo
Mirassol 4 x 1 Grêmio
Sport 0 x 1 Bragantino
Santos 2 x 0 Atlético-MG
Vitória 2 x 1 Fortaleza

BR Feminino: Ferroviária vence 3B da Amazônia e retoma liderança


Corinthians demite o técnico argentino Ramón Díaz

A Ferroviária foi até a Arena Amazônia, na noite desta quarta-feira (16), e derrotou o 3B da Amazônia por 1 a 0 para reassumir a liderança da Série A1 do Campeonato Brasileiro de futebol feminino.

Com a vitória fora de casa, em partida válida pela 5ª rodada da competição, as Guerreiras Grenás chegaram ao total de 13 pontos, ultrapassando o Palmeiras, que até então liderava a competição após derrotar o Flamengo por 5 a 2. Já a equipe da Amazônia permanece na lanterna da competição sem ponto algum.

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O único gol da partida saiu aos 47 minutos do primeiro tempo, quando a atacante Millene recebeu passe da zagueira Camila e bateu forte para superar a goleira Katy.

Outros resultados:

Bahia 2 x 0 Real Brasília
América-MG 0 x 0 Grêmio
Juventude 1 x 0 Bragantino
São Paulo 2 x 1 Sport

Nove em cada dez estudantes LGBTI+ sofreram agressão verbal na escola


Corinthians demite o técnico argentino Ramón Díaz

Nove em cada dez estudantes adolescentes e jovens LGBTI+ [lésbicas, gays, bissexuais, transexuais e travestis, intersexuais e outras orientações sexuais e identidades de gênero] afirmaram ter sido vítimas de algum tipo de agressão verbal em 2024.

O dado é da Pesquisa Nacional sobre o Bullying no Ambiente Educacional Brasileiro, apresentada nesta quarta-feira (16), na sede do Conselho Nacional de Educação (CNE), em Brasília.

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O levantamento foi realizado pela organização da sociedade civil Aliança Nacional LGBTI+ em parceria com o Instituto Unibanco e com o apoio técnico do Plano CDE, a Aliança, ao longo de 2024.

O diretor presidente da Aliança Nacional LGBTI+, Toni Reis, citou a definição de bullying homofóbico como intimidação sistemática por meio de violência física ou simbólica, com atos de humilhação ou discriminação e apontou que tem muito bullying nas escolas.

“O bullying no nosso país é estrutural e a gente vai ter que se reestruturar quando se trata dos outros. Nós precisamos trabalhar isso com uma política pública estrutural, não algo de doutrinação, mas algo de convivência harmoniosa e democrática.”

Ativista LGBTI+ há mais de 40 anos, Tony Reis defendeu uma relação saudável, de respeito e com empatia entre crianças, adolescentes e professores.

“Nós estamos dando elementos e evidências para serem trabalhados nas escolas. Vamos ter uma escola protegida, uma escola democrática, uma escola em que todo mundo possa conviver harmonicamente”, declarou Toni Reis.

Pesquisa nacional

O questionário da pesquisa foi respondido por 1.349 estudantes da educação básica (acima de 16 anos) do ensino regular e da Educação de Jovens e Adultos (EJA) entre agosto de 2024 e janeiro de 2025. O relatório considerou exclusivamente as respostas dos 1.170 participantes que se identificam como LGBTI+, com diversas identidades de gênero e orientações sexuais.

Participaram matriculados em escolas públicas e privadas de todas as 27 unidades da federação.

A coordenadora de projetos da Coordenação Geral de Políticas Educacionais em Direitos Humanos da Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização de Jovens e Adultos, Diversidade e Inclusão (Secadi) do Ministério da Educação (MEC), Maraisa Bezerra Lessa, admite que faltava pesquisa baseada em evidências e dados mais atualizada sobre este tema. “Experiências e vivências que a gente ouve vários relatos no cotidiano da Secadi e que faltavam  trazer para esse debate.”

Insegurança e violências

De acordo com os dados sobre as formas de violência, 86% dos estudantes entrevistados se sentem inseguros na escola por alguma característica pessoal, como a própria aparência. Entre pessoas trans/travestis, esse número sobe para 93%.

O levantamento revelou, por exemplo, que a escola é um ambiente pouco ou nada seguro para estudantes trans (67%); para meninos que não se encaixam nos padrões de masculinidade (59%); estudantes gays, lésbicas, bissexuais ou assexuais (49%); meninas que não se encaixam nos padrões de feminilidade (40%); além de pessoas que tenham o corpo considero como “fora do padrão” (40%).

Além da violência verbal, 34% dos entrevistados foram vítimas de violência física, em 2024, nas instituições de ensino ao longo de 2024, sendo que expressão de gênero (20%), orientação sexual (20%) e aparência (19%) foram fatores mais mencionados como supostos gatilhos para a violência sofrida.

O percentual de violência física contra LGBTI+ aumenta para 38% quando se trata de estudantes trans/travestis e de pessoas negras. Sete pontos percentuais a mais em relação aos seus pares cisgênero (cis) (31%), pessoas cuja identidade de gênero corresponde ao sexo biológico que lhes foi atribuído ao nascer.

Quando se trata de assédio sexual no ambiente educacional, 4% dos estudantes LGBTI+ já sofreram este tipo de violência, sendo que 5% sofreram de forma recorrente.

Agressores

As vítimas de comentários ofensivos, bullying ou LGBTIfobia apontaram que as agressões são praticadas, em sua maior parte, por estudantes (97%). Como os alunos LGBTI+ podem ter sido agredidos mais de uma vez e por mais uma pessoa, eles ainda reconheceram que 34% dos agressores são docentes e educadores; 16% são membros da gestão ou da diretoria da escola; e outros 10% são outros profissionais da unidade de ensino.

A integrante da organização não-governamental Mães pela Diversidade no Distrito Federal, Elis Gonçalves, conhece de perto essa realidade praticada por quem deveria educar. Ela é mãe de um menino trans de 13 anos identificado pelo nome social Ayo, que significa alegria, na língua africana iorubá. “Quando o profissional escolhe chamar o meu filho pelo nome morto, sabendo o nome social, ele está expondo o meu filho para a sala, para a escola inteira”, relatou a mãe.

“Quando o professor ou o diretor é o agressor da sua criança é pior. Porque é alguém em uma relação de poder, intimidando e expulsando seu filho todos os dias daquele ambiente. E por este profissional ser considerado um exemplo, ele está dizendo para os outros: está liberado o bullying, está liberado o desrespeito, porque eu sou o primeiro [a fazê-lo]”, constata Elis.

Apoio

Os estudantes LGBTI+ responderam que, após sofrerem as agressões nas dependências da instituição de ensino, 31% procuraram a escola, porém, destes 69% relatam que nenhuma providência foi tomada pela instituição.

Entre aqueles que relataram alguma ação por parte da instituição de ensino, 86% avaliaram as medidas como pouco ou nada eficazes.

Outros 39% dos estudantes que já sofreram bullying alegaram nunca terem conversado com alguém sobre a situação ocorrida; 44% buscaram conversar com amigos(as), enquanto (10%) uma parcela pequena buscou familiares.

Saúde mental

Diante do cenário percebido pela pesquisa de escolas como lugares hostis, os dados sugerem que esses estudantes enfrentam um quadro negativo de saúde mental: 94% dos entrevistados LGBTI+ se sentiram deprimidos no mês anterior ao levantamento. Dos estudantes impactados, 88% afirmaram ter vivenciado esse sentimento duas vezes ou mais no período. O que agravaria o sofrimento das pessoas LGBTI+.

Os estudantes trans apresentam indicadores de saúde mental piores do que seus pares cis, em quase todos os aspectos avaliados.

Os responsáveis pela pesquisa sugerem que as escolas promovam espaços de diálogo e sensibilização, como palestras e rodas de conversa, para os problemas encontrados.

Outra proposta é o fortalecimento de vínculos do estudante com a escola com o objetivo de garantir e promover ambientes mais seguros e acolhedores para reduzir impactos do isolamento e da falta de redes de apoio aos estudantes.

Evasão escolar

A pesquisa sobre bullying apresenta dados que indicam riscos elevados de evasão escolar dos estudantes LGBTI+ em razão da insegurança no ambiente educacional. “Os riscos se mostram altos para a comunidade LGBTI+ e particularmente, elevados para estudantes que se identificam como transgênero”, resume a nota sobre a pesquisa.

  • 47% dos(as) estudantes LGBTI+ faltaram pelo menos um dia à instituição de ensino, no mês anterior à pesquisa, por se sentirem inseguros na escola ou no caminho até a instituição
  • Entre estudantes trans, 57% perderam pelo menos um dia letivo no mês anterior à pesquisa, 15% mais em relação aos seus pares cis (42%);
  • Pessoas trans também relataram ter perdido mais dias letivos: 18% dos jovens trans perderam seis dias ou mais; essa proporção cai para 12% entre estudantes cis.

Durante o lançamento da pesquisa nacional, a professora Jaqueline Gomes de Jesus, a primeira transexual a entrar para o doutorado na Universidade de Brasília (UnB), contou que se deparou com uma realidade similar desde muito nova, em escolas da Ceilândia e de Taguatinga, no Distrito Federal.

“Não foram meus professores que me salvaram. Não foi a escola, porque eu não existia na escola. Eu sofri bullying, discriminação, perseguição, assédio de cunho sexual todos os dias. E professoras, coordenadoras, diretoras, as freiras não faziam nada, porque era uma criança transviada e diziam: ‘não quero me meter nisso’.

Políticas públicas

Para mudar essas realidades e enfrentar os desafios no combate à discriminação sofrida pelos estudantes LGBTI+ das redes de ensino brasileiras, a coordenadora do MEC, Maraisa Bezerra Lessa, explicou que as políticas públicas adotadas pelo MEC estão baseadas na Constituição Federal de 1988; nas diretrizes da Base Nacional Comum Curricular (BNCC); nos princípios do Plano Nacional de Educação em Direitos Humanos, além do parecer do Conselho Nacional de Educação, que obriga a adoção do nome social dos estudantes.

Segundo Maraisa, os objetivos são promover a democracia, cidadania, justiça social e respeito às diversidades nos sistemas de ensino.

A coordenadora detalhou que as ações do governo federal estão focadas na formação de pessoas para ter capacidade de entender quais são seus direitos e, ainda, na formação continuada de educação  em direitos humanos dos profissionais da educação.

“A gente parte do pressuposto que a educação é um direito fundamental e que possibilita o acesso a todos os demais direitos. A educação de direitos humanos, no momento em que ela tenta contribuir para conscientizar sobre esses direitos, possibilita aos educandos e às educandas que tenham condições de luta para isso.”

Sugestões

A Pesquisa Nacional sobre o Bullying no Ambiente Educacional Brasileiro 2024 propõe a criação de políticas públicas que incluam no currículo escolar os temas: formas de violência, respeito, convivência democrática, conforme a Ação Direta de Inconstitucionalidade 5.668 [que determina que as instituições de ensino combatam o bullying homofóbico em suas unidades]; a Lei 13.185/2015, de combate ao bullying, e a Lei 14.811/2024, que institui medidas de proteção à criança e ao adolescente contra a violência nos estabelecimentos educacionais.

Outras sugestões do levantamento nacional são:

  • a proteção ao educador que tratam da temática;
  • medidas legais para garantir segurança de estudantes que sofrem violência na família;
  • sensibilização e capacitação da rede de proteção de crianças e adolescentes.

O secretário-executivo do Conselho Nacional de Educação (CNE), Christy Ganzert Pato, defende que os desafios a serem enfrentados na educação brasileira são mais amplos e vão além da reformulação da educação básica e dos investimentos na formação dos docentes brasileiros.

“A mudança estrutural não é só da escola, não é só na formação [de professores], a mudança deve ser da estrutura da sociedade. Isso envolve um esforço muito além de só pensar na atuação do gestor, em leis de punição, leis de educação, leis de formação. Este é um processo muito mais de conhecimento nacional. Como é que você muda o espírito de nação?”, questionou o secretário-executivo do CNE.

São Paulo recebe próximo jogo da seleção pelas Eliminatórias


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A cidade de São Paulo será a sede do próximo compromisso da seleção brasileira em casa pelas Eliminatórias Sul-Americanas para a Copa do Mundo de 2026, anunciou a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) na noite desta quarta-feira (16). O Brasil medirá forças com o Paraguai no dia 10 de junho, a partir das 21h45 (horário de Brasília), na Neo Química Arena.

“Definimos há pouco o jogo do Brasil contra o Paraguai, no dia 10 de junho, na Neo Química Arena, em São Paulo. O centro de treinamento do Corinthians servirá também como base da preparação da seleção neste período. Vamos contar com uma logística confortável para ir e retornar do Equador”, declarou o presidente da CBF, Ednaldo Rodrigues.

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Antes da partida contra o Paraguai, a seleção brasileira mede forças com o Equador no dia 5 de junho em Quito.

A seleção brasileira, que está sem técnico desde a demissão de Dorival Júnior após a derrota de 4 a 1 para a Argentina em seu último compromisso pelas Eliminatórias, ocupa a quarta posição da classificação com 21 pontos, dez a menos que os Hermanos (líderes da tabela), que já garantiram a presença no próximo Mundial de seleções.

Bruno Henrique é relacionado para jogo do Flamengo pelo Brasileiro


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O atacante Bruno Henrique, do Flamengo, está relacionado para enfrentar o Juventude, na noite desta quarta-feira (16) pelo Campeonato Brasileiro, mesmo após ser indiciado pela Polícia Federal (PF) por supostamente ter forçado um cartão amarelo em jogo contra o Santos, no Campeonato Brasileiro de 2023, para beneficiar apostadores (como, segundo as investigações, indicam diálogos do jogador com seu irmão que foram tornados públicos).

Em nota publicada após a divulgação do indiciamento do jogador, o Flamengo afirmou que “não foi comunicado oficialmente por qualquer autoridade pública acerca dos fatos que vêm sendo noticiados pela imprensa sobre o atleta Bruno Henrique”.

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Além disso, o clube da Gávea afirmou que “tem compromisso com o cumprimento das regras de fair play desportivo, mas defende, por igual, a aplicação do princípio constitucional da presunção de inocência e o devido processo legal, com ênfase no contraditório e na ampla defesa, valores que sustentam o estado democrático de direito”.

No início de novembro, a Polícia Federal, o Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ) e o Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) cumpriram 12 mandados de busca e apreensão em uma investigação sobre manipulação de apostas envolvendo jogos de futebol.

Um dos alvos da operação, na ocasião, foi Bruno Henrique.

A investigação da PF, feita a partir de uma comunicação feita pela Confederação Brasileira de Futebol (CBF), apura se o jogador levou um cartão amarelo, que depois evoluiu para cartão vermelho, durante uma partida pelo Campeonato Brasileiro de 2023 para favorecer apostadores, entre eles parentes de Bruno Henrique. Os apostadores também foram alvo de investigação da PF.

Dupla de Stefani volta a vencer e avança à semi do WTA de Stuttugart


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Um dia após despachar as atuais campeãs do WTA 500 de Stuttgart na estreia do torneio, a dupla da brasileira Luisa Stefani com a húngara Timea Babos avançou às semifinais após cravar a segunda vitória. Nesta quarta-feira (16), elas levaram a melhor contra a parceria da letã Jelena Ostapenko  com a ucraniana Dayana Yastremska. A batalha acirrada de 2h18 terminou com vitória da dupla de Stefani, por 2 sets a 1, com parciais de 7/6 (7-1) 5/7 e 11-9.

Stefani e Babos, campeãs este ano do WTA 500 de Linz (Áustria), devem jogar a semi no sábado (19), já que não haverá disputas na Sexta-Feira Santa (18). Elas enfrentarão as vencedoras do embate entre a dupla cabeça de chave número 1 (canadense Gabriela Dabrowski com a neozelandesa Erin Routlife) contra a parceria da russa Alexandra Panova com a húngara Fanny Stollar, programado para às 8h (horário de Brasília) desta quinta (17).

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 Atual número 38 no ranking mundial de duplas, Stefani e Babos (35ª), derrotaram na estreia as atuais campeãs – a taiwanesa Hao-Ching (14ª) e a russa Veronika Kudermetova (15ª) – cabeças de chave 3, por 2 sets a 1 (6/2, 3/6 e 10-5). 

Bia Haddad cai na estreia

Na chave de simples, a paulista Beatriz Haddad Maia, número 17 do mundo, amargou a nona derrota seguida na temporada. Ela deu adeus ao WTA de Stuttgart ao perder a primeira rodada para a norte-americana Emma Navarro (11ª), por 2 sets a 0 (6/3 e 6/0). Ela venceu pela última vez janeiro, na segunda rodada do Aberto da Austrália. Ela voltará a competir no WTA 1000 de Madri, com início no próximo dia 25 de abril.

Programa que oferta bolsas de estudo a negros tem inscrição até dia 30


Corinthians demite o técnico argentino Ramón Díaz

O programa Black STEM, que seleciona estudantes negros para concorrer a bolsas de estudo no exterior, está com inscrições abertas até o dia 30 deste mês. Pelo programa, os selecionados podem receber até R$ 35 mil em bolsas para cursos nas áreas de ciências, tecnologia, engenharia e matemática (STEM, na sigla em inglês). A iniciativa é do Baobá – Fundo para Equidade Racial, com apoio da B3 Social e parceria do Brasa, uma associação de estudantes brasileiros no exterior.

A lista com os resultados dos estudantes classificados será divulgada dia 11 de julho, no portal Baobá.

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O Baobá é um fundo voltado para o incentivo à promoção da equidade racial para a população negra e ações de combate ao racismo no Brasil. 

Na primeira edição do Black STEM, cinco estudantes foram selecionados: Camilla Ribeiro, de Vitória, que está em Portugal cursando pilotagem; Diovanna Stelmam, de São Paulo, que faz na China o curso de computação; Melissa Simplício, do Rio de Janeiro, que estuda ciência da computação nos Estados Unidos; Rilary Oliveira, de Diadema, São Paulo, que faz medicina na Argentina; e Eric Ribeiro, de Caieiras, São Paulo, aluno de engenharia aeroespacial e física na Universidade de Notre Dame, em Indiana, Estados Unidos.

Eric Ribeiro (foto) ficou sabendo do programa de bolsas por meio de uma analista do Instituto Social para Motivar, Apoiar e Reconhecer Talentos – Ismart. Ele conta que ter suporte da família foi fundamental nesse processo. 

“Minha família sempre apoiou muito minha conexão com o Baobá – eles se envolveram bastante no processo, encantados com a proposta do programa e tudo o que ele representa”, disse o estudante, que enfrentou dificuldades com o clima e a saudade da família. “A adaptação é um processo longo. O clima, a comida e a distância da família foram os maiores desafios. Acredito que neste semestre já esteja mais acostumado ao frio de Indiana e à falta do arroz e feijão de casa – coisas que, com o tempo, vão pesando menos, à medida que encontramos novos amigos e nos adaptamos à culinária local.

“No entanto, a saudade continua sendo um ponto difícil. A distância é uma constante: não dá para contornar, só para encurtar – e isso só acontece de meses em meses, quando tenho a chance de voltar”, afirmou o estudante.

Por outro lado, os pontos positivos têm sido incríveis, destacou Eric. “Estar em um campus onde todas as minhas atividades acontecem me permite criar laços profundos. Acredito que os amigos que fiz aqui são para a vida toda, pelo tempo e intensidade que vivemos juntos. E, além disso, a proximidade com os professores e a chance de aprender com eles no dia a dia têm sido fundamentais para o meu crescimento acadêmico e profissional.”

Além da bolsa de estudos, o estudante conta com iniciativas de suporte proporcionadas pelo Fundo Baobá e pela Associação B3 Social. “Tmbém recebo suporte neoemocional e psicológico, o que tem sido essencial para minha saúde mental longe de casa. As mentorias, as oportunidades de networking e a rede de apoio formada por outros bolsistas também fazem diferença. Sentir que não estou sozinho na jornada e que há um coletivo torcendo por mim transforma toda a experiência”, afirmou.

O estudante escolheu estudar engenharia aeroespacial e física nesta universidade por se identificar depois de ter contato com alunos. “Sobre a Universidade Notre Dame, foi uma escolha que uniu coração e estratégia. Desde as primeiras conversas com alunos e professores, percebi que era um lugar onde eu poderia crescer em todas as dimensões – acadêmica, pessoal e social. E foi exatamente isso que encontrei aqui.” A presença negra na ciência é relevante para a humanidade

Em nota, a diretora de Programa do Fundo Baobá, Fernanda Lopes, explica o propósito do Black STEM e de que forma o projeto pode apoiar estudantes negros no propósito de entrar e permanecer em instituições de ensino superior. 

“Por isso, afirmamos que o Black STEM não é ‘apenas’ um programa de bolsas complementares para apoiar a permanência de estudantes negros em cursos de graduação completa em instituições estrangeiras. Por exemplo, a primeira médica da história da humanidade era uma egípcia; o pai da engenharia no Brasil, André Rebouças, foi um homem negro. O Baobá, ao instituir o Black STEM recupera a memória das contribuições negras para a ciência e tecnologia mundial e reitera que, no futuro, grandes descobertas e avanços também poderão ser protagonizados por pessoas negras”, explica.

*Estagiária sob supervisão de Marcelo Brandão